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Seca provoca níveis abaixo da média em reservatórios que abastecem Grande SP

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A seca que vem afetando o Brasil também vem fazendo mal aos reservatórios brasileiros. Entre eles, cinco dos sete conjuntos de reservatórios que abastecem a Grande São Paulo estão com níveis abaixo da média.

Todavia, vale lembrar que bacias hidrográficas de do Norte, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste também seguem com níveis críticos.

Segundo o subinspetor da Guarda Civil Metropolitana de São Paulo, Emerson Ribeiro Palese Inacio, muitas pessoas se acidentam, pois, com menos água, as margens de rios e represas recuam, dificultando a navegação e criando ilhas e bancos de areia, que também complicam para quem precisa cruzar as águas.

“A gente acaba auxiliando muitas pessoas, os navegantes, porque as pessoas não têm a percepção que diminuiu tanto o nível da água”, disse, ao g1, o subinspetor.

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Represa de Guarapiranga
Represa de Guarapiranga (foto) é uma das que estão em condições mais críticas (Imagem: EUIP/Shutterstock)

Situação dos reservatórios da Grande São Paulo

  • Dos sete conjuntos de reservatórios que abastecem a região metropolitana do Estado, até esta sexta-feira (13), cinco tinham capacidade abaixo da média dos últimos cinco anos;
  • Segundo a Sabesp, são eles: Guarapiranga, Cotia, Rio Grande, Rio Claro e São Lourenço;
  • O sistema Cantareira, principal reservatório da região, opera, neste momento, com 54,8% de sua capacidade. Há um ano, ele detinha 71% e, antes, oscilou entre 31% e 49%;
  • O Guarapiranga, por sua vez, vem com situação mais crítica, operando com apenas 40% de sua capacidade total. Segundo frequentadores do reservatório, há três meses, a água estava bem mais próxima da margem.

O superintendente de Produção e Água da Sabesp, André Gois, aponta que, após a crise hídrica pela qual o Estado passou há dez anos, foram realizadas obras para interligar as represas e bombear água do rio Paraíba do Sul para o sistema Cantareira.

Se tiver um manancial com mais água do que a média, eu consigo priorizar o uso desse manancial que tem mais água para poder economizar um pouco o manancial que tem menos água. Nós estávamos com 52% dos últimos cinco anos e hoje basicamente na mesma número, dessa mesma data, então nós estamos dentro de uma certa normalidade do que se espera no final de um período seco.

André Gois, superintendente de Produção e Água da Sabesp, ao g1

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E o resto do Brasil?

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), além de São Paulo, as bacias hidrográficas das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste também estão com níveis críticos de estiagem, sob classificações severa, extrema ou excepcionais, segundo dados de agosto.

A pesquisadora do Cemaden, Elisângela Broedel, diz que regiões, como o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, e o Estado do Paraná podem passar por seca mais fortes nos próximos meses. Por conta do pessimismo, os especialistas orientam a população a economizar água.

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“Não estamos em condição que nos permita desperdiçar nenhuma gota”, alertou Broedel.

Imagem em preto e branco da bacia hidrográfica Rio Grande
Baicas hidrográficas de outras regiões brasileiras também estão sofrendo com a estiagem (Imagem: Edmar Barros Photography/Shutterstock)

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