Os relatos
Após o incidente, o presidente sul-coreano, Yoon Suk Yeol, ordenou que as autoridades identifiquem rapidamente as vítimas para o bem das famílias preocupadas, de acordo com um porta-voz.
Suk Yeol imediatamente ativou uma central de gerenciamento de emergências, com o primeiro-ministro do país no comando, e ordenou que o ministro do Interior e da Segurança iniciasse uma investigação sobre a causa da ocorrência, disse Kim Eun-hye, um alto funcionário de relações públicas do presidente.
Testemunhas descreveram cenas caóticas momentos antes da debandada, com a polícia à disposição em antecipação do evento de Halloween, às vezes tendo problemas para manter o controle das multidões.
Imagens de mídias sociais mostraram centenas de pessoas amontoadas em um beco estreito e inclinado. Elas foram esmagadas e estavam imóveis enquanto funcionários de emergência e policiais tentavam libertá-los.
Foi o primeiro evento de Halloween em três anos, depois que o país suspendeu as restrições do Covid-19 e o distanciamento social. Algumas testemunhas descreveram a multidão se tornando cada vez mais indisciplinada e agitada à medida que a noite se aprofundava.
Não há brasileiros entre as vítimas
O Itamaraty divulgou nota na noite deste sábado informando que, até o momento, não há relatos de que haja brasileiros entre as vítimas em Seul. “A embaixada do Brasil em Seul estará amanhã aberta para as eleições, e o setor consular poderá ser acionado para atender a qualquer eventualidade.”
Na mesma nota, o governo brasileiro manifestou “solidariedade” aos coreanos, e disse que “une-se à dor das famílias que perderam entes queridos”.
Líderes se manifestam
O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol declarou um período de luto nacional. Falando já na manhã de domingo (30), pelo horário local, Suk Yeol enviou suas condolências às famílias das vítimas e desejou a todos os feridos “rápidas recuperações”.
O presidente disse que foi “miserável” ver o desastre acontecer no coração da capital e que apresentaria medidas para evitar acidentes semelhantes no futuro. Ele informou ainda que o período de luto continuaria “até que o tratamento do acidente seja concluído.”
Nos Estados Unidos, o presidente Joe Biden, falando a repórteres na noite deste sábado, reagiu brevemente às trágicas notícias da Coreia do Sul. Ele disse que ainda não foi totalmente informado e que divulgará uma declaração mais longa posteriormente.
Além de Biden, Philip Seth Goldberg, embaixador dos Estados Unidos na Coreia do Sul, publicou em suas redes sociais dizendo que a embaixada norte-americana está “com o povo coreano”.
Já o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, twittou: “Todos os nossos pensamentos estão com aqueles que estão respondendo e todos os sul-coreanos neste momento muito angustiante.”
“A França está ao seu lado”, disse o presidente Emmanuel Macron, também por meio de uma publicação em francês e coreano.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, escreveu: “Os trágicos eventos em Seul são um choque para todos nós. Nossos pensamentos estão com as numerosas vítimas e suas famílias. Este é um dia triste para a Coreia do Sul. A Alemanha está ao seu lado.”
O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, twittou: “Em nome dos canadenses, estou enviando minhas mais profundas condolências ao povo da Coreia do Sul hoje, após uma debandada mortal em Seul. Estou pensando em todos os afetados por esta tragédia e desejando uma recuperação rápida e completa para aqueles que ficaram feridos.”
O governo australiano também enviou mensagens de apoio. “Nossas sinceras condolências a todos os afetados por esta terrível tragédia”, escreveu o primeiro-ministro Anthony Albanese.