Saúde
Brasil está diante de uma nova onda da Covid-19?
Nas últimas semanas, há uma tendência de aumento de casos de Covid-19 no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
No Brasil, o Ministério da Saúde afirma que as infecções registradas oscilam, mas que o número de novos casos está dentro da normalidade.
Existe, entretanto, uma provável subnotificação, além de outros indicadores que apontam para um discreto crescimento, sem grandes mudanças nas taxas de hospitalizações e óbitos.
A chegada da variante EG.5 (chamada informalmente de Éris) ao Brasil merece atenção, mas ainda não refletiu na situação nacional.
“Em outros países, as hospitalizações cresceram por causa dela, principalmente entre idosos e imunocomprometidos, com menos impacto do que o registrado com variantes anteriores. Podemos ter uma nova onda no país, mas provavelmente menor do que a chegada da Ômicron“, diz o infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e professor da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).
Cenário global
Desde o início da pandemia, foram registradas mais de 770 milhões de infecções e 6,9 milhões de mortes em todo o mundo. O boletim mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado no dia 1º de setembro, reúne informações de 31 de julho a 27 de agosto.
Nesse período, mais de 1,4 milhão de novos casos de Covid-19 e 1.800 mortes foram notificados à OMS, um aumento de 38% e uma diminuição de 50%, respectivamente, em comparação com os 28 dias anteriores.
As hospitalizações cresceram 40%, mas as internações em unidades de terapia intensiva (UTI) caíram 33%.
A entidade destaca, contudo, que a ausência de dados notificados por parte dos países pode leva a uma defasagem na estimativa real de casos mais graves da doença.
No recorte por país, apresentaram o maior número de novos casos Coreia do Sul, Itália, Estados Unidos, Reino Unido, Austrália e Singapura. Estes mesmos países, com exceção dos Estados Unidos, lideram a lista de óbitos no período, junto com a China.
Fonte: Saúde.abril – Por: Lucas Rocha