Saúde

Espírito Santo avança e amplia Teste do Pezinho para detectar doenças graves como a AME

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O Governo do Espírito Santo anunciou um novo avanço na política de atenção à saúde infantil: a ampliação do Teste do Pezinho, com a priorização das Etapas 4 e 5 do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN). A mudança inclui a detecção precoce de doenças genéticas raras e de alto impacto, entre elas a Atrofia Muscular Espinhal (AME), considerada uma das mais graves condições neuromusculares da primeira infância.

O anúncio da ampliação foi feito pelo secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, durante o Congresso INAME 2025, realizado em São Paulo de 21 a 23 de novembro. Durante sua apresentação, o secretário exibiu um vídeo com mensagem do governador Renato Casagrande, que reforçou a importância da iniciativa para a saúde pública.

“Hoje damos mais um passo importante na proteção da infância capixaba. Ampliar o Teste do Pezinho significa oferecer às nossas crianças a chance de um diagnóstico precoce e de tratamentos que podem mudar completamente o curso de doenças graves, como a AME. Essa é uma decisão técnica, responsável e profundamente humana, que reforça o compromisso do Governo do Estado com a vida, com a equidade e com a modernização das políticas públicas de saúde. Estamos preparando o futuro já no primeiro dia de cada criança que nasce no Espírito Santo, garantindo que nenhuma oportunidade de cuidado seja perdida”, informou o secretário.

Atualmente, o Estado está consolidado na Etapa 1 do programa, rastreando as seis doenças obrigatórias com processamento integral das amostras no Serviço de Referência em Triagem Neonatal (APAE Vitória). A expansão segue a legislação nacional, Lei 14.154/2021 e Portaria GM/MS nº 1.341/2022, que determina a ampliação progressiva do escopo do teste. A implementação das Etapas 2 e 3 permanece planejada para fases posteriores, garantindo expansão ordenada e integrada.

A AME é uma doença genética de rápida evolução, em que o diagnóstico precoce é determinante para evitar sequelas irreversíveis. Hoje, o Espírito Santo acompanha 26 crianças com AME. Com a ampliação da triagem, o Estado passa a identificar a condição ainda antes do surgimento dos sintomas, abrindo caminho para intervenções imediatas com terapias modificadoras de doença já incorporadas ao SUS.

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“Evidências científicas demonstram que crianças tratadas precocemente apresentam melhor desenvolvimento motor global, maior sobrevida livre de ventilação, redução de internações e de complicações respiratórias, além de um incremento significativo na qualidade de vida e na autonomia funcional, destacou a subsecretário de Estado de Atenção à Saúde, Carolina Sanches.

Além dos benefícios clínicos, a ampliação fortalece a Rede Materno-Infantil, aprimora fluxos de cuidado e reduz hospitalizações prolongadas e judicializações, promovendo sustentabilidade econômico-sanitária. 

Serviço

A realização do teste do pezinho é de responsabilidade da Apae Vitória que é credenciada pela Sesa e pelo Ministério da Saúde (MS), como serviço de referência em triagem neonatal do Estado.

Para ter acesso ao serviço, o recém-nascido deve ser encaminhado a um dos 460 postos de coleta (unidades básicas de saúde) distribuídos nos 78 municípios capixabas para realizar a coleta do material.

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O exame também pode ser realizado em maternidades, hospitais e unidades, tornando-o amplamente acessível para todos os recém-nascidos.

A ampliação da testagem com detecção da AME estará disponível para a população a partir de março de 2026. Até lá, as equipes da Secretaria da Saúde (Sesa) promoverão capacitações das Apaes e seminários orientativos para a rede de maternidades públicas e privadas do estado.

* Fotos do congresso aqui

Informações à Imprensa:

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Assessoria de Comunicação da Sesa
Syria Luppi / Luciana Almeida / Danielly Campos / Thaísa Côrtes / Ana Cláudia dos Santos
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