Saúde
Estilo de vida saudável pode reduzir em até 30% o risco de câncer de mama
O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres brasileiras (exceto os casos de pele não melanoma) e, embora não tenha uma única causa definida, estudos demonstram que até 30% dos casos poderiam ser evitados com mudanças no estilo de vida.
“Manter um peso saudável, praticar atividade física regular, ter uma alimentação equilibrada e evitar o consumo de álcool são atitudes fundamentais para reduzir o risco de desenvolver câncer de mama“, afirma Juliana Alvarenga, oncologista da São Bernardo Samp. Segundo a especialista, hábitos como sedentarismo, obesidade – especialmente após a menopausa – e ingestão de bebidas alcoólicas estão diretamente ligados ao aumento da produção de estrogênio, hormônio que pode estimular o crescimento de células malignas na mama.
A alimentação também tem papel essencial na prevenção. “Uma dieta rica em frutas, legumes, grãos integrais e com baixo consumo de alimentos ultraprocessados pode ter efeito protetor. Além disso, a prática regular de exercícios físicos pode reduzir em até 20% a chance de desenvolver a doença”, explica Juliana.
Mulheres estão adoecendo mais cedo?
A incidência do câncer de mama tem aumentado nos últimos anos. Parte desse crescimento se deve ao avanço dos métodos de rastreamento e ao diagnóstico precoce, mas especialistas alertam para uma tendência preocupante: o surgimento da doença em mulheres cada vez mais jovens.
“O estilo de vida moderno tem influência direta nesse cenário. Observamos mais casos em mulheres na faixa dos 40 anos, o que pode estar relacionado ao aumento do sedentarismo, obesidade, consumo de álcool e outros fatores como menarca precoce, menor número de gestações e amamentação mais curta”, explica a oncologista da São Bernardo Samp.
Dados do Ministério da Saúde indicam que 23% dos casos de câncer de mama ocorrem entre 40 e 49 anos, o que reforça a importância da atenção a essa faixa etária e a necessidade da realização de mamografia anualmente.
“A mamografia continua sendo o exame mais eficaz para o rastreamento do câncer de mama. O exame a partir dos 40 anos permite identificar tumores em estágios iniciais, com maior chance de cura. Entretanto, fazer a mamografia muito precocemente — antes dos 35 ou 40 anos — pode não trazer benefícios, já que as mamas costumam ser mais densas nessa fase, dificultando a detecção de alterações e aumentando a incidência de falsos positivos”, explica a médica.
“Cuidar da saúde das mamas vai muito além do Outubro Rosa. A prevenção começa com escolhas diárias e o diagnóstico precoce continua sendo a melhor arma contra o câncer de mama”, conclui Juliana Alvarenga.
Fonte: Assessoria de imprensa L4 Comunicação Por: Luciane Ventura ou Bárbara Oliveira