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Saiba como era Tenochtitlán, a “Veneza do Novo Mundo”

Redação Informe ES

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Tenochtitlán é a base da Cidade do México (México), cujas edificações não lembram em nada o que foi a capital do império asteca, que deixou o conquistador espanhol Hernán Cortés estupefato há pouco mais 500 anos.

A cidade tinha vários lagos e canais e cativou Cortés, especialmente pelo aspecto de “cidade dos palácios”, segundo o doutor em História da América e especialista nas relações entre Espanha e América no século XVI, Esteban Mira Caballos, à BBC. Tanto que ela recebeu o apelido de “Veneza do Novo Mundo“.

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Retrato de Cortés do século XVIII baseado naquele enviado pelo conquistador a Paolo Giovio, que serviu de modelo para muitas de suas representações desde o século XVI (Imagem: Domínio Público)

Essas descrições, inclusive, vieram do próprio Cortés após seu encontro com Montezuma II, líder dos astecas, em 8 de novembro de 1519. A data é histórica por marcar a conquista do território atual do México.

Com admiração, ele descreveu suas ruas que, segundo suas palavras, eram metade de terra e metade de água, de forma que a população devia transportar-se em canoas. Ele também falou das pontes que atravessavam essas vias, que eram tão largas e sólidas que permitiam a passagem de dez cavalos juntos de uma vez.

Esteban Mira Caballos, doutor em História da América, à BBC

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Ainda segundo o historiador, “o conquistador ficou tão impressionado com Tenochtitlán e a confederação mexica [astecas] que, em sua Segunda Carta Narrativa, chegou a sugerir ao imperador Carlos V que se proclamasse imperador daquelas terras, o que, segundo ele, não seria menos digno que a Coroa Imperial da Alemanha”.

A seguir, saiba mais sobre Tenochtitlán, essa cativante cidade.

O que se sabe sobre Tenochtitlán?

“Conhecemos a área urbana de México-Tenochtitlán graças aos estudos e representações cartográficas que vêm sendo feitos desde a época do vice-reino”, explica o historiador mexicano Andrés Lira González.

  • Entre outros, González cita a descrição e o mapa de antigos bairros da época desenhados pelo sacerdote e cartógrafo mexicano Antonio Alzate em 1789;
  • Ele também cita relatos de testemunhos, mapas da cidade dos séculos XVI e XVII, bem como importantes estudos elaborados pelos arqueólogos Eduardo Matos Moctezuma e Leonardo López Luján;
  • Já Caballos pontua que existem mapas “muito próximos à realidade”, sendo um deles o conhecido mapa de Nuremberg (Alemanha), editado na própria cidade alemã em 1524, retratando Tenochtitlán.
Pintura de vista panorâmica de Tenochtitlán e do vale do México, sobre a lagoa de Texcoco (Imagem: Gary Todd from Xinzheng, China, CC0, via Wikimedia Commons)

Temos, também, fontes arqueológicas que estão resgatando e analisando muitos dos lugares descritos por esses cronistas, trazendo à luz complexos arqueológicos, como o impressionante Templo Maior, a construção do jogo de bola e o tzompantli – o altar dos crânios.

Esteban Mira Caballos, doutor em História da América, à BBC

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Mas não temos apenas os relatos de Cortés e do conquistador Bernal Díaz. Códices indígenas também conseguem idealizar como eles eram. “Nas obras de Bernal Díaz del Castillo, o leitor encontrará a impressão causada aos conquistadores pelo panorama contemplado ao aproximar-se do Vale do México”, detalha González.

Ele diz ainda que Cortés, “convencido da grandeza do México, esforçou-se para estabelecer ali a capital dos domínios já conquistados e que conquistaria no futuro, apesar dos inconvenientes do solo pantanoso”.

É bom lembrar que Tenochtitlán e Tlatelolco foram construídas sobre ilhotas e se ampliaram, ganhando espaço sobre a lagoa e os pântanos que ocupavam o ‘Vale do México’ (na verdade, uma bacia hidrográfica cercada por montanhas no lado sul, que impediam a saída da água).

Andrés Lira González, historiador mexicano, em entrevista à BBC

Contudo, Caballos ressalta que “é difícil imaginar como realmente devia ser Tenochtitlán quando os espanhóis chegaram”, contudo, temos algumas valiosas informações e dados.

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“Mapa de Nuremberg”, elaborado na Alemanha, em 1524, é o mapa mais antigo existente de Tenochtitlán (Imagem: Domínio público)

“Veneza do Novo Mundo”

Caballos continua: “Era uma cidade lacustre, a ‘Veneza americana’ [do Novo Mundo], localizada no meio de um lago, isolada, cujo acesso se resumia a três calçadas e que precisava ser abastecida do lado externo.”

“Ela estava localizada em meio a mais de 2 mil km² de lagos onde havia muitos peixes, enquanto nas terras ao seu redor era praticada uma agricultura muito produtiva que permitia altos índices de população na região”, explica Caballos.

[O escritor e colonizador espanhol] Fernández de Oviedo a descreveu como uma cidade de palácios, construída no meio do lago Texcoco, com casas principais, porque todos os vassalos de Montezuma costumavam ter residência na capital, onde viviam uma parte do ano. Era metrópole refinada, com banheiros públicos e mais de 30 palácios que abrigavam finas cerâmicas e elegantes artigos de tecido.

Esteban Mira Caballos, doutor em História da América, à BBC

Caballos explica que o palácio de Montezuma, incluindo os jardins, tinha 2,5 ha, sendo maior que várias fortalezas espanholas. “Os próprios mexicas sentiam orgulho de sua capital e das grandes realizações alcançadas, principalmente nas décadas imediatamente anteriores à chegada dos espanhóis”, complementa o historiador.

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O exemplo mais claro do alto grau de desenvolvimento da sua engenharia é, sem dúvida, o aqueduto de Chapultepec, que abastecia a cidade. Ele trazia o precioso líquido de uma ponta do lago Texcoco e tinha duas canalizações complexas, uma que ficava sempre ativa enquanto a outra era limpa. Tudo isso demonstra os grandes conhecimentos de engenharia hidráulica que essa civilização alcançou.

Esteban Mira Caballos, doutor em História da América, à BBC

Contudo, Cortés cortou o aqueduto antes de seu último ataque à cidade, realizado em 1521, “o que causou extremo sofrimento para a população sitiada, que foi privada de água doce em poucas semanas”, explica Caballos.

Ou seja, Tenochtitlán era impressionante, “mas, também, extremamente vulnerável, pois dependia a todo momento de recursos hídricos e de alimentos provenientes do exterior”, reflete Caballos.

Caballos destaca ainda que isso significa que os astecas “aproveitaram os recursos para orientar e expandir seu espaço no meio lacustre deixado por outros povos que se assentaram anteriormente na região, desenvolvendo técnicas inovadoras e eficazes para edificar a cidade”.

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O ‘pragmatismo’, digamos, dos mexicas, revela conhecimentos astronômicos, religiosos e artísticos palpáveis dos povos da Mesoamérica. Destaca-se ‘engenharia’ original para dominar o espaço em volta do lago e, devido à sua situação e sua cultura guerreira e comercial, o desenvolvimento de atividade expansiva, da qual Hernán Cortés foi testemunha e usufrutuário hábil.

Esteban Mira Caballos, doutor em História da América, à BBC

Templo Maior, no centro histórico da atual Cidade do México (Imagem: javarman/Shutterstock)

Quantidade de moradores de Tenochtitlán

Não é fácil precisar quantas pessoas moravam em Tenochtitlán, como explica González. “Os cálculos de população realizados com testemunhas e métodos muito diferentes, desde os primeiros anos até os mais recentes, são desconcertantes.”

Para ele, o número “mais correto” é o mencionado pelo José Luis de Rojas, da Universidade Complutense de Madri (Espanha), no livro “México-Tenochtitlán, economia e sociedade no século XV” (em tradução livre).

Nele, o escritor indica ser mais provável que a cidade asteca tivesse um máximo de 200 mil habitantes. “Isso significa que era uma das cidades mais povoadas do planeta, bem maior que Roma, Paris ou Sevilha e pouco menor que Pequim, Constantinopla ou Bagdá”, destaca González.

O pesquisador também ressalta que uma população desse tamanho precisava de pelo menos quatro mil carregadores por dia, “o que ocasionava tráfego constante de pessoas e vastíssimo mercado”.

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Claro que, com a imprecisão acerca da quantidade de habitantes de Tenochtitlán e a falta de mais dados sobre a cidade imponente, vários mitos foram alimentados sobre sua construção.

O principal e mais importante é o mito da ‘peregrinação’, ordenada e orientada pelo deus Huitzilopochtli, para levar o seu povo para o lugar onde sua cidade deveria ser fundada e ampliada.

Andrés Lira González, historiador mexicano, em entrevista à BBC

Então, os mexicas chegaram ao vale do México, local onde encontraram um nopal (espécie de cacto) no qual uma águia estava devorando pássaros, enquanto seguiam o que seu deus os havia orientado.

Lá, teriam encontrado um baú, com dois pedaços de madeira e algumas pedras preciosas e, por sorteio, só mantiveram ali os donos dos pedaços de madeira, usados para criar fogo e trabalhos, enquanto os detentores das pedras preciosas optaram por estabelecerem-se onde seria Tlatelolco. Contudo, o mito não combina com fatos, como explica González.

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Ele diz que, ao contrário do mito da peregrinação, “hoje, sabemos que sua fundação no meio do lago Texcoco, rodeado de pântanos e juncos, não foi exatamente voluntária, mas, sim, forçada, porque, por serem população emigrante, os mexicas haviam sido expulsos de quase todos os lugares. Foi nessa região aparentemente inóspita que foi permitido seu estabelecimento”.

“Os cronistas espanhóis têm o costume de comparar o que veem com o que já conhecem. Portanto, as alusões a cidades europeias costumam ser fruto da sua imaginação”, pontua Caballos.

Segundo o historiador, é por isso que cidades mexicanas, como Tenochtitlán e Cholula, ou peruanas, como Cusco, Tumbes e Cajamarca, “com características arquitetônicas europeias que absolutamente não correspondem à realidade”.

Tenochtitlán era uma cidade impressionante por suas dimensões, jardins e suas praças e palácios espaçosos. Mas é preciso lembrar que era muito diferente de qualquer cidade europeia. Ela tinha um encanto muito especial, mas não se parecia em nada com as cidades ocidentais.

Esteban Mira Caballos, doutor em História da América, à BBC

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Ilustração mostra a praça central e o Templo Maior no século XVI (Imagem: Wikimedia Commons)

Dá para visitar Tenochtitlán?

Como falamos no começo da matéria, a Cidade do México que temos hoje em dia em nada se parece com a vistosa Tenochtitlán, principalmente por conta da destruição causada por Cortés (e aiados indígenas) para conquistar o território para os espanhóis.

Contudo, ainda existem ruínas dos tempos áureos dos astecas, localizado no coração da capital mexicana, o que, em termos, nos causa nostalgia ao tentar imaginar como era essa magnífica cidade.

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O que é o Modo Investigar do ChatGPT? Entenda o recurso da inteligência artificial

Redação Informe ES

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Se você acompanha o mundo da inteligência artificial, já deve ter ouvido falar que o ChatGPT está ficando mais inteligente, capaz de realizar pesquisas complexas e “pensar” antes de responder. Termos como “Modo Investigar”, “Busca Profunda” e “Modo Thinking” começaram a surgir, mas o que exatamente eles significam?

A verdade é que, embora o “Modo Investigar” seja um nome popular, o recurso oficial que está revolucionando a pesquisa na ferramenta chama-se, na verdade, “Busca Profunda” (ou Deep Research). Trata-se de uma ferramenta muito mais robusta do que a simples pesquisa na web que já conhecíamos.

Vamos desvendar o que é essa ferramenta, como ela se difere de outras funções e quem pode usá-la.

O que é a Busca Profunda (Deep Research) do ChatGPT?

Esqueça as respostas instantâneas clássicas do ChatGPT. A Busca Profunda (também chamada de “Modo Investigar”) não é um bate-papo rápido, mas sim um assistente de pesquisa autônomo.

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Função Deep Research no Chat GPT
Função Deep Research no ChatGPT (Imagem: Reprodução/OpenAI)

Em vez de apenas consultar o Bing para encontrar um fato rápido, a Busca Profunda funciona como um agente de IA que recebe uma tarefa de pesquisa complexa e “sai para trabalhar”.

O objetivo é lidar com perguntas que exigiam horas de pesquisa manual. Ela é projetada para sintetizar informações de múltiplas fontes confiáveis, analisar dados e, ao final, entregar um relatório detalhado.

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Quando você ativa a Busca Profunda para uma pergunta (por exemplo: “Qual é a análise de mercado e as projeções de crescimento para o setor de energia solar no Brasil até 2030?”), o ChatGPT informa que iniciará uma pesquisa aprofundada. Esse processo pode levar de 2 a 5 minutos (ou até mais).

Durante esse tempo, a IA está:

  1. Analisando a pergunta.
  2. Criando múltiplos caminhos de pesquisa.
  3. Consultando dezenas de fontes na web.
  4. Filtrando o conteúdo irrelevante.
  5. Sintetizando os dados encontrados em um relatório coeso.
  6. Gerando citações para as fontes utilizadas.

Este é um recurso premium do ChatGPT, logo não é gratuito. A Busca Profunda consome muito mais computação que uma resposta normal, por isso, está disponível apenas para assinantes de planos pagos, como o ChatGPT Plus e Pro, e geralmente possui um limite de quantas pesquisas podem ser feitas por dia ou mês.

Exemplos práticos:

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  • Acadêmico: “Faça uma revisão de literatura sobre os efeitos da meditação mindfulness na redução da ansiedade, citando estudos dos últimos 3 anos.”
  • Negócios: “Compare os principais concorrentes do software X, analisando seus recursos, preços e avaliações de clientes.”
  • Técnico: “Descreva detalhadamente a arquitetura do modelo de IA ‘Mixtral 8x7B’ e explique suas vantagens sobre o ‘LLaMA 2’.”

Qual a diferença entre os modos Busca Profunda, Raciocínio (Thinking) e a busca padrão?

Aqui é onde a confusão geralmente acontece. Os termos “Busca Profunda” (Deep Research) e “Modo de Raciocínio” (Thinking Mode) não são a mesma coisa.

A melhor forma de diferenciá-los é pelo propósito e pelo funcionamento:

Busca Padrão (Browsing)

  • Para que serve? Respostas rápidas e factuais sobre eventos atuais.
  • Como funciona: A IA faz uma busca rápida na web (via Bing) para encontrar informações pontuais. Ela lê algumas páginas e responde em segundos.
  • Exemplo: “Quem ganhou o jogo de ontem?” ou “Qual a previsão do tempo para amanhã?”
  • Disponibilidade: disponível para assinantes pagos e, em alguns momentos, para usuários gratuitos.
Mulher mexendo em notebook com Chat GPT
Mulher mexendo em notebook com ChatGPT (Imagem: frimufilms/freepik)

Modo de Raciocínio (Thinking Mode / Step-by-Step Reasoning)

  • Para que serve? Resolver problemas lógicos complexos ou perguntas que exigem “pensar” em etapas, usando seu conhecimento interno ou dados de uma busca simples.
  • Como funciona: Este não é um “modo” que você seleciona, mas sim uma capacidade de modelos mais avançados (como o GPT-5 ou o o3-mini-high). A IA identifica que a pergunta é difícil (como um problema de matemática ou um quebra-cabeça de lógica) e ativa um processo de “raciocínio passo a passo” antes de dar a resposta final. É mais rápido que a Busca Profunda, mas mais lento que a busca padrão.
  • Exemplo: “Se 5 programadores levam 5 dias para fazer 5 aplicativos, quanto tempo 100 programadores levam para fazer 100 aplicativos?” (A IA vai “pensar” sobre a lógica antes de responder).
  • Disponibilidade: É uma característica intrínseca dos modelos mais avançados, disponível para assinantes pagos.

Busca Profunda (Deep Research)

  • Para que serve? Pesquisa e análise exaustiva de um tópico, resultando em um relatório detalhado.
  • Funcionamento: É um modo que o usuário ativa intencionalmente. É lento (vários minutos), caro em termos computacionais e vasculha a web extensivamente para sintetizar um documento novo e citado.
  • Exemplo: “Crie um relatório completo sobre o impacto da IA na logística de transporte marítimo, incluindo desafios e oportunidades futuras.”
  • Disponibilidade: Exclusivo para planos pagos (como o Pro) e com limites de uso mais restritos.

Em resumo, enquanto a Busca Padrão busca um fato, o Modo de Raciocínio resolve um problema lógico, e a Busca Profunda escreve uma monografia.

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Como e quando fazer a manutenção da suspensão do carro?

Redação Informe ES

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Pense na suspensão como os “sapatos e joelhos” do seu carro. Ela é que trabalha sem parar para garantir, por exemplo, que seu café não derrame no seu colo enquanto você passa por aquela rua esburacada. Ela garante que a viagem seja suave, mesmo quando o asfalto está irregular.

Mas, ela também se “cansa” e precisa de cuidados. Ignorar a manutenção da suspensão não é apenas sinônimo de menos conforto, mas é um risco direto à segurança, afetando como o carro freia, faz curvas e mantém os pneus no chão.

Então, vamos entender quando e como dar a esse sistema a atenção que ele merece, sem precisar virar um especialista em mecânica.

O que é a suspensão do carro e para que ela serve?

Se você já andou de carroça (ou viu em filmes), sabe exatamente o que acontece quando não existe suspensão: cada pedrinha é sentida na alma. Basicamente, o sistema de suspensão é o conjunto de peças que conecta as rodas ao chassi (a “carroceria”) do veículo.

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suspensão de um carro
Suspensão de um carro (Imagem: Mercedes/Reprodução)

Sua missão principal é dupla:

  1. Conforto: absorver os impactos de buracos e irregularidades do solo, impedindo que essa vibração chegue aos passageiros.
  2. Segurança: manter os pneus em contato constante com o solo. É isso que garante a estabilidade, a tração e a eficiência na hora de frear ou desviar de um obstáculo.

Ela fica ali, “escondida” atrás das rodas. E não, ela não é exclusividade dos carros. Motocicletas, caminhões, bicicletas e até alguns trens usam complexos sistemas de suspensão.

Esse sistema é um time que, conforme detalhado pela Fiat em publicação, inclui peças cruciais como:

  • Amortecedores: controlam o movimento das molas, impedindo que o carro fique “pulando” sem parar após passar em uma lombada.
  • Molas: são as primeiras a absorver o impacto (sejam helicoidais, como uma mola de caneta gigante, ou feixes de mola, comuns em picapes).
  • Bandejas (ou braços oscilantes): ligam a coluna da roda (onde o pneu está preso) ao chassi do carro.
  • Pivôs e terminais: permitem que as rodas virem (direção) e subam e desçam (suspensão) de forma articulada.
  • Buchas: pequenas peças de borracha que ficam nas junções, absorvendo vibrações menores e impedindo o atrito de metal com metal.

Como e quando fazer a manutenção da suspensão do carro?

A suspensão geralmente não falha de um dia para o outro, mas ela dá sinais. O problema é que, como o desgaste é gradual, muitos motoristas se acostumam com o “carro batendo” e só percebem quando dirigem um carro novo.

Homem checando suspensão de carro com lanterna
Homem checando suspensão de carro com lanterna (Imagem/freepik)

Fique atento a estes sintomas clássicos:

  • Barulhos estranhos: o sinal mais óbvio. Ouvir “toc-toc”, rangidos (como uma porta velha) ou batidas secas ao passar em lombadas ou buracos é o sistema gritando por ajuda.
  • Instabilidade: se o carro parece “flutuar” em altas velocidades, balança demais em curvas (inclinando a carroceria) ou “puxa” para um lado ao fazer curvas ou frear, desconfie.
  • “Mergulho” ao frear: a frente do carro afunda mais do que o normal quando você pisa no freio, ou a traseira “agacha” muito ao acelerar.
  • Desgaste irregular dos pneus: se os pneus estão ficando “carecas” mais por dentro ou por fora (o famoso “comer pneu”), a culpa é quase sempre de problemas na suspensão ou desalinhamento, como alertam grandes fabricantes de autopeças.
  • Amortecedores “suados”: se você puder espiar por trás da roda (com o carro parado e frio) e vir o cilindro do amortecedor visivelmente melecado de óleo, é sinal de vazamento. Ele perdeu sua função.

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A manutenção preventiva é a chave

Diferente do óleo do motor, a suspensão não tem uma “data de validade” única em quilômetros. A durabilidade de um amortecedor pode variar de 40.000 km a mais de 100.000 km, dependendo muito de onde você anda (um carro que só pega asfalto liso versus um que enfrenta paralelepípedos diariamente).

A manutenção, portanto, é focada na inspeção.

Revisão preventiva

A regra de ouro é: faça uma inspeção visual completa do sistema. Mecânicos e publicações especializadas recomendam uma verificação a cada 10.000 ou 20.000 quilômetros, geralmente aproveitando o momento do alinhamento e balanceamento.

Nessa inspeção, o profissional verificará o estado dos amortecedores (buscando vazamentos ou perda de pressão), a integridade das molas (se não estão quebradas ou cansadas) e, principalmente, as folgas nas buchas, pivôs e terminais.

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Troca de peças

Se uma peça estiver ruim, ela deve ser trocada. No caso dos amortecedores e molas, a regra inegociável é fazer a troca sempre aos pares (os dois dianteiros ou os dois traseiros) no mesmo eixo. Colocar apenas um novo desequilibra totalmente o carro, tornando-o perigoso.

Alinhamento

Por fim, qualquer reparo significativo na suspensão (troca de amortecedor, pivô, bandeja) exige que o carro passe por um alinhamento de direção (ou geometria) logo em seguida. Mexer nessas peças altera os ângulos das rodas, e só o alinhamento os coloca de volta no lugar certo.

Cuidar da suspensão é, no fim das contas, cuidar do seu conforto e, principalmente, da sua segurança. Na dúvida, ou se ouvir aquele barulhinho novo, não hesite: passe na sua oficina de confiança.

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5 dicas para não cair em golpes com IA na Black Friday

Redação Informe ES

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A proximidade da Black Friday traz não só ofertas tentadoras, mas também uma ameaça cada vez mais sofisticada, o golpe com IA na Black Friday.

Nesse novo cenário digital, precisamos sair na frente e ser mais espertos que os golpistas para reconhecer as armadilhas na hora da compra, entender como elas funcionam e aprender a nos proteger. Será que um dia vamos sentir falta dos “falsos descontos” de antigamente, quando o pior que podia acontecer era o preço dobrar na véspera e voltar ao normal no dia seguinte?

Hoje, os criminosos vão muito além. Estão usando o poder da inteligência artificial para criar fraudes hiper-realistas, tornando essencial que o consumidor moderno esteja atento para proteger seu dinheiro e seus dados.

Phishing por voz, chatbots falsos e promoções simuladas por algoritmos são apenas parte do novo arsenal de ataques digitais. Para aproveitar as promoções com segurança, veja um guia prático com cinco dicas que ajudam a se proteger de um possível golpe IA Black Friday.

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5 dicas para não cair em golpes com IA na Black Friday

1. Desconfie de promoções “imperdíveis” demais

Promoção online com desconto falso, representando armadilhas virtuais durante a Black Friday
Desconfie das ofertas que parecem boas demais, muitos golpes com IA na Black Friday começam com anúncios falsos que imitam grandes lojas (Imagem: Renata Mendes via Dall-E 3 / Olhar Digital)

Se a oferta parece boa demais para ser verdade, provavelmente é. A IA é capaz de criar anúncios visualmente impecáveis, com logotipos de lojas famosas e textos persuasivos, mas que direcionam o usuário para sites falsos.

Muitos golpes com IA na Black Friday começam com um anúncio nas redes sociais ou em e-mails oferecendo smartphones, TVs e consoles por preços muito abaixo da média.

Antes de clicar, verifique o endereço do site. Pequenos erros de digitação, domínios com “.net” ou “.com.br” em vez de “.com” oficial e páginas sem o cadeado de segurança são sinais de alerta. Sempre acesse a loja digitando o endereço diretamente no navegador e nunca por links recebidos.

2. Verifique a autenticidade de e-mails e mensagens

Pessoa observando notebook com e-mail suspeito de remetente “support@lojaoficial”, com o assunto “Promoção de Black Friday: Não perca” e botão “Ver detalhes”, representando tentativa de golpe digital
Golpistas usam e-mails falsos com aparência legítima, como o da imagem, para atrair vítimas durante a Black Friday (Imagem: Renata Mendes via Dall-E 3 / Olhar Digital)

Os golpes de phishing evoluíram. Hoje, com ajuda da IA, mensagens falsas apresentam português perfeito e design profissional, imitando grandes varejistas. Elas podem informar sobre uma compra inexistente ou pedir atualização de dados.

Jamais clique em links ou baixe anexos suspeitos. Se houver dúvida, entre em contato com o suporte oficial da loja, usando apenas os canais indicados no site verdadeiro. Esse cuidado simples ajuda a evitar um golpe IA Black Friday disfarçado de comunicado corporativo.

3. Cuidado com a “voz conhecida” no telefone

Pessoa atendendo ligação suspeita com o nome “Mãe” no visor, com elementos digitais sugerindo golpe de voz por IA
Golpistas já usam IA para clonar vozes de familiares ou atendentes de banco e aplicar o golpe com IA (Imagem: Renata Mendes via Dall-E 3 / Olhar Digital)

Uma das formas mais perigosas de fraude é o phishing por voz. Softwares de IA conseguem clonar vozes humanas com poucos segundos de gravação. Criminosos podem ligar se passando por um parente, pedindo ajuda financeira, ou por um atendente de banco, solicitando transferências.

Durante o período de compras da Black Friday, quando há grande volume de transações, é mais fácil cair na armadilha. Se receber uma ligação suspeita, desligue e retorne para o número oficial da pessoa ou da instituição. Lembre-se: o identificador de chamadas também pode ser falsificado.

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4. Atenção redobrada com chatbots de atendimento

Tela de smartphone mostrando conversa com chatbot de suporte técnico em português, com mensagens suspeitas pedindo “número do cartão de crédito” e “código de segurança”, representando golpe com IA
Chatbots falsos podem parecer atendentes reais, mas pedem dados pessoais e financeiros. Durante a Black Friday, redobre a atenção e nunca informe número do cartão ou código de segurança (Imagem: Renata Mendes via Dall-E 3 / Olhar Digital)

Os golpistas também criam chatbots falsos alimentados por IA para enganar consumidores. É comum que essas armadilhas apareçam como pop-ups em sites clonados ou mensagens no WhatsApp, oferecendo descontos exclusivos. Esses bots pedem dados pessoais, número do cartão ou código de segurança.

Nenhuma empresa séria solicita informações sigilosas por mensagem. Se o chatbot pedir senhas, CPF ou o CVV do cartão, encerre o contato imediatamente. Procure confirmar se o canal é oficial – o verdadeiro site da loja sempre oferece formas alternativas de contato humano.

5. Fortaleça suas senhas e ative a autenticação de dois fatores

Pessoa digitando em laptop com tela de login exibindo campos de usuário e senha e ícone de cadeado, enquanto smartphone ao lado mostra código de autenticação de dois fatores (2FA), simbolizando segurança digital
O uso de senhas fortes e da autenticação de dois fatores (2FA) adiciona uma camada extra de proteção contra invasões e golpes com IA (Imagem: Renata Mendes via Dall-E 3 / Olhar Digital)

O acesso às contas online é o ponto mais vulnerável em qualquer compra digital. Caso suas credenciais tenham sido expostas em vazamentos, criminosos podem usar IA para testar combinações de logins em diferentes sites.

Use senhas únicas e complexas para cada plataforma e, se possível, gerencie-as com um aplicativo seguro. Além disso, ative a autenticação de dois fatores (2FA) em todos os serviços que a oferecem, principalmente bancos e e-commerces. Mesmo que sua senha seja comprometida, o 2FA impedirá o acesso indevido, bloqueando um possível golpe IA Black Friday antes que cause prejuízo.

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  • Não caia nestes 5 golpes com IA! Veja como se proteger
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Segurança em primeiro lugar

A Black Friday é uma excelente oportunidade para economizar, mas também é o período em que os golpistas mais atuam. A combinação de compras em massa e novas tecnologias de IA cria um terreno fértil para fraudes digitais. Ao seguir essas 5 dicas e manter o senso crítico, você reduz significativamente o risco de ser vítima de um golpe com IA na Black Friday. Verifique, confirme e desconfie sempre.

Afinal, para aproveitar as promoções de verdade, é preciso ser mais esperto que a própria inteligência artificial dos golpistas.

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As imagens de todas as dicas foram geradas por IA, reforçando o tema e mostrando como a tecnologia pode ser usada tanto para o bem quanto para o engano.

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