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Armagedon cibernético? Rússia pode deixar a Europa sem internet

Colunista Noel Junior

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O fundo dos mares é, cada vez mais, um campo de batalha que deve ser dominado e estar pronto para ser defendido. No contexto da invasão da Ucrânia pela Rússia, o cenário de um apagão total da internet é um pesadelo na Europa, uma vez que 99% da rede mundial passa por cabos submarinos.

Diversos navios russos, de ‘pesca’ ou ‘oceanográficos’, têm sido avistados cruzando as costas da França e da Irlanda por onde passam essas ‘autoestradas’ de informação. Basta recordar os feitos do ‘Yantar’, uma embarcação ‘oceanográfica’ que possui um minissubmarino que conseguiu, em agosto de 2021, mergulhar a 6 mil metros de profundidade ao longo da costa irlandesa, seguindo a rota dos cabos que ligam a Europa aos Estados Unidos. A Rússia, que cortou os cabos ucranianos em 2014, teria capacidade para repetir a operação por toda a Europa.

Temos tendência para acreditar que os nossos smartphones, computadores, entre outros, estão interligados via espaço mas, na realidade, a maior parte – aliás, cerca de 99% do tráfego global da internet – é transportada por linhas marítimas de telecomunicações globais. Existem mais de 420 cabos no mundo, totalizando 1,3 milhões de quilômetros, mais de 3 vezes a distância da Terra à Lua.

O maior? 39 mil quilômetros de extensão para o cabo que liga o Sudeste Asiático à Europa Ocidental através do Mar Vermelho.

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Aujourd'hui, il existe plus de 400 câbles sous-marins actifs à travers le monde.

É estimado que mais de 10 bilhões em transações financeiras diárias passam hoje por essas ‘autoestradas no fundo do mar’ – este é particularmente o caso do principal sistema de câmbio para finanças globais, como o SWIFT (Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais). A segurança dessas transações é uma questão política, econômica e social. E esta é uma questão importante que há muito é ignorada.

A extrema concentração geográfica dos cabos, particularmente no seu ponto de chegada (Marselha, Bretanha, Cornualha, entre outros), os torna particularmente vulneráveis. Essas infraestruturas são tão cruciais hoje como os gasodutos e oleodutos. Mas estão bem protegidas?

Os cabos submarinos modernos usam fibra ótica para transmitir dados à velocidade da luz. No entanto, se nas imediações da costa os cabos são geralmente reforçados, o diâmetro médio de um cabo subaquático não é significativamente maior que o de uma mangueira de jardim. Há anos que as grandes potências estão envolvidas numa ‘guerra híbrida’, semiaberta, semisecreta, pelo controle desses cabos. À medida que a Europa concentra cada vez mais ameaças à cibersegurança, investir na segurança e na resiliência da infraestrutura física não parecer ser uma prioridade.

Em média, ocorrem mais de cem rupturas nos cabos submarinos por ano, geralmente causadas por barcos de pesca que arrastam âncoras. Mas houve alguns ataques que começaram a chamar a atenção desde 2014.

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Os primeiros ataques da era moderna datam de 2017: nos cabos Grã-Bretanha-EUA, depois nos cabos França-Estados Unidos, rasgados por arrastões. Embora esses ataques permaneçam desconhecidos do público, não são menos preocupantes e demonstram a capacidade de potências externas de isolar a Europa do resto do mundo.

Estão longe de serem os primeiros ataques: França e o Reino Unidos já tiveram essa experiência, durante a I Guerra Mundial, quando os alemães cortaram os cabos que faziam parte da rede mundial de telegrafia por cabo. Também os Estados Unidos cortaram cabos em tempos de guerra: em 1898, durante a Guerra Hispano-Americana, na baía de Manila (Filipinas), e no Caribe, ação que deixou a Espanha no escuro sobre o desenvolvimento do conflito no Porto Rico e em Cuba, o que contribuiu em grande parte para a vitória final dos Estados Unidos.

De volta à atualidade: há três tendências que estão acelerando os riscos à segurança e resiliência desses cabos. A primeira é o crescente volume de dados em trânsito nos cabos, o que incentiva terceiros Estados a espionar ou interromper o tráfego.

A segunda é a crescente intensidade de capital dessas instalações, que levou à criação de consórcios internacionais que envolveram dezenas de proprietários, separados das entidades que fabricam os componentes do cabo e daqueles que colocam os cabos no fundo do oceano. A multipropriedade permite reduzir substancialmente os custos mas ao mesmo tempo pode permitir a entrada nesses consórcios de atores estatais que podem usar a sua influência para interromper os fluxos de dados.

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Por último, a espionagem, que requer submarinos ou submersíveis operando a partir de navios, capazes de interceptar, ou mesmo modificar, os dados que passam pelos cabos de fibra ótica: neste momento, apenas a China, Rússia e Estados Unidos têm esses meios.

Fonte: IstoÉDinheiro

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No Espírito Santo, modernização do vale-alimentação alcança 529,5 mil trabalhadores e 12,3 mil empresas

Redação Informe ES

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A modernização do Programa de Alimentação do Trabalhador, a partir de um decreto assinado nesta semana pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tem impacto direto no cotidiano de 529,5 mil trabalhadores e de 12.330 empresas no Espírito Santo. O novo texto assegura avanços ao sistema de vale-alimentação e vale-refeição.

Das empresas envolvidas no Espírito Santo, 11.746 são beneficiárias do programa e outras 584 são fornecedoras. No perfil dos trabalhadores do estado atendidos pelo PAT, mais de 495,7 mil têm renda de até cinco salários-mínimos, enquanto outros 33,7 mil ganham acima deste patamar.

As novas regras limitam as taxas que atualmente são cobradas de bares, restaurantes, padarias e mercados que usam vale-refeição e alimentação. Também reduzem os prazos de repasse dos pagamentos das operadoras para os comerciantes.

Com isso, a ideia é incentivar a adesão de pequenos comércios e ampliar as opções de locais para o trabalhador usar o benefício. Além disso, em até um ano, os vales vão poder ser usados em qualquer maquininha, sem redes exclusivas, o que dá mais liberdade ao trabalhador e oportunidades ao comércio.
 

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“O decreto é bom para os supermercados, grandes, pequenos e médios. É bom para restaurantes grandes, pequenos e médios. É bom para padarias grandes, pequenas e médias e é bom para quem vende frutas nesse Brasil inteiro. Se é bom para todo mundo, é bom para o trabalhador. E se é bom para o trabalhador e é bom para o Brasil, é bom para todos nós”, disse o presidente Lula na assinatura do decreto, nesta terça-feira (11/11).
 

Presente nas 27 Unidades da Federação, o PAT reúne atualmente mais de 327,7 mil empresas beneficiárias e 37 mil empresas fornecedoras. Ao todo, são 22,1 milhões de beneficiários.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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Espírito Santo apresenta iniciativa para alavancar Cadastro Ambiental Rural na COP30

Redação Informe ES

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O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, apresentou, na manhã desta quarta-feira (12), o projeto Integração do Cadastro Ambiental Rural no Estado do Espírito Santo (IntegraCAR), durante o terceiro dia de participação na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em Belém (PA).

A iniciativa, desenvolvida em parceria com o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), utiliza tecnologias avançadas — como inteligência artificial, geoprocessamento e sensoriamento remoto — para otimizar a análise e validação dos cadastros ambientais rurais no Estado. O levantamento e o tratamento das informações permitirão ao poder público traçar estratégias personalizadas de regularização ambiental e aprimorar o planejamento territorial.

“O IntegraCAR é um projeto estratégico que vai nos permitir ser o primeiro Estado do Brasil a concluir 100% das validações do Cadastro Ambiental Rural. Isso trará maior segurança jurídica, acesso a crédito e novas oportunidades de mercado para nossos produtores rurais”, destacou o governador capixaba, durante o painel “Implementação do Federalismo Climático no Brasil”, realizado no Pavilhão Brasil, na Zona Azul da COP30.

Ainda nesta quarta-feira, Casagrande participa da assinatura de um acordo de cooperação entre o Consórcio Brasil Verde e a Aliança Verde Argentina, com o objetivo de fortalecer a integração regional e as ações climáticas subnacionais. Na ocasião, também foi anunciado o lançamento do Selo Descarboniza, que poderá ser utilizado por empresas comprometidas com a transição para uma economia de baixo carbono.

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“A COP do Brasil está sendo um marco importante para reafirmar o protagonismo dos estados e municípios na condução das políticas climáticas. O Espírito Santo tem muito a contribuir nesse cenário, com soluções inovadoras e um compromisso firme com a sustentabilidade”, ressaltou Casagrande, que também preside o Consórcio Brasil Verde.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Governo
Giovani Pagotto
giovani.pagotto@gmail.com

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Governo do Estado lança nova plataforma sobre mudanças climáticas na abertura da COP30

Redação Informe ES

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O governador do Estado, Renato Casagrande, iniciou, nesta segunda-feira (10), a participação do Espírito Santo na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), em Belém (PA), com o lançamento da plataforma digital do Programa Capixaba de Mudanças Climáticas (PCMC), disponível em: https://pcmc.es.gov.br/home. O novo canal reúne, em um único ambiente, as ações, projetos e iniciativas desenvolvidas pelo Governo do Estado no enfrentamento à crise climática.

“Por meio da plataforma digital, os cidadãos, pesquisadores, jornalistas e qualquer pessoa interessada poderão acompanhar de forma transparente as ações e as metas traçadas até 2050 dentro do Programa Capixaba de Mudanças Climáticas. É um espaço que reforça nossa governança climática e a responsabilidade do Espírito Santo com essa agenda”, destacou o governador.

A plataforma está estruturada em áreas temáticas: Plano Estadual de Descarbonização (NetZeroES 2050), Plano Estadual de Adaptação (Adapta-ES) e Atlas Climatológico do Espírito Santo. O ambiente também funcionará como repositório oficial do PCMC, reunindo informações sobre iniciativas governamentais, parcerias institucionais, resultados e indicadores, fortalecendo a transparência e a gestão integrada da política climática estadual.

O lançamento ocorreu durante a participação de Casagrande no painel “Governança Climática Participativa – A importância da atuação vertical para o alcance das NDCs”, promovido pela Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema). O governador compartilhou as experiências do Espírito Santo na articulação federativa e na implementação de políticas estruturantes de adaptação e mitigação.

Ainda no primeiro dia de agendas da COP30, o governador acompanhou a plenária de abertura, com a presença do presidente Lula e de autoridades de diversos países. Em seguida, participou do painel “Transição Energética e Transporte Sustentável: O Caminho para a Mobilidade de Baixo Carbono”, organizado pela Global Renewables Alliance, no qual abordou integração entre bioenergia, transporte, agronegócio, biocombustíveis avançados e eletrificação.

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No final da tarde, Casagrande esteve no painel “Governança Ambiental: Políticas de Controle das Emissões e Enfrentamento das Mudanças Climáticas”, realizado no estande da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e a Abema.

Esta é a quinta Conferência das Partes da ONU sobre clima da qual Casagrande participa como governador e como presidente do Consórcio Brasil Verde, movimento que integra a coalizão Governadores pelo Clima. O mandatário já esteve presente na COP26 (Glasgow, Escócia), COP27 (Sharm el-Sheikh, Egito), COP28 (Dubai, Emirados Árabes Unidos) e COP29 (Baku, Azerbaijão).

A COP é o espaço onde as lideranças nacionais assumem compromissos, mas são os estados e os municípios que transformam esses compromissos em políticas concretas. Por isso, a nossa participação é essencial: para apresentar resultados, defender investimentos e aprender com experiências de outros territórios”, afirmou o governador, que permanece na COP30 até quinta-feira (13).

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Governo
Giovani Pagotto
giovani.pagotto@gmail.com

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