Negócios
Microsoft chega a mais de 70% de mulheres na liderança

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Tânia Cosentino transformou seu compromisso pessoal em impulsionar carreiras de mulheres em uma política da Microsoft
Alcançar diversidade na alta liderança exige intencionalidade, especialmente em uma indústria tradicionalmente masculina, como a de tecnologia. “Não basta querer contratar mulheres, se a gente não for atrás e provocar a mudança, a inclusão não acontece de forma natural”, diz Tânia Cosentino, CEO da Microsoft no Brasil.
A executiva foi uma das primeiras a quebrar o teto de vidro e alcançar posições de liderança em grandes companhias no país. Desde que assumiu a big tech, há cinco anos, transformou seu compromisso pessoal em impulsionar carreiras de mulheres em uma política da empresa.
O resultado desse movimento é a contratação e promoção de quatro executivas para o time de liderança da Microsoft, que agora tem maioria absoluta de mulheres: são 11 em um time de 15 pessoas. “As mulheres não estão tirando empregos dos homens. Pelo contrário: aumentar o poder de renda das mulheres gera riqueza, consumo, cria mais empregos e se reverte em desenvolvimento econômico.”
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As novas lideranças são Maira Roversi, vice-presidente de estratégia e operações; Joana Moura, vice-presidente de clientes corporativos; Mirian Cruz, vice-presidente da Microsoft Consulting, e Regina Magalhães, business manager.
Com a chegada das executivas em diferentes áreas, o time de liderança agora é mais de 70% feminino. “Tenho orgulho, mas dá trabalho. O que a gente quer é trazer mais mulheres para inspirar as jovens e mostrar que existe espaço para elas crescerem no mercado de trabalho”, diz a CEO.
Na prática
Para uma das vagas recém-preenchidas, Tânia decidiu buscar apenas candidatas mulheres. “Fiz essa provocação e fiquei muito feliz porque chegaram currículos excelentes de várias mulheres. Tive um portfólio bacana e abrangente para poder escolher.”
Para outra posição, headhunters e colegas recomendaram diversos profissionais, mas não havia nenhuma mulher entre as indicações. “Eu me recuso a seguir se não houver mulheres no processo”, disse a CEO. Nessa busca intencional, uma das candidatas que apareceu acabou sendo a escolhida.
Na Microsoft, deve haver pelo menos uma candidata na última etapa dos processos seletivos. “Colocamos essa regra principalmente para as áreas técnicas porque quando buscamos uma especialista de nuvem ou de cibersegurança, por exemplo, fica mais difícil e isso atrasa o processo.”
Capacitar mulheres em tech
A CEO reconhece que essa dedicação encarece e alonga os processos. Para antecipar as buscas e garantir que existam pessoas capacitadas no mercado (e não apenas dentro da empresa), a Microsoft tem diferentes programas de treinamento de profissionais (mulheres, pessoas pretas, trans e PCDs).
A companhia tem uma parceria com a organização WoMakersCode, com mais de 100 mil vagas para capacitação de mulheres em tecnologia. Já são 47 mil inscritas no curso. “Queremos formar técnicas para alimentar nossa área com profissionais especializadas”, diz Tânia. Mas também é preciso olhar para a transversalidade e garantir que mulheres pretas sejam capacitadas. Com esse foco, o Black Women in Tech, em sua 3ª edição, já certificou quase 100 mulheres. “Identificamos os talentos e ficamos com um pool de pessoas pré-selecionadas para quando abrirem vagas em diferentes áreas de negócio.”
O desafio, segundo a CEO, começa antes mesmo da formação, com a falta de interesse das mulheres pela área de tecnologia porque não se enxergam nessa indústria. Fomentar carreiras técnicas para mulheres é um ponto de partida. “No nosso país nos falta engenheiras e profissionais da área de exatas de uma forma geral, o que significa atraso no desenvolvimento econômico.”
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Equação econômica da diversidade
Também não basta ter um grande volume de mulheres, pessoas pretas e outros grupos sub-representados em cargos de entrada, é preciso oferecer oportunidades para que eles desenvolvam suas carreiras internamente e tenham salários equiparados. “Se eu tiver um público diverso dentro da organização, vou gerar mais ideias, me conectar melhor com os clientes, criar um ambiente de trabalho mais prazeroso, e isso me permite profissionais mais engajados e produtivos”, explica Tânia Cosentino. “Existe uma equação econômica por trás do tema de diversidade e inclusão.”
Recentemente, a mídia americana divulgou que a Microsoft teria dissolvido um dos seus times de diversidade devido a mudanças nas necessidades de negócios. “A diversidade é um dos três pilares fundamentais da companhia”, diz Tânia. A empresa tem uma líder global de diversidade e pessoas dedicadas ao assunto em diferentes países.
Segundo a CEO, o que aconteceu foi que dois profissionais relacionados ao tema de diversidade perderam seus empregos na virada do ano fiscal. “Em uma empresa com 200 mil pessoas, precisamos olhar de tempos em tempos para a performance e entender se as habilidades estão alinhadas com as competências que precisamos para a organização.”
O pano de fundo é a corrida das empresas pela inteligência artificial. “Isso mostra a importância de qualquer pessoa dentro da organização, inclusive eu, estudar e se aprimorar continuamente.”
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Negócios
Home Office Eleva Produtividade para Quase Metade dos Profissionais

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Trabalhar de casa significa mais produtividade para cerca de metade dos profissionais brasileiros. De acordo com um novo levantamento da consultoria Michael Page, especializada em recrutamento de média e alta gerência, 48,6% afirmam render mais trabalhando de casa. Longe do barulho dos escritórios abertos, das reuniões desnecessárias e do trânsito, eles se consideram mais focados e eficientes.
A pesquisa ouviu em torno de 6,8 mil profissionais no Brasil. Entre eles, apenas 10,8% dizem que seu desempenho piora fora escritório. Para 40,5% dos entrevistados, a produtividade independe do local de trabalho.
Os dados indicam que o modelo presencial, ainda visto por empregadores como sinônimo de comprometimento, agora disputa espaço com a crescente valorização da flexibilidade. “O grande desafio das organizações é conseguir equilibrar os objetivos e resultados esperados pela empresa com as expectativas e demandas dos profissionais”, afirma Lucas Oggiam, diretor-executivo da Michael Page.
Profissionais querem 2 dias de home office na semana
Apesar de se considerarem mais produtivos em casa, 43,2% dos profissionais seguem trabalhando presencialmente. Outros 37,8% trabalham em modelo híbrido, enquanto apenas 19,9% atuam de forma totalmente remota.
No entanto, se pudesse escolher, a maioria dos profissionais optaria por uma divisão mais equilibrada. Para 27% dos entrevistados, o modelo ideal é o híbrido, com dois dias de home office na semana. Em seguida, as preferências são trabalhar 100% remoto (24,3%) e ter três dias fora do escritório (21,6%). O modelo totalmente presencial (o mais adotado atualmente) é o que menos agrada: apenas 8,1% querem estar no escritório todos os dias. Uma pesquisa de 2024 da Deel, plataforma de contratação global, mostra que 54% dos brasileiros que trabalham presencialmente gostariam de migrar para o modelo híbrido ou remoto.
O equilíbrio entre vida pessoal e profissional continua sendo um desafio, especialmente para quem vai ao escritório cinco dias na semana. Apenas 32,4% dos profissionais dizem conseguir respeitar seus próprios horários, cuidar da saúde e lidar bem com o estresse. Trabalhar de casa ajuda — apesar de não ser uma solução completa.
Presencial, híbrido ou home office: quem decide?
Entre os líderes ouvidos — 97 executivos em cargos de diretoria, presidência e C-level —, ainda persiste o impasse sobre qual é o modelo de trabalho ideal. Manter a cultura organizacional é o principal argumento para 35% dos que defendem o presencial. Já entre os adeptos do híbrido, 46% também veem benefícios da presença física para o fortalecimento das relações profissionais.
Para Lucas Oggiam, a escolha e o sucesso de cada um dos modelos de trabalho depende de escuta ativa e adaptação das empresas: “Cabe aos líderes analisarem qual a real necessidade do trabalho presencial e encontrar soluções que engajem os colaboradores e mantenham um bom ambiente para qualquer modelo escolhido.”
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Negócios
Semanas de Trabalho de 100 Horas Levam Funcionários de Bancos ao Limite

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Wall Street, o maior centro financeiro do mundo, é um dos melhores destinos para quem tem a ambição de fazer dinheiro. Além dos salários robustos e bônus generosos, há também o prestígio de poder afirmar que se é funcionário de um banco de investimento em uma das principais instituições financeiras do mundo.
Mas esse status tem um preço: em um ambiente extremamente competitivo, jovens profissionais enfrentam a pressão constante por resultados — a ponto de trabalharem mais de 100 horas por semana para manter o emprego e se destacar.
Apesar do prestígio e do dinheiro, para muitos, o custo mental e físico é alto. Não é incomum que trabalhem quase todos os dias da semana até tarde da noite. A atmosfera lembra um trote: alguns resistem, outros saem traumatizados.
Recentemente, uma equipe de analistas juniores do banco de investimento Robert Baird vinha trabalhando até as 4h da manhã por semanas, segundo a imprensa americana. Mas nem isso era suficiente. Os gestores disseram aos funcionários que era preciso aumentar a produtividade. Alguns se opuseram, mas foram instruídos a serem mais eficientes.
Longas jornadas para alcançar o sucesso
Em Wall Street, assim como em muitas instituições financeiras no Brasil e em outros cantos do mundo, impera a cultura do exagero: longas horas de trabalho são a norma. A pressão leva muitos profissionais, especialmente os mais jovens, ao limite — e os resultados podem ser trágicos. Analistas já disseram que suas queixas são ignoradas. Em resposta, alguns dos maiores bancos dos EUA começaram a implementar medidas para proteger seus jovens funcionários, incluindo limitar a carga semanal a cerca de 80 horas.
Conquistar uma vaga em bancos globais como Goldman Sachs ou Morgan Stanley sempre foi uma meta cobiçada por estudantes ambiciosos e talentos em início de carreira. É tido como um passaporte certo para acumular riqueza e alcançar um elevado status social. Para muitos, atuar com fusões e aquisições, IPOs ou negociação de ações e títulos é algo estimulante e recompensador. Mas também existe um outro lado.
Noites, finais de semana e feriados no escritório
Alguns anos atrás, o Goldman Sachs foi acusado por analistas juniores de impor condições de trabalho abusivas. Na época, o New York Times relatou que 13 analistas do primeiro ano, insatisfeitos, montaram uma apresentação profissional nos moldes da empresa sobre suas experiências no banco. A pesquisa sobre “Condições de Trabalho” viralizou nas redes sociais. Os jovens afirmaram trabalhar cerca de 100 horas semanais e muitos se sentiam vítimas de abuso corporativo.
Consequências sérias
A discussão sobre jornadas extremas e desequilíbrio entre vida pessoal e profissional ganhou força após a morte de dois funcionários do BofA (Bank of America). Leo Lukenas, um ex-militar de 35 anos e associado do banco, morreu no ano passado por uma “trombose aguda na artéria coronária”, segundo o Instituto Médico Legal de Nova York. Embora o laudo não tenha ligado diretamente a morte à carga de trabalho, um recrutador afirmou à Reuters que Lukenas dizia estar trabalhando mais de 100 horas por semana.
Outro caso foi o de Adnan Deumic, de 25 anos, operador de crédito e algoritmos do BofA em Londres. Ele sofreu um ataque cardíaco durante uma partida de futebol organizada pela empresa. Foi a segunda morte jovem no banco em poucas semanas. No entanto, também não se confirmou relação direta com o trabalho. “A morte do nosso colega é uma tragédia. Estamos abalados com a perda repentina de um jovem tão querido”, declarou um porta-voz do Bank of America. “Estamos comprometidos em apoiar totalmente a família de Adnan, seus amigos e todos os colegas que estão de luto.”
Um analista da Goldman Sachs foi encontrado morto horas depois de desabafar com o pai sobre jornadas de 100 horas semanais. Segundo o jornal Independent, Sarvshreshth Gupta, de 22 anos, morreu no estacionamento ao lado de seu apartamento, em São Francisco. As autoridades acreditam que ele tirou a própria vida após trabalhar a noite inteira e se sentir sobrecarregado pelas exigências.
Formado pela Universidade da Pensilvânia e nascido em Nova Délhi, na Índia, ele disse ao pai: “Esse trabalho não é para mim. É trabalho demais e tempo de menos.”
Problemas de saúde crescentes
A competição acirrada, os prazos constantes, o clima agressivo e o estresse elevado têm sido associados a transtornos mentais e burnout entre profissionais do setor financeiro, com muitos considerando deixar o emprego por causa do impacto à saúde.
O Business Insider relatou casos de jovens funcionários de bancos hospitalizados por problemas cardíacos. O cardiologista londrino Arjun Ghosh disse ter observado um aumento de 10% em paradas cardíacas entre profissionais do setor com menos de 30 anos na última década.
Para lidar com o estresse e a privação de sono, alguns recorrem ao uso de substâncias, o que agrava ainda mais os problemas de saúde. Essa cultura de trabalho também dificulta a retenção de talentos, já que muitos procuram ambientes mais saudáveis e com melhor equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.
Após as mortes no BofA, Jennifer Piepszak, copresidente do banco comercial e de investimentos do JPMorgan, disse aos investidores: “Nada, absolutamente nada, é mais importante do que a saúde e o bem-estar dos nossos funcionários. Estamos cientes desses casos e eles são trágicos e profundamente tristes.”
Medidas em andamento
Em resposta às crescentes preocupações com a cultura de trabalho abusiva no setor financeiro, gigantes como JPMorgan e Bank of America implementaram medidas para conter as jornadas excessivas.
O JPMorgan limitou a carga semanal a 80 horas para a maioria dos analistas juniores. Já o BofA passou a usar uma nova ferramenta de controle de ponto para monitorar o volume de horas trabalhadas, segundo o Wall Street Journal.
“Reconhecemos que nossos profissionais estão muito ocupados, pois o volume de negócios está em níveis históricos”, comentou um porta-voz do Goldman Sachs.
De acordo com a Reuters, a liderança do JPMorgan se reuniu com o RH para tratar do tema, e o CEO Jamie Dimon reforçou o foco do banco em iniciativas de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.
*Jack Kelly é colaborador sênior da Forbes USA. Ele é CEO, fundador e recrutador executivo da WeCruitr, uma startup de recrutamento e consultoria de carreira.
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Negócios
Ex-Presidente do BC, Campos Neto Será Vice-Chairman do Nubank

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O Nubank anunciou nesta terça-feira (6) a nomeação de Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, como vice-chairman da companhia e chefe global de políticas públicas.
O executivo assumirá os cargos em 1º de julho, após cumprir os seis meses de quarentena previstos pela legislação brasileira.
Campos Neto irá se reportar diretamente a David Vélez, fundador e CEO do Nubank. Entre suas atribuições, será responsável por apoiar a expansão internacional da fintech, fortalecer o relacionamento com reguladores financeiros ao redor do mundo, representar a Nu Holdings em fóruns e conselhos internacionais e aprimorar a análise econômica e de risco nas operações do banco digital no Brasil e na América Latina. Ele também deve contribuir na formulação da estratégia de longo prazo da companhia.
Além da função executiva, Campos Neto ocupará uma cadeira como membro não independente no conselho de administração da Nu Holdings. O executivo já comunicou à CEP (Comissão de Ética Pública) sua intenção de integrar o Nubank após o término da quarentena.
Com bacharelado e mestrado em economia pela UCLA (Universidade da Califórnia), Campos Neto tem mais de duas décadas de experiência no setor financeiro. Foi presidente do Banco Central de 2019 até o fim de 2024 e, antes disso, atuou em cargos de liderança em instituições como Santander, Claritas Investments e Bozano Simonsen.
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