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Por Que o Salário Mínimo Importa até para Quem Ganha Muito Mais?
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O salário mínimo é a base de sustento para milhões de brasileiros, mas o seu impacto vai muito além daqueles que recebem o piso definido por lei. Em geral, ele determina o poder de compra, distribuição de renda e o custo de vida de todos os brasileiros.
Segundo números do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 59,3 milhões de pessoas recebem o valor. E, atualmente, há uma mudança importante em discussão no Congresso e que pode afetar muito mais pessoas.
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Uma das medidas mais bem recebidas pelo mercado financeiro, o governo enviou uma mudança na forma de reajuste no salário mínimo. Atualmente, o governo utiliza a inflação e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) para definir o novo valor atualmente. A nova proposta quer limitar os novos valores a um crescimento de 2,5%.
Salário mínimo: muito além do salário
A nova medida, assim como o salário mínimo, não impacta apenas quem recebe o valor do piso salarial brasileiro. Ela influencia o consumo interno e a demanda por produtos e serviços de maneira significativa, já que no Brasil grande parte da população recebe rendimentos diretamente ou indiretamente atrelados a ele.
Além de ditar os valores de diversos benefícios sociais, como aposentadorias e seguro-desemprego, ele também cria uma pressão por alterações em outras faixas salariais, já que muitos contratos coletivos e negociações utilizam o salário mínimo como base para aumentos.
Ou seja, profissionais de alta renda têm os seus aumentos vinculados a índices que, de forma indireta, são influenciados pelo reajuste do mínimo.
Segundo Lucas Almeida, sócio da assessoria AVG Capital, o impacto é mais visível em setores como o de serviços, já que os salários intermediários costumam ser ajustados de forma proporcional. Como resultado, mesmo quem ganha acima do mínimo sente os efeitos, seja por meio de aumentos salariais ou pelo impacto nos custos de produtos e serviços.
“Algumas empresas que pagam salários acima do mínimo ainda dependem de insumos fornecidos por trabalhadores que recebem o piso salarial”, diz. Consequentemente, a alteração no salário pode gerar uma cadeia de custos que afete até grandes corporações, pressionando-as a reajustar preços.
Mesmo assim, tanto Almeida, quanto o economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados (APAS), Felipe Queiroz, alertam que uma política de incentivo ao crescimento real do salário mínimo não apenas melhora a qualidade de vida da população como também estimula o emprego e a indústria. “Quando a economia cresce, os salários aumentam, e o consumo acompanha esse crescimento”, explica Queiroz. E todas essas mudanças influenciam todas as classes sociais.
E a inflação?
Quando o salário mínimo aumenta, há um movimento para que os preços acompanhem esse crescimento. Ou seja, mesmo quem ganha muito mais que o piso sente as consequências do aumento do custo de vida. No entanto, o impacto na inflação varia conforme o contexto econômico.
De acordo com a teoria econômica, a Curva de Phillips descreve uma correlação entre inflação e mercado de trabalho, especialmente em situações de pleno emprego. Quando a economia está próxima ou atinge o pleno emprego, os aumentos salariais tendem a pressionar os preços, gerando inflação. Porém, quando a economia está longe do pleno emprego, como é o caso atual brasileiro, há espaço para expandir os fatores de produção. Ou seja, aumentar a oferta de empregos sem gerar uma pressão inflacionária significativa.
Para o Brasil, o impacto inflacionário do salário mínimo ocorre em situações específicas, e não de forma generalizada. O economista Felipe Queiroz destaca um exemplo histórico: o período de 2012 a 2013. “Naquele momento, o mercado de trabalho estava aquecido, havia aumento da renda real e uma transição na pirâmide social brasileira, com pessoas saindo da base e ingressando em uma nova classe média”, explica.
Esse movimento resultou em um crescimento da demanda por bens que antes não eram tão consumidos, gerando uma pressão inflacionária. “No entanto, após 2014, com a crise econômica e política, agravada pela pandemia, não vivenciamos um cenário semelhante, já que o país enfrenta o uso insuficiente da capacidade produtiva, limitando o impacto inflacionário de reajustes no salário mínimo”, afirma Queiroz.
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De Onde Nascem Os Burnouts?
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Burnout. Esse é o nome chique para classificar o esgotamento advindo das atividades profissionais. Síndrome comum, nos dias atuais, onde cada vez mais se associa o valor das pessoas ao que elas conseguem produzir.
Mas o que leva um humano a se portar como máquina? O que leva alguém a querer produzir mais do que o seu combustível permite? De onde, afinal, nascem os burnouts?
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É inquestionável a sede que pessoas têm para se tornarem cases de sucesso. Nos despedimos da geração coca-cola e nos deparamos com a geração startup. Se antes os jovens sonhavam em serem rockstarts, hoje o alvo é serem protagonistas de um IPO ou founders de um unicórnio.
Mas, embora a métrica de sucesso tenha mudado, o gatilho permanece o mesmo: a vontade de ser aplaudido e reconhecido.
Buscar sucesso para preencher a lacuna interna da autoestima não é um movimento novo. A novidade agora é que a velocidade na qual as coisas mudam é assustadoramente maior. Não é apenas sobre alcançar o topo, mas sobre não se afogar a cada onda nova do mercado. Manter-se atualizado na era digital não é tarefa simples.
Lulu Santos já dizia que “tudo muda o tempo todo no mundo”. Mas cantou essas palavras em melodia calma, leve, serena. Num ritmo que destoa da velocidade do mundo atual. No mundo de hoje, para a poesia de Lulu ser realista, precisaria ser acelerada na velocidade 2 do whatsapp.
Se até as conversas pessoais hoje acontecem em velocidade dobrada, como não sermos seduzidos pela pressa que nos envolve? Se analisarmos friamente, esgotamento parece ser o único destino possível daqueles que nutrem a intenção de serem produtivos.
Mas não é.
A verdade é que se ligarmos o piloto automático, o convite para viver a vida na mesma rapidez dos áudios de whatsapp vence. É fácil, sim, tropeçar em urgências que não são urgentes e nos tornarmos mais ocupados do que precisamos ser.
Glorificamos tanto o trabalho que, num deslize, invertemos as prioridades e começamos a crer que estar sempre sem tempo é nobre. Mas a verdade é que estar ocupado não é sinônimo de produtividade.
A objetividade e assertividade nos fazem produtivos. A ansiedade e a pressa nos tornam ocupados. E uma das formas mais comuns de procrastinação é manter-se ocupado daquilo que não é de fato importante, enquanto o que realmente nos traria resultado é deixado para depois. E é daí que nasce o vício nada virtuoso de fazer sempre mais, ao invés de buscar sempre fazer melhor.
Burnouts nascem daquilo que ocupa a agenda mas não nos aproxima dos nossos objetivos. Nasce da crença equivocada de que esforço é sinônimo de virtude. Quando, no fundo, a maior virtude é saber limpar da agenda o esforço que não nos aproxima do nosso destino. Ser esforçado não nos leva longe. Ser estratégico, sim.
Burnouts nascem do automatismo. É da falta de respiro que surgem os esgotamentos. Da falta de hábitos que qualifiquem a nossa energia. Da displicência com nossa saúde física e emocional. De falta de clareza sobre os nossos limites. Da falta de disciplina que nos faz perder o sono pensando onde vamos aplicar nosso dinheiro sem considerar que nosso recurso mais precioso é aquele que não poderá ser recuperado por fundo ou empresa nenhuma: o tempo.
Burnouts nascem do desejo de se provar. Da comparação constante, do desejo de superar. Do ego que tem medo de ser esquecido. Do medo de errar. Da tentativa de dizer “ei, mundo, eu tenho valor”. Da lacuna de autoestima que a maioria não admite que tem, mas que fica evidente quando a necessidade de ser reconhecido supera a necessidade de se respeitar.
Burnouts nascem do movimento de se espremer para caber. Quando te falta a confiança de poder escolher um ambiente no qual você se sinta pertencente. Quando você confia tão pouco na sua potência que, por medo, acaba ficando lugares que te atropelam. Quando seu medo te obriga a se submeter ao que não faz sentido, dentro de você.
Burnouts nascem quando morrem os seus movimentos de crescimento. Quando você para de focar no que pulsa e se acomoda com o que é. Quando você cala o que o seu coração fala para escutar o que querem que você seja. Quando o processo, ao invés de te preencher, te esgota.
Burnouts nascem do desejo de culpar o mundo. Você se abandona. Você se atropela. Você tolera. Você se acomoda. Você se cala. Você desiste. E depois você responsabiliza o outro. O chefe, a empresa, o marido, os pais…
Mas os burnouts morrem quando você entente que você não é uma pizza. Você pode desenhar um gráfico redondo no papel e segmentar a sua vida em fatias. Mas só no papel. Na prática, se você fatiar sua vida, vai ter que pagar com o esgotamento da sua energia.
No fim do dia, o que suga a sua energia não é fazer muitas coisas. É não fazer aquilo que te abastece. É não estar na sua própria agenda. É não questionar porque você faz o que você faz.
É o treino que você pula. É a alimentação que você negligencia. É a saúde mental que você trata com ironia. É o trabalho que você escolheu apenas pelo salário.
Burnout é sintoma. Culpar o mundo não resolve. A única saída madura é se enfrentar diante do espelho e se perguntar qual parte em você fez com que você topasse se submeter àquilo que te atropela.
Caso contrário: mudam-se os personagens, muda-se o contexto, e repete-se a história.
Enquanto não houver cura no pedacinho dentro de você que confunde seu valor pessoal com o valor do seu trabalho, você continuará precisando se atropelar para se provar. E, desse lugar, a única alternativa possível é se esgotar.
Carol Rache é empresária, fundadora do grupo Namah Wellness, que promete descomplicar a inteligência emocional e o bem-estar. Há 10 anos se dedica ao estudo do comportamento humano se aprofundando nas mais diversas abordagens para ajudar as pessoas a viverem com mais leveza e equilíbrio.
Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.
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3 Paradoxos do Mundo do Trabalho Para Impulsionar Sua Carreira
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Muitos de nós crescemos ouvindo nossos pais dizerem que, se nos esforçarmos no trabalho, colheremos os frutos. No entanto, se você já tentou abrir seu próprio negócio ou avançar na carreira, sabe que esse caminho pode ter mais reviravoltas do que um documentário da Netflix.
Entre gerenciar egos, fazer escolhas e renúncias e convencer os outros a acreditarem nos seus sonhos e a enxergarem o seu potencial, o sucesso é muito mais complexo do que fomos levados a acreditar.
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Conhecer os três paradoxos a seguir pode te ajudar a navegar melhor nesse cenário e alcançar seus objetivos profissionais.
1. O paradoxo da oportunidade: Aceitar qualquer coisa pode te deixar sem nada
Todo mundo quer ter escolhas, especialmente no caminho profissional. Mas, curiosamente, de acordo com o “paradoxo da oportunidade”, ter oportunidades demais pode levar ao fracasso, não ao sucesso.
A famosa expressão “mais vale um pássaro na mão do que dois voando” também se aplica à sua carreira. Quando temos muitas oportunidades disponíveis, podemos ser tentados a aceitar todas elas. Isso é ainda mais comum quando as oportunidades oferecem salários maiores ou cargos aparentemente mais altos. No entanto, quanto mais assumimos novos e “empolgantes” desafios, menor é a chance de nos aprofundarmos e explorarmos plenamente nosso potencial.
Um estudo realizado em 2021 por pesquisadores chineses descobriu que pessoas altamente empregáveis tendem a se destacar em seus cargos atuais, mas também são mais propensas a estar com “um pé fora”. Em outras palavras, elas estão constantemente em busca da próxima oportunidade.
Ter muitas opções pode te impedir de aproveitar o que você já tem de bom. É como ser excelente em encontros casuais, mas nunca se comprometer porque acha que algo melhor pode aparecer. No final, você pode deixar as melhores oportunidades escaparem porque está sempre olhando para fora.
2. O paradoxo da persuasão: Ser sutil fala mais alto do que gritar
Muitos acreditam que ser a pessoa mais visível e barulhenta é o caminho para ganhar aprovação, mas isso nem sempre é verdade.
No livro “Influence: Science and Practice”, o Dr. Robert Cialdini escreve que a persuasão é mais como um fogo lento do que um aquecimento de micro-ondas. Ou seja, trata-se de preparar o terreno antes de plantar as sementes.
Imagine a seguinte cena: você encontra duas pessoas discutindo sobre um tema que interessa a você. Ambas fazem argumentos válidos, mas uma delas é calma e calculada, enquanto a outra está agressiva e exaltada. Com quem você tende a concordar? Não importa quão válido seja o argumento da pessoa agressiva, sua abordagem automaticamente a torna menos persuasiva.
Você não precisa ser a pessoa mais barulhenta para ser a mais influente. Muitas vezes, a melhor forma de mostrar que você tem influência real é fazer seu trabalho bem feito e conquistar a confiança das pessoas de forma discreta. Só porque você diz em voz alta que é o melhor no que faz, não significa que isso seja verdade. Em vez disso, permaneça em silêncio e deixe seu trabalho falar por você.
Seja para atrair investidores ou conquistar novas oportunidades de negócios, não tente ser aquele exibido que “prova que sabe o que está fazendo”. Conheça o mercado e mostre com ações que você é a melhor pessoa para o trabalho.
3. O paradoxo do esforço: Fazer coisas mais difíceis torna a vida mais fácil
Uma pesquisa publicada na revista “Trends in Cognitive Sciences” em 2018 descobriu que, às vezes, as pessoas escolhem tarefas específicas justamente porque exigem mais esforço. É como optar por subir as escadas em vez de usar o elevador, mas há lógica por trás disso. O esforço tem valor intrínseco e, quanto mais você se esforça para realizar uma tarefa, mais valor ela terá para você.
Esse valor pode se manifestar na forma de se tornar melhor em algo difícil ou no fato de que uma tarefa que a maioria considera complicada se torna fácil para você. Pense nos gurus financeiros das redes sociais que dizem como ganhar e poupar dinheiro é algo simples. Para eles, isso é fácil porque investiram tempo e esforço para aprender algo que muitos de nós achamos desafiador.
Quanto mais esforço você coloca em enfrentar desafios complexos na sua carreira, mais confiança você ganha, e mais fácil será alcançar o sucesso. É como o bolo caseiro que sempre tem um sabor melhor do que os industrializados. O ingrediente secreto? Esforço.
O sucesso na carreira é, para a maioria, um caminho em zigue-zague, complicado e cheio de contradições – mas isso não é necessariamente ruim. As contradições não são o problema; o verdadeiro desafio é encontrar maneiras de resolvê-las.
*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.
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Dicas Budistas Que Podem te Ajudar no Mundo dos Negócios
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
De Star Wars a Rocky, passando por Kung Fu Panda, os princípios do Zen Budismo se infiltraram na cultura pop de forma tão sutil que muitas vezes se fez imperceptível. Seja quando Yoda compartilha sua sabedoria ou quando Po descobre a paz interior. Aplicar esses princípios conscientemente na vida e no cotidiano, especialmente em indústrias altamente regulamentadas como a financeira, é essencial para manter a sanidade e o equilíbrio.
Veja três princípios budistas que podem auxiliar na liderança sem (completamente) perder seu lado Zen:
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1. Ame o desafio
Em Rocky Balboa, o sexto filme da saga Rocky, o atleta compartilha uma joia de sabedoria com seu filho: “Não importa o quanto você bate, mas sim o quanto aguenta apanhar e continuar. O quanto pode suportar e seguir em frente”. Gerir uma empresa de serviços financeiros pode não parecer como entrar no ringue com Mason Dixon, o vilão o filme, (embora algumas reuniões de segunda-feira cheguem perto disso), mas essa ideia de “continuar seguindo em frente” ressoa no setor bancário.
Seja de clientes, reguladores, parceiros ou da própria equipe, obstáculos surgem constantemente, e quando você os encara, podem parecer gigantescos—como tentar boxear uma geleira. Mas aqui está o ponto: todo problema que você enfrenta tem uma oportunidade escondida em algum lugar.
Quando equipes apresentam um obstáculo, o líder deve incentivá-los a pensar como Rocky: superar o desafio e seguir em frente. Afinal, como Buda diria, “O que pensamos, nos tornamos”, então pense em soluções, não em problemas.
2. Foque no presente
No mundo caótico do setor bancário e das fintechs, a atenção está constantemente dividida. É comum se distrair durante uma conversa, mentalmente revisando uma lista de tarefas ou se perguntando se respondeu aquele e-mail.
No budismo, a “Visão Correta” é sobre enxergar a realidade como ela é: sempre em mudança e impermanente. E, com essa visão, viver no momento presente. Ou, como Eckhart Tolle colocou em seu livro, “O Poder do Agora” (Sextante, 2000). Se “Agora” foi bom o suficiente para Annie Lennox o escolher como um de seus livros preferidos, é bom o suficiente para praticar durante as reuniões de diretoria.
Embora gerir uma empresa seja um pouco menos parecido com sobreviver em uma ilha deserta (dependendo do mercado de ações), o princípio é certeiro: concentre-se na tarefa, na pessoa e na decisão à sua frente, e deixe sua caixa de entrada para depois. Afinal, a vida é como uma prancha de surfe: mantenha o equilíbrio no presente ou será derrubado.
3. Pratique a arte de deixar ir
Existe um koan zen (basicamente, um enigma filosófico) do livro Zen Shorts (Scholastic Press, 2005), de Jon J Muth, que pode auxiliar na vida profissional e financeira. Stillwater, um panda zen, compartilha a história de dois monges que encontram uma mulher precisando de ajuda para atravessar um rio. O monge mais velho a pega e a carrega até o outro lado, embora ela nem mesmo o agradeça. Horas depois, o monge mais jovem continua remoendo a grosseria da mulher e como seu companheiro, mesmo mal tratado, a ajudou. O monge mais velho responde: “Deixei a mulher no chão horas atrás. Por que você continua carregando ela?”.
Nos negócios, todos tendem a carregar a própria bagagem mental. Talvez seja um trimestre ruim, uma reunião difícil, ou uma oportunidade perdida. Mas, e se, como o monge mais velho, fosse possível simplesmente deixar isso para lá? Claro, todos já tiveram aquele negócio que não deu certo ou projeto que fracassou, mas ficar remoendo isso é como tentar nadar com uma pedra amarrada nas costas. Deixar ir não é apenas uma arte; é uma habilidade de sobrevivência. Se puder soltar esses pesos mentais, conseguirá mover-se com mais leveza, mais rapidez e provavelmente dormir melhor à noite.
É possível trazer o budismo para os negócios?
Na verdade, talvez seja algo que já deveria estar acontecendo, particularmente em indústrias altamente regulamentadas como a bancária, que possuem seus próprios obstáculos e fontes de estresse. O momento atual é de pessoas se perguntando mais profundamente sobre as empresas em que trabalham ou das quais compram. “Qual é o impacto ambiental?” ou “Isso ajuda as pessoas a se tornarem financeiramente estáveis ou a construir riqueza?”. Nesse mesmo espírito, o budismo oferece uma estrutura que ajuda a articular uma filosofia de liderança. Trata-se de ser mais consciente, mais compassivo e, talvez, um pouco menos estressado.
Imagine se mudar o foco do esforço interminável para o caminho da iluminação (sem pânico, não precisa raspar a cabeça). E se liderar com compaixão, permanecer enraizados no presente e dominar a arte de deixar ir? Claro, talvez não todos os problemas do mundo não se resolvessem assim, mas talvez seria possível criar produtos e serviços financeiros que tivessem um impacto positivo para os consumidores e ambientes de trabalho que fossem muito mais alegres e equilibrados.
Como disse o mestre zen Po, de Kung Fu Panda: “Não existe ingrediente secreto. É só você”. Com essa mentalidade, liderar um negócio não precisa parecer uma batalha; pode parecer uma aventura.
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