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Saúde

Saúde dos olhos de alunos pede atenção na volta às aulas

Redação Informe ES

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Com retorno das aulas em escolas de boa parte do país, a saúde ocular dos alunos entra em foco no começo do ano. Dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) revelam que cerca de 20% das crianças em idade escolar apresentam problemas de visão. Dentre as alterações visuais mais comuns nessa faixa etária estão miopia, hipermetropia e astigmatismo.

Em entrevista à Agência Brasil, o oftalmologista Álvaro Dantas alerta que problemas no aprendizado ou desinteresse em determinadas atividades escolares podem ser sinais de complicações oculares.

“Alterações visuais são bastante comuns na infância e podem impactar diretamente no aprendizado. Se a criança enxerga mal, ela absorve mal o conhecimento que é passado e isso pode trazer repercussões importantes.”

Brasília (DF), 07/02/2025 - Saúde ocular de alunos pede atenção na volta às aulas. Doutor Álvaro Dantas. Foto: Álvaro Dantas/Arquivo Pessoal
Álvaro Dantas ressalta que a falta de tratamento pode prejudicar o desenvolvimento da criança – Álvaro Dantas/Arquivo Pessoal

Segundo Dantas, o estrabismo, popularmente conhecido como olho desviado, também figura como um quadro comum na infância e mais fácil de perceber. “É um sinal de alerta muito importante porque pode haver um problema sério em um dos olhos que precisa de tratamento imediato para evitar outra doença que estamos sempre muito atentos: a ambliopia ou olho preguiçoso.”

“Se a criança tem uma deficiência em um dos olhos e isso não é detectado a tempo, a falta de tratamento faz com que aquele olho não desenvolva sua capacidade visual e isso só tem solução até os 8 anos de idade. Se não for feito nessa época, essa criança pode se tornar um adulto com uma deficiência eterna em um dos olhos. Por causa de diagnóstico e tratamento a tempo.”

O oftalmologista destaca que a visão desempenha papel fundamental no processo de aprendizagem e que, quando a criança tem dificuldade para enxergar, pode perder informações importantes em sala de aula, ficar desmotivada ou mesmo apresentar falta de concentração. “Isso pode levar a uma queda no rendimento escolar e, em alguns casos, ser confundido com alguns transtornos de aprendizado ou déficit de atenção”.

“Essas crianças também podem ficar estigmatizadas e podem ser vítimas de bullying. É algo que pode acontecer. Tudo isso provocado por uma deficiência visual. O estrabismo e a ambliopia podem afetar a coordenação visual e ela pode ter muita dificuldade nas práticas esportivas. Por isso, identificar e tratar precocemente esses problemas é essencial para garantir um aprendizado pleno e sem dificuldades desnecessárias.”

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O médico lembra que, muitas vezes, a própria criança não é capaz de perceber que tem um problema de visão, já que nunca enxergou as coisas de outra forma. “Para ela, aquela percepção visual é o normal”.

Por esse motivo, ele considera fundamental que pais e professores fiquem atentos aos seguintes sinais:

– se aproximar muito de livros, cadernos e telas;

– dificuldade para enxergar o quadro ou copiar conteúdos corretamente;

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– se queixar frequentemente de dor de cabeça ou cansaço ocular;

– lacrimejamento excessivo ou sensibilidade à luz;

– desinteresse por atividades que exigem esforço visual, como leitura e desenho;

– e tendência a piscar excessivamente ou esfregar os olhos com frequência.

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Ao notar qualquer um desses sinais, a orientação é levar a criança o quanto antes ao oftalmologista para uma avaliação. O ideal, segundo o médico, é que toda criança passe por um exame oftalmológico completo ainda no primeiro ano de vida, quando é possível diagnosticar problemas congênitos, como catarata, glaucoma e até mesmo o retinoblastoma, câncer que atinge a região dos olhos.

“O diagnóstico tardio pode levar à perda de um olho e, até mesmo, à morte. É um tipo de câncer que, dependendo da fase diagnóstica, pode ter alta letalidade. A partir da idade escolar, o recomendado é manter o acompanhamento anual ou conforme a orientação do oftalmologista, especialmente se houver qualquer histórico de problemas de visão na família.”

Na adolescência, segundo Dantas, a rotina de consultas anuais podem ser mantida, mas há também a possibilidade de consultas a cada dois anos, a depender da saúde ocular do jovem. “Em casos de miopia progressiva que, hoje em dia, está cada vez mais comum – a gente vive uma epidemia de miopia –, esse acompanhamento pode ser mais precoce para evitar vários problemas futuros”.

“A miopia, sem dúvida alguma, é um dos problemas que a gente mais tem preocupação porque tem solução e tem tratamento eficiente. Só se consegue um diagnóstico preciso indo ao oftalmologista. A miopia progressiva pode ser controlada com medidas adequadas pra evitar o aumento exagerado do grau. Hoje, temos várias orientações, óculos especiais e alguns colírios que podem interferir na evolução da miopia”, explicou.

“Crianças que enxergam bem têm melhor desenvolvimento acadêmico e social. Isso evita frustrações e dificuldades no aprendizado. Por isso, o acompanhamento oftalmológico regular é um investimento na saúde e no futuro nas crianças. É graças a um bom atendimento nessa fase da vida que a gente vai ter adultos enxergando bem e sem graves problemas.”

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Agencia Brasil

Saúde

Governo Federal fará mutirão nacional em março para redução de filas de cirurgia

Redação Informe ES

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O Governo Federal anunciou que fará um mutirão nacional para a redução de filas de cirurgias eletivas a partir de março. A iniciativa busca reduzir ainda mais o tempo de espera e garantir mais acesso aos serviços de saúde em todos os estados.

“O presidente Lula e eu temos o compromisso de reduzir o tempo de espera por cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS)”, afirmou a ministra da Saúde, Nísia Trindade. Nas redes sociais, ela lembrou que, em 2024, 14 milhões de cirurgias eletivas foram realizadas no país. “É o maior número da história do SUS. Ainda há muito a fazer”.
 

Em 2023, o Programa Nacional de Redução das Filas contou com vigência inicial de um ano e orçamento de R$ 600 milhões, distribuídos entre os estados com base na população estimada pelo IBGE em 2021. A distribuição dos recursos considerou as filas existentes e o planejamento estabelecido em Planos Estaduais de Redução de Filas, definidos nas Comissões Intergestores Bipartites. Para fortalecer e dar continuidade ao programa em 2024, foram destinados R$ 1,2 bilhão aos estados e ao Distrito Federal.

MAIS ESPECIALISTAS — Em 2025, o programa foi incorporado ao Mais Acesso a Especialistas, no componente de cirurgias. O Mais Acesso a Especialistas é uma estratégia da Política Nacional de Atenção Especializada em Saúde e tem como objetivo ampliar e qualificar o cuidado e o acesso à atenção especializada em saúde. O foco é tornar o acesso do paciente às consultas, exames especializados e, agora, cirurgias, o mais rápido possível e com menos burocracia, a partir do encaminhamento realizado pelas equipes de atenção primária, por exemplo, a Equipe de Saúde da Família.

INOVAÇÕES — O Mais Acesso a Especialistas traz inovações como a incorporação de um modelo de remuneração baseado no cuidado integral, que prioriza o paciente. Para isso, estão sendo investidos R$ 2,4 bilhões nas áreas de oncologia, cardiologia, oftalmologia, otorrinolaringologia e ortopedia. O programa já alcançou adesão de 100% dos estados e do Distrito Federal, além de 97,9% dos municípios. Até o momento, foram enviados 136 planos de ação regionais, abrangendo 167,9 milhões de habitantes.

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COMO FUNCIONA — O programa depende da adesão dos gestores de estados e municípios, que devem enviar as respectivas programações de cirurgias a serem realizadas, acompanhadas de resolução aprovada na Comissão Intergestores Bipartite de cada estado. Todas as programações serão analisadas pela Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, que fará ou não a aprovação, considerando os critérios formais previstos na portaria, além de aspectos técnicos em relação à demanda apresentada e previsão de realização de procedimentos.

Em agenda em São Paulo na segunda, 17 de fevereiro, a ministra Nísia Trindade aproveitou para destacar os avanços do programa. “O Mais Acesso a Especialistas é eficiência no serviço e, sobretudo, tempo de vida para paciente”, comentou.
 

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

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Saúde

Pacientes da Região Central de Saúde começam a ser atendidos por teleconsultas

Redação Informe ES

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A Secretaria da Saúde (Sesa), por meio da Superintendência Regional de Saúde de Colatina (SRCS), deu início, nessa segunda-feira (17), aos atendimentos por teleconsulta na Região Central de Saúde. Foram realizadas as primeiras consultas em Hematologia, na Unidade de Saúde de Lagoa do Meio, em Linhares.

“Nosso objetivo é diminuir o deslocamento dos pacientes, com o fortalecimento das teleconsultas e dos micropolos de Saúde e já estamos trabalhando nesse sentido. Esse investimento do Governo é muito importante, com objetivo de proporcionar cada vez mais qualidade de vida e bem-estar aos pacientes”, destacou o secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann.

O atendimento mais perto de casa foi aprovado pela usuária do Sistema Único de Saúde (SUS), Jaqueline de Oliveira Nascimento, que foi a primeira paciente a ser atendida no novo serviço na Região Central de Saúde. “Achei diferente, mas gostei muito do atendimento da médica e de ter a presença da enfermeira na sala. Já precisei viajar de madrugada para atendimento em Vitória e hoje pude ser atendida próximo de casa”, disse.

Nessa segunda-feira (17), foram realizadas 20 consultas em Hematologia. A usuária Elza Nogueira Pimenta, também elogiou o novo formato de atendimento. “Tanto a médica quanto a enfermeira local foram muito atenciosas. Tenho um filho autista e sair do município para consultas sempre foi complicado. Com a teleconsulta, tudo fica mais fácil”, destacou.

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O sentimento de satisfação também foi acompanhado pela paciente Eva Alves. “Sou cardiopata e faço acompanhamento com especialistas. Se não fosse essa consulta aqui, teria que ir para a Grande Vitória. Fiquei surpresa com a qualidade do atendimento. A médica foi muito atenciosa, solicitou exames e uma enfermeira me acompanhou durante toda a consulta. Agora, farei os exames e retornarei para a avaliação”.

O procedimento para acesso à teleconsulta permanece o mesmo: as unidades básicas de saúde solicitam a consulta aos especialistas. O agendamento é realizado via Regulação Estadual, e o paciente comparece, no dia marcado, a uma sala equipada com computador para realizar a consulta por vídeo, acompanhado por um profissional de saúde do serviço.

Teleconsultas na Região Central de Saúde

A Região Central de Saúde é composta por 15 municípios e serão ofertadas 49.970 teleconsultas em 24 especialidades, com um investimento total de R$ 2,8 milhões. Até o momento, 16 especialidades já foram contratualizadas, garantindo 42.104 consultas, com um investimento de R$ 2,5 milhões. As demais especialidades estão em processo de contratação. As salas de teleconsultas já estão preparadas em São Roque do Canaã, Linhares, Mantenópolis, São Gabriel da Palha, Alto Rio Novo, Pancas, Colatina, São Domingos do Norte, Rio Bananal, Sooretama, Baixo Guandu e Governador Lindenberg, além da sala do Centro Regional de Especialidades (CRE) de Colatina. Conforme novos espaços sejam disponibilizados, o serviço será expandido para todas as demais cidades da região.

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A superintendente da Regional Central de Saúde, Kamila Roldi, ressaltou a importância da iniciativa. “Além das salas nos municípios, teremos duas salas equipadas no CRE de Colatina para garantir um atendimento de qualidade aos pacientes da região. Estamos comprometidos em oferecer um serviço moderno e eficiente, proporcionando mais conforto à população. Com a ampliação da estrutura e a oferta de teleconsultas, esperamos reduzir o absenteísmo, agilizar os atendimentos — especialmente nas especialidades com maior demanda — e, principalmente, evitar que os pacientes precisem viajar para outras cidades”, afirmou.

O secretário de Saúde de Linhares, Phablo Gabriel, também destacou os benefícios do novo serviço. “A parceria entre a Prefeitura de Linhares e o Governo do Estado contribuirá para reduzir a fila de espera no município. A teleconsulta será ampliada para outras unidades de saúde da cidade”, informou.

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Syria Luppi / Luciana Almeida / Danielly Campos / Thaísa Côrtes / Ana Cláudia dos Santos
asscom@saude.es.gov.br


Assessoria de Comunicação – Superintendência da Regional Central de Saúde
Eduardo Candeias
carloscandeias@saude.es.gov.br

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Saúde

Espírito Santo registra redução de 68,7% nos casos de dengue em 2025

Redação Informe ES

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Nas primeiras seis semanas de 2025, o número de casos prováveis de dengue no Brasil é aproximadamente 60% menor em relação ao mesmo período de 2024. Os dados são do painel de monitoramento das arboviroses do Ministério da Saúde. Em 2025, até o dia 13 de fevereiro, foram registrados 281.049 casos prováveis, contra 698.482 casos no mesmo período do ano passado. O estado do Espírito Santo acompanha o cenário nacional e registra uma redução de 68,7% na comparação entre os dois períodos, passando de 14.797 casos em 2024 para 4.624 neste ano. O resultado é parte do Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses, lançado pelo Governo Federal em setembro de 2024. 

“Essa redução substancial do número de casos de dengue no país é um reflexo da mobilização nacional promovida pelo Ministério da Saúde, de forma conjunta com estados e municípios de todo o país, com participação ativa da população. O objetivo do Governo Federal é salvar vidas e proteger a saúde dos cidadãos e, para isso, é fundamental fortalecer as ações de preparação da rede de assistência, mantendo os esforços necessários para evitar adoecimentos”, destaca a ministra Nísia Trindade. 

Para o pesquisador da Fiocruz Brasília, Claudio Maierovitch, “temos as tarefas de sensibilização da população para as atividades de prevenção e de organização da rede de saúde, para que as pessoas tenham acesso fácil, saibam onde e quando procurar, e o que fazer no caso de qualquer sintoma”, disse. 

Entre os estados, 17 registraram redução nos casos prováveis da doença e 10 apresentaram aumento no comparativo entre as seis primeiras semanas epidemiológicas. As maiores reduções foram registradas no Distrito Federal (97%), Rio de Janeiro (91%), Minas Gerais (88%), Amapá (79%) e Paraná (74%).

Via Ministério da Saúde

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