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Economia

ES investiu R$ 4,2 bi em 2023, destaca titular da Fazenda

Redação Informe ES

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Legal e constitucionalmente, um Estado brasileiro pode fechar seu ano com a Dívida Consolidada Líquida (DCL) até o limite de 200% da Receita Corrente Líquida (RLC) apurada naquele mesmo exercício. No Espírito Santo, a situação em 2023 foi confortável: a dívida em relação à receita foi negativa, de – 6,64%. O mesmo Espírito Santo que terminou o ano com dinheiro em caixa também realiza o maior nível de investimentos de sua história: saltando de R$ 1,073 bi, em 2019, para R$ 4,219 bilhões, em 2023.

O encontro dos dois cenários foi destacado pelo secretário de Estado da Fazenda, Benicio Suzana Costa, durante audiência pública da Comissão de Finanças de prestação de contas do terceiro quadrimestre de 2023, realizada nesta segunda-feira (26). “Você ter dívida negativa com o nível de investimento mais alto da história do estado é algo inédito”, enfatizou.

Costa, que é servidor de carreira (consultor do Tesouro), destacou que “o Estado está fazendo seus investimentos com recursos próprios, sem fazer dívida, isso aqui é um legado importantíssimo”. A apresentação dos resultados fiscais teve como foco o comparativo dos exercícios financeiros de 2022 e 2023 completos. 

Pelo lado da receita, o secretário informou que a de 2023 (R$ 25,8 bi) representa uma variação real (corrigida a inflação) de 3% em relação à total de 2022 (R$ 24 bi). O que impactou esse resultado, segundo Costa, foram as ações da equipe da Fazenda e uma arrecadação tributária 3% maior. Só a arrecadação de ICMS teve aumento de R$ 1,1 bi, apesar de perda considerável do mesmo imposto no serviço de energia elétrica (- 29,2%) causada por mudanças na alíquota e na base de cálculo nos primeiros quatro meses de 2023. 

Apesar de um decréscimo real de 32,6% das receitas de royalties e participações, houve aumento de 6,4% em Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), 13,2% de IPVA e a arrecadação de ITCMD 15,3% maior.

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Já a variação real da despesa total, considerando todos os Poderes, representou aumento de 5,3% em 2023. Foram empenhados R$ 25 bilhões no ano passado, enquanto em 2022 a soma de gastos foi de R$ 22,7 bi. A despesa com pessoal subiu 3% na comparação.

Reforma Tributária

O secretário da Fazenda destacou ainda que a combinação entre baixo endividamento e maior capacidade de investimentos é mais do que necessária para quando a economia capixaba sentir os impactos da Reforma Tributária. 

“A reforma será muito dura para o nosso estado, apesar de na minha humilde visão ser boa para o País. Para nós ela é um desafio gigantesco e ele (o estado) precisa fazer investimento para se preparar principalmente para o fim dos benefícios fiscais”, avisou.

Nota A

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Para Benício a manutenção da Nota A do ES na Secretaria Tesouro Nacional (STN) em 2024 já seria um fato. A capacidade de pagamento estipulada pela STN leva em conta três indicadores: o de endividamento, cujo limite é de 60%, e o ES tem realização de 34%, considerada baixa; o de poupança corrente, que o melhor cenário seria de 85% e a capixaba está “folgada” na casa dos 82%; e o indicador de liquidez, que precisa ser maior que 5% e a capacidade local é 12%.

Deputados

Parlamentares membros do colegiado comentaram os resultados apresentados. Para Callegari (PL), deputado de oposição, “na parte de finanças está de parabéns, em números não tem outro estado com essa situação”. Mas o parlamentar cobrou a questão de investimentos, que,

“embora um crescimento apreciável, mas isso ainda não está refletindo em grandes melhorias para a sociedade”, opinou. 

Callegari deu ainda como exemplo a qualidade do asfaltamento em alguns municípios e da água tratada pela Cesan. “Meus parabéns à capacidade de economizar, mas essa economia está sendo feita a custo de algo”, reafirmou.

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O nível de investimento na casa dos R$ 4 bilhões também foi destaque de falas dos deputados João Coser (PT), Coronel Weliton, Tyago Hoffmann (PSB) e Mazinho dos Anjos (PSDB).

Para o petista, o nível de investimento representa “muita coisa” para um estado do nosso tamanho, mas para além da infraestrutura, precisa-se de maior investimento social. 

Coronel Weliton, concordando com Coser sobre áreas sociais, ainda defendeu que a capacidade de conta e investimento passe pela valorização dos servidores estaduais. O parlamentar questionou o secretário sobre a capacidade de pagamento de precatórios. A resposta do chefe da Fazenda foi a de que atualmente, havendo uma decisão pela obrigação de pagamento, não seria situação complicada para a máquina com dinheiro em caixa e com a fila de precatórios zerada.

Mazinho elogiou a Sefaz-ES como uma “secretaria de Estado” e não “de governo A, B ou C”, com competência na gestão das contas estaduais. 

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Para o presidente do colegiado, deputado Tyago Hoffmann (PSB),

“os números falam por si”. Hoffmann fez um recorte de 20 anos e lembrou que o nível de investimento circulava entre R$ 1 e 1,5 bilhão. 

“Hoje é um investimento de R$ 4 bi e a máquina não consegue produzir mais que isso. Óbvio que ainda temos um déficit de investimento não só no ES, como no Brasil. O governador Renato Casagrande fala que nós no Brasil ainda estamos na agenda velha, não conseguimos ainda superar a agenda da infraestrutura”.

Fonte: Ales – Por Redação Web Ales, com edição de Nicolle Expósito – Foto: Lucas S. Costa

Economia

Governo vai trabalhar para reverter taxação dos EUA, diz Alckmin

Redação Informe ES

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O governo federal vai trabalhar para reverter a imposição de tarifas comerciais sobre as exportações do Brasil aos Estados Unidos, anunciada na quarta-feira (9) pelo presidente Donald Trump. 

“Nós vamos trabalhar para reverter isso, porque não tem sentido essa tarifa. Ela, inclusive, prejudica também o consumidor norte-americano. Nós entendemos que ela é inadequada, ela não se justifica. Vamos recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC)”, afirmou o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, após a inauguração do Novo Viaduto de Francisco Morato, em São Paulo, neste domingo (13).

Segundo Alckmin, o governo se reunirá nos próximos dias com o setor privado, e também está sendo analisada a aplicação da Lei de Reciprocidade Econômica, sancionada em abril, que estabelece critérios para a suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de obrigações relativas a direitos de propriedade intelectual, em resposta a medidas unilaterais adotadas por país ou bloco econômico que impactem negativamente a competitividade internacional brasileira.

“Os Estados Unidos têm conosco superávit na balança comercial, tanto de serviços quanto de bens. O Brasil não é problema para os Estados Unidos. Os Estados Unidos têm déficit na sua balança. E o Brasil e os Estados Unidos têm uma integração produtiva. Nós temos 200 anos de amizade com os Estados Unidos. Então, não se justifica e o mundo econômico precisa de estabilidade e de previsibilidade”, disse Alckmin.

O líder norte-americano anunciou uma taxa de 50% sobre todos os produtos importados dos brasileiros. A informação foi feita por meio de uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As tarifas passam a valer a partir do dia 1º de agosto.

No documento, Trump justifica a medida citando o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. O presidente norte-americano também destacou ordens do STF emitidas contra apoiadores do ex-presidente brasileiro que mantêm residência nos Estados Unidos. Trump cita ainda supostos “ataques insidiosos do Brasil contra eleições livres e a violação fundamental da liberdade de expressão dos americanos”.

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“A forma como o Brasil tem tratado o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Esse julgamento não deveria estar ocorrendo. É uma Caça às Bruxas que deve acabar imediatamente!”, escreveu Trump.

IPI zero

Alckmin lembrou ainda do início da aplicação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) zero para o carro sustentável, medida anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última semana, que retira o imposto do valor dos carros de entrada, ou seja, torna-os mais baratos. 

“Isso pode reduzir o preço do carro de entrada em R$ 10.000, R$ 12.000. É uma medida importante que ajuda a população a ter acesso àquele carro mais barato e sustentável, um carro que não polui. Privilegia a eficiência energética, a questão da sustentabilidade e também é social”, disse Alckmin.

O decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na quinta-feira (10) abrange veículos compactos produzidos no Brasil e com alta eficiência ambiental e integra o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), lançado no ano passado, visando a descarbonização da frota automotiva do país, por meio de incentivos fiscais, especialmente em relação às alíquotas do (IPI).

Para ter direito ao IPI zero, o carro sustentável deve atender a quatro requisitos: emitir menos de 83 gramas de gás carbônico (CO₂) por quilômetro, conter mais de 80% de materiais recicláveis, ser fabricado no Brasil (etapas como soldagem, pintura, fabricação do motor e montagem), se enquadrar em uma das categorias de carro compacto (veículo de entrada das marcas).

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Economia

Ministro Barroso liga para Lula após tarifaço de Trump e combina estratégia de reação

Redação Informe ES

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A decisão do presidente dos Estados Unidos Donald Trump de aplicar uma taxação adicional de 50% a produtos brasileiros sob pretexto de que o Supremo Tribunal Federal brasileiro está ultrapassando seus limites não vai demover a corte de julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ao Estadão/Broadcast, ministros do tribunal disseram em caráter reservado que não se impressionariam se os ataques dos EUA ao Brasil se intensificassem à medida que se aproxima o julgamento de Bolsonaro, previsto para acontecer entre o fim de agosto e o início de setembro. Segundo ministros do Supremo, esse tipo de pressão não impedirá o julgamento de ser realizado.

Há expectativa de que o ex-presidente venha a ser condenado por tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro já está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Nesta quarta-feira, 9, o presidente do Supremo, ministro Luís Roberto Barroso, conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a crise internacional aberta a partir do tarifaço de Donald Trump imposto ao Brasil. Ficou combinado que os integrantes do tribunal não se manifestariam sobre o caso. A tarefa caberia ao Itamaraty.

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Ainda assim, pouco depois do anúncio do governo dos Estados Unidos, o ministro do STF Flávio Dino postou em sua conta pessoal no Instagram uma mensagem dizendo estar honrado de pertencer ao tribunal, sem citar a pressão dos EUA. “Uma honra integrar o Supremo Tribunal Federal, que exerce com seriedade a função de proteger a soberania nacional, a democracia, os direitos e as liberdades, tudo nos termos da Constituição do Brasil e das nossas leis”, declarou.

Antes de Trump adotar as medidas fiscais contra o Brasil, sua gestão já tinha dado sinais de que estava disposta a aplicar sanções em relação ao STF. Em maio, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou que o país iria restringir a entrada de “funcionários estrangeiros e pessoas cúmplices na censura de americanos”, em recado ao ministro Alexandre de Moraes.

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Economia

Porto Central avança nas obras com preparação de pedreira para construção do quebra-mar sul

Redação Informe ES

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As obras de implantação do maior porto privado de águas profundas em construção no Brasil, o Porto Central, em Presidente Kennedy (ES), avançam e foi iniciada a preparação da pedreira que fornecerá as rochas para o quebra-mar sul, estrutura fundamental para garantir a proteção das futuras operações portuárias. 

Paralelamente à limpeza do terreno da Fase 1, foram realizadas as ações ambientais previstas de manutenção e ampliação do viveiro de mudas, do plantio de espécies nativas nas áreas de compensação florestal e do resgate e manejo da fauna silvestre. As atividades, conduzidas por equipes técnicas especializadas e sob acompanhamento do órgão ambiental, seguem em execução contínua nas outras etapas da obra.

O material orgânico proveniente da supressão vegetal foi triturado no próprio local e misturado à camada mais superficial da área (Topsoil). Neste momento, a biomassa e o topsoil estão sendo transportados para as áreas de compensação ambiental, onde estão sendo utilizados na recomposição do solo e na cobertura vegetal. Mais de 15 mil mudas nativas já foram plantadas, com meta de alcançar 100 mil até a conclusão da Fase 1.

A pedreira, localizada a 27 quilômetros da área portuária, está em fase final de preparação para iniciar a extração e transporte das rochas destinadas à construção do quebra-mar sul. A atividade segue planejamento logístico com o controle socioambiental.

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As próximas etapas incluem as obras de terraplanagem, a instalação do canteiro de obras, a montagem da central de fabricação de elementos de concreto, além da dragagem do canal de acesso do porto.

O Porto

O complexo industrial portuário completo abrange uma área de 2.000 hectares, com profundidade de até 25 metros e 54 berços de atracação. Será capaz de atender os mais diversos segmentos, como granéis líquidos e sólidos, fertilizantes, minerais, grãos, contêineres, cargas gerais, gás natural, apoio offshore e estaleiros. 

O porto será implantado por fases, conforme a demanda do mercado. A Fase 1 prevê a construção de um terminal de granéis líquidos de águas profundas, voltado ao transbordo de petróleo entre navios (“Ship-to-Ship” – STS), com operação prevista para 2027.

Fonte: Assessoria Porto Central

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