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Os segredos de comunicação dos maiores CEOs dos EUA

Quando o CEO da Nvidia, Jensen Huang, fala, Wall Street escuta. Não apenas porque ele lidera uma empresa de um trilhão de dólares, mas também porque tem o talento de transformar conceitos tecnológicos complexos em histórias envolventes que ressoam com um público amplo.
A inteligência em cargos de liderança vai além das métricas tradicionais de QI. A comunicação eficaz é uma característica chave que distingue esses líderes. O que faz os CEOs mais inteligentes se destacarem não é apenas o que dizem, mas como eles dizem.
Pesquisadores da plataforma de aprendizado de idiomas Preply analisaram diálogos de mais de 100 CEOs e executivos americanos. Eles examinaram marcadores linguísticos específicos para identificar quais CEOs demonstram consistentemente uma inteligência superior por meio de sua fala.
O estudo avaliou características como habilidade verbal, pensamento abstrato e conceitual, criatividade, memória de recuperação e raciocínio lógico para criar um perfil de inteligência para cada executivo.
O levantamento não traz nenhuma mulher, apesar de outros estudos abordarem a eficácia das lideranças femininas na comunicação, gerenciamento de crises e na gestão de modo geral.
De pioneiros da tecnologia a estrategistas financeiros, veja quem liderou a lista de executivos e CEOs mais inteligentes e melhores comunicadores dos EUA:
Os 25 CEOs mais inteligentes e melhores comunicadores dos EUA
1. Jensen Huang, Nvidia (Pontuação: 81,25)
Desde a fundação da Nvidia em 1993, Huang tem colocado a empresa na vanguarda das revoluções computacionais, demonstrando uma visão de futuro. Ao discutir a arquitetura complexa das GPUs (unidades de processamento gráfico), ele combina habilidade, precisão técnica e metáforas acessíveis que se conectam tanto com engenheiros quanto com investidores.
2. Jim Taiclet, Lockheed Martin (Pontuação: 80,87)
Ex-piloto militar que se tornou executivo, Taiclet traz uma perspectiva operacional para a liderança corporativa. Discussões sobre sistemas de defesa e relações internacionais revelam seu processo de pensamento estruturado e profundidade estratégica — características de uma mente treinada tanto na precisão militar quanto na inovação empresarial.
3. Demis Hassabis, DeepMind (Pontuação: 80,77)
Hassabis personifica a interseção entre neurociência e inteligência artificial. Quando você o ouve falar, percebe como ele transita facilmente entre os princípios da cognição humana e os frameworks de aprendizado de máquina, demonstrando habilidades excepcionais de raciocínio abstrato.
4. Vincent Roche, Analog Devices (Pontuação: 80,60)
Quando Roche fala sobre tecnologia de semicondutores, suas habilidades analíticas afiadas se destacam. O que o diferencia é seu talento notável para explicar conceitos complexos de engenharia, enquanto os coloca no contexto das tendências de mercado e das necessidades dos clientes.
5. Matt Murphy, Marvell Technology Group (Pontuação: 78,43)
O reconhecimento de padrões define a abordagem cognitiva de Murphy. Em discussões sobre tecnologia, ele consistentemente faz conexões inesperadas entre tendências aparentemente não relacionadas — uma prova da inclinação natural de seu cérebro para organizar informações em frameworks estratégicos e coerentes.
6. Reed Hastings, Netflix (Pontuação: 77,33)
Poucos executivos conseguem prever mudanças na indústria como Hastings. Seus comentários sobre criação de conteúdo e modelos de distribuição mostram uma mente que está sempre olhando para o futuro, identificando novas tendências de consumo e oportunidades de mercado antes que outros percebam a mudança.
7. Joseph Dominguez, Constellation Energy (Pontuação: 76,70)
A complexidade regulatória se alinha perfeitamente com a clareza estratégica no estilo de liderança de Dominguez. Enquanto muitos executivos lutam com as complexidades da política energética, ele navega por essas intricadas questões com facilidade, transformando frameworks elaborados em estratégias de negócios práticas.
8. Stephen A. Schwarzman, Blackstone Group (Pontuação: 76,37)
As habilidades analíticas afiadas de Schwarzman revelam padrões e anomalias no mundo financeiro. Quando ele discute cenários de investimento, seu raciocínio afiado corta o ruído do mercado, expondo os mecanismos fundamentais por trás da criação de valor.
9. Robert B. Ford, Abbott Laboratories (Pontuação: 76,10)
Ford torna a complexidade científica acessível através de suas explicações claras. Ele se destaca em traduzir inovações em saúde para implicações de mercado sem perder a precisão técnica — um raro ato de equilíbrio cognitivo.
10. Marc Andreessen, Andreessen Horowitz (Pontuação: 75,50)
Andreessen vê conexões inesperadas no impacto social da tecnologia. Enquanto outros veem desenvolvimentos isolados, ele constrói frameworks que conectam inovações em padrões significativos para o nosso futuro digital.
11. Patrick Collison, Stripe (Pontuação: 75,43)
Collison traz clareza para o complexo mundo da tecnologia financeira. Suas explicações revelam uma mente envolvida com infraestrutura técnica e horizontes estratégicos mais amplos — uma versatilidade que define verdadeiros visionários do setor de fintech.
12. Sam Altman, OpenAI (Pontuação: 75,17)
Altman funde com naturalidade a complexidade ética e a sofisticação técnica nas discussões sobre IA. Poucos líderes equilibram os desafios multifacetados da inteligência artificial com consideração tanto pelas capacidades quanto pela responsabilidade.
12. Shantanu Narayen, Adobe (Pontuação: 75,17)
O pensamento estratégico de Narayen conecta tecnologia criativa e oportunidades de mercado. Empatado com Altman, sua força está em conectar as possibilidades técnicas com as aplicações empresariais no setor de software criativo.
14. Robert A. Bradway, Amgen (Pontuação: 74,37)
Bradway entrelaça naturalmente os fundamentos científicos da biotecnologia com a dinâmica de mercado. Sua fluência ao abordar inovações médicas complexas revela uma mente bem versada tanto nos princípios laboratoriais quanto nas estratégias de negócios.
15. Jamie Dimon, JPMorgan Chase (Pontuação: 74,25)
Dimon mapeia os mercados financeiros com uma clareza notável. Suas observações sobre tendências econômicas mostram tanto atenção aos detalhes quanto uma compreensão ampla dos sistemas globais — uma capacidade cognitiva que define sua liderança.
16. Satya Nadella, Microsoft (Pontuação: 74,17)
Nadella transforma conceitos abstratos em visões tangíveis. Seu pensamento conecta capacidades tecnológicas com necessidades humanas — superando a lacuna entre o que é possível e o que é significativo.
17. Sanjay Mehrotra, Micron Technology (Pontuação: 74,00)
Mehrotra simplifica as complexidades da tecnologia de memória, tornando-a fácil de entender. Seu talento está em explicar claramente a ciência dos semicondutores, mantendo a precisão, destacando tanto os detalhes técnicos quanto as implicações estratégicas.
18. Elon Musk, Tesla (Pontuação: 73,83)
Musk derruba as barreiras tradicionais da indústria com seu pensamento inovador entre diferentes áreas. Embora muitas vezes sua abordagem possa ser controversa, sua força está em usar princípios de engenharia em diferentes campos, descobrindo conexões que outros frequentemente ignoram.
18. Warren Buffett, Berkshire Hathaway (Pontuação: 73,83)
Buffett simplifica a complexidade financeira com suas explicações lendárias. Empatado com Musk, ele transforma conceitos sofisticados de investimentos em analogias simples que demonstram um profundo reconhecimento de padrões.
20. Daniel O’Day, Gilead Sciences (Pontuação: 73,50)
O’Day equilibra a ciência farmacêutica com a estratégia de mercado. Suas discussões sobre inovações médicas mantêm a integridade científica e clareza estratégica — tornando avanços complexos compreensíveis sem simplificação excessiva.
20. Arvind Krishna, IBM (Pontuação: 73,50)
Os fundamentos da ciência da computação informam a abordagem estruturada de Krishna para a transformação tecnológica. Sua precisão torna discussões complexas sobre computação empresarial acessíveis a públicos não técnicos.
20. Reshma Kewalramani, Vertex Pharmaceuticals (Pontuação: 73,50)
Kewalramani combina a complexidade médica com a estratégia empresarial. Sua força está em manter a profundidade científica intacta enquanto descreve claramente os caminhos estratégicos desde as inovações em pesquisa até as terapias no mundo real.
23. Greg Peters, Netflix (Pontuação: 73,20)
Peters mistura estratégia de conteúdo com inovação tecnológica de forma fluida. Sua abordagem se torna evidente quando ele explica como o desenvolvimento criativo e as capacidades da plataforma se complementam, criando uma ponte entre o entretenimento e os sistemas técnicos.
24. Reid Hoffman, LinkedIn/Greylock Partners (Pontuação: 73,17)
Os frameworks de Hoffman reúnem sistemas sociais e redes tecnológicas. Sua análise sobre conectividade profissional destaca a forma como a tecnologia transforma relacionamentos, demonstrando sua capacidade de pensar entre diferentes áreas sobre estruturas digitais e sociais.
25. Dario Amodei, Anthropic (Pontuação: 73,00)
Amodei simplifica o intricado mundo da segurança da IA com sua abordagem multidimensional. Ele equilibra habilidosamente os aspectos técnicos e éticos da IA, abordando tanto o potencial algorítmico quanto os frameworks de responsabilidade — cruciais para o desenvolvimento de uma IA responsável.
Como as habilidades cognitivas dos CEOs influenciam o sucesso da empresa
A correlação entre as habilidades cognitivas dos CEOs e o desempenho das empresas é mais forte do que você talvez imagine. Um estudo publicado na revista acadêmica de psicologia Intelligence Journal descobriu que os líderes com níveis mais altos de educação e habilidades cognitivas estavam associados a empresas que reportavam receitas brutas mais altas.
O que torna um CEO “inteligente” vai muito além do conhecimento técnico ou da perspicácia nos negócios. De acordo com a teoria das múltiplas inteligências do psicólogo premiado Howard Gardner, a capacidade cognitiva abrange várias dimensões:
- Inteligência linguístico-verbal: Usar a linguagem de forma eficaz;
- Inteligência lógico-matemática: Raciocínio analítico e conceitual;
- Inteligência interpessoal: Compreender as motivações dos outros e construir relacionamentos;
- Inteligência intrapessoal: Consciência de si mesmo e regulação emocional.
Os CEOs mais eficazes demonstram força em várias áreas de inteligência, o que lhes permite enfrentar desafios empresariais complexos enquanto inspiram suas organizações.
Comunicação e pensamento estratégico
Quando consideramos a inteligência linguístico-verbal, a pesquisa identificou padrões específicos de linguagem que se correlacionam com o pensamento de liderança:
- Construções condicionais: Frases como “sob condições em que” indicam planejamento de cenários e pensamento contingente;
- Linguagem causal: Palavras como “porque”, “portanto” e “consequentemente” sinalizam raciocínio analítico sobre relações de causa e efeito;
- Abstração conceitual: A capacidade de transitar entre exemplos concretos e princípios gerais, frequentemente marcada por frases como “o que isso representa é”;
- Pensamento comparativo: Linguagem que avalia alternativas por meio de frases como “comparado a”, “alternativamente” ou “uma abordagem diferente seria”.
Ao analisar sua própria comunicação, procure por esses marcadores de pensamento estratégico. A presença ou ausência deles pode revelar suas tendências cognitivas e oportunidades de desenvolvimento.
O poder da comunicação para CEOs
A pesquisa confirma o que os CEOs entendem instintivamente. Dominar a linguagem — com seu vocabulário e estruturas conceituais — amplifica sua capacidade de inspirar equipes e impulsionar a inovação. A vantagem competitiva não pertencerá apenas àqueles com mais informações, mas àqueles que podem transformar esses dados em insights significativos por meio da linguagem.
Ao desenvolver suas próprias habilidades linguísticas, você desbloqueará todo o potencial das suas capacidades de liderança e criará uma narrativa que inspira os que estão ao seu redor.
*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.
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CEO da Roche Quer Criar um Novo Modelo de Liderança

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Primeira mulher e primeira latino-americana a presidir a Roche no Brasil em quase 100 anos de operação, Lorice Scalise assumiu em 2023 com uma missão dupla: liderar a sexta maior afiliada da farmacêutica suíça no mundo e criar um novo modelo de liderança. “Se algo desse errado, estaria falhando por todas as mulheres que poderiam ocupar essa posição depois.”
Farmacêutica formada pela Unesp, essa paulista de Borborema, que é um dos destaques da lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025, construiu toda a carreira na Roche. São mais de 25 anos na empresa: os primeiros 14 deles no Brasil, de representante de vendas a general manager interina na diagnóstica; três na sede, entre a Suíça e o Japão, em uma cadeira global; e outros seis na Argentina, onde liderou a operação antes de voltar ao Brasil, dois anos atrás.
Sob sua gestão, em 2024, a Roche Farma faturou R$ 4,6 bilhões no país, alta de 10%, e destinou mais de R$ 600 milhões a pesquisas clínicas. “É um mercado muito atraente para a pesquisa pela diversidade genética.” O foco segue em oncologia, oftalmologia e doenças neurodegenerativas e raras, mas a empresa também avança em doenças respiratórias e cardiometabólicas, incluindo terapias contra obesidade.
“Você conhece uma sociedade pelo tanto que ela investe em saúde.”
Aos 53 anos, Lorice olha para a companhia e seus 450 funcionários com as mesmas lentes pelas quais enxerga o mundo. “Comecei a desenvolver minha liderança no movimento estudantil, ainda na faculdade”, lembra. “Hoje, exerço o feminismo de uma forma diferente.” Esse olhar se traduz em uma abordagem integral para a saúde da mulher, que envolve também equidade salarial, justiça na licença-maternidade e a revisão dos papéis atribuídos aos homens, dentro e fora da companhia. “Não estaria aqui se não fossem as mulheres que lutaram antes de mim. Temos a obrigação de continuar.”
Mãe de três, um casal de gêmeos de 26 anos e o caçula de 21, nunca questionou a importância da carreira, mas também não passou ilesa de culpas e dilemas ao longo do caminho. “O mais importante na educação dos meus filhos é que eu viva de verdade. Tenho um lugar social importante e que é parte da formação deles.”
Mesmo sem o crachá, Lorice leva a sério a definição de saúde da OMS, que abrange bem-estar físico, mental e social. Faz duas sessões diárias de pilates, antes e depois do trabalho, e gosta de terminar a semana no bar da Hilda, com uma cerveja sem álcool e na companhia de um livro – o do momento é “A Vida Não É Útil”, de Ailton Krenak. Também está aprendendo piano. “Estou ensaiando uma peça para tocar para a equipe no final do ano: Jesus, Alegria dos Homens, de Bach.”
Na capa de seu perfil no LinkedIn, destaca uma frase do abolicionista Wendell Phillips: “O preço da liberdade é a eterna vigilância.” “Já tentei trocar, mas toda vez que leio é como um wake-up call: ainda há muito a ser feito.”
Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.
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Futuro do Trabalho: 4 Tendências Prometem Moldar o Mercado em 2026

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
As menções a “desalinhamento” em avaliações de funcionários sobre a alta liderança aumentaram 149% de 2024 para 2025, enquanto “desconexão” subiu 24% e “desconfiança”, 26%. Os dados são do recém-lançado Worklife Trends Report 2026, do site de recrutamento Glassdoor, que analisou mais de 7 milhões de avaliações, salários e entrevistas de profissionais americanos na própria plataforma.
Segundo o relatório, rodadas de demissão contínuas, mas não em massa, estão entre as novas tendências. Cortes envolvendo menos de 50 profissionais passaram de 38% de todos os desligamentos em 2015 para 51% em 2025. Juntos, esses movimentos indicam uma reconfiguração na forma como os colaboradores enxergam a liderança e a confiança nas organizações.
Após anos de transformação, com uma pandemia e um período de readaptação pós-isolamento, 2026 desponta como um ano de redefinição, marcado por novas expectativas, orçamentos mais enxutos e dinâmicas de poder em evolução entre empresas e funcionários. Profissionais que entenderem o que está por trás dessas mudanças estarão mais preparados para navegar o que vem pela frente.
4 tendências do mundo do trabalho para 2026
1. Descompasso entre funcionários e líderes
A confiança na liderança chegou ao limite. As avaliações da alta gestão no Glassdoor caíram muito abaixo dos picos da pandemia. “Os profissionais estão sentindo o efeito chicote da montanha-russa emocional dos últimos seis anos”, explica Daniel Zhao, economista-chefe do Glassdoor. “No auge da pandemia, líderes eram transparentes e vulneráveis. Agora, muitos voltaram ao discurso corporativo, e os funcionários não sentem mais que seus líderes estão ao seu lado.”
Com menos poder de barganha, os profissionais observam atentamente como as lideranças lidam com demissões, exigências de retorno ao escritório e adoção da inteligência artificial, muitas vezes às custas da confiança e do moral da equipe. Essa tendência destaca uma necessidade crescente de transparência da liderança em 2026.
2. “Demissões contínuas” viraram o novo normal
Pequenos cortes, porém constantes, tornaram-se a nova regra. Uma das tendências mais marcantes é a mudança de grandes rodadas de demissões para reduções menores e contínuas, um padrão que o Glassdoor chama de “forever layoff”.
Esses ajustes graduais podem não gerar manchetes, mas geram um clima persistente de incerteza e ansiedade entre os profissionais. As menções a demissões e insegurança no emprego no fim de 2025 já estavam mais altas do que no início de 2020.
Embora muitas empresas vejam esses cortes como uma forma discreta de administrar a folha de pagamento, o custo mental é significativo. As “demissões contínuas” alimentam o burnout, o desengajamento e a desconfiança, e seus efeitos devem se prolongar em 2026.
3. Retorno ao presencial em “câmera lenta” continua
Está cada vez mais difícil crescer na carreira trabalhando de casa. As avaliações de oportunidades profissionais no Glassdoor caíram de 4,1 em 2020 para 3,5 em 2025 entre profissionais remotos e híbridos.
Apesar de muitas empresas terem retomado o trabalho presencial no último ano, a quantidade de dias trabalhados remotamente praticamente não mudou. Ainda assim, há uma força mais sutil em jogo: o medo de ficar “fora da vista e fora da mente”. O Glassdoor encontrou diferenças claras entre funcionários que mencionaram trabalho remoto ou híbrido em suas avaliações:
- As notas de oportunidade de carreira tiveram a queda mais acentuada;
- As avaliações de equilíbrio entre vida pessoal e profissional continuam mais altas, mas a diferença está diminuindo;
- As avaliações gerais caíram em comparação às de quem não mencionou trabalho remoto ou híbrido.
À medida que empregadores priorizam funcionários que estão sempre no escritório para promoções, muitos profissionais poderão ter que escolher entre flexibilidade e visibilidade em 2026. Essa tendência evidencia os trade-offs que continuam a moldar o trabalho híbrido.
4. Efeitos da IA permanecem limitados (por enquanto)
A ansiedade em torno da IA é grande, mas a disrupção real ainda é limitada. A análise do Glassdoor mostra que a satisfação dos funcionários em funções com alta exposição à IA caiu apenas levemente desde 2022. Algumas profissões, como tradutores e engenheiros de software, registraram quedas maiores, mas representam uma pequena parcela da força de trabalho.
E embora a maioria das organizações esteja experimentando a IA, poucas descobriram como integrá-la de forma eficaz. A expectativa é de que 2026 traga uma transformação gradual, mas não dramática, consolidando a IA como uma das tendências de trabalho mais observadas do ano.
Como enfrentar os desafios do futuro do trabalho
As tendências que devem moldar o mercado em 2026 apontam para mudanças contínuas e uma distância crescente entre funcionários e lideranças. A insegurança persistente no emprego e os trade-offs entre flexibilidade e ascensão de carreira têm levado profissionais a repensar o que significa ter sucesso. “Líderes precisam prestar atenção ao aumento dessa distância entre eles e os colaboradores”, diz Zhao. “Essa desconexão pode alimentar uma crise de desengajamento ainda mais grave em 2026.”
Ainda assim, há motivos para otimismo. Para os profissionais, a chave será manter a adaptabilidade, desenvolvendo novas habilidades, ampliando a alfabetização em IA e gerenciando a própria carreira de forma proativa em um ambiente de mudanças aceleradas.
*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.
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CEO da Elanco Leva a Disciplina do Esporte Para a Liderança

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Fernanda Hoe, 45 anos, é a primeira mulher a assumir a liderança da operação brasileira da Elanco Saúde Animal, multinacional norte-americana com 70 anos de tradição, presente em mais de 90 países e uma das maiores do setor no mundo. A executiva é um dos destaques da lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025.
Médica-veterinária formada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), com mestrado na University of Wisconsin (EUA) e MBA na FGV (Fundação Getulio Vargas), construiu uma carreira que combina rigor técnico, visão estratégica e gestão de pessoas – atributos que hoje sustentam sua posição no comando de uma empresa que movimenta um mercado em expansão no Brasil, tanto no segmento de animais de produção (bovinos, aves, suínos e peixes) quanto no de companhia (cachorros e gatos).
Sua trajetória profissional começou no sul de Minas, em programa de qualidade do leite, área que a levou ao mestrado no exterior e, mais tarde, de volta ao país para integrar a então Pfizer (hoje Zoetis). Lá, foram oito anos em funções técnicas e comerciais, até que a curiosidade pelo marketing a levou a assumir outras posições e, posteriormente, a ingressar na Elanco, em 2013. Seguiu por diferentes áreas, incluindo as gerenciais, consolidando-se como executiva versátil até alcançar, em 2021, a direção-geral da companhia no Brasil.
“Temos registrado uma evolução consistente, mesmo diante de um cenário altamente dinâmico.”
Fernanda Hoe, CEO da Elanco Brasil
Fernanda atribui muito de sua força de liderança ao esporte. Nadadora de travessias em mar aberto – como a exigente Fuga das Ilhas, circuito de quase dois quilômetros na Barra do Sahy, no litoral de São Paulo –, vê nos treinos a metáfora de sua carreira: foco, persistência e gestão precisa do tempo. “O esporte traz para mim a importância de se dedicar com constância para atingir um objetivo”, afirma.
Paulistana, filha de um engenheiro e uma psicóloga, mantém laços estreitos com família e amigos e já participou de um programa de acolhimento de crianças em situação de vulnerabilidade em casa. Essa dimensão pessoal reforça sua convicção de que liderança é também sobre cuidado. Em um setor ainda marcado pela predominância masculina, sua chegada ao topo abriu caminho para outras profissionais da saúde animal seguirem carreira corporativa.
À frente de um time de 350 pessoas no Brasil, Fernanda conduz a Elanco com o desafio de equilibrar produtividade, inovação e sustentabilidade – missão que vai além do cuidado com os animais, alcançando clientes, colaboradores e sociedade. A companhia, que em 2024 registrou receita de US$ 4,4 bilhões, estima alcançar entre US$ 4,57 e US$ 4,62 bilhões em 2025. “Temos registrado uma evolução consistente, mesmo diante de um cenário altamente dinâmico.”
Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.
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