Tecnologia
Tarifaço de Trump ‘azedou’ acordo para venda do TikTok nos EUA

As negociações entre o governo dos Estados Unidos e a ByteDance, empresa chinesa controladora do TikTok, foram suspensas após um novo impasse envolvendo tarifas comerciais. Fontes próximas ao processo afirmaram que a China indicou que não aprovaria a proposta de venda das operações do aplicativo no mercado norte-americano, caso os aumentos tarifários anunciados pelo presidente Donald Trump fossem mantidos.
As informações são da Reuters e do Washington Post. Trump elevou em 34% as tarifas sobre produtos chineses, fazendo com que Pequim reagisse com a mesma intensidade. Essa troca de retaliações colocou em risco o acordo que já estava com sua estrutura praticamente definida: o plano era criar uma nova empresa nos Estados Unidos, majoritariamente controlada por investidores norte-americanos, com a ByteDance detendo uma participação inferior a 20%.

O novo prazo estipulado para a conclusão do acordo é meados de junho, após uma extensão de 75 dias determinada por ordem executiva do presidente.
Pressões comerciais travam avanço do acordo pelo TikTok
- O avanço das tratativas foi interrompido depois que a ByteDance comunicou ao governo dos EUA que a China exigia a negociação das tarifas antes de aprovar a venda.
- Apesar de já ter o aval de investidores, da própria ByteDance e do governo norte-americano, o acordo não foi formalizado.
- A embaixada chinesa em Washington afirmou em nota que o país “sempre respeitou os direitos legítimos das empresas” e que “se opõe a práticas que violam os princípios básicos da economia de mercado”.
- “O acordo precisa de mais trabalho para garantir que todas as aprovações necessárias sejam assinadas”, disse Trump nas redes sociais. “Esperamos continuar trabalhando de boa-fé com a China, que, pelo que entendo, não está muito satisfeita com nossas tarifas recíprocas.”
TikTok virou peça de negociação política e comercial
O TikTok, usado por cerca de 170 milhões de norte-americanos, passou a ser tratado como questão de segurança nacional após o Congresso aprovar uma legislação obrigando a ByteDance a vender as operações nos EUA ou encerrar suas atividades no país. A medida, apoiada por ampla maioria bipartidária, foi assinada ainda em 2023 pelo então presidente Joe Biden, mas passou a ser gerida pela nova administração Trump, que tomou posse em 20 de janeiro de 2025.
Apesar de a lei prever o fim das atividades do TikTok até 19 de janeiro, a nova gestão decidiu não aplicar a medida imediatamente. Em vez disso, optou por buscar um acordo que evitasse a retirada do aplicativo. Segundo o Departamento de Justiça, Apple e Google foram informadas de que não precisariam retirar o app de suas lojas, o que permitiu a continuidade dos downloads.

Investidores e governo buscam alternativa para TikTok
As conversas mais recentes indicam que o governo dos EUA, junto a investidores como Susquehanna International Group e General Atlantic, tenta montar uma estrutura de aquisição que atenda às exigências legais dos EUA, reduzindo o controle chinês no aplicativo. A intenção é preservar o TikTok no país, mas sem vínculos significativos com sua origem na China.
Entretanto, fontes afirmam que a resistência da China pode estar relacionada não apenas ao conteúdo do acordo, mas ao contexto da disputa comercial em curso. Em nota oficial, o Conselho de Estado chinês condenou o que chamou de “bullying unilateral” por parte dos EUA.
Leia mais:
- 10 memes que viralizaram no TikTok desde sua popularização no Brasil em 2018
- Como assistir a vídeos offline no TikTok sem depender de internet móvel
- TikTok: como apagar histórico de pesquisa na rede social
TikTok como moeda de troca na guerra comercial
Durante discurso recente, Trump chegou a considerar flexibilizar tarifas em troca da aprovação da venda do TikTok: “Talvez eu tire alguns pontos percentuais se conseguir aprovações para algo”, disse. A fala gerou críticas no Congresso. Para o senador Mark Warner (D-Virgínia), integrante do Comitê de Inteligência, essa postura compromete a credibilidade da política de segurança nacional dos EUA. “Quando você transforma segurança nacional em item negociável, isso me preocupa”, declarou.
Desde que voltou à presidência, Trump tem oscilado entre críticas e elogios ao aplicativo. Já afirmou que o TikTok é “fundamental” para alcançar o público jovem e disse que é um “grande astro” na plataforma. Também minimizou os riscos de espionagem chinesa, sugerindo que a China “não estaria interessada em ver jovens assistindo vídeos malucos”.
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Amazon Music terá playlists semanais de “humor” criadas por IA
O uso de inteligência artificial (IA) para criar playlists não é uma novidade, mas isso não pareceu incomodar o Amazon Music, serviço de streaming de músicas da Amazon, para o lançamento de seu novo recurso: o Weekly Vibe. A escolha das músicas terá como base as preferências e o humor do ouvinte, incluindo artistas mais reproduzidos, favoritos e novas descobertas.
Inicialmente, o recurso estará disponível apenas para clientes dos Estados Unidos, com lançamento sempre às segundas-feiras.

- Assinantes Prime têm acesso ilimitado à plataforma por US$ 10,99 por mês (cerca de R$ 59; no Brasil, a assinatura Prime da Amazon é de R$ 19,90 por mês; para ter o Music Unlimited, que possui funções extras, o brasileiro precisa desembolsar mais, com valores variando entre R$ 11,90 e R$ 34,90);
- As listas são nomeadas de acordo com o gênero das músicas incluídas, como “Empowerment Anthems” (Hinos de Empoderamento, na tradução literal) e “Melodic Flex” (Mix de melódicos);
- Os usuários podem salvá-las na biblioteca e compartilhá-las com amigos por mensagem de texto ou redes sociais;
- “O recurso representa mais uma maneira de usarmos a IA para ajudar os fãs a se conectarem com mais músicas que ressoam com eles”, disse Ryan Redington, gerente geral da Amazon Music, em comunicado obtido pelo site Engadget.
Domínio da IA no Amazon Music
Em maio, a Amazon iniciou testes de ferramentas desenvolvidas pela Amazon Bedrock, a IA generativa da empresa, no streaming de música. A tecnologia tem sido usada para fornecer recomendações mais completas, criando playlists a partir dos resultados da pesquisa.
Por exemplo, fãs do último álbum de Bad Bunny, “Debí Tirar Más Fotos”, poderiam iniciar uma busca para conectá-lo a alguns dos artistas influentes que inspiraram o som do artista, descobrindo colaborações de sucesso com artistas, como Cardi B e Feid, ou uma coleção das faixas favoritas dos fãs. O recurso também está disponível apenas nos EUA para o sistema iOS.

Leia mais:
- Como transferir playlist do YouTube Music para Apple Music
- Spotify lança filtros inteligentes para turbinar sua biblioteca
- Como cancelar o Amazon Music Unlimited
Spotify também tem recursos de IA
Já no Spotify, usuários podem criar suas listas usando o AI Playlist desde o ano passado. O ouvinte digita um prompt com seu estado de espírito e a tecnologia faz o trabalho. Dá para pedir, por exemplo, uma “playlist de folk indie para dar um abraço apertado no meu cérebro” ou “uma playlist que me faça sentir como o personagem principal”.
“Você pode usar lembretes que façam referência a lugares, animais, atividades, personagens de filmes, cores e até emojis. As playlists de maior sucesso são geradas com lembretes que contêm uma combinação de gêneros, estados de espírito, artistas ou décadas”, explica a plataforma.
Além do AI Playlist, o Spotify também oferece a Daylist, reunindo músicas que o usuário costuma ouvir em momentos específicos do dia ou em dias específicos da semana, e também um recurso de DJ com IA, que seleciona músicas acompanhadas de breves comentários em inglês.

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OpenAI anuncia plataforma para competir com o LinkedIn

A OpenAI revelou estar desenvolvendo a OpenAI Jobs Platform, um serviço de contratação baseado em inteligência artificial que promete conectar empresas e trabalhadores de forma mais precisa. O lançamento está previsto para meados de 2026, segundo a empresa.
Fidji Simo, CEO de Aplicativos da OpenAI, afirmou em um post de blog que a plataforma usará IA para “encontrar a combinação perfeita entre o que as empresas precisam e o que os trabalhadores podem oferecer”.
O foco inicial será atender pequenas empresas e governos locais em busca de talentos especializados em IA.

LinkedIn ganha concorrência
- A iniciativa coloca a OpenAI em rota de colisão com o LinkedIn, controlado pela Microsoft, que também é a principal financiadora da criadora do ChatGPT.
- O LinkedIn já vem adicionando recursos de IA para melhorar a conexão entre candidatos e vagas.
- Além da plataforma de empregos, a OpenAI planeja expandir suas ofertas com certificações por meio da OpenAI Academy, lançada em 2023.
- A empresa pretende iniciar o programa de certificações em 2025, em parceria com grandes empregadores como o Walmart, e certificar 10 milhões de americanos até 2030.
Leia mais:
- OpenAI pode se tornar a empresa de capital fechado mais valiosa do mundo
- 5 prompts para descobrir o que o ChatGPT sabe sobre você
- OpenAI terá um escritório na Índia – segundo maior mercado do ChatGPT

IA no mercado de trabalho: ameaça ou aliada?
A novidade chega em meio a debates sobre o impacto da IA no mercado de trabalho. Executivos do setor, como Dario Amodei, da Anthropic, já alertaram que até metade dos empregos de nível básico de colarinho branco pode desaparecer até 2030.
Simo reconheceu o risco, mas afirmou que a OpenAI quer ajudar trabalhadores a se adaptarem ao novo cenário, oferecendo treinamento e oportunidades em setores em transformação.

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SpaceX dá mais um passo para lançar até 120 voos por ano na Flórida

A Administração Federal de Aviação (FAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos concluiu a revisão ambiental do pedido da SpaceX para dobrar o número de lançamentos do Falcon 9 a partir da Estação da Força Espacial de Cabo Canaveral, na Flórida. Os reguladores aprovaram a ampliação do número de voos de 50 para até 120 por ano.
Eles avaliaram que as mudanças “não impactariam significativamente a qualidade do ambiente humano”, segundo o Tech Crunch. O plano também incluiu a construção de uma nova zona de pouso para receber até 34 propulsores por ano — a maioria sendo partes reutilizáveis do foguete.

Essa é apenas mais uma etapa do processo que dará permissão, de fato, para ampliar as operações da empresa de Elon Musk. A empresa ainda depende da atualização de licença emitida pela FAA e aprovação do Departamento da Força Aérea para as mudanças, já que a plataforma de lançamento fica em propriedade da Força Espacial.
O que diz a revisão
- Os reguladores aprovaram a emissão de licenças ambientais para garantir segurança durante as obras, o que inclui o uso de iluminação adequada para tartarugas marinhas à noite e a realização de pesquisas pré-construção sobre as populações de gaios-da-Flórida e cobras-índigo-orientais para garantir a proteção da vida selvagem;
- Além disso, na avaliação da FAA, é altamente improvável que águas residuais industriais — especialmente os enormes volumes de água descarregados pelo sistema de dilúvio durante o lançamento — sejam despejados em águas próximas;
- Esse tem sido um ponto controverso ao longo do processo: no Texas (EUA), ambientalistas processaram órgãos reguladores de locais próximos à Starbase no Estado por permitir que a empresa espacial descarregasse águas residuais industriais da plataforma.

Leia mais:
- Por que colonizar Marte agora pode ser um erro monumental?
- Starlink x fibra: a batalha de Elon Musk com empresas de internet nos EUA
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Musk quer mais para a SpaceX
A SpaceX é atualmente a empresa que mais lança foguetes no mundo, atendendo desde clientes comerciais até o Departamento de Defesa dos EUA e a sua própria rede de satélites de internet Starlink. E a tendência é que a lista continue crescendo.
Agora, a empresa tem planos de expandir sua presença na Costa Oeste, lançando até 100 foguetes Falcon por ano a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. Futuramente, a Starship também pode ser usada em missões na Lua e em Marte, com lançamentos tanto no Texas quanto na Flórida.
A Starship é a nave espacial mais potente em operação, construída com um sistema totalmente reutilizável. Com 123 metros de altura, o foguete tem capacidade de carga de 150 toneladas. E foi projetado para transportar até 100 pessoas em voos interplanetários de longa duração.

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