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Economia

Reunião do G20 discute taxação de super-ricos e emergência climática

Redação Informe ES

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Ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20 (grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Europeia e União Africana) reúnem-se a partir desta quarta-feira (24), no Rio de Janeiro. O encontro terá como destaque a proposta brasileira de taxação dos super-ricos e medidas para reduzir os efeitos das mudanças climáticas.

A reunião ocorre até sexta-feira (26). Esse é o terceiro encontro da chamada trilha financeira do G20 desde que o Brasil assumiu a presidência do grupo. Em fevereiro, os ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais reuniram-se por uma semana em São Paulo, onde o Brasil apresentou pela primeira vez a proposta de taxação dos super-ricos. Em abril, ocorreu um segundo encontro, em Washington, às margens da reunião anual de primavera do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Além da reunião do G20, haverá eventos paralelos. Desde segunda-feira (22), especialistas globais de governos, sociedade civil, academia, setor privado e organismos internacionais discutem um modelo de Estado socialmente justo voltado para o desenvolvimento sustentável, na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no Rio de Janeiro.

Em outro evento paralelo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará, no Rio, o pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Uma das prioridades do Brasil na presidência do G20, a iniciativa pretende, nesta etapa, formalizar os documentos e abrir caminho para a adesão de países interessados. O pré-lançamento ocorrerá no Galpão da Cidadania, sede da organização Ação da Cidadania, fundada há 30 anos pelo sociólogo Herbert de Souza, o Betinho.

Programação

Após participar do pré-lançamento da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá uma reunião bilateral com a secretária do Tesouro norte-americano, Janet Yellen, nesta quarta-feira, às 15h. Segundo o Ministério da Fazenda, os dois pretendem debater a situação da economia global, a taxação dos super-ricos, que enfrenta resistência dos Estados Unidos, e a emergência climática provocada pelo aquecimento global. Existe a possibilidade de Haddad e Yellen fazerem um pronunciamento ao fim do encontro.

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Às 17h, Haddad participará do painel de abertura de outro evento paralelo ao G20. Organizado pelos Emirados Árabes Unidos, sede da última Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), o evento pretende discutir a ampliação de mecanismos para financiar o desenvolvimento sustentável.

Na quinta-feira (25), Haddad começará o dia reunindo-se com a ministra das Finanças da Indonésia, Sri Mulyani. Às 9h, Haddad e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, presidem a primeira sessão de trabalho da reunião do G20, que discutirá a situação econômica global e os desafios atuais para a economia.

Às 14h, o ministro da Fazenda se reunirá com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann. Segundo o Ministério da Fazenda, os dois debaterão o panorama econômico global, a situação econômica do Brasil e a proposta de taxação dos super-ricos, tema de interesse também da OCDE, grupo que elabora recomendações políticas, econômicas e sociais para os países-membros.

Às 15h30, Haddad se encontrará com a nova ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves. Essa é a primeira viagem internacional da ministra, que tomou posse no início do mês, após a vitória do Partido Trabalhista britânico nas eleições gerais do país. O Brasil espera obter apoio à tributação dos super-ricos após a mudança de governo no Reino Unido.

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Às 16h15, Haddad coordenará uma sessão de trabalho do G20, que discutirá a cooperação para a tributação internacional. No mesmo horário, Campos Neto presidirá outra reunião, cujo tema ainda não foi passado pelo Banco Central. O dia termina com um jantar oficial de boas-vindas aos ministros, na sede do BNDES, que terá como tema a preservação das florestas no Brasil.

Na sexta-feira (26), último dia do encontro, haverá uma reunião para debater o financiamento aos mecanismos de desenvolvimento sustentável e de enfrentamento às mudanças climáticas, das 9h às 13h. De acordo com o Ministério da Fazenda, o encontro tem como objetivo agregar todo o debate sobre o tema dentro do G20.

Às 14h, haverá uma reunião sobre o Mecanismo de Financiamento das Florestas Tropicais (TFFF, na sigla em inglês). Esse instrumento foi lançado pela ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, na COP28, no ano passado.

Às 15h, haverá uma reunião para discutir a reforma dos bancos multilaterais e da dívida global. No início de junho, Haddad participou de uma conferência no Vaticano que teve como tema a busca de soluções para a crise da dívida pública enfrentada por países em desenvolvimento. Às 18h30, haverá a entrevista coletiva final da reunião do G20, com a presença de Haddad, de Campos Neto e da embaixadora Tatiana Rosito, secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda.

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Perspectivas

Segundo o Ministério da Fazenda, o encontro pretende ouvir a posição dos ministros de Finanças do G20 sobre a taxação dos super-ricos. Com base nos debates, o Brasil tentará construir uma visão para que o país possa, entre julho e outubro, fechar um texto que possa ser endossado por outros países.

Até agora, França, Espanha, Colômbia, União Africana e Bélgica manifestaram apoio direto à proposta brasileira. País que assumirá a presidência rotativa do G20 no próximo ano, a África do Sul também apoia a taxação dos super-ricos. Os Estados Unidos, no entanto, rejeitaram a proposta, alegando que existem outros mecanismos para reduzir a desigualdade global.

Edição: Kleber Sampaio

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Economia

Mercado financeiro eleva previsão da inflação de 4,63% para 4,71%

Redação Informe ES

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A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,63% para 4,71% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (2), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

Para 2025, a projeção da inflação também subiu de 4,34% para 4,4%. Para 2026 e 2027, as previsões são de 3,81% e 3,5%, respectivamente.

A estimativa para 2024 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

A partir de 2025, entrará em vigor o sistema de meta contínua e, assim, o CMN não precisará mais definir uma meta de inflação a cada ano. O colegiado fixou o centro da meta contínua em 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Em outubro, puxada principalmente pelos gastos com habitação e com alimentos, a inflação no país foi de 0,56%, após o IPCA ter registrado 0,44% em setembro. De acordo com o IBGE, em 12 meses o IPCA acumula 4,76%. A inflação de novembro será divulgada pelo instituto no próximo dia 10.

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Juros básicos

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o colegiado aumentar o ritmo de alta dos juros na última reunião, no início deste mês.

A alta consolida um ciclo de contração na política monetária. Após passar um ano em 13,75% ao ano, entre agosto de 2022 e agosto de 2023, a taxa teve seis cortes de 0,5 ponto e um corte de 0,25 ponto entre agosto do ano passado e maio deste ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom decidiu manter a taxa em 10,5% ao ano, começando a aumentar a Selic na reunião de setembro, quando a taxa subiu 0,25 ponto.

A próxima reunião do Copom está marcada para 10 e 11 de dezembro, quando os analistas esperam novo aumento da taxa básica. Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 11,75% ao ano.

Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica suba para 12,63% ao ano. Para 2026 e 2027, a previsão é que ela seja reduzida para 10,5% ao ano e 9,5% ao ano, respectivamente.

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Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB e câmbio

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano está subiu de 3,17% para 3,22%. No segundo trimestre do ano, o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) surpreendeu e subiu 1,4% em comparação com o primeiro trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta foi de 3,3%.

Para 2025, a expectativa para o PIB é de crescimento de 1,95%. Para 2026 e 2027, o mercado financeiro estima expansão do PIB também em 2% para os dois anos.

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Em 2023, também superando as projeções, a economia brasileira cresceu 2,9%, com valor total de R$ 10,9 trilhões, de acordo com o IBGE. Em 2022, a taxa de crescimento havia sido de 3%.

A previsão de cotação do dólar está em R$ 5,70 para o fim deste ano. No fim de 2025, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,60.

Agencia Brasil

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Economia

Haddad anuncia isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

Redação Informe ES

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O governo enviará, combinado ao pacote de corte de gastos obrigatórios, a proposta para isentar de Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês, disse em pronunciamento nesta noite o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele esclareceu que a medida não terá impacto sobre as contas públicas porque será bancada com a taxação extra de quem ganha mais de R$ 50 mil mensais.

Brasília (DF) 27/11/2024 - Haddad anuncia isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil
Frame Ministério da Fazenda
Brasília (DF) 27/11/2024 – Haddad anuncia isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil – Frame Ministério da Fazenda

“É o Brasil justo, com menos imposto e mais dinheiro no bolso para investir no seu pequeno negócio, impulsionar o comércio no seu bairro e ajudar a sua cidade a crescer. A nova medida não trará impacto fiscal, ou seja, não aumentará os gastos do governo. Porque quem tem renda superior a R$ 50 mil por mês pagará um pouco mais. Tudo sem excessos e respeitando padrões internacionais consagrados”, disse o ministro em pronunciamento em cadeia nacional de rádio e de televisão.

Segundo Haddad, a medida faz parte da segunda etapa da reforma tributária, que prevê a reforma do Imposto de Renda. No pronunciamento, o ministro lembrou da reforma tributária do consumo, promulgada no ano passado e em regulamentação pelo Congresso, que trará outros benefícios às classes baixa e média.

“Essa medida, combinada à histórica Reforma Tributária, fará com que grande parte do povo brasileiro não pague nem Imposto de Renda e nem imposto sobre produtos da cesta básica, inclusive a carne. Corrigindo grande parte da inaceitável injustiça tributária, que aprofundava a desigualdade social em nosso país”, acrescentou o ministro.

Agencia Brasil

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Economia

ParkLogBR/ES: o Espírito Santo vai transportar o futuro do Brasil

Redação Informe ES

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O Governo do Estado, em parceria com as prefeituras e a iniciativa privada, lançou, nesta terça-feira (26/11) o Programa Estruturante ParklogBR/ES. A ação tem como objetivo potencializar o desempenho logístico, econômico e social das instalações portuárias e outros ativos localizados nos municípios de Aracruz, Colatina, Fundão, Ibiraçu, João Neiva, Linhares, Serra e Sooretama.

Coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento (Sedes), o ParklogBR/ES visa fomentar o desenvolvimento de terminais portuários, rodovias, ferrovias, aeródromos e áreas empresariais. O programa também prevê a criação de um comitê executivo de coordenação, que será responsável por articular as ações e acompanhar sua execução.

Durante o evento de lançamento, realizado no Palácio Anchieta, o governador Renato Casagrande instituiu o Comitê Gestor do ParklogBR/ES e destacou o potencial do programa para transformar a logística e a economia capixaba.

“O programa vai permitir que o Espírito Santo seja mais eficiente no comércio internacional. Nessa nova fase que iremos viver a partir de 2033, com o fim da vigência dos atuais incentivos fiscais, o comércio internacional se tornará cada vez mais importante. É fundamental para o Estado ter um polo logístico completo naquela região, somando ao que já temos na Grande Vitória e ao que estamos consolidando na região sul”, explicou o governador.

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Casagrande prosseguiu: “Do ponto de vista logístico, o nosso maior ponto de fragilidade é a ligação ferroviária para o interior do país. Por isso, seguimos em contato com o Governo Federal para solucionarmos essa demanda. Além disso, estamos investindo R$ 4 bilhões somente esse ano. De 2019 até hoje são quase R$ 16 bilhões em investimentos. Temos capacidade de seguir com esse mesmo ritmo no próximo ano, tornando o Espírito Santo cada vez mais competitivo e eficiente”.

O vice-governador e secretário de Estado de Desenvolvimento, Ricardo Ferraço, enfatizou o papel estratégico do ParklogBR/ES no desenvolvimento sustentável e na integração entre o setor público e privado, além de apresentar o programa como uma solução inovadora para os desafios logísticos nacionais.

“Estamos colocando de pé, com estratégia e de forma coletiva, uma estrutura logística diferenciada em termos de Brasil. Portos, aeroportos, ferrovia, ZPE [Zona de Processamento de Exportação], porto seco, malha rodoviária consolidada e em expansão, além de incentivos fiscais muito competitivos. Uma região que já conta com tudo isso e muito mais pode ser a solução logística para o Brasil. São oito municípios com todo esse potencial trabalhado para gerar negócios, mais oportunidades e maia desenvolvimento. Capazes de resultar numa quantidade significativa de novos postos de trabalho, mais empregos e renda”, destacou Ferraço.

O prefeito de Aracruz, Luiz Carlos Coutinho, falou sobre os investimentos já realizados no município, enfatizando a relevância do ParklogBR/ES para o futuro da região. “Nós investimos, no ano passado, R$500 milhões no nosso pacote de obras. Foram investidos mais de R$700 milhões no município de Aracruz. Nosso futuro é promissor, tanto para nós, e falo enquanto gestor do município, mas também para o estado e para o Brasil”, afirmou.

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Infraestrutura e objetivos estratégicos

A região abrangida pelo programa conta com infraestrutura diversificada, incluindo portos como Portocel, Barra do Riacho e o Porto Imetame, que está em construção e será preparado para receber navios de grande calado, com a primeira atracação prevista para 2025.

Entre os investimentos do Governo do Estado em infraestrutura rodoviária, destacam-se a implantação da Rodovia ES-115, que ligará Serra a Aracruz, com previsão de inauguração do primeiro trecho entre o Polo Industrial da Serra e Nova Almeida em fevereiro de 2025, bem como a construção de dois contornos rodoviários para desviar o trânsito pesado do Centro de Aracruz e facilitar o acesso dos portos à Rodovia BR-101. Esses projetos, junto com outras melhorias, somam um investimento de aproximadamente R$1 bilhão.

Além disso, a região conta com a primeira ZPE privada do Brasil, localizada em Aracruz, e integra os benefícios fiscais da Sudene, o que fortalece sua competitividade para atrair novos investimentos e impulsionar o comércio exterior.

O ParklogBR/ES também busca consolidar a região como um eixo estratégico para as exportações do agronegócio do Centro-Oeste, aproveitando a localização privilegiada e a integração intermodal de sua infraestrutura. O programa é visto como uma oportunidade de promover o crescimento econômico e criar novas oportunidades de emprego e renda para a população capixaba.

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giovani.pagotto@gmail.com

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(27) 99999-9422

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