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Como Pequenos Hábitos Podem Transformar Sua Vida e Carreira

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Imagine acordar todas as manhãs e adotar um hábito simples — como caminhar, preparar um café da manhã saudável ou registrar seus pensamentos em um diário. No início, pode parecer apenas mais uma rotina. Mas, com o tempo, esse único hábito começa a criar um efeito dominó.
Você começa a se alimentar melhor, a manter um horário de sono mais consistente e a sentir mais controle sobre seu tempo. Esse é o poder dos “hábitos-chave” – que não apenas mudam um aspecto da sua vida, mas desencadeiam uma cadeia de comportamentos positivos.
No livro “O Poder do Hábito”, Charles Duhigg descreve os hábitos-chave como aqueles que “iniciam um processo que, ao longo do tempo, transforma tudo.” Eles proporcionam pequenas, mas significativas, vitórias, servem de base para outros hábitos positivos e reforçam um senso mais forte de identidade e autodisciplina.
Algo tão simples quanto arrumar a cama todas as manhãs pode reforçar a disciplina e a sensação de ordem, estabelecendo um tom produtivo para o restante do dia. Reunir-se à mesa de jantar todas as noites pode parecer um ato pequeno, mas fortalece conexões, incentiva a alimentação consciente e cria espaço para conversas significativas.
Esses hábitos não existem isoladamente – eles influenciam a forma como pensamos, sentimos e lidamos com a vida diária, provando que, às vezes, as menores mudanças fazem a maior diferença. Portanto, reconhecer e construir hábitos-chave pode ser um divisor de águas para seu crescimento pessoal.
3 razões para incorporar hábitos-chave na rotina
1. Eles reforçam uma identidade positiva
Os hábitos que seguimos consistentemente moldam a maneira como nos enxergamos. Quando você se compromete com um hábito-chave, não está apenas adotando uma rotina – está reforçando uma identidade. Por exemplo, alguém que se exercita regularmente não apenas treina; essa pessoa começa a se ver como alguém saudável e disciplinado. Essa mudança na percepção de si mesmo cria um ciclo de feedback poderoso, tornando mais fácil manter e desenvolver comportamentos positivos.
Um estudo de 2019 publicado na Frontiers in Psychology explora a conexão entre comportamentos e identidade pessoal. Ele sugere que, embora nem todos os hábitos estejam ligados à identidade, aqueles relacionados a valores pessoais ou metas de longo prazo têm maior probabilidade de moldar a forma como as pessoas se enxergam. O relatório também enfatiza que novos hábitos são mais fáceis de manter quando se tornam parte da identidade de alguém.
Se uma pessoa começa a se ver como alguém que prioriza a saúde, a gentileza ou o crescimento pessoal, é mais provável que mantenha comportamentos que reforcem essa identidade. Quando um hábito está alinhado com nossos valores e com quem aspiramos ser, ele deixa de parecer uma obrigação e se torna algo natural, facilitando o crescimento e a mudança.
2. Eles ajudam a construir autodisciplina e resiliência mental
Os hábitos-chave funcionam como âncoras que mantêm você firme, mesmo quando a motivação diminui. Quando você se compromete com esses hábitos, não está apenas seguindo um padrão – está treinando sua mente para persistir, mesmo nos dias difíceis. Com o tempo, essa disciplina silenciosa fortalece a resiliência mental, facilitando o enfrentamento de desafios e a permanência no caminho para atingir seus objetivos.
Uma pesquisa sobre formação de hábitos, publicada no European Journal of Social Psychology, descobriu que comportamentos tornam-se automáticos com a repetição consistente. Em média, levou 66 dias para que os participantes solidificassem um hábito, mas o tempo variou significativamente – alguns formaram hábitos em apenas 18 dias, enquanto outros levaram até 254 dias. É importante destacar que perder um único dia não atrapalhou o processo. Isso reforça a ideia de que autodisciplina não é sobre perfeição, mas sobre persistência.
Os hábitos-chave, construídos com repetição e consistência, desencadeiam uma cascata de comportamentos positivos. Como influenciam outras ações, a autodisciplina cultivada por esses hábitos se estende além de uma única atividade, fortalecendo a resiliência mental em diversas áreas da vida.
3. Eles ajudam a reduzir a fadiga decisória
Todos os dias, tomamos inúmeras decisões – desde o que vestir e comer até como estruturar a rotina de trabalho ou quando se exercitar. Embora isso pareça administrável, pesquisas mostram que a tomada constante de decisões pode ser mentalmente exaustiva.
Um estudo de 2018, publicado no Journal of Health Psychology, destaca que a fadiga decisória é um grande, mas pouco estudado, desafio que afeta o comportamento e o bem-estar. Os pesquisadores apontam que, à medida que tomamos mais decisões ao longo do dia, nossa capacidade de raciocinar de forma eficaz diminui. Isso pode levar a escolhas piores, impulsividade ou até à evitação total de decisões.
Os hábitos-chave ajudam a combater esse problema ao automatizar certos comportamentos, reduzindo a necessidade de tomar muitas decisões. Por exemplo, se você tem uma rotina matinal definida – acordar, escrever no diário, se exercitar – elimina a necessidade de decidir o que fazer primeiro ou se deve se exercitar naquele dia. Em vez de debater cada escolha, você age automaticamente, economizando energia mental para decisões mais importantes.
Ao incorporar hábitos-chave na vida diária, você melhora sua capacidade de manter comportamentos corretos de forma natural e sem esforço.
Como identificar seus hábitos-chave
Descobrir seus hábitos-chave exige reflexão sobre as pequenas rotinas que criam um efeito dominó em sua vida. Comece observando quais comportamentos estabelecem um tom positivo para o seu dia – você se sente mais focado depois de se exercitar pela manhã? Mais produtivo após escrever em um diário? Mais presente após meditar? Esses são indicadores de hábitos que influenciam várias áreas do seu bem-estar.
Outra abordagem é identificar comportamentos cuja ausência prejudica seu progresso. Se pular a meditação matinal faz com que você se sinta disperso ou se não preparar suas refeições resulta em escolhas alimentares ruins, esses podem ser seus hábitos-chave. Procure rotinas que naturalmente reforcem outros comportamentos positivos e aumentem sua autodisciplina.
Também vale observar os hábitos de pessoas que você admira – avalie suas rotinas e descubra o que as ajuda a desenvolver as qualidades que o inspiram. Muitas vezes, os hábitos-chave não são os mais óbvios, mas criam uma base que facilita escolhas positivas.
Uma vez identificados, comprometa-se com esses hábitos de forma consistente. Comece devagar e evolua gradualmente, focando no progresso, não na perfeição. Com o tempo, esses comportamentos transformarão sua jornada de crescimento pessoal em algo mais leve e sustentável, criando mudanças duradouras.
*Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.
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Profissionais Enfrentam “Custo Invisível” ao Adotar IA no Trabalho

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Profissionais que usam inteligência artificial no trabalho são avaliados como menos competentes do que aqueles que não usam, mesmo quando são transparentes sobre seus métodos e apresentam resultados com a mesma qualidade, aponta uma nova pesquisa.
Quatro acadêmicos, da King’s Business School, da Universidade de Pequim, da Hong Kong Polytechnic University e da Universidade de Hong Kong, conduziram um experimento com 1.026 engenheiros. Eles pediram que avaliassem um trecho de código em Python escrito por outro engenheiro — com ou sem ajuda da IA.
Em todos os casos, o código era exatamente o mesmo; a única diferença estava na descrição de como havia sido produzido. Ainda assim, quando os avaliadores acreditavam que o engenheiro havia usado IA para escrever o código, atribuíam a ele, em média, 9% menos competência.
IA e viés de gênero
Essa “penalidade de competência” foi mais que o dobro para engenheiras em comparação aos homens. As mulheres tiveram uma redução de 13% em suas avaliações de competência, contra 6% entre os homens. “Quando avaliadores achavam que uma mulher tinha usado IA para escrever o código”, explicaram os pesquisadores na Harvard Business Review, “eles questionavam muito mais suas habilidades fundamentais do que quando analisavam o mesmo código assistido por IA escrito por um homem.”
As penalidades também variaram conforme o perfil do avaliador. Engenheiros que ainda não tinham adotado IA foram os mais críticos — especialmente homens avaliando mulheres. Nesses casos, penalizaram as engenheiras 26% mais do que os engenheiros pelo uso idêntico da tecnologia.
Ao refletirem sobre os resultados, os pesquisadores destacaram que isso revela uma espécie de “custo invisível” na adoção da IA. “O que parece simples resistência em adotar novas ferramentas, na verdade, reflete um instinto racional de autopreservação. O custo real vai muito além da perda de produtividade, embora só essa perda já seja significativa”, escreveram os autores da pesquisa.
O estudo também lança nova luz sobre as desigualdades de gênero que persistem na força de trabalho em transformação — da confiança à percepção de competência — e alerta para o risco de as novas tecnologias agravarem disparidades já existentes, como as diferenças salariais.
*Josie Cox é colaboradora da Forbes USA. Ela é jornalista e cobre negócios, economia e futuro do trabalho. Já trabalhou em veículos internacionais como Reuters, The Wall Street Journal e The Independent.
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Caminhada Japonesa: O que É e Como Melhora Sua Vida e Trabalho?

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Cientistas descobriram que exercícios regulares melhoram a saúde física e mental, reduzindo o risco de ansiedade em quase 60%. E eles recomendam a caminhada como uma das melhores atividades para equilibrar a vida pessoal e a profissional. Existem várias formas de caminhar de maneira saudável, como as caminhadas de admiração (“awe walks”) e as caminhadas conscientes (“mindful walks”). Agora, a nova tendência é a caminhada japonesa. As buscas globais pelo termo “Japanese Walking” atingiram 329 mil no último mês, um aumento de 154%.
O que é a caminhada japonesa?
A caminhada japonesa alterna entre três minutos de caminhada em ritmo normal e três minutos em ritmo acelerado, totalizando 30 minutos. Pense nisso como uma rotina de caminhada de alta intensidade: rápido, devagar, rápido novamente. Você caminha três minutos em ritmo acelerado (cerca de 70% da sua capacidade aeróbica máxima) e depois três minutos em ritmo lento (cerca de 40% da capacidade máxima). Esse padrão, repetido durante o tempo determinado, melhora a condição física geral e incentiva a atividade física consistente:
- Três minutos a 40% do ritmo máximo
- Três minutos a 70% do ritmo máximo
- Repita pelo menos cinco vezes seguidas
Diferencial e benefícios
O nome vem de seu criador, o professor e pesquisador japonês Hiroshi Nose, e a prática vem ganhando popularidade entre iniciantes e entusiastas do mundo fitness. Respaldada pela ciência, essa caminhada oferece a resistência e a energia necessárias para melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Promete benefícios à saúde, aumentando a disposição ao longo do dia de trabalho, sem a intimidação dos treinos tradicionais. Além disso, estudos indicam que manter uma rotina consistente de atividade física contribui para o desempenho cognitivo e, consequentemente, para a produtividade.
Um especialista em treino funcional explica por que essa rotina de caminhada de alta intensidade é a sensação do momento. Trond Nyland, CEO da Fynd, empresa de tecnologia e fitness, descreve o método como a melhor forma de começar um estilo de vida mais ativo, mudando a percepção de iniciantes sobre exercícios físicos. “A beleza da caminhada japonesa está em como ele se encaixa naturalmente na vida diária,” diz Nyland. “É simples, de baixo impacto e fácil de manter, tornando-se um ponto de partida ideal para quem está começando. Remove barreiras comuns, tornando o movimento consistente acessível e realizável para quase qualquer pessoa.”
Esse método simples de caminhada rápida-lenta aumenta o VO2 Max — volume máximo de oxigênio que o corpo consegue utilizar durante o exercício físico intenso — sem precisar acumular milhares de passos. Ele se baseia em um estudo de 2007 publicado no Mayo Clinic Proceedings, no qual cientistas dividiram homens e mulheres de 50 e 60 anos em dois grupos. O primeiro grupo, na caminhada moderada, dava 8 mil passos por dia em ritmo leve, cerca da metade do máximo que podiam caminhar. O segundo grupo fez o que viria a ser conhecido como a caminhada japonesa.
Após caminhar quatro vezes por semana durante cinco meses, os participantes desse segundo grupo ganharam mais força muscular nas coxas do que os outros. Eles também aumentaram sua capacidade aeróbica máxima e reduziram a pressão arterial sistólica em média 10 pontos nos homens e oito nas mulheres, enquanto os que caminhavam de forma moderada tiveram quedas de apenas um ou dois pontos. Cientistas concluíram que alternar o ritmo durante a caminhada reduz a idade biológica ao melhorar a capacidade aeróbica.
Por que a caminhada japonesa é a porta de entrada para o mundo fitness
Nyland explica que o método se destaca por quebrar a mentalidade do “tudo ou nada”, que faz muitas pessoas desistirem da atividade física antes mesmo de começar. “Não é preciso se esforçar até a exaustão para ver resultados,” afirma. “Um esforço moderado e consistente pode gerar progresso maior a longo prazo do que treinos intensos ocasionais. É um lembrete de que a atividade física não precisa ser extrema para ser eficaz.”
David Amerland, autor do livro Built To Last, compara a caminhada japonesa a dirigir na cidade. “Ela quebra a tendência natural do corpo de se acomodar e do cérebro de desligar e relaxar”, diz. “Esse padrão constante de variação força corpo e mente a reorganizarem a energia disponível. Essa mudança constante cria pequenas adaptações que trazem benefícios reais à saúde e ao condicionamento físico.”
5 motivos para começar
Trond Nyland, CEO da Fynd, compartilha cinco razões pelas quais esse método é um ponto de entrada ideal para um estilo de vida mais ativo que apoia o equilíbrio entre vida e trabalho:
1. Baixa barreira de entrada
Basta um par de tênis confortável e 30 minutos do seu dia. Essa simplicidade elimina desculpas comuns que impedem o início de uma rotina de exercícios.
2. Adaptação progressiva
A alternância de intensidade introduz o corpo suavemente ao treino intervalado, fortalecendo o sistema cardiovascular. Com o tempo, aumenta a resistência e prepara para treinos mais exigentes, como a corrida.
3. Baixo comprometimento
O ritmo moderado é gentil com o corpo, mas eficaz para gerar progresso. Diferente de treinos mais intensos que podem levar a lesões ou desgaste, é seguro praticar diariamente e cria uma rotina sustentável.
4. Resultados mensuráveis sem intimidação
Melhora a saúde cardiovascular, reduz a pressão arterial e ajuda no controle de peso sem o desconforto de exercícios tradicionais. Benefícios tangíveis motivam iniciantes a continuar.
5. Porta de entrada para exercícios mais avançados
À medida que o corpo se adapta, aumenta energia e resistência, despertando interesse por outros tipos de treino, como musculação e cardio mais intenso.
Como incluir na rotina diária
David Amerland sugere usar atividades cotidianas para fortalecer o corpo: subir escadas, estacionar longe, carregar compras, fazer tarefas domésticas, brincar com os filhos, passear com o cachorro. “Pequenas mudanças ao longo do ano resultam em um corpo mais saudável e apto para qualquer exercício estruturado.”
Nyland recomenda começar integrando a caminhada japonesa durante o almoço, no deslocamento ou na rotina matinal. “Três caminhadas de 30 minutos por semana já são um ótimo começo, podendo chegar a cinco conforme a resistência aumenta. Para quem tem receio de iniciar a jornada fitness, ela oferece um ponto de partida de baixo impacto, eficaz e fácil de manter.”
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5 Minutos de Mindfulness: o Hábito Simples Que Pode Fortalecer a Sua Carreira

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Em uma era marcada por demissões em massa, incertezas econômicas e turbulências políticas e sociais, é natural que os níveis de estresse aumentem e que a vida pareça estar fora de controle. Apenas cinco minutos de atenção plena (mindfulness) por dia colocam você em um estado de relaxamento mental e alerta ao mesmo tempo, permitindo encarar o trabalho e a vida de forma mais calma e prazerosa.
Entenda a seguir o que dizem os estudos sobre a prática de mindfulness e como ela pode transformar sua saúde mental e carreira.
5 minutos de atenção plena diária: um remédio para estresse e produtividade
Cada vez mais estudos científicos comprovam a ligação entre mindfulness e a redução do estresse, o bem-estar e até maior produtividade no trabalho e sucesso profissional. Talvez você se preocupe com contas não pagas, um projeto inacabado ou o prazo que precisa cumprir. Talvez fique revivendo uma discussão com o chefe ou se perguntando se será o próximo a ser demitido.
O mindfulness treina sua mente a fazer o que ela não faz instintivamente: voltar ao presente, aproveitar o momento e valorizar a própria vida em vez de focar em preocupações com o futuro (“E se eu for demitido?”) ou arrependimentos do passado (“Eu deveria ter falado naquela reunião”). Do ponto de vista da neurociência, apenas cinco minutos de prática durante o expediente permitem que você perceba os hábitos automáticos da mente, ative os circuitos sociais do cérebro e consiga resetar e recarregar sua mente.
Como o mindfulness funciona na prática
Pense em si mesmo como uma estrada de duas faixas: uma externa e uma interna. A maioria de nós passa mais tempo na faixa externa, pensando em tarefas do dia a dia. Mas a chave para uma saúde mental melhor está em dedicar mais tempo a observar, em vez de apenas pensar, tanto o que acontece fora quanto dentro de você. Essa observação curiosa pode ser da faixa externa (o que está acontecendo ao redor) ou da faixa interna (o que você pensa e sente no momento presente).
Tudo o que você precisa são cinco minutos, um assento confortável e um lugar sem distrações. A partir daí, já está pronto para começar.
A seguir, alguns exercícios de atenção plena para praticar no dia a dia. O segredo é observar sempre com curiosidade, como se estivesse examinando um detalhe novo em sua própria mão.
Exercício 1: Notando na faixa externa
A atenção aberta é a observação curiosa do que acontece ao seu redor no momento presente, enquanto você realiza suas atividades. Veja como praticar em 4 passos rápidos e simples:
- 1. Sente-se em um lugar confortável, de olhos abertos ou fechados, por um minuto.
- 2. Programe um cronômetro para 60 segundos.
- 3. Ouça com curiosidade, tentando perceber o maior número de sons diferentes. Pode ser o barulho do ar-condicionado ou aquecimento, o trânsito distante, vozes no prédio, o tique-taque de um relógio ou até o som do seu estômago.
- 4. Ao fim de um minuto, em vez de tentar lembrar os sons, volte sua atenção para a faixa interna. Note os batimentos cardíacos mais lentos, a respiração mais calma e os músculos relaxados. Em apenas 60 segundos, a maioria das pessoas já se sente mais tranquila, clara e energizada. Imagine como seria após cinco minutos dessa prática.
Ao se engajar com curiosidade no momento presente, preocupações e pensamentos estressantes perdem força. Você percebe a respiração mais calma, os músculos menos tensos e o corpo saindo do estado de alerta mental para um estado de descanso e recuperação.
Exercício 2: Notando na faixa interna
Uma das formas mais simples de mindfulness é acessar a faixa interna usando a respiração como foco. Sente-se em um local confortável, feche os olhos e respire pelo nariz, soltando o ar pela boca. Concentre-se em cada inspiração e expiração, acompanhando o ciclo do início ao fim.
Quando pensamentos surgirem – dúvidas se está fazendo certo, lembranças de tarefas ou julgamentos – não tente afastá-los. Apenas aceite que eles apareceram e traga, com suavidade, a atenção de volta à respiração. Cada vez que sua mente se distrair (e isso vai acontecer), volte ao fluxo da respiração. Após cerca de cinco minutos, abra os olhos e perceba o quanto está mais presente.
Exercício 3: O abraço da borboleta
Pense em uma preocupação que esteja incomodando, como “Será que meus colegas vão gostar da minha apresentação?” ou “Eu deveria ter falado na reunião de ontem”. Cruze os braços sobre o peito e bata levemente as mãos nos ombros, como se fossem asas de borboleta.
Vire a cabeça para a direita e foque em algo: uma parede, um quadro, o tapete ou até um detalhe da natureza. Observe por 20 segundos, prestando atenção nas formas, cores e tamanhos. Depois, vire a cabeça para a esquerda e repita com outro objeto. Continue batendo as mãos suavemente enquanto faz o exercício.
Quando terminar, tente lembrar da preocupação inicial. Muitas vezes, ela perde a intensidade ou é difícil de ser recordada. Isso acontece porque o mindfulness desliga a resposta de estresse e ativa o sistema parassimpático, responsável pelo descanso e recuperação. Nesse estado, é mais fácil acessar calma, clareza e confiança.
Considerações finais: como 5 minutos de mindfulness podem mudar sua vida
Em tempos incertos, quando você se sentir sobrecarregado, ansioso ou frustrado, acostume-se a trazer sua atenção de volta ao presente.
Inclua a atenção plena na rotina: ao caminhar do estacionamento até o escritório, em vez de pensar na agenda do dia, pratique uma caminhada consciente, percebendo os pés no chão, o céu aberto ou os sons ao redor. Ao ir ao banheiro ou esperar uma reunião começar, atente-se aos sons ambientes ou às sensações do corpo.
Com a prática regular, você perceberá que sua mente permanece mais calma e estável, tanto no trabalho quanto na vida pessoal. A longo prazo, os cinco minutos de mindfulness diários se mostram eficazes: menos arrependimentos do passado, menos angústias sobre o futuro e muito mais presença no aqui e agora. O resultado é mais tranquilidade, clareza e uma melhora significativa no engajamento, produtividade e desempenho profissional.
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