Saúde
Espírito Santo recebe 140 novos profissionais do Programa Mais Médicos

O governador do Estado, Renato Casagrande, participou, nesta segunda-feira (11), da cerimônia de acolhimento dos mais de 140 profissionais do Programa Mais Médicos para o Brasil, que ingressaram em editais abertos neste ano. Atualmente, o Espírito Santo conta com 295 médicos atuantes pelo Mais Médicos em 62 municípios capixabas. A agenda no Palácio Anchieta, em Vitória, teve a participação da ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Somente este ano, 142 novos médicos dos 28º, 29º e 30º ciclos do programa começaram a atuar na Atenção Primária do Espírito Santo pelo Mais Médicos. Além disso, o programa conta também com mais dois editais para atuação de profissionais no Estado, por meio de equipes de Consultório de Rua e da Atenção Primária Prisional, que estão em fase de finalização.
“Não vencemos de uma vez só todos os obstáculos na área da saúde. Mas é preciso estar preparado para enfrentar esses desafios e ir melhorando a cada dia. Fico feliz que o Mais Médicos nos ajude a estruturar e organizar a Atenção Primária, que deve ser resolutiva para não sobrecarregar o sistema de regulação. No Estado, o Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (iCEPI) conduz, em parceria com os Municípios, o Qualifica-APS com a formação em serviço de 1.400 profissionais. Temos ainda uma parceria resolutiva com os hospitais filantrópicos e estamos construindo o Hospital Geral de Cariacica e o Complexo de Saúde do Norte”, afirmou o governador Casagrande.
“Estamos contentes em estar no Espírito Santo hoje. É uma grande alegria receber os profissionais que estão participando do Mais Médicos, um programa estruturante. Muitos estudos mostraram que desde sua primeira edição, o programa ajudou na qualidade de vida e redução da mortalidade infantil. Aqui no Espírito Santo teve uma grande adesão. Hoje é um dia que eu gostaria de dar boas-vindas aos médicos e reafirmar o compromisso do Ministério com o Sistema Único de Saúde [SUS] para uma saúde digna para todos os brasileiros”, disse a ministra.
O secretário de Estado da Saúde, Miguel Duarte, agradeceu a vinda dos novos médicos. “Recebo com muito carinho a todos os médicos que vão atuar no Estado. O SUS é um projeto maravilhoso, um exemplo para o mundo. O Espírito Santo hoje é o estado da região Sudeste que mais investe per capita em saúde. Tivemos um aumento na cobertura das equipes de saúde da família, que chega agora a 78% da população”, destacou.
Após o acolhimento dos médicos, o secretário Nésio Fernandes ministrou o seminário “Atenção Primária à Saúde – Desafios e Oportunidades”, promovido pela Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes) e pela bancada federal capixaba, no qual apresentou carteira de projetos e ações estratégicas da Secretaria de APS, do Ministério da Saúde.
Também estiveram presentes a primeira-dama do Estado, Maria Virgínia Casagrande; o senador Fabiano Contarato; os deputados federais Helder Salomão, Jackeline Rocha e Josias Da Vitória; os deputados estaduais Denninho Silva, Zé Preto, João Coser, Iriny Lopes e Dr. Bruno Resende; o presidente da Amunes e prefeito de Ibatiba, Luciano Pingo; o presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-ES), conselheiro Rodrigo Chamoun e a procuradora-geral de Justiça, Luciana Andrade.
Capacitação e mudanças no Mais Médicos
Anteriormente, os médicos passaram por um curso com aulas sobre atuação generalista na Atenção Primária à Saúde, atribuições do Sistema Único de Saúde (SUS), protocolos clínicos definidos pelo ministério, legislação e ética médica. Além de médicos formados no País, este ciclo conta também com brasileiros formados no exterior e de médicos estrangeiros.
O programa modificou o tempo de atuação dos profissionais de três para quatro anos, podendo ser prorrogáveis por igual período. Para reduzir a rotatividade e garantir a continuidade da assistência à população, o Mais Médicos traz mais oportunidades educacionais. O médico que participa do programa, selecionado por meio de edital, poderá fazer especialização e mestrado em até quatro anos.
Os profissionais também passarão a receber benefícios, proporcionais ao valor mensal da bolsa, para atuarem nas periferias e regiões mais remotas. Uma das novidades é a oportunidade de especialização em Medicina de Família e Comunidade e mestrado profissional em Saúde da Família.
Mais Médicos no ES
No Espírito Santo, atualmente, 295 médicos atuam pelo programa em 62 municípios capixabas. Além disso, 69 municípios contam com adesão ao Programa. O Estado já contou com 483 profissionais, em 2017, ano de maior número de médicos pelo Mais Médicos atuando no território capixaba.
O Mais Médicos tem como objetivo propor a melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) levando médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais.
De acordo com a chefe do Núcleo Especial de Atenção Primária, da Secretaria da Saúde, Maria Angelica Callegario, o Programa Mais Médicos contribui para o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde capixaba junto aos demais programas que o Estado promove, como o Programa de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS), do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (iCEPI).
“O Programa Mais Médicos para o Brasil (PMMB) vem colaborar com uma maior possibilidade de acesso aos cuidados de saúde na Atenção Primária e numa expectativa de melhor qualidade da assistência, visto que os profissionais vinculados ao Programa participam de formação médica, com a cooperação da Ufes. Dos 78 municípios do Espírito Santo, 62 têm médicos do Programa em suas equipes de Atenção Primária. É um Programa de grande relevância para o Estado e toda a sua população”.
Qualifica-APS
Além dos investimentos e programas federais para ampliação e qualificação da Atenção Primária à Saúde no Espírito Santo, o Governo do Estado conta também com programas e projetos estaduais. Pela Secretaria da Saúde (Sesa), esses são desenvolvidos por meio do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPi), como o Programa Estadual de Qualificação da Atenção Primária à Saúde (Qualifica-APS), instituído em 2019.
Atualmente, o ICEPi realiza a formação em serviço de 1.400 profissionais em 69 municípios capixabas (88% do total), pelo Qualifica-APS. O investimento anual do Estado no Componente de Provimento e Fixação de Profissionais, é de R$ 8.274.00,00. Este componente tem como principal objetivo ampliar e melhorar o acesso à saúde da população. O ICEPi seleciona, forma e supervisiona profissionais da saúde, que atuam diretamente na APS por meio da cooperação entre o Estado e os municípios.
São 12 categorias profissionais que integram o componente de Provimento e Fixação de Profissionais. Destes, 514 são médicos que realizam formação na área de medicina de família e comunidade. Ainda fazem parte do programa 23 profissionais em sete equipes de Consultório na Rua, 227 profissionais em 46 Equipes Multiprofissionais Ampliadas, além de 214 cirurgiões-dentistas e 419 enfermeiros que também participam nas cinco ofertas de formação em serviço, que contam com 64 docentes-assistenciais.
As formações são:
– Aperfeiçoamento em Atenção Primária com Ênfase em Consultório na Rua;
– Aperfeiçoamento em Interprofissionalidade na Atenção Primária à Saúde (APS).
– Aperfeiçoamento em Enfermagem em Saúde da Família e Comunidade;
– Aperfeiçoamento em Práticas Clínicas em Odontologia em Saúde da Família e Comunidade;
– Aperfeiçoamento em Práticas Clínicas em Medicina de Família e Comunidade.
Além disso, o Qualifica-APS atua por meio de outras áreas, como a formação de especialistas com a implantação de Residências em Saúde, Apoio Institucional, Informação em Saúde e Infraestrutura Tecnológica.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Governo
Giovani Pagotto
(27) 98895-0843
Assessoria de Comunicação da Sesa
Syria Luppi / Thaísa Côrtes / Ana Cláudia dos Santos / Mike Figueiredo / Luciana Almeida
asscom@saude.es.gov.br
Foto: Hélio Filho/Secom
Esporte
Benefícios do ciclismo para a mente e corpo surpreendem

O ciclismo tem se destacado mundialmente não apenas como modalidade esportiva, mas também como prática de lazer e meio de transporte sustentável. Nos últimos anos, as cidades têm percebido o aumento do interesse por pedalar, o que impulsiona projetos de infraestrutura e campanhas educativas. Além de melhorar a mobilidade urbana, pedalar contribui para a redução da poluição e favorece a saúde de quem decide incluir a bicicleta em sua rotina.
A prática do ciclismo vai além dos benefícios ao meio ambiente, sendo reconhecida por proporcionar vantagens físicas e mentais. Pedalar exige o funcionamento harmônico de diversos grupos musculares, além de provocar liberação de substâncias no cérebro que promovem sensação de bem-estar. Por ser uma atividade acessível e adaptável a diferentes faixas etárias, estimula um estilo de vida mais ativo, elemento fundamental para a prevenção de diversas doenças.
Principais benefícios do ciclismo no dia a dia
A inserção do ciclismo no cotidiano pode transformar tanto a saúde individual quanto coletiva. Entre os ganhos mais conhecidos, destaca-se o fortalecimento cardiovascular, promovendo maior resistência física. Pedalar regularmente também ajuda no controle do peso corporal, já que é um exercício que estimula o gasto calórico mesmo em intensidades moderadas. Outro resultado positivo é a melhora na postura e no equilíbrio, elementos essenciais para uma rotina saudável.
Além disso, a prática regular de ciclismo colabora com a saúde mental, reduzindo sintomas de ansiedade e estresse devido ao contato com ambientes ao ar livre. Estudos recentes demonstram que o hábito de andar de bicicleta pode atuar na diminuição do risco de doenças como diabetes, hipertensão e problemas articulares. Esses efeitos são potencializados quando o ciclismo é adotado de forma consistente e associado a uma alimentação equilibrada. Vale ressaltar que a Organização Mundial da Saúde recomenda pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana, e o ciclismo é uma excelente opção para alcançar esse objetivo.
Curiosidades sobre ciclismo: por que desperta tanta paixão?
O universo do ciclismo reúne inúmeras curiosidades que fascinam tanto iniciantes quanto experientes. Por exemplo, a famosa competição Tour de France, disputada desde 1903, é um símbolo de resistência e estratégia, atraindo atletas de múltiplos países. Outro fato interessante é a existência de bicicletas adaptadas para diferentes finalidades, como o ciclismo de montanha, BMX e ciclismo urbano, mostrando a versatilidade desse meio de transporte e esporte.
O hábito de pedalar também está ligado à criação de laços sociais, seja em grupos de pedaladas noturnas ou eventos beneficentes. Muitas cidades promovem circuitos e passeios ciclísticos gratuitos para incentivar a população. O engajamento coletivo nessas atividades fortalece a sensação de pertencimento e promove a conscientização sobre os benefícios deste hábito saudável. Recentemente, plataformas digitais como o Strava popularizaram ainda mais o ciclismo, permitindo que ciclistas compartilhem percursos, conquistas e iniciativas solidárias ao redor do mundo.
Como incluir a bicicleta na rotina e aproveitar seus benefícios?
Adotar a bicicleta como parte da rotina requer planejamento, principalmente na escolha de rotas seguras e adequadas ao nível de experiência de cada ciclista. Recomenda-se iniciar com trajetos curtos e aumentar a distância progressivamente, conforme a adaptação física. O uso de equipamentos de segurança, como capacete e luzes sinalizadoras, é imprescindível para garantir deslocamentos tranquilos.
Para quem deseja priorizar a saúde, é interessante considerar o ciclismo não apenas como prática esportiva, mas também como meio de deslocamento para o trabalho, estudos ou lazer. Pequenas mudanças de hábito, como substituir o carro pela bicicleta em trajetos curtos, podem provocar impactos positivos no bem-estar e no ambiente. Com persistência, pedalar pode rapidamente se tornar um dos momentos mais aguardados do dia.
Variações e modalidades do ciclismo
Além do tradicional passeio pelas ruas, existem diversas modalidades de ciclismo que se adaptam aos diferentes gostos e níveis de habilidade. O ciclismo de estrada, por exemplo, é marcado pela velocidade e percursos longos em rodovias. Já o mountain bike oferece contato intenso com a natureza, explorando trilhas e terrenos acidentados. O BMX, por sua vez, destaca-se pelas manobras e interações com obstáculos, atraindo público jovem.
Nas áreas urbanas, sistemas de bicicletas compartilhadas se consolidaram como alternativa eficiente de mobilidade. Espaços públicos adaptados e ciclovias exclusivas também contribuem para uma pedalada mais segura e confortável. Essas variações atendem desde quem busca lazer até profissionais que investem em performance e competições oficiais. Em cidades como Amsterdã e Copenhague, investimentos contínuos em infraestrutura cicloviária servem de inspiração para outras regiões do mundo.
Perguntas e respostas
- Qual é o país considerado o mais “amigo do ciclista”?
Países Baixos são referência mundial em infraestrutura e incentivos ao uso da bicicleta. - Quantas calorias podem ser queimadas em uma hora de ciclismo moderado?
Uma hora de pedalada pode eliminar entre 400 e 600 calorias, dependendo da intensidade e do peso do ciclista. - É possível praticar ciclismo em grandes cidades brasileiras?
Sim, cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília têm investido em ciclovias e campanhas para estimular o uso da bicicleta. - Existem bicicletas adaptadas para pessoas com necessidades especiais?
Sim, há modelos como triciclos e handbikes, projetados para atender diferentes perfis e necessidades. - O ciclismo pode ser praticado por crianças?
Com orientações corretas e equipamentos de segurança, crianças podem começar a pedalar já a partir dos 3 anos de idade.
Saúde
Espírito Santo reduz mortes por hepatite C em 65% e avança no enfrentamento da hepatite B

No mês de conscientização sobre as hepatites virais, o Ministério da Saúde lança a campanha “Um teste pode mudar tudo” para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento. Segundo o novo Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais, o Espírito Santo reduziu em 65% os óbitos por hepatite C entre 2014 e 2024, saindo de 38 para 13 mortes. Já os óbitos por hepatite B caíram 60%, passando de 15 para seis no mesmo período. Apesar da expressiva redução na mortalidade, os dados indicam a necessidade de ampliar a testagem e a adesão ao tratamento, especialmente nos casos de hepatite B.
“O Brasil conta com o maior e mais abrangente sistema público de vacinação, que garante a oferta de terapias e testagem. Desde a implementação dos testes rápidos no SUS, avançamos no enfrentamento das hepatites virais. É importante reforçar: temos vacinas, testes e orientações claras disponíveis sobre o enfrentamento das hepatites. Por isso, quero chamar a atenção da população para a importância do diagnóstico precoce”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Entre 2014 e 2024, o Brasil reduziu em 50% os óbitos por hepatite B – que registrou coeficiente de mortalidade de 0,1 óbito por 100 mil habitantes. Em relação a hepatite C, a queda foi de 60% no período, com coeficiente de 0,4 óbito por 100 mil habitantes. O avanço aproxima o país da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que prevê uma redução de 65% nas mortes por hepatites B e C até 2030.
Entre crianças menores de 10 anos, a redução nos casos de hepatite A foi de 99,9% no período. Houve também redução da transmissão vertical de hepatite B: 55% de queda na detecção em gestantes e 38% de queda nos casos em menores de cinco anos. Em 2024, o Brasil registrou 11.166 casos de hepatite B e 19.343 casos de hepatite C.
Para a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente da pasta, Mariângela Simão, o Brasil está no caminho certo para eliminação das hepatites. “Os dados do boletim, do painel e a campanha lançada hoje mostram que é possível avançar mais no enfrentamento das hepatites. A hepatite B ainda não tem cura, mas pode ser controlada com a vacina, que é segura, eficaz e ofertada gratuitamente pelo SUS. As vacinas no Brasil são certificadas pela Anvisa e têm eficácia comprovada por estudos”, declarou.
Ministério da Saúde
Saúde
Implante contraceptivo será ofertado no SUS ainda em 2025, diz ministro

O Sistema Único de Saúde (SUS) passará a oferecer gratuitamente o implante hormonal contraceptivo, conhecido como Implanon. A incorporação do método foi aprovada nesta quarta-feira, 2, pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e a expectativa é disponibilizar 500 mil dispositivos ainda neste ano, segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
O implante, cuja aplicação na rede particular pode chegar a custar R$ 4 mil (R$ 1 mil pelo dispositivo e R$ 3 mil pela aplicação), será uma opção para mulheres adultas de 18 a 49 anos, que atualmente contam apenas com o DIU de cobre como contraceptivo reversível de longa duração.
Hoje, o Implanon é disponibilizado pelo SUS apenas para grupos específicos, como mulheres vivendo com HIV/AIDS e em uso da medicação dolutegravir, pacientes que utilizam talidomida ou fazem tratamento de tuberculose com aminoglicosídeos, além de mulheres privadas de liberdade e trabalhadoras do sexo.
O Ministério da Saúde deve publicar nos próximos dias a portaria que oficializa a incorporação do contraceptivo. A partir da publicação, as áreas técnicas têm 180 dias para efetivar a oferta, o que envolve etapas como atualização das diretrizes clínicas, aquisição e distribuição do insumo e capacitação de profissionais.
eptivo reversível de longa duração.
Hoje, o Implanon é disponibilizado pelo SUS apenas para grupos específicos, como mulheres vivendo com HIV/AIDS e em uso da medicação dolutegravir, pacientes que utilizam talidomida ou fazem tratamento de tuberculose com aminoglicosídeos, além de mulheres privadas de liberdade e trabalhadoras do sexo.
O Ministério da Saúde deve publicar nos próximos dias a portaria que oficializa a incorporação do contraceptivo. A partir da publicação, as áreas técnicas têm 180 dias para efetivar a oferta, o que envolve etapas como atualização das diretrizes clínicas, aquisição e distribuição do insumo e capacitação de profissionais.
Contracepção e políticas públicas de saúde
A ginecologista Ilza Maria Urbano Monteiro, presidente da Comissão Nacional Especializada em Anticoncepção da Federação Brasileira das Associações em Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), destaca que a entidade celebra a novidade.
Conforme explica a médica, quanto maior a oferta de métodos contraceptivos, maior a chance de se alcançar uma adesão adequada. “Amplia a cobertura contraceptiva porque sempre haverá um método que se adequa melhor à realidade de cada mulher.”
O Implanon é classificado como um método reversível de longa duração e alta eficácia (LARC, na sigla em inglês), assim como o DIU de cobre e o DIU hormonal. “Esses métodos são considerados mais eficazes no planejamento reprodutivo por não dependerem do uso contínuo ou correto por parte da usuária, como ocorre com os anticoncepcionais orais ou injetáveis”, destaca o ministério, em nota.
A pasta enfatiza ainda que, além de prevenir a gravidez não planejada, o acesso a contraceptivos contribui para a redução da mortalidade materna, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). A meta brasileira é, até 2027, reduzir em 25% a mortalidade materna geral e em 50% entre mulheres negras.
Segundo Ilza, o desafio agora é fazer com que o implante chegue a todas as mulheres. “Isso vai depender da estrutura do SUS, que esperamos que esteja cada vez mais organizada. É a nossa chance de difundir nacionalmente esse método.”
O método
O implante subdérmico é um pequeno bastão, com cerca de 3 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, contendo etonogestrel, hormônio sintético que bloqueia a ovulação.
O dispositivo é inserido no braço da mulher durante uma consulta, sob anestesia local. Seu mecanismo de ação envolve dois caminhos: ele impede a ovulação e espessa o muco do colo do útero, o que dificulta a passagem dos espermatozoides.
Cada bastão dura até três anos, sem necessidade de intervenções durante esse período. Após esse tempo, o implante deve ser retirado e, se houver interesse, um novo pode ser inserido na mesma consulta. A fertilidade retorna rapidamente após a remoção.
Ilza destaca que o método é seguro e altamente eficaz – a taxa de falha é de cerca de 5 em cada 10 mil mulheres. Ele, contudo, não oferece proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), o que só os preservativos fazem.
A médica ainda lembra que o implante contraceptivo não deve ser confundido com os implantes hormonais que contam com esteroides anabolizantes ou hormônios androgênicos, muitas vezes usados para fins estéticos e chamados de “chips da beleza”, o que é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Por: IstoÉ
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