Saúde
Pobreza eleva em 3 vezes risco de surgimento de ansiedade e depressão

Um relatório das Nações Unidas aponta que pessoas em situação de pobreza têm três vezes mais chances de desenvolver problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. É o que aponta o relatório “Economia do Burnout: Pobreza e Saúde Mental”. Cerca de 11% da população mundial sofre com algum transtorno mental.
De acordo com o relator especial da Organização das Nações Unidas e autor do relatório, Olivier De Schutter, esse cenário está relacionado à obsessão pelo crescimento da economia e busca de riqueza, levando as pessoas a se submeterem a jornadas exaustivas de trabalho e condições de trabalho precárias.
“Quanto mais desigual é uma sociedade, mais as pessoas da classe média temem cair na pobreza e com isso desenvolvem quadros de estresse, depressão e ansiedade”, afirmou o relator.
Jornada de 24 horas por dia
Segundo o relator, o principal fator de risco é jornada de 24 horas por dia, 7 dias por semana, quando o trabalhador fica disponível sob demanda, e cita como exemplos os trabalhadores de aplicativos e plataformas digitais
De Schutter afirma que essa lógica “resulta em horários muito variáveis de trabalho, o que torna muito difícil manter um equilíbrio adequado entre a vida familiar e a vida profissional”. A incerteza quanto ao horário de trabalho e quantidade de horas a trabalhar tornam-se grandes motivadores de depressão e ansiedade.
Outro fator gerador de transtornos é a ansiedade climática. Estudos apontam que inundações, secas extremas, temporais destroem as fontes de renda da população, provocando insegurança financeira e ansiedade.
Ações
O estudo propõe que os governos adotem medidas que reduzam as desigualdades e inseguranças, como políticas de renda básica universal (valor mínimo a que todos teriam direito para afastar a ameaça da pobreza), apoio a economia social e solidária e alterações do mundo do trabalho.
O relator informou que organizações não governamentais, sindicatos, movimentos sociais e acadêmicos trabalham na apresentação de alternativas ao crescimento econômico em consonância com a erradicação da pobreza, previstas para serem apresentadas em 2025.
* Com informações da ONU News
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Cidades
Dia D da Multivacinação: Serra supera expectativas e aplica mais de 1800 doses

O Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação Infantil tomou conta da Serra, no último sábado (18), e superou expectativas: ao todo, foram aplicadas 1.833 doses, em seis pontos de atendimento distribuídos pelo município. O valor é quase o dobro da meta, o que garantiu ao município o segundo lugar no ranking estadual.
O resultado demonstra o empenho da equipe de saúde em proteger crianças e adolescentes. A ação, com foco em atualizar o cartão de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos, imunizou 1053 pessoas em um único dia.
A secretária de saúde da Serra, Fernanda Coimbra, celebrou o resultado. “Nosso objetivo era aplicar 1000 doses no sábado e fizemos 1.833. Isso é uma conquista para o município, e particularmente, para a equipe que está sempre pronta para atender as demandas da população”.
Para quem ainda não se vacinou, a secretária faz o alerta: “A campanha segue até o dia 31 de outubro. Não deixe de nos procurar para regularizar o cartão de vacina e garantir sua proteção”.
A campanha de multivacinação segue até o fim do mês em todas as 39 Unidades de Saúde da Serra, de segunda a sexta-feira, conforme o funcionamento de cada sala de vacina, e também aos sábados, no Shopping MontSerrat, das 9h às 17h.
É importante ressaltar que, mesmo após o término da campanha, a vacinação continua normalmente nas unidades de saúde e no Shopping.
Fonte: Secom-PMS – Texto: Dayana Souza – Foto: Edson Reis
Saúde
Dia D da Campanha Nacional de Vacinação acontece neste sábado (18)

Neste sábado (18), os municípios capixabas participam do Dia D de mobilização da Campanha de Multivacinação. A ação é nacional, em parceria com os estados e municípios, e visa, além de atualizar a caderneta vacinal de crianças e adolescentes menores de 15 anos, ofertar o serviço de vacinação de forma a ampliar o acesso à população.
A Campanha de Multivacinação teve início no último dia 06 de outubro em todo Espírito Santo com mais de 350 mil doses distribuídas pelo Ministério da Saúde, e acontece de forma seletiva, a fim de alcançar crianças e adolescentes menores de 15 anos que ainda não receberam as vacinas previstas no Calendário Nacional ou daqueles que estão com esquemas incompletos. Ela segue até o dia 31 de outubro. As doses foram distribuídas aos 78 municípios capixabas.
Até o momento 57.530 mil doses foram aplicadas para a estratégia de Multivacinação no Espírito Santo. A expectativa é que outras 15 mil sejam aplicadas neste sábado (18).
Para a Campanha de Multivacinação, são disponibilizadas as vacinas da BCG, Hepatite B, Penta (DTP/Hib/HB), Polio inativada, Rotavírus, Pneumocócica 10 valente (conjugada), Meningocócica C (conjugada), Meningocócica ACWY (conjugada), Influenza, Covid-19, Febre amarela, Tríplice viral, Tetra viral, DTP, Hepatite A, Varicela, Difteria e tétano adulto, dTpa e HPV quadrivalente, seguindo os calendários das crianças e dos adolescentes.
Além desse público, a estratégia de vacinação também oferta a vacina contra o HPV a adolescentes de 15 a 19 anos que que não foram imunizados e a vacina contra o Sarampo a pessoas com até 59 anos e profissionais de saúde que estejam com a situação vacinal desatualizada.
A importância de alcançar a meta de cobertura vacinal
A manutenção de uma alta e homogênea cobertura vacinal tem como objetivo garantir a saúde individual e coletiva, prevenindo surtos, controlando doenças e protegendo os grupos mais vulneráveis das doenças que podem ser preveníveis por meio da vacinação.
Desta forma, além da proteção individual e comunitária, alcançar a cobertura vacinal ideal auxilia no controle, eliminação e erradicação de doenças, assim como na redução da mortalidade infantil, protegendo crianças de doenças como sarampo, meningites, tétano, entre outras.
Dados de cobertura vacinal de rotina no Espírito Santo
Desde 2023, a Secretaria da Saúde (Sesa) atua de maneira conjunta aos municípios capixabas na recuperação das metas de coberturas vacinais, por meio da implementação do “Plano Estadual para Recuperação das Metas de Coberturas Vacinais”.
Seguindo o Plano, as ações estratégicas visam a recuperação das coberturas de imunizantes ofertados na rotina de crianças menores de dois anos de idade, especialmente de vacinas cujas doenças prevenidas atualmente correm risco de reintrodução ou descontrole epidemiológico devido às baixas taxas de coberturas vacinais em todo País.
As metas de cobertura atendem aos imunizantes da BCG e Rotavírus, com 90%; e os imunizantes Pentavalente, Poliomielite, Pneumo 10, Rotavírus, Meningo C, Febre Amarela, Hepatite A Tríplice Viral e Varicela, todas essas com 95% de meta de cobertura. Para além do Plano, há ainda as ações voltadas a outros imunizantes da rotina, como é o caso da Influenza, que possui meta de 90%. Atualmente o Estado apresenta a cobertura de 64,21% para a Influenza no público infantil.
Além disso, há ações voltadas aos adolescentes para a imunização contra a HPV e contra a meningite com a vacina Meningo ACWY, imunizantes esses que colocam o Espírito Santo como referência em cobertura vacinal.
Abaixo, os dados de 2025 (de janeiro a agosto) das coberturas vacinais dos imunizantes listados. A fonte de dados é o sistema de informação Vacina e Confia (VeC).
BCG: 96,04%
Pentavalente: 84,35%
Poliomielite: 83,11%
Pneumo 10: 84,01%
Rotavírus: 89,49%
Meningo C: 86,38%
Febre amarela: 70,27%
Hepatite A: 89,38%
Tríplice viral: 94,55%
Varicela: 83,61%
HPV meninas: 97,82%
HPV meninos: 92,11%
Meningo ACWY: 91,72%
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sesa
Syria Luppi / Luciana Almeida / Danielly Campos / Thaísa Côrtes / Ana Cláudia dos Santos
imprensa@saude.es.gov.br
Saúde
Vacina brasileira contra covid entra na fase final de estudos

O Brasil está prestes a ter uma vacina contra a covid totalmente nacional. O país publicou o primeiro artigo científico sobre os resultados dos testes de segurança da vacina SpiN-TEC que mostram que o imunizante é seguro. A vacina avança agora para a fase final de estudos clínicos. A expectativa é que até o início de 2027, ela possa estar disponível para a população.
A vacina foi desenvolvida pelo Centro de Tecnologia de Vacinas (CT-Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com a Fundação Ezequiel Dias (Funed), com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), gerido pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Nos testes conduzidos, de acordo com o pesquisador e coordenador do CT-Vacinas, Ricardo Gazzinelli, a SpiN-TEC mostrou ter inclusive menos efeitos colaterais do que a vacina da norte-americana Pfizer.
“Concluímos que a vacina se mostrou imunogênica, ou seja, capaz de induzir a resposta imune em humano. O estudo de segurança foi ampliado e ela manteve esse perfil, na verdade foi até um pouco mais, induziu menos efeitos colaterais do que a vacina que nós usamos, que é da Pfizer”, diz o pesquisador.
A SpiN-TEC adota estratégia inovadora, a imunidade celular. Isso significa que ela prepara as células para que não sejam infectadas. Caso a infecção ocorra, a vacina capacita o sistema imunológico a atacar apenas as células atingidas, que são destruídas. Essa abordagem mostrou-se mais eficaz contra variantes da covid-19 nos ensaios em animais e em dados preliminares em humanos.
Testes clínicos
Ao todo, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) investiu R$ 140 milhões no desenvolvimento da vacina, por meio da RedeVírus, apoiando todas as etapas de testes, desde os ensaios pré-clínicos até as fases clínicas 1, 2 e 3.
A fase 1 do estudo contou com 36 voluntários, de 18 a 54 anos, e teve como objetivo avaliar a segurança do imunizante em diferentes dosagens. Já a fase 2 contou com 320 voluntários. Agora, os pesquisadores aguardam autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar a fase 3, com estimativa de 5,3 mil voluntários de todas as regiões do Brasil.
De acordo com Gazzinelli, esse é também um marco para o Brasil. O país, segundo o pesquisador tem “um ecossistema de vacinas quase completo”, com pesquisas em universidades, fábricas de produção de vacinas e distribuição dos imunizantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“O que nós não temos é exatamente essa transposição da universidade para o ensaio clínico, né? Não temos exemplo disso feito no Brasil. Os ensaios clínicos normalmente são com produtos vindo de fora. Ideias, vacinas idealizadas fora. E esse foi um exemplo de uma vacina idealizada no Brasil e levada para os ensaios clínicos”, explica.
Gazzinelli destaca que esse é um passo importante inclusive para outras pesquisas. “Eu acho que isso agrega uma expertise que nós não tínhamos e também um aspecto muito importante não só na área de inovação tecnológica de vacinas, mas para outros insumos da área de saúde”, diz .
Caso seja aprovada em todas as fases do estudo, a expectativa, de acordo com o pesquisador, é que a vacina brasileira possa ser disponibilizada no SUS até o início de 2027.
Outras vacinas
O CT-Vacinas é um centro de pesquisas em biotecnologia criado em 2016, como resultado da parceria entre a UFMG, o Instituto René Rachou da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-Minas) e o Parque Tecnológico de Belo Horizonte. Atualmente, reúne cerca de 120 pesquisadores, estudantes e técnicos.
“O MCTI observou, durante a pandemia, que o Brasil não tinha uma autonomia, não tinha soberania para desenvolver vacinas. Eu digo que um dos grandes legados desse programa além, obviamente, da vacina contra covid, é que aprendemos o caminho de levar uma vacina para a Anvisa e fazer o teste clínico”, diz Gazzinelli.
Além da pesquisa sobre covid, o centro trabalha no desenvolvimento de vacinas contra outras doenças, como malária, leishmaniose, chagas e monkeypox.
O pesquisador e coordenador do CT-Vacinas reforça: “Nós sabemos que vacinas realmente protegem. Evitam, inclusive, a mortalidade. De novo, quanto mais gente vacinado, mais protegida está a população”.
Agencia Brasil
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