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Sistema com 7 planetas é o novo interesse para a busca pela vida fora da Terra

Redação Informe ES

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A busca pela vida fora da Terra é um dos tópicos mais quentes da Astronomia atualmente. A curiosidade de saber se estamos sozinhos ou não no Universo é algo compartilhado entre os seres humanos. Com o avanço tecnológico com telescópios e sondas mais potentes, a busca ganhou ainda mais interesse tanto público quanto da comunidade científica.

Naturalmente, a base pela busca da vida fora da Terra é o nosso próprio planeta e a evolução da vida aqui. Exoplanetas com atmosfera, composição e ambiente parecidos com o da Terra atualmente são os principais alvos de investigação. Isso inclui exoplanetas que orbitam estrelas semelhantes ao Sol e estão na zona habitável da respectiva estrela.

Um artigo submetido recentemente considera que a busca pela vida deve levar em conta outros estágios do planeta Terra. A ideia é considerar planetas que tenham ambiente semelhante de quando a Terra era mais nova com uma quantidade maior de CO2, por exemplo. Isso poderia dar uma direção de onde a vida pode estar em estágios iniciais.

Exoplanetas

Planetas que não estão no Sistema Solar são chamados de exoplanetas. Atualmente mais de 5000 exoplanetas já foram observados e catalogados. Os tipos de exoplanetas diferem desde gigantes gasosos como Júpiter e Saturno como planetas rochosos como Terra e Marte. Dependendo do tamanho eles são referenciados como Super Terra, Sub Netuno e entres outros.

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Super Terras são objetos mais massivos do que o planeta Terra mas menores que o Netuno e Urano com massas entre 2 a 10 vezes a massa terrestre.

Observar exoplanetas não é uma tarefa fácil. Uma das técnicas mais usadas é a de transientes que analisa a luminosidade da estrela diminuir quanto o exoplaneta passa na frente. Para isso, é necessário observar no momento e local exato. Outra possibilidade é observar a interação gravitacional de estrelas com seus planeras e como a velocidade radial se altera.

Sistema TRAPPIST-1

O sistema de exoplanetas mais famoso é o chamado TRAPPIST-1 descoberto em 2016 com 3 exoplanetas. Hoje em dia, sabe-se que o sistema possui um total de 7 exoplanetas no total. Ele está localizado a cerca de 39 anos-luz de distância e é composto por uma estrela anã vermelha central. Os planetas são nomeados com as letras b até h.

Comparação dos exoplanetas do sistema TRAPPIST-1 com a Terra
Comparação dos exoplanetas do sistema TRAPPIST-1 com a Terra. Crédito: ESA

Por se tratar de uma anã vermelha, a zona habitável de TRAPPIST-1 é consideravelmente diferente da zona habitável do Sol. Além disso, uma anã vermelha tem uma emissão muito menor do que a do Sol podendo ser incapaz de sustentar fotossíntese em um dos planetas. Outro problema é a variabilidade que anãs vermelhas possuem com geração de flares mais frequentes.

Evolução da Terra

O artigo submetido para a MNRAS sugere utilizar épocas diferentes do passado da Terra para comparar com ambiente do exoplaneta TRAPPIST-1e. A ideia é levar em consideração que a vida demorou para evoluir e passou por fases da Terra quando o ambiente era extremo. Principalmente durante os últimos 4 bilhões de anos.

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Ao analisar épocas entre 4 a 2 bilhões de anos atrás, é estimado que a Terra possuía uma grande quantidade de dióxido de carbono e metano. Assim como outros gases presentes das erupções vulcânicas. Nessa época, organismos mais simples existiram e só nos últimos 2 bilhões de anos atrás que evoluiu para organismos mais complexos.

Bioassinaturas

Por isso, a ideia seria procurar bioassinaturas em planetas que possuem ambientes semelhantes ao da Terra durante uma época remota. As bioassinaturas são evidências indiretas da presença de vida em outro astro. Diferentes tipos de bioassinaturas podem existir sendo a mais comum delas as químicas.

Composição de atmosfera de exoplaneta obtida pelo James Webb Space Telescope.
Composição de atmosfera de exoplaneta obtida pelo James Webb Space Telescope. Crédito: NASA

As bioassinaturas químicas estão associadas com a presença de carbono além de oxigênio e metano. Gases e moléculas que são produzidos apenas em processos biológicos também são considerados. Desde 2022, o telescópio James Webb tem observado espectro de atmosfera de exoplanetas na busca por bioassinaturas.

Comparação com TRAPPIST-1e

Para a comparação com observações do exoplaneta TRAPPIST-1e, o time de astrônomos considerou formas simples de vida em uma fase da Terra onde teria abundância de hidrogênio e monóxido de carbono. Com isso, é possível estimar quais bioassinaturas seriam observadas em um cenário como esse.

Um dos resultados é que haveria um aumento em CH4 por causa dos processos biológicos causados por essas formas de vida. O CH4 poderia ser uma dica de bioassinatura a procurar em exoplanetas que tenham ambientes semelhantes ao estudado como TRAPPIST-1e.

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Referência da notícia:

Eager-Nash et al. 2024 Biosignatures from pre-oxygen photosynthesising life on TRAPPIST-1e arXiv.

Tecnologia

Meta apoia campanha para que Google e Apple verifiquem idades dos usuários

Redação Informe ES

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A Meta, dona de Facebook, WhatsApp, Threads e Instagram, está intensificando uma campanha para que as lojas de aplicativos, como Google Play e App Store, sejam responsáveis por verificar a idade dos usuários.

Segundo o The Washington Post, essa campanha ganhou apoio de legisladores, que propuseram novas medidas para limitar o acesso de crianças a sites e aplicativos para proteger os menores dos riscos das redes sociais.

A Meta apoia a ideia de que as lojas de aplicativos devam assumir essa responsabilidade ao invés de cada aplicativo fazer essa verificação por conta própria.

Recentemente, dois republicanos do Congresso, o senador Mike Lee e o deputado John James, anunciaram que estão preparando um projeto de lei que obriga as lojas de aplicativos a implementarem mecanismos de verificação de idade.

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Google Play Store App Store
Projeto de lei estaria ganhando mais apoio no Congresso dos EUA (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Essa legislação daria aos pais o direito de processar as lojas de aplicativos caso seus filhos fossem expostos a conteúdo impróprio, como material sexual ou violento.

No entanto, as lojas de apps poderiam se proteger legalmente se tomassem medidas para garantir que crianças não acessassem conteúdo nocivo, como verificar a idade dos usuários ou permitir que os pais bloqueassem o download de certos aplicativos.

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Proposta apoiada pela Meta enfrenta opositores

  • A proposta de Lee e James é a primeira a abordar diretamente as lojas de aplicativos em relação à verificação de idade, medida que os legisladores consideram necessária para proteger as crianças;
  • O deputado James, pai de três filhos, disse que compartilha as preocupações de muitos pais e defendeu que as lojas de apps devem verificar a idade dos usuários, assim como acontece com a venda de produtos, como álcool e cigarros;
  • Porém, essa iniciativa enfrenta resistência de defensores da privacidade e do direito digital, que alertam para os riscos de coletar mais informações pessoais dos usuários;
  • Além disso, grupos da indústria de tecnologia, como a App Association, que recebe financiamento da Apple, se opõem à proposta, argumentando que ela criaria requisitos confusos para pais e desenvolvedores.

Embora o projeto tenha encontrado resistência, ele está ganhando apoio no Congresso, onde os legisladores têm o poder de estabelecer padrões nacionais que poderiam superar as leis estaduais.

A discussão sobre a verificação de idade nas lojas de aplicativos está longe de ser resolvida, mas as iniciativas em andamento indicam que o tema se tornará cada vez mais relevante.

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App Store e google Play
Preocupação dos opositores da proposta seria de que a verificação pode violar privacidade de dados dos usuários (Imagem: shutterstock/Koshiro K)

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O que acontece com o corpo quando estamos doentes?

Redação Informe ES

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De acordo com especialistas, saber como o nosso corpo se comporta quando estamos doentes é fundamental para nossa recuperação. Um estudo publicado na revista científica Nature identificou importantes descobertas de como o sistema imunológico interage com o cérebro quando estamos doentes.

Outra pesquisa na Alemanha revelou diferenças significativas no comportamento entre camundongos exposto ao vírus de patologia passageira e camundongos saudáveis. Entenda a seguir!

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Veja o que acontece com o corpo e o cérebro quando ficamos doentes

Efeitos no corpo

Descobertas científicas informam que os sintomas que sentimos quando estamos doentes (febre, dor, náusea) também possuem outra função. Esses sinais possibilitam um redirecionamento da energia do corpo para combater os patógenos que estão nos afetando.

Homem idoso doente com a mão na cabeça
Sintomas como febre e dor redirecionam energia para combater patógenos e acelerar a recuperação, revelam estudos científicos. Imagem: simona pilolla 2/Shutterstock

Ou seja, quando estamos doentes, os sintomas ruins podem indicar que nosso corpo está em um processo de melhora. Geralmente, isso é mais comum em casos de infecção viral ou bacteriana.

Em casos de pacientes com câncer, o comportamento da doença apresenta efeitos colaterais. Isso acontece devido ao uso de medicamentos cujas moléculas (interferons) são liberadas no sistema imunológico.

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Efeitos no cérebro

Sobretudo, no que diz respeito à nossa perspectiva mental quando estamos doentes, o nosso corpo pode apresentar diferenças significativas. Um grupo de pesquisadores na Alemanha analisou o comportamento em camundongos infectados com uma patologia leve e camundongos saudáveis. Ambos foram submetidos a um teste, mais conhecido como labirinto aquático de Morris.

O labirinto aquático de Morris é um teste em que os cientistas colocam tais animais em um recipiente com água para que nadem até encontrar uma maneira de sair.

Mulher doente deixa de bruços na cama
Pesquisa alemã mostra como camundongos doentes exibem comportamento depressivo em testes de labirinto aquático. Imagem: Gladskikh Tatiana/Shutterstock

O mais interessante nos resultados desse teste com os camundongos é que os animais que estavam infectados com o patógeno mostraram um comportamento de depressão. Dessa forma, desistiram e começaram a boiar, enquanto os camundongos saudáveis nadaram até sair do recipiente.

Em outra pesquisa realizada na Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, cientistas identificaram o grupo de neurônios que controlam as respostas, conhecidas como comportamentos de doença. Sobretudo, o estudo mostrou a ligação direta entre a inflamação das vias neurais e o sistema imunológico.

Outros estudos já apoiavam essa relação, como a pesquisa que descobriu que animais forçados a comer quando estão doentes apresentaram maior mortalidade que os demais.

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Mulher com mão na testa de menino doente enquanto segura termômetro na boca dele
Estudos revelam que neurônios específicos controlam os comportamentos de doença, como redução de apetite e mobilidade. Imagem: Ground Picture/Shutterstock

Nesse mesmo sentindo, os pesquisadores de Rockefeller avançam na avaliação de comportamento de doença nos camundongos, chegando à conclusão que uma região do tronco pode induzir a cerca de três comportamentos distintos.

Um desses ficou evidente quando os pesquisadores ativaram os neurônios em camundongos saudáveis ​​e descobriram que os animais se alimentavam e se moviam menos do que quando não tinham esse estímulo. A partir daí foram surpreendidos com a constatação de que uma única população neuronal pareça regular cada um desses componentes da resposta à doença.

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Starlink que se cuide! Rival chinesa assina acordo com Brasil

Redação Informe ES

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O governo brasileiro assinou, nesta terça-feira (19), acordo com a empresa chinesa SpaceSail, concorrente da Starlink, de Elon Musk, para fornecer serviço de internet de alta velocidade transmitido por satélites de órbita baixa.

Esses satélites, conhecidos como “geoestacionários”, orbitam sincronizadamente com a rotação da Terra, dando a impressão de estarem parados quando observados do solo. Essa tecnologia é vista como solução para conectar regiões de difícil acesso usando a infraestrutura tradicional de telecomunicações.

Ministro Juscelino Filho (Comunicação) celebrou acordo com comitiva da China (Imagem: Divulgação/ Ministério da Comunicação)

O acordo, que também envolve a Telebras, indica desejo de cooperação entre as duas empresas caso a SpaceSail comece a operar no Brasil. No entanto, o negócio ainda não foi finalizado.

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O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou que o acordo está sendo costurado para permitir que a SpaceSail ofereça seus serviços no Brasil, uma vez que cumpra toda a legislação necessária e as regras regulatórias exigidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A Telebras fornecerá à empresa chinesa suas infraestruturas, como data centers e fibra óptica. A estatal mantém outras parcerias com empresas de internet via satélite.

Leia mais:

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Como é o acordo entre Brasil e SpaceSail

  • Para operar no Brasil, a SpaceSail precisará abrir um CNPJ e enviar a documentação necessária à Anatel para autorização;
  • De acordo com o ministro, a SpaceSail tem, atualmente, 40 satélites em órbita e planeja lançar mais 648;
  • Até 2030, a ideia da empresa chinesa é a de ter 15 mil satélites no Espaço;
  • A parceria com o governo brasileiro pode ajudar a SpaceSail a expandir suas operações e a fornecer serviços de internet para áreas remotas no Brasil.

O uso de satélites de órbita baixa para conectividade de internet ganhou atenção significativa nos últimos anos. Empresas, como a Starlink, e o Projeto Kuiper, da Amazon de Jeff Bezos, também estão trabalhando em iniciativas semelhantes.

Esses serviços de internet baseados em satélite visam resolver o problema do acesso limitado à internet confiável em áreas remotas e rurais. Ao fornecer conectividade de alta velocidade por meio de redes de satélite, essas empresas esperam reduzir a exclusão digital e levar o acesso à internet para regiões carentes.

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No geral, o acordo entre Brasil e SpaceSail significa o interesse do governo em explorar métodos alternativos de fornecer conectividade de internet para áreas carentes. Embora o acordo ainda não tenha sido totalmente estabelecido, é um passo em direção à expansão potencial do acesso à internet de alta velocidade no Brasil por meio do uso de satélites de órbita baixa.

logo da starlink em um celular com Elon Musk ao fundo
Starlink domina internet via satélite em parte do Brasil (Imagem: ssi77/Shutterstock)

E a Starlink, como fica?

A tecnologia oferecida pela SpaceSail é similar à da Starlink, cujo dono, Musk, mantém atritos com as autoridades brasileiras (lembremos das disputas relacionadas ao X, por exemplo; a própria operadora de internet via satélite teve contas bloqueadas e pagou multa milionária). A empresa já tem autorização da Anatel para operar no Brasil.

Em 2022, Musk esteve no Brasil e se encontrou com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ministro das Comunicações, Fábio Faria. Na ocasião, o bilionário chegou a anunciar a conexão de 19 mil escolas em áreas rurais à internet da empresa. O bilionário também prometeu monitorar a Amazônia por meio da Starlink. No entanto, nenhum acordo formal foi fechado.

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