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8 estratégias de comunicação poderosas para impulsionar sua carreira

A comunicação é uma das habilidades mais importantes para ter sucesso na carreira – especialmente agora com o boom da inteligência artificial. É uma das competências que a IA não poderá substituir.
Mas também é um grande desafio, já que as pessoas têm períodos de atenção cada vez mais curtos. Ou seja, você precisa ser brilhante, mas também breve.
Por outro lado, não saber se comunicar de forma efetiva pode atrapalhar seu progresso, especialmente em posições de liderança, além de enfraquecer relacionamentos e diminuir seu desempenho e credibilidade.
Alguns profissionais têm facilidade com a comunicação, mas você pode tomar medidas práticas para se comunicar melhor.
Comunicação para evoluir na carreira
Melhorar suas habilidades vale o esforço e trará muitos benefícios. Um deles é evitar a estagnação na carreira. Para 20% das pessoas em geral e para 50% dos que têm entre 18 e 35 anos, a má comunicação impediu que avançassem profissionalmente. E 45% acreditam que a eficácia da sua comunicação diminui quando ficam nervosos. Esses dados são de uma pesquisa da Elevate, ferramenta de treinamento cerebral desenvolvida para aprimorar habilidades analíticas e de comunicação.
Além disso, para 51% das pessoas, uma comunicação ruim resulta no aumento do estresse e, para 41%, leva à diminuição da produtividade. Para 35% das pessoas, também reduziu a satisfação no trabalho, de acordo com um estudo da Grammarly, verificador de gramática online, e a Harris Poll, empresa americana de pesquisa e análise de mercado.
Do lado positivo, para 72% das pessoas, um bom vocabulário afetou positivamente a confiança, segundo a Elevate. Na pesquisa da Grammarly, também relataram aumento da satisfação no trabalho (58%), maior confiança e produtividade (55% cada) e diminuição do estresse (48%) decorrentes de uma melhor comunicação.
Essa habilidade também pode ajudar no momento da contratação. Na verdade, 28% dos empregos incluem uma forte capacidade de comunicação como um fator crítico para os candidatos serem considerados, de acordo com dados da plataforma de empregos Adzuna.
Enfrentando a sobrecarga
Mas ao mesmo tempo em que as pessoas reconhecem o poder de uma ótima comunicação, provavelmente estão sobrecarregadas. 78% afirmam que a frequência da comunicação aumentou nos últimos 12 meses e 73% afirmam que a variedade de canais de comunicação também aumentou no mesmo período. E 88% do tempo dos profissionais do conhecimento é gasto com a comunicação por meio de múltiplos canais. Tudo isso de acordo com a pesquisa da Grammarly.
As horas se somam: as pessoas passam mais de 10 horas por semana em reuniões e mais de 21 horas realizando tarefas de redação, como desenvolver a comunicação com outras pessoas, responder à comunicação escrita e criar e revisar materiais.
Você pode lidar com a sobrecarga e aprimorar as habilidades de comunicação de várias maneiras.
8 estratégias para melhorar sua comunicação
1. Esteja presente
Uma das primeiras maneiras de melhorar suas habilidades de comunicação é estar presente. Quando você se concentra no colega com quem está interagindo – seja pessoal ou virtualmente, por meio de comunicação verbal ou escrita – isso te ajudará a ouvir ou ler atentamente e a ter empatia com a posição do outro.
A concentração vai te ajudar a compreender melhor e responder de forma mais eficaz também. Por exemplo, quando você pega todos os detalhes do email e os responde, você economiza tempo. Isso também construirá relacionamentos e credibilidade, pois você enviará uma mensagem de que se preocupa com a interação e dedicou tempo para interagir de forma eficaz.
2. Considere o seu público
As pessoas com quem você está se comunicando vão interagir de forma mais eficaz com você quando se sentirem vistas, ouvidas e valorizadas. Ao ler ou ouvir, mostre que está prestando atenção, valide o que está ouvindo, leve em consideração a perspectiva deles e aprecie o ponto de vista deles (mesmo que não concorde com ele).
Ao compartilhar informações, tentar convencer alguém ou fazer um pedido, considere o que essa pessoa precisa saber e como poderá ouvir melhor a informação. Seja claro e honesto, ao mesmo tempo que melhora sua mensagem.
Por exemplo, se você estiver conversando com alguém que valoriza evidências, compartilhe dados ou fatos para demonstrar seu ponto de vista. Se você sabe que alguém tem um objetivo a cumprir, explique como responder ao seu pedido o ajudará a alcançar isso.
3. Busque aprendizado e feedback
Outra maneira de ser um ótimo comunicador é ser intencional no desenvolvimento das suas habilidades. Aprenda novas palavras regularmente, leia com frequência e participe de eventos e apresentações. Construir seu vocabulário, ler livros e artigos e ver como os outros se expressam pode te dar mais confiança, mas também proporcionar aprendizado com exemplos positivos e negativos.
Busque feedback. Pergunte a um colega como você pode melhorar sua apresentação ou peça ideias ao seu chefe sobre como você poderia ter apresentado melhor seu caso ou melhorado seu relatório.
4. Reserve um tempo para revisar e refletir
Dedique tempo. Revise seus trabalhos escritos. Escreva um email e depois volte e edite para melhorar o conteúdo e a clareza, pensando no seu leitor. Para a comunicação verbal, considere o que você vai dizer e depois reserve mais algum tempo para refletir sobre os pontos que serão apresentados.
Use quantas palavras forem necessárias, mas o mínimo possível. Seja completo, mas não detalhado. Seja conciso, mas não muito a ponto de ser considerado sucinto. Use palavras que sejam significativas, mas também acessíveis – nunca pretensiosas. Ser intencional sobre como você se comunica pode te ajudar a garantir o tom certo.
5. Escolha a melhor abordagem
Às vezes é melhor encontrar alguém no escritório ou no final de uma reunião virtual para uma conversa rápida, em vez de marcar uma sessão formal.
Em situações em que você quer compartilhar algum documento ou precisa consultar informações, o email pode ser a melhor saída. Para algo informal, você provavelmente escolherá um bate-papo. Também tenha cuidado com mensagens de celular. Para algumas pessoas, isso é aceitável e, para outras, é intrusivo.
Escolher o canal certo não é apenas uma formalidade ou uma questão de eficiência, mas também pode afetar a facilidade com que você transmite seu ponto de vista e a precisão com que a pessoa com quem você está interagindo entende a mensagem.
Por exemplo, ao marcar uma reunião formal, seu colega de trabalho pode concluir que algo está te preocupando e abordar o assunto de forma defensiva, ao passo que, se você encontrá-lo casualmente, poderá atingir seu objetivo com mais facilidade. Da mesma forma, se quiser comunicar maior importância sobre um tema, marque algo mais formal e prepare uma apresentação.
6. Seja autêntico
Ao mesmo tempo que você precisa ser intencional ao enviar e receber informações, você também deve ser você mesmo. Ao demonstrar autenticidade, você parecerá mais agradável e confiável.
Além disso, demonstre que você é humilde e está aberto ao aprendizado, ao aprimoramento e a novas ideias de outras pessoas. Essas abordagens construirão não apenas relacionamentos, mas também credibilidade.
7. Construa uma rede de relacionamentos
Outra forma de melhorar sua comunicação é construir relacionamentos e ampliar sua rede de contatos. Quando você conhece melhor as pessoas, entende de onde elas vêm e como se comunicar com elas de maneira mais eficaz – e vice-versa.
Além disso, quando você tem um relacionamento mais forte, a confiança que você gera tende a lhe dar uma vantagem, porque as pessoas vão entender o que você quer dizer, mesmo que não tenha se comunicado bem o suficiente.
Ótimos relacionamentos também tornam o trabalho mais agradável. Você se sentirá energizado trabalhando com pessoas de quem se sente próximo e com quem está aprendendo e se inspirando.
8. Aproveite a tecnologia
Você também pode considerar usar IA para ajudar na sua comunicação escrita. Embora seja necessário lidar com questões como segurança, privacidade, qualidade e direitos autorais, muitos trabalhadores do conhecimento também estão começando a aproveitar a inteligência artificial, de acordo com a pesquisa Grammarly.
Na verdade, as pessoas hoje economizam quase oito horas de trabalho por semana usando IA generativa, seja para melhorar a compreensão, idealização, criação de conteúdo, pesquisa e edição ou revisão.
Os profissionais também estão usando IA para tarefas relacionadas à escrita, como emails, relatórios ou apresentações, para classificar ou gerenciar documentos escritos e traduzir conteúdo, de acordo com outra pesquisa, da Tech.co.
Se você estiver aproveitando a IA, ótimo, mas tenha cuidado. De acordo com o Insight, 80% das empresas possuem políticas para orientar esse uso. E esteja ciente de que a IA é imperfeita porque foi projetada por humanos. Pode ser um ponto de partida útil, mas depois você mesmo precisará avaliar, editar e finalizar – sempre com integridade e responsabilidade pelo seu trabalho.
*Tracy Brower é colaboradora da Forbes USA. Ela é socióloga, conselheira, especialista em assuntos relacionados ao universo profissional e autora de “The Secrets to Happiness at Work” (Os Segredos da Felicidade no Trabalho, em tradução livre).
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CEO da Roche Quer Criar um Novo Modelo de Liderança

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Primeira mulher e primeira latino-americana a presidir a Roche no Brasil em quase 100 anos de operação, Lorice Scalise assumiu em 2023 com uma missão dupla: liderar a sexta maior afiliada da farmacêutica suíça no mundo e criar um novo modelo de liderança. “Se algo desse errado, estaria falhando por todas as mulheres que poderiam ocupar essa posição depois.”
Farmacêutica formada pela Unesp, essa paulista de Borborema, que é um dos destaques da lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025, construiu toda a carreira na Roche. São mais de 25 anos na empresa: os primeiros 14 deles no Brasil, de representante de vendas a general manager interina na diagnóstica; três na sede, entre a Suíça e o Japão, em uma cadeira global; e outros seis na Argentina, onde liderou a operação antes de voltar ao Brasil, dois anos atrás.
Sob sua gestão, em 2024, a Roche Farma faturou R$ 4,6 bilhões no país, alta de 10%, e destinou mais de R$ 600 milhões a pesquisas clínicas. “É um mercado muito atraente para a pesquisa pela diversidade genética.” O foco segue em oncologia, oftalmologia e doenças neurodegenerativas e raras, mas a empresa também avança em doenças respiratórias e cardiometabólicas, incluindo terapias contra obesidade.
“Você conhece uma sociedade pelo tanto que ela investe em saúde.”
Aos 53 anos, Lorice olha para a companhia e seus 450 funcionários com as mesmas lentes pelas quais enxerga o mundo. “Comecei a desenvolver minha liderança no movimento estudantil, ainda na faculdade”, lembra. “Hoje, exerço o feminismo de uma forma diferente.” Esse olhar se traduz em uma abordagem integral para a saúde da mulher, que envolve também equidade salarial, justiça na licença-maternidade e a revisão dos papéis atribuídos aos homens, dentro e fora da companhia. “Não estaria aqui se não fossem as mulheres que lutaram antes de mim. Temos a obrigação de continuar.”
Mãe de três, um casal de gêmeos de 26 anos e o caçula de 21, nunca questionou a importância da carreira, mas também não passou ilesa de culpas e dilemas ao longo do caminho. “O mais importante na educação dos meus filhos é que eu viva de verdade. Tenho um lugar social importante e que é parte da formação deles.”
Mesmo sem o crachá, Lorice leva a sério a definição de saúde da OMS, que abrange bem-estar físico, mental e social. Faz duas sessões diárias de pilates, antes e depois do trabalho, e gosta de terminar a semana no bar da Hilda, com uma cerveja sem álcool e na companhia de um livro – o do momento é “A Vida Não É Útil”, de Ailton Krenak. Também está aprendendo piano. “Estou ensaiando uma peça para tocar para a equipe no final do ano: Jesus, Alegria dos Homens, de Bach.”
Na capa de seu perfil no LinkedIn, destaca uma frase do abolicionista Wendell Phillips: “O preço da liberdade é a eterna vigilância.” “Já tentei trocar, mas toda vez que leio é como um wake-up call: ainda há muito a ser feito.”
Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.
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Futuro do Trabalho: 4 Tendências Prometem Moldar o Mercado em 2026

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
As menções a “desalinhamento” em avaliações de funcionários sobre a alta liderança aumentaram 149% de 2024 para 2025, enquanto “desconexão” subiu 24% e “desconfiança”, 26%. Os dados são do recém-lançado Worklife Trends Report 2026, do site de recrutamento Glassdoor, que analisou mais de 7 milhões de avaliações, salários e entrevistas de profissionais americanos na própria plataforma.
Segundo o relatório, rodadas de demissão contínuas, mas não em massa, estão entre as novas tendências. Cortes envolvendo menos de 50 profissionais passaram de 38% de todos os desligamentos em 2015 para 51% em 2025. Juntos, esses movimentos indicam uma reconfiguração na forma como os colaboradores enxergam a liderança e a confiança nas organizações.
Após anos de transformação, com uma pandemia e um período de readaptação pós-isolamento, 2026 desponta como um ano de redefinição, marcado por novas expectativas, orçamentos mais enxutos e dinâmicas de poder em evolução entre empresas e funcionários. Profissionais que entenderem o que está por trás dessas mudanças estarão mais preparados para navegar o que vem pela frente.
4 tendências do mundo do trabalho para 2026
1. Descompasso entre funcionários e líderes
A confiança na liderança chegou ao limite. As avaliações da alta gestão no Glassdoor caíram muito abaixo dos picos da pandemia. “Os profissionais estão sentindo o efeito chicote da montanha-russa emocional dos últimos seis anos”, explica Daniel Zhao, economista-chefe do Glassdoor. “No auge da pandemia, líderes eram transparentes e vulneráveis. Agora, muitos voltaram ao discurso corporativo, e os funcionários não sentem mais que seus líderes estão ao seu lado.”
Com menos poder de barganha, os profissionais observam atentamente como as lideranças lidam com demissões, exigências de retorno ao escritório e adoção da inteligência artificial, muitas vezes às custas da confiança e do moral da equipe. Essa tendência destaca uma necessidade crescente de transparência da liderança em 2026.
2. “Demissões contínuas” viraram o novo normal
Pequenos cortes, porém constantes, tornaram-se a nova regra. Uma das tendências mais marcantes é a mudança de grandes rodadas de demissões para reduções menores e contínuas, um padrão que o Glassdoor chama de “forever layoff”.
Esses ajustes graduais podem não gerar manchetes, mas geram um clima persistente de incerteza e ansiedade entre os profissionais. As menções a demissões e insegurança no emprego no fim de 2025 já estavam mais altas do que no início de 2020.
Embora muitas empresas vejam esses cortes como uma forma discreta de administrar a folha de pagamento, o custo mental é significativo. As “demissões contínuas” alimentam o burnout, o desengajamento e a desconfiança, e seus efeitos devem se prolongar em 2026.
3. Retorno ao presencial em “câmera lenta” continua
Está cada vez mais difícil crescer na carreira trabalhando de casa. As avaliações de oportunidades profissionais no Glassdoor caíram de 4,1 em 2020 para 3,5 em 2025 entre profissionais remotos e híbridos.
Apesar de muitas empresas terem retomado o trabalho presencial no último ano, a quantidade de dias trabalhados remotamente praticamente não mudou. Ainda assim, há uma força mais sutil em jogo: o medo de ficar “fora da vista e fora da mente”. O Glassdoor encontrou diferenças claras entre funcionários que mencionaram trabalho remoto ou híbrido em suas avaliações:
- As notas de oportunidade de carreira tiveram a queda mais acentuada;
- As avaliações de equilíbrio entre vida pessoal e profissional continuam mais altas, mas a diferença está diminuindo;
- As avaliações gerais caíram em comparação às de quem não mencionou trabalho remoto ou híbrido.
À medida que empregadores priorizam funcionários que estão sempre no escritório para promoções, muitos profissionais poderão ter que escolher entre flexibilidade e visibilidade em 2026. Essa tendência evidencia os trade-offs que continuam a moldar o trabalho híbrido.
4. Efeitos da IA permanecem limitados (por enquanto)
A ansiedade em torno da IA é grande, mas a disrupção real ainda é limitada. A análise do Glassdoor mostra que a satisfação dos funcionários em funções com alta exposição à IA caiu apenas levemente desde 2022. Algumas profissões, como tradutores e engenheiros de software, registraram quedas maiores, mas representam uma pequena parcela da força de trabalho.
E embora a maioria das organizações esteja experimentando a IA, poucas descobriram como integrá-la de forma eficaz. A expectativa é de que 2026 traga uma transformação gradual, mas não dramática, consolidando a IA como uma das tendências de trabalho mais observadas do ano.
Como enfrentar os desafios do futuro do trabalho
As tendências que devem moldar o mercado em 2026 apontam para mudanças contínuas e uma distância crescente entre funcionários e lideranças. A insegurança persistente no emprego e os trade-offs entre flexibilidade e ascensão de carreira têm levado profissionais a repensar o que significa ter sucesso. “Líderes precisam prestar atenção ao aumento dessa distância entre eles e os colaboradores”, diz Zhao. “Essa desconexão pode alimentar uma crise de desengajamento ainda mais grave em 2026.”
Ainda assim, há motivos para otimismo. Para os profissionais, a chave será manter a adaptabilidade, desenvolvendo novas habilidades, ampliando a alfabetização em IA e gerenciando a própria carreira de forma proativa em um ambiente de mudanças aceleradas.
*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.
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CEO da Elanco Leva a Disciplina do Esporte Para a Liderança

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Fernanda Hoe, 45 anos, é a primeira mulher a assumir a liderança da operação brasileira da Elanco Saúde Animal, multinacional norte-americana com 70 anos de tradição, presente em mais de 90 países e uma das maiores do setor no mundo. A executiva é um dos destaques da lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025.
Médica-veterinária formada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), com mestrado na University of Wisconsin (EUA) e MBA na FGV (Fundação Getulio Vargas), construiu uma carreira que combina rigor técnico, visão estratégica e gestão de pessoas – atributos que hoje sustentam sua posição no comando de uma empresa que movimenta um mercado em expansão no Brasil, tanto no segmento de animais de produção (bovinos, aves, suínos e peixes) quanto no de companhia (cachorros e gatos).
Sua trajetória profissional começou no sul de Minas, em programa de qualidade do leite, área que a levou ao mestrado no exterior e, mais tarde, de volta ao país para integrar a então Pfizer (hoje Zoetis). Lá, foram oito anos em funções técnicas e comerciais, até que a curiosidade pelo marketing a levou a assumir outras posições e, posteriormente, a ingressar na Elanco, em 2013. Seguiu por diferentes áreas, incluindo as gerenciais, consolidando-se como executiva versátil até alcançar, em 2021, a direção-geral da companhia no Brasil.
“Temos registrado uma evolução consistente, mesmo diante de um cenário altamente dinâmico.”
Fernanda Hoe, CEO da Elanco Brasil
Fernanda atribui muito de sua força de liderança ao esporte. Nadadora de travessias em mar aberto – como a exigente Fuga das Ilhas, circuito de quase dois quilômetros na Barra do Sahy, no litoral de São Paulo –, vê nos treinos a metáfora de sua carreira: foco, persistência e gestão precisa do tempo. “O esporte traz para mim a importância de se dedicar com constância para atingir um objetivo”, afirma.
Paulistana, filha de um engenheiro e uma psicóloga, mantém laços estreitos com família e amigos e já participou de um programa de acolhimento de crianças em situação de vulnerabilidade em casa. Essa dimensão pessoal reforça sua convicção de que liderança é também sobre cuidado. Em um setor ainda marcado pela predominância masculina, sua chegada ao topo abriu caminho para outras profissionais da saúde animal seguirem carreira corporativa.
À frente de um time de 350 pessoas no Brasil, Fernanda conduz a Elanco com o desafio de equilibrar produtividade, inovação e sustentabilidade – missão que vai além do cuidado com os animais, alcançando clientes, colaboradores e sociedade. A companhia, que em 2024 registrou receita de US$ 4,4 bilhões, estima alcançar entre US$ 4,57 e US$ 4,62 bilhões em 2025. “Temos registrado uma evolução consistente, mesmo diante de um cenário altamente dinâmico.”
Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.
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