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Fragata Tamandaré: Brasil estreia novo navio de guerra gigante; conheça

Redação Informe ES

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A Fragata Tamandaré, novo navio de guerra gigante da Marinha do Brasil, fez sua estreia na água nesta sexta-feira (9). A embarcação é a primeira de quatro novidades do Programa Fragatas Tamandaré para renovar a esquadra brasileira e incentivar a indústria naval.

O navio de guerra ainda precisa ser equipado antes de entrar em operação, o que não deve acontecer este ano.

A imagem mostra o navio de guerra Fragata Tamandaré no mar, de cima.
Novo navio de guerra do Brasil só deve entrar em operação no ano que vem (Imagem: Divulgação/Marinha do Brasil)

Programa Fragatas Tamandaré lança primeiro navio de guerra

O Programa Fragatas Tamandaré foi assinado em 2020 visando incentivar o crescimento da indústria naval e renovar a esquadra brasileira.

Com investimento de R$ 11 bilhões e parceria tecnológica entre Brasil e Alemanha, o programa prevê a construção de quatro embarcações até 2029. Todos estão sendo construídos na Thyssenkrupp Estaleiro Brasil Sul.

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O F200, ou Fragata Tamandaré, é o primeiro deles a ficar pronto. O navio de guerra foi lançado nas águas de Itajaí (SC), cidade destaque por seu polo náutico.

O evento contou com a presença de políticos e personalidades, incluindo Vera Brennand, mulher de José Múcio Monteiro, Ministro da Defesa do País, que foi escolhida como madrinha da embarcação e “batizou” o navio de guerra.

O presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) também esteve presente e, em discurso, defendeu a renovação da frota da Marinha do Brasil, como parte da defesa do país e da geração de empregos.

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Fragata Tamandaré foi “batizada” em homenagem ao patrono da Marinha do Brasil (Imagem: Ministério da Defesa)

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Conheça o novo navio de guerra do Brasil

  • O Fragata Tamandaré, a primeira das quatro embarcações do programa, tem 107,2 metros de comprimento, 20,2 metros de altura e pesa 3,38 mil toneladas;
  • A embarcação chega a velocidade máxima de 25 nós, cerca de 47 km/h, com autonomia de navegação de 5,5 mil milhas náuticas (10,1 mil quilômetros);
  • O modelo pode abrigar até 130 tripulantes e tem dimensões o suficiente para comportar uma pista de aeronaves e um hangar para helicópteros;
  • O navio de guerra também vem com radares, sensores e compartimentos para armamentos;
  • Seu nome foi dado em homenagem ao Almirante Joaquim Marques Lisboa, o Marquês de Tamandaré, Patrono da Marinha do Brasil;
  • Testes na água serão realizados pelos fabricantes antes do navio entrar em operação;
  • A Fragata Tamandaré ainda será equipada com mísseis, torpedos e metralhadoras antes de se juntar à Marinha do Brasil.
A imagem mostra o navio de guerra Fragata Tamandaré no mar, de lado
Embarcação será usada na defesa do Brasil e no monitoramente da costa (Imagem: Divulgação/Marinha do Brasil)

Outras embarcações se juntarão à Fragata Tamandaré

A expectativa é que a Fragata Tamandaré possa aumentar a esquadra brasileira até o início de 2025. De acordo com o Almirante de Esquadra Edgard Luiz Siqueira Barboza, diretor-geral do Material da Marinha do Brasil, junto à Fragata, as outras embarcações ajudarão na capacidade defensiva do Brasil, monitoramento e proteção da costa.

Os outros navios de guerra deverão ser entregues nos próximos quatro anos, até 2029. São elas: Fragata Jerônimo de Albuquerque (F201, previsto para ser usado em 2026), Fragata Cunha Moreira (F202, previsto para 2027) e Fragata Mariz e Barros (F203, previsto para 2028).

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Omeprazol: “protetor de estômago” não é tão inofensivo quanto você pensa

Redação Informe ES

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Durante anos, o omeprazol foi amplamente utilizado como protetor gástrico e considerado inofensivo. O comprimido, tomado diariamente por milhões de pessoas antes do café da manhã, se tornou sinônimo de prevenção de desconfortos estomacais. No entanto, o entendimento médico sobre o medicamento mudou e o uso indiscriminado passou a ser questionado.

Ao g1, a gastroenterologista Débora Poli, do Hospital Sírio-Libanês, explica que “a tendência atual é evitar o uso desnecessário”. O omeprazol pertence à classe dos inibidores da bomba de prótons (IBPs), fármacos que reduzem a produção de ácido no estômago. O grupo inclui também pantoprazol, esomeprazol e lansoprazol. Embora eficazes, esses medicamentos deixaram de ser vistos como soluções sem risco.

Pequeno estômago e duas mãos formando um triângulo ao redor
(Imagem: FAArt PhotoDesign/Shutterstock)

Omeprazol: da revolução ao uso excessivo

  • Quando lançado, o omeprazol revolucionou o tratamento de úlceras e refluxo;
  • “Os IBPs revolucionaram o manejo de doenças gástricas, mas o problema é que seu uso se banalizou. Com o tempo, o remédio saiu do consultório e virou rotina. Muitas pessoas começaram e nunca mais pararam, sem reavaliação — o que chamamos de inércia terapêutica”, afirma o oncologista clínico Raphael Brandão, diretor da Clínica First;
  • O alerta vem sendo reforçado por novos estudos. De acordo com a gastroenterologista Karoline Soares Garcia, da Clínica Sartor e membro da Federação Brasileira de Gastroenterologia, o uso prolongado do omeprazol pode reduzir a absorção de micronutrientes, como ferro, magnésio, cálcio e vitamina B12;
  • Essa carência pode causar anemia, fadiga, cãibras e osteopenia.

O medicamento também aumenta o risco de infecção intestinal por Clostridioides difficile, capaz de causar diarreia grave, e pode favorecer o supercrescimento bacteriano no intestino delgado (SIBO).

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Pessoa separando medicamentos
Especialistas recomendam prudência no uso do Omeprazol (Imagem: Peter Porrini/Shutterstock)

Estudos observacionais ainda apontam possível relação com doença renal crônica e fraturas. “Esses riscos valem para toda a classe dos IBPs. Eles continuam sendo medicamentos eficazes, mas devem ser usados pelo menor tempo possível, sempre com acompanhamento médico”, acrescenta Garcia.

Apesar das restrições, especialistas reforçam que o omeprazol segue essencial em várias condições. “Ele tem papel importante no tratamento de refluxo gastroesofágico, gastrite, úlceras e infecção por Helicobacter pylori. Ainda é uma medicação de baixo custo e de grande utilidade”, explica Poli.

Há casos em que o uso contínuo é necessário, como em pacientes com esôfago de Barrett, esofagite eosinofílica ou que fazem uso prolongado de anti-inflamatórios. “Nessas situações, o médico e o paciente avaliam juntos o risco-benefício”, complementa a gastroenterologista.

Alternativas e substituições seguras

Para pacientes com sintomas leves, refluxo intermitente ou sem lesões no esôfago, há alternativas seguras. “Em quadros leves, é possível reduzir a dose, usar o remédio sob demanda ou trocar por bloqueadores H2, como a famotidina”, orienta Brandão. Esses bloqueadores agem de modo diferente — atuam nos receptores de histamina no estômago — e têm menos efeitos adversos a longo prazo.

Outra opção são os P-CABs (bloqueadores de potássio), como a vonoprazana, que oferece ação rápida e duradoura. “Ela pode ser uma alternativa em pacientes que não respondem bem aos IBPs, mas ainda é cara e pouco disponível no Brasil”, observa Brandão.

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Os especialistas destacam que qualquer decisão de suspender ou substituir o omeprazol deve ser tomada sob supervisão médica.

Comprimidos de Famotidina
Bloqueadores H2, como a Famotidina, podem substituir o Omeprazol em casos leves (Imagem: Sonis Photography/Shutterstock)

Mudanças de hábito podem reduzir a necessidade do medicamento. “Perder peso, evitar deitar logo após comer, reduzir ultraprocessados, álcool e chocolate, e elevar a cabeceira da cama são medidas que funcionam de verdade”, destaca Brandão. Poli complementa que “comer devagar, mastigar bem e respeitar os horários das refeições pode ser tão eficaz quanto o medicamento em quadros leves”.

Os médicos reforçam que a revisão das prescrições não é uma campanha contra o omeprazol, mas um movimento para garantir seu uso racional. “O omeprazol é um avanço da medicina moderna e tem seu valor, mas, como qualquer medicamento, precisa de indicação, tempo e acompanhamento”, resume Karoline Soares Garcia.

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Você se lembra? 7 aparelhos que marcaram época e sumiram com o tempo

Redação Informe ES

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Com o avanço da tecnologia, é natural que alguns dispositivos ganhem novas funções enquanto outros fiquem para trás. Walkman, Discman, iPod, MP3 e até as câmeras digitais e filmadoras domésticas foram, aos poucos, deixados de lado – especialmente depois que os smartphones passaram a reunir tudo em um só lugar.

Em muitos casos, os celulares modernos superaram esses antigos dispositivos, oferecendo, por exemplo, reprodução de músicas via serviços de streaming e câmeras que registram imagens com qualidade superior às das antigas câmeras digitais.

Ainda assim, muita gente guarda com carinho (e um toque de nostalgia) as lembranças desses equipamentos que marcaram o início da vida digital. Confira alguns dos aparelhos que talvez ainda estejam guardados aí na sua casa ou até na gaveta dos seus pais.

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Relembre 7 aparelhos eletrônicos que fizeram história, mas foram esquecidos

Pessoa colocando fita cassete azul no leitor de musica
Fita cassete não faz parte da nossa lista, mas bem que poderia (Imagem: @Freepik/Freepik)

1. Discman

Ouvir música de forma “portátil” sempre fez a cabeça da galera. Nos anos 80 (na verdade, em 1979), a Sony revolucionou a forma de se ouvir música ao lançar um aparelho que tocava fitas cassete (Walkman), como na imagem acima, em um rádio portátil.

Discman Cougar Imagem  Divulgação
Discman Cougar que ainda é possivel achar para venda na internet (Imagem: Divulgação)

No final da década, início dos anos 90, a Sony mais uma vez saiu na frente e lançou o Discman. Isso mesmo, a evolução do Walkman chegava para tocar não mais fitas magnéticas e sim os modernos Compact Discs, mais conhecidos como CDs.

Mas aí surgiram o MP3 e o iPod e já que o aparelho era significativamente maior que seus sucessores e ainda exigia o uso de mídia física para funcionar, perdeu terreno e foi aposentado em 2010.

2. Tocador de MP3

Bem, como já citado no tópico anterior, o tocador portátil de MP3 surgiu no final dos anos 1990. O MPMan, da sul-coreana Saehan, é considerado o primeiro modelo, lançado em 1998, seguido pelo Rio PMP3, da Diamond Multimedia, também introduzido naquele ano.

O formato MP3, criado na Alemanha, só ganhou popularidade mundial com a expansão da internet no fim da década, o que impulsionou o surgimento e a adoção desses dispositivos. A grande vantagem em relação ao Discman era o fato de não ter que carregar dúzias de CDs para poder curtir suas músicas prediletas.

MP3 player
Exemplo de aparelho tocador de MP3 (Imagem: OlVic/Shutterstock)

Porém, com o surgimento dos smartphones (que podem reproduzir os mesmos arquivos e ainda, diversos outros formatos além do MP3), este aparelho acabou caindo em desuso. Claro, também pela existência dos aplicativos de streaming como o Spotify, entre outros, que mantém o acervo musical do usuário sempre disponível na nuvem.

3. iPod

O iPod foi um dos dispositivos mais emblemáticos dos anos 2000, projetado para oferecer uma experiência digital de reprodução de músicas. Desenvolvido pela Apple, o aparelho surgiu como concorrente direto dos tocadores de MP3 da época, destacando-se pela interface intuitiva e pela experiência de uso aprimorada, características marcantes dos produtos da marca.

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Assim como os MP3 players, o iPod acabou perdendo espaço com a ascensão dos smartphones, que passaram a concentrar todas as funções de entretenimento em um único dispositivo.

iPod classic de 160 GB lançado em 2009 foi o último com clickwheel
iPod classic de 160 GB lançado em 2009 foi o último com clickwheel / Divulgação: Apple

A Apple chegou a lançar o iPod Touch, versão com acesso à internet e suporte a aplicativos, mas o modelo não conseguiu recuperar a relevância de outrora. Após duas décadas de história, a produção da linha foi encerrada em 2022. Ao longo desse período, a empresa lançou diferentes versões, como o iPod Mini, iPod Nano, iPod Shuffle e o próprio iPod Touch.

4. Tamagochi (bichinho virtual)

O Tamagotchi foi um dos jogos portáteis mais populares entre as décadas de 1990 e 2000. Lançado inicialmente no Japão pela Bandai Namco (famosa desenvolvedora de videogames), o brinquedo apresentava um bichinho virtual que exigia cuidados constantes do usuário, como alimentação, limpeza e atenção, simulando a experiência de ter um animal de estimação real.

imagem do tamagochi
Tamagochi ainda está a venda em algumas lojas virtuais até hoje (Imagem: Divulgação)

Com o tempo, o avanço dos smartphones e a chegada de consoles portáteis mais sofisticados reduziram o espaço do Tamagotchi no mercado. Ele teve um retorno nostálgico e em 2018, a Bandai lançou “My Tamagotchi Forever”, versão digital para Android que expandiu as funcionalidades do jogo original e ainda recebe atualizações na Google Play Store. Já em 2024, a empresa apresentou um novo modelo físico, renovando a experiência do clássico que marcou gerações.

5. Aparelho “3 em 1”

Um aparelho 3 em 1 (ou 3×1) é um equipamento de som que reúne três funções principais em um único dispositivo: Toca-discos (para vinil); Toca-fitas cassete e Rádio AM/FM.

Ele foi muito popular principalmente nas décadas de 1980 e 1990, antes da popularização dos CDs e, depois, dos formatos digitais. A ideia era oferecer um sistema de som completo em um só aparelho, sem a necessidade de comprar equipamentos separados.

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Toca-discos via Jace Afsoon/Unsplash
Toca-discos era uma das atrações dos “3 em 1” (Imagem: Jace Afsoon/Unsplash)

Com o tempo, surgiram versões “4 em 1” ou “5 em 1”, que adicionavam funções como CD player e entrada auxiliar para conectar outros dispositivos. Esses aparelhos eram comuns em muitas casas e simbolizavam um certo status tecnológico, além de serem o centro das festas e reuniões domésticas.

6. Game Boy

O Game Boy foi um dos videogames portáteis mais bem-sucedidos da história, com mais de 118 milhões de unidades vendidas em todo o mundo.

Lançado em 1989 pela Nintendo, o console foi um dos pioneiros no segmento de portáteis, oferecendo aos jogadores a possibilidade de se divertir em qualquer lugar. Seus jogos, no entanto, tinham gráficos simples em 8 bits e o modelo original nem sequer exibia imagens coloridas, o que o diferenciava dos consoles de mesa da época, como o Super Nintendo.

Game Boy até hoje é procurado por muitos fãs (Imagem: padu_foto / Shutterstock.com)

Ao longo dos anos, o Game Boy recebeu algumas versões aprimoradas, como o Game Boy Color e o Game Boy Advance, que trouxeram melhorias gráficas e de desempenho. Ainda assim, o avanço da tecnologia e a chegada de novos dispositivos, como o Nintendo DS e o PSP, acabaram tornando o clássico portátil obsoleto.

Atualmente, a Nintendo segue investindo no mercado de consoles híbridos e portáteis, tendo o Nintendo Switch e o Switch 2 como principais representantes dessa evolução.

7. Câmeras digitais

Uma verdadeira febre na década de 2000, as câmeras digitais revolucionaram a forma de registrar momentos. Elas representaram um avanço significativo em relação às câmeras de filme, que exigiam a revelação das fotos. Era um processo demorado e custoso, além de ser limitado pelo número de poses em cada rolo, que tinham entre 12 e 36 fotos apenas.

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Já as versões digitais armazenavam as imagens em cartões de memória, permitindo visualizar os cliques imediatamente e excluir fotos indesejadas antes mesmo de imprimir, igual ao processo atual nos smartphones.

visão do lcd de camera digital
Câmeras digitais também foram substituídas pelo “multitarefa” smartphone (Imagem: @sid4rtproduction/Freepik)

Modelos compactos, como as famosas Cyber-Shot (da Sony), conquistaram o público pela praticidade, design moderno e variedade de cores. No entanto, com a chegada dos smartphones equipados com câmeras de alta qualidade, o uso das câmeras digitais caiu drasticamente.

Curiosamente, nos últimos anos, esses aparelhos voltaram a despertar interesse, especialmente entre as novas gerações, atraídas pelo visual “vintage” característico das fotos feitas com câmeras digitais antigas.

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Os animais também sonham? Veja o que a ciência já descobriu

Redação Informe ES

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Quando observamos um gato dormindo profundamente ou um cachorro se contorcendo e emitindo sons enquanto cochila, é difícil não se perguntar o que se passa na mente deles. Será que eles sonham da mesma forma que nós, humanos?

Essa pergunta tem gerado estudos e debates entre cientistas. Mas será que, além dos humanos, os animais também podem sonhar?

O sono REM e os indícios de sonhos nos animais

Imagem: Raj Krish/Shutterstock

Os sonhos estão fortemente ligados ao ato de dormir. Nos humanos, os sonhos ocorrem principalmente durante a fase do sono conhecida como REM, ou movimento rápido dos olhos. 

Nessa fase, os olhos se movem rapidamente, e a atividade cerebral se torna intensa, aproximando-se do padrão que vemos quando estamos acordados. O REM é responsável por muitas experiências oníricas, e é nesse momento que a maior parte dos sonhos humanos se manifesta.

Mas e os animais? Será que eles também passam por fases de sono semelhantes ao REM? E se sim, isso poderia significar que eles também têm experiências parecidas com sonhos?

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Indícios de sono REM em animais

Panda gigante dormindo em um ramo de árvore, na reserva natural de Bifengxia, província de Sichuan.
Panda gigante dormindo em um ramo de árvore, na reserva natural de Bifengxia, província de Sichuan. Imagem: clkraus / Shutterstock

Muitos mamíferos, como ratos, gatos e primatas, passam por fases de sono REM. Estudos com eletroencefalograma (EEG) mostram que a atividade cerebral durante esse período se assemelha à observada nos humanos.

Movimentos das patas, do rabo ou sons emitidos durante o sono são interpretados pelos pesquisadores como possíveis sinais de que os animais estariam revivendo experiências da vigília.

Aves, como pombos, também exibem padrões de atividade cerebral durante o sono REM semelhantes aos dos mamíferos. Alguns répteis, como os dragões-barbados australianos, apresentam ciclos de sono com fases similares ao REM e ao sono de ondas lentas, observadas em mamíferos e aves.

Mas será que esses indícios indicam que os animais podem realmente sonhar?

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Nem todo REM indica sonho

Cachorro deitado na grama. / Crédito: petrescue

Apesar de o sono REM estar fortemente associado a sonhos, nem todos os períodos dessa fase resultam em experiências oníricas. Nos seres humanos, sonhos também podem ocorrer fora do REM, embora costumem ser menos vívidos ou lembrados do que aqueles que surgem durante essa fase.

Isso mostra que a presença de sono REM, embora seja um forte indício, não garante a ocorrência de sonhos. Logo, nos animais, o fato de apresentarem sono REM não significa que eles realmente sonhem.

Entre os animais, o caso dos monotremados, como o ornitorrinco e a equidna, ilustra o limite do REM. Esses bichos apresentam sono REM no tronco encefálico, mas não ativam o prosencéfalo, área ligada a funções cognitivas superiores. Por isso, os pesquisadores suspeitam que eles provavelmente não sonhem, mostrando que a presença de REM, por si só, não garante experiências oníricas.

Além disso, para comprovar sonhos, é necessário um relato verbal que descreva a experiência, algo que só é possível nos humanos. Obviamente, os animais não podem fornecer esse tipo de relato.

Por que ainda não é possível provar que animais sonham

Belo close de um coala dormindo em uma árvore
Belo close de um coala dormindo em uma árvore (Imagem: Oleksandr Antonov / Shutterstock)

O fato de animais apresentarem sono REM não significa, necessariamente, que eles sonham. Mesmo em humanos, essa fase não garante a ocorrência de sonhos, já que também há registros de experiências oníricas fora do REM e, em muitos despertares, não há lembrança alguma. 

Além disso, a comprovação científica de um sonho exige um relato verbal da experiência, algo possível apenas entre os humanos. 

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