Política
Assembleia Legislativa aprova reajuste de 10% para profissionais de enfermagem

Das nove proposições aprovadas em sessão extraordinária nesta terça-feira (18) na Assembleia Legislativa (Ales), duas reajustam os subsídios de categorias de servidores públicos estaduais em 10%. Bastante debatido, o Projeto de Lei (PL) 113/2025 é voltado para profissionais da saúde, beneficiando os cargos de Auxiliar de Enfermagem (QSS), Auxiliar de Serviços Médicos e Técnico em Enfermagem (QSS). Já o PL 112/2025 concede o valor para diversos cargos que estão em extinção na administração direta e indireta do Poder Executivo estadual.
Ambas as iniciativas foram relatadas nas comissões reunidas de Justiça, Saúde e Finanças pelo deputado Mazinho dos Anjos (PSDB). Ele rejeitou as emendas apresentadas com o mesmo argumento, que as mesmas não apontavam impacto financeiro e que necessitavam de cálculo atuarial. Na sequência, emitiu parecer pela constitucionalidade e aprovação do texto original, sendo acompanhado pelos membros dos colegiados e depois pelo Plenário da Casa.
A deputada Janete de Sá (PSB), enfermeira de formação, explicou que a categoria da enfermagem é composta pelos enfermeiros, técnicos e auxiliares, e deixar os primeiros de fora causaria uma situação constrangedora. “Não podemos acirrar esse clima organizacional dentro da saúde. É uma categoria única com subdivisões. Nós trabalhamos a união da enfermagem para todos receberem acima do piso nacional”, salientou.
Coronel Weliton (PRD) reforçou o posicionamento da colega e contou que foi procurado pelo Sindicato dos Enfermeiros solicitando a inclusão deles na proposta. O deputado considerou uma injustiça não incluir os profissionais entre os beneficiários. “O governo tem que enviar um novo projeto incluindo os enfermeiros”, afirmou.
Também se manifestaram a respeito da proposição os deputados Delegado Danilo Bahiense (PL), João Coser (PT), Alexandre Xambinho (Podemos) e Camila Valadão (Psol), que destacou que o Sindipúblicos já começou a campanha salarial e pediu que o governo inicie o processo de negociação para discussão do reajuste anual geral com as diversas categorias do funcionalismo público.
Ao final da votação das duas iniciativas, o presidente Marcelo Santos (União) agradeceu os pares pela dedicação na votação dos projetos e enalteceu a luta dos representantes dos servidores públicos. “Parabenizo Geisa (presidente do Sindsaúde), Renata (presidente do Sindipúblicos) e Iran Caetano (ex-presidente do Sindipúblicos), que auxiliaram na discussão salarial e que buscam a melhoria das condições para os servidores públicos”, frisou.
Fonte: Ales – Por: Gleyson Tete, com edição de Nicolle Expósito
Política
Lula entrega projeto de isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entregou, nesta terça-feira (18), ao Congresso Nacional o projeto de lei da isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. O texto que será analisado pelo Congresso também cria desconto parcial para aqueles que recebem entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, reduzindo o valor pago atualmente.
A ampliação da faixa de isenção custará cerca de R$ 27 bilhões por ano aos cofres públicos, como resultado da redução da arrecadação. Para compensar a perda, o projeto prevê a tributação mínima das altas rendas, ampliando a receita com a cobrança de imposto de rendimentos isentos, como dividendos de empresas (parte do lucro distribuída aos acionistas), acima de R$ 600 mil.
Em cerimônia no Palácio do Planalto, Lula destacou que o projeto é neutro, não vai aumentar a arrecadação do governo, e faz uma reparação tributária aos mais pobres que, proporcionalmente, pagam mais impostos devido às isenções sobre dividendos dos mais ricos.
“Nós estamos falando que 141 mil pessoas que ganham acima de R$ 600 mil, acima de R$ 1 milhão por ano, vão contribuir para que 10 milhões de pessoas não paguem imposto de renda. É simples assim, como se fosse dar um presente para uma criança”, afirmou o presidente.
“Estamos pedindo aos brasileiros que ganham mais, pessoas que vivem de dividendos, que nunca pagaram imposto de renda, pessoas que ganham milhões e milhões e que muitas vezes encontram o jeito de não pagar imposto de renda, nós estamos dizendo para eles: ‘gente, vamos elevar o patamar de vida do povo brasileiro’”, acrescentou Lula.
De acordo com o presidente, o Congresso passa, agora, a ser dono do projeto e deve fazer as melhorias que julgar necessárias. “Eu espero que, se for para mudar para melhor, ótimo, para piorar, jamais”, destacou.
“Vamos dar uma chance para aqueles que não acreditam na política voltarem a acreditar. Porque a política, com esse gesto, dá um grande sinal para a sociedade brasileira de que vale mais a pena ser democrático do que ser negacionista. É isso o que está em jogo neste país nesse instante, é a gente fazer com que a sociedade brasileira volte a acreditar nas pessoas que elegeram, seja para presidente da República, seja para senador, seja para deputado”, afirmou.
O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que o texto terá prioridade na tramitação e que o Congresso, “com certeza”, melhorará a proposta. “O Congresso tem que se esforçar diante daquilo que o governo está trazendo para que a melhor proposta possível possa ser lapidada, possa ser discutida. Vamos ter tempo para isso, para que o senhor possa, presidente Lula, receber de volta do Congresso Nacional uma proposta melhor do que a que o senhor está enviando”, disse Motta.
Ele ressaltou que os parlamentares podem discutir um texto “mais abrangente” sobre isenções tributárias, que atenda, principalmente, as pessoas que mais precisam. “Mas que não percamos nunca a nossa responsabilidade de garantir que o Brasil possa seguir investindo. Queremos discutir a eficiência da máquina pública”, afirmou o deputado. Segundo ele, só haverá justiça social com responsabilidade fiscal.
Promessa
A isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil é uma promessa de campanha de Lula . Hoje, o limite de renda mensal de quem não precisa pagar imposto de renda é R$ 2.259,20, de acordo com a Receita Federal.
A lei que instituiu a nova política de valorização do salário mínimo, de 2023, ainda autoriza um desconto sobre o imposto de 25% sobre o valor do limite de isenção, no caso, R$ 564,80, valor que somado a R$ 2.259,20 resulta, então, em R$ 2.824, o equivalente a pouco menos de dois salários mínimos.
Estudo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) informa que, atualmente, 10 milhões de pessoas estão dispensadas do recolhimento do imposto. Com a ampliação da faixa de isenção, mais 10 milhões de pessoas serão incluídas nesse rol.
De acordo com o governo, 90% dos brasileiros que pagam IR – mais de 90 milhões de pessoas – estarão na faixa da isenção total ou parcial. Já 65% dos declarantes do IR pessoa física – mais de 26 milhões de pessoas – serão totalmente isentos.
Tributação mínima
Segundo o governo, apenas 141,4 mil contribuintes (0,13% do total) passarão a contribuir pelo patamar mínimo, o que representa 0,06% da população total do país. São pessoas que recebem mais de R$ 600 mil por ano e que não contribuem com a alíquota efetiva de até 10% para o imposto de renda. Esses contribuintes pagam, atualmente, uma alíquota efetiva média de apenas 2,54% sobre a renda.
A nova regra não afeta salários, honorários, aluguéis ou outras rendas já tributadas na fonte. O governo esclareceu que a medida se aplica apenas a quem recebe rendimentos isentos. Portanto, mesmo que o rendimento total anual do contribuinte ultrapasse R$ 600 mil, ele só será impactado se parte significativa desse valor vier de rendimentos isentos.
A tributação mínima para altas rendas funcionará de forma progressiva e só começará a ser aplicada para rendimentos acima de R$ 600 mil por ano. Primeiro, serão somadas todas as rendas recebidas no ano, incluindo salário, aluguéis, dividendos e outros rendimentos. Se a soma for menor que R$ 600 mil, não há cobrança adicional. Se ultrapassar esse valor, será aplicada uma alíquota que cresce gradualmente até 10% para quem ganha R$ 1,2 milhão ou mais.
Ainda segundo o governo, mesmo com a alíquota mínima, a carga tributária sobre pessoas jurídicas e físicas no Brasil continuará abaixo da média internacional. Em relação aos dividendos, o projeto traz um mecanismo que impede que a tributação conjunta da pessoa jurídica e da pessoa física no Brasil seja superior a 34%. “Isso é abaixo da média de outros países, usualmente acima de 40%”, explicou o governo.
Agencia Brasil
Política
Em ato no Rio de Janeiro, Bolsonaro afirma que não fugirá do país

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reuniu apoiadores na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (16), para defender anistia aos condenados por invadir e destruir os prédios do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de janeiro de 2023. Ele próprio corre risco de ser condenado por tentativa de golpe de Estado.
Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que não fugirá do Brasil para evitar uma eventual prisão ordenada pelo STF. “O que eles querem é uma condenação. Se é 17 anos para as pessoas humildes, é para justificar 28 anos para mim. Não vou sair do Brasil”, disse. Bolsonaro, que atualmente está inelegível, afirmou que não tem “obsessão pelo poder”, mas tem “paixão pelo Brasil”.
Diante do apoio manifesto, mas considerando os desdobramentos do processo de que é alvo no STF, ele admitiu a possibilidade de não participar da próxima eleição presidencial. “Estamos deixando muitas pessoas capazes de me substituir”.
Ele ainda se esquivou da acusação de tentativa de golpe atribuída a ele. Afirmou que, por estar nos Estados Unidos na ocasião, não poderia ter participado de uma trama para impedir que Lula, que o derrotou nas eleições de 2022, assumisse a Presidência. Bolsonaro é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado agravado pelo emprego de violência e deterioração de patrimônio tombado da União.
Bolsonaristas se reúnem no Rio de Janeiro e defendem anistia para o ex-presidente e condenados do 8/1. Foto: Gilberto Costa/Agência Brasil
Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ocuparam cerca de 300 metros da Avenida Atlântica, na Praia de Copacabana, na altura do Posto 4. O Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) e a Organização Não Governamental (ONG) More in Common calcularam a presença de 18 mil pessoas no ato deste domingo. Um software de inteligência artificial fez os cálculos a partir de fotos aéreas do público no horário de pico do ato, ao meio-dia.
Projeto no Congresso
A manifestação que reuniu lideranças de direita na orla na Zona sul teve o objetivo de pressionar o Congresso Nacional a aprovar o projeto de lei que anistia os condenados do 08/01. Diretamente interessado nessa anistia, Bolsonaro afirmou que as pessoas que destruíram os prédios dos Três Poderes são inocentes.
“Eu jamais esperava um dia estar lutando por anistia de pessoas de bem, de pessoas que não cometeram nenhum ato de maldade, que não tinham a intenção e nem poder para fazer aquilo que estão sendo acusadas”.
Em 8 de Janeiro de 2023, milhares de apoiadores de Jair Bolsonaro romperam o cordão de isolamento na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, quebraram janelas, destruíram cadeiras, computadores e obras de arte nos três prédios. Também tentaram incendiar o interior do STF. Só deixaram os locais após a chegada de tropas da Polícia Militar e do Exército.
Governadores
O ato contou com a participação de quatro governadores. Cláudio Castro (RJ), Jorginho Mello (SC), Mauro Mendes (MT) e Tarcísio de Freitas (SP). Tarcísio também defendeu a anistia. Ele disse que é correto que o projeto seja pautado e aprovado no Congresso Nacional para garantir a anistia às pessoas. “Pode ter certeza que nós vamos conseguir os votos”.
Para Tarcísio, é preciso avançar para partir para outras discussões. “Para que a gente possa se dedicar aos temas nacionais, para que a gente possa discutir a longevidade, o envelhecimento da população, o financiamento do SUS. Tarcísio, ainda apontou que o grande problema do país é a inflação.
Movimentação
As pessoas mobilizadas para o evento organizado pelo pastor Silas Malafaia exibiam camisas e adesivos saudosos do governo do ex-presidente.
Entre os dizeres havia: “a direita está viva”; “com saudades do meu ex”; “anistia para os patriotas”; “o Brasil é meu partido”. Havia ainda dizeres críticos ao atual governo e elogios ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Pouco depois do meio-dia, após a fala de Bolsonaro, os manifestantes começaram a se dispersar.
Agencia Brasil
Política
Câmara Municipal da Serra cria Corregedoria Geral

A Câmara Municipal da Serra instituiu no dia 20 de fevereiro, a Corregedoria Geral da Casa de Leis, um órgão criado em janeiro deste ano por meio da reforma administrativa, aprovada em sessão extraordinária. O vereador Rafael Estrela do Mar foi designado como corregedor, enquanto o vereador Pequeno do Gás assumiu a vice-presidência da Corregedoria. A equipe técnica que dará suporte ao órgão será definida pelo presidente da Câmara, Saulo Mariano.
A Corregedoria tem a função de receber e dar andamento às denúncias contra vereadores, avaliando e decidindo se as atitudes dos parlamentares infrigem o Código de Ética da Câmara Municipal da Serra. O corregedor, junto à diretoria, será responsável por garantir o decoro, manter a ordem e zelar pelo cumprimento do código. Além disso, caberá à Corregedoria investigar e apurar as denúncias relacionadas aos vereadores. Quando uma denúncia for considerada procedente, ela será encaminhada para o Conselho de Ética.
O vereador Rafael Estrela do Mar destaca que a criação da Corregedoria terá um impacto direto na vida da população, pois um legislativo mais fiscalizado trabalha de forma mais eficiente em prol do público.
“Mais do que um avanço administrativo, essa iniciativa fortalece a confiança da sociedade na política e na atuação dos vereadores. Queremos que a população participe, acompanhe e ajude a construir uma Câmara mais séria, mais justa e mais próxima de quem realmente importa: o povo“, afirma.
O Conselho de Ética, composto pelos vereadores Renato Ribeiro, Stefano Andrade, George Guanabara e Leandro Ferraço, tem como objetivo analisar as evidências e recomendar as punições cabíveis quando necessário.
Para o presidente da Câmara, Saulo Mariano, a criação da Corregedoria é um marco histórico para o município.
“Iniciamos esta nova gestão já com a implementação dessa estrutura, reafirmando nosso compromisso com a transparência, a ética e a responsabilidade no exercício do mandato parlamentar. Esse avanço fortalece a integridade do legislativo e reforça a confiança que a população deposita em nós, garantindo que a Câmara siga cada vez mais alinhada aos princípios da boa governança e da prestação de contas à sociedade.” disse Saulinho.
A criação da Corregedoria representa um passo fundamental na construção de uma Câmara Municipal mais transparente e comprometida com a ética e o bem-estar da população serrana. Esse novo marco busca consolidar ainda mais a relação de confiança entre o poder legislativo e a sociedade, assegurando um ambiente de trabalho mais justo e ético para todos.
Por: Ascom-CMS
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