Educação
Educação aprova detector de metal em escolas públicas e particulares do ES

A Comissão de Educação aprovou o Projeto de Lei (PL) 492/2022, que obriga a instalação de detectores de metais nas escolas capixabas. De autoria da deputada Raquel Lessa (PP), a proposição foi relatada pelo deputado Tyago Hoffmann (PSB), que acolheu duas emendas, definindo que a obrigação abrange as escolas públicas estaduais e as escolas particulares.
Mesmo apresentando parecer favorável, Hoffmann fez três ressalvas: a primeira quanto à questão orçamentária para o investimento do Estado na instalação dos dispositivos em todas as escolas estaduais; a segunda, sobre a logística do dia a dia dos colégios, com a formação de longas filas de alunos para entrar nos estabelecimentos; e a terceira referente o uso de detectores que, na opinião dele, teria de ser acompanhado de medidas para combater o bullying, uma das principais causas de violência às escolas.
O presidente da Comissão de Educação, Dary Pagung (PSB), frisou que o colegiado vem debatendo o tema da segurança nas escolas, com a realização de audiências públicas, inclusive no interior do estado. Pagung destacou, ainda, o bullying nas escolas e pediu que diretores, professores e demais funcionários fiquem atentos aos alunos que sofrem com essa situação.
O PL 492/2022 tramita com três iniciativas semelhantes apensadas: o PL 268/2023, de autoria de Alcântaro Filho (Republicanos); o 269/2023, do Delegado Danilo Bahiense (PL); e o 319/2023, de Pablo Muribeca (Patri). A proposta ainda passará pela análise dos colegiados de Segurança e Finanças.
Libras
Os deputados também aprovaram o PL 103/2019, de autoria de Gandini (Cidadania), para criar a Central Estadual de Intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e guias-intérpretes para surdocegos.
O relator da matéria, deputado Capitão Assumção (PL),apresentou parecer favorável, acatando a emenda modificativa, que passa o projeto de autorizativo para obrigatório, e define o prazo de 180 dias a partir da publicação para a lei entrar em vigor.
O deputado Tyago Hoffmann acompanhou o relatório, mas também pontuou que já existe, segundo ele, uma Central de Libras no Espírito Santo. “Como esse projeto é de 2019, originalmente, após isso, o governo do Estado instalou e está em pleno funcionamento uma Central de Libras. Acho que vale a pena diligenciarmos, pois acho que esse projeto já está em curso”, comentou.
A proposta tramitará, ainda, nas comissões de Saúde e Finanças.
Hino nacional
Também foi aprovado o PL 150/2019, no qual Assumção defende a execução obrigatória do Hino Nacional e do Hino do Espírito Santo, além de outros de exaltação à pátria, em todas as escolas públicas e privadas de ensino fundamental e de ensino médio. O relator foi o deputado Delegado Danilo Bahiense (PL).
Centenário
Os 100 anos da Escola Municipal Deocleciano de Oliveira, primeira escola pública de Guaçuí, foram comemorados durante a reunião. Os alunos da escola centenária preencheram o Plenário Dirceu Cardoso, acompanhados de professores e funcionários da escola, da Secretaria Municipal de Educação e da Superintendência Regional de Educação. O prefeito da cidade Marcos Luiz Jauhar (Republicanos) também prestigiou a homenagem, acompanhado de vereadores do município.
O diretor da unidade, Francisco de Assis Rezende Rodrigues, foi um dos que discursaram: “Estamos na luta por uma educação de qualidade. Somente através da educação que conseguimos construir um mundo melhor”, disse.
Durante a homenagem, foi exibido um vídeo com um resgate histórico do colégio, que precede a emancipação do município localizado no Caparaó capixaba. Nos anos 1920, Emiliana Viana Emery encabeçou a iniciativa de construir a escola no então distrito de Veado, que depois se emancipou de Alegre, tornando-se o atual município de Guaçuí.
Fonte: Secom-Ales – Por: Titina Cardoso – Edição de Angèle Murad
Educação
Projeto prepara professores para a inclusão de alunos com TDAH

Um projeto itinerante visa preparar professores e educadores para lidar com alunos com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH). A iniciativa, da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), busca oferecer estratégias para uma melhor inclusão dos estudantes.
“Por conta dos sistemas primários desse transtorno, [os alunos] apresentam uma dificuldade muito grande de sustentar atenção, uma impulsividade e uma hiperatividade, que, muitas vezes, impactam, de forma muito negativa o desempenho escolar”, explica a psicóloga clínica Iane Kestelman, fundadora da ABDA. “A atenção é um dos elementos mais importantes que a gente precisa para seguir o caminho ao longo da vida, de forma produtiva e cidadã”.
Segundo Iane, os alunos com TDAH têm mais dificuldade de se engajar nas aulas e de absorver o conteúdo ensinado. E, quando esses alunos não recebem a atenção e instrução devidas, acabam repetindo de ano e deixando a escola.
“Não só no campo do TDAH, como de outros transtornos, existe uma dificuldade incrível no sentido de oferecer esse suporte aos professores, de como lidar com esses alunos”.
O projeto TDAH Levado a Sério na Escola realiza, neste sábado, no Rio de Janeiro, oferece uma oficina para professores do ensino fundamental das redes pública e privada.
“Nosso maior ideal é que esse país esteja finalmente cumprindo a Lei 14.254/2021, cujo teor preconiza que todos os alunos da pré-escola até o ensino médio, em todo o território nacional, possam ser incluídos nas escolas. Portanto, todos os professores devem ser capacitados para que essas ações de inclusão possam acontecer. Infelizmente, isso não vem acontecendo”.
O projeto começou em dezembro do ano passado em São Paulo e deve seguir para outros estados brasileiros. O próximo encontro deve ocorrer no Pará ainda este mês. Estão previstos encontros ainda no Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. Mais informações, estão no site da ABDA.
“As pessoas com TDAH são um contingente de 6% da população, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Todo aluno que estiver na escola tem direito a aprendizagem e a participar do processo educativo. Nosso objetivo é que as técnicas mais modernas da educação inclusiva e da neuroeducação possam ser ensinadas para esses professores”, conclui Iane.
Agencia Brasil
Educação
Detecção precoce do autismo ajuda na alfabetização e inclusão escolar

Moradora de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, a neurocientista e biomédica Emanoele Freitas começou a perceber que o filho, Eros Micael, tinha dificuldades para se comunicar quando ele tinha 2 anos. “Foi, então, que veio o diagnóstico errado de surdez profunda. Só com 5 anos, com novos exames, descobriu-se que, na realidade, ele ouvia bem, só que ele tinha outra patologia. Fui encaminhada para a psiquiatra, e ela me deu o diagnóstico de autismo. Naquela época, não se falava do assunto”, diz a mãe do jovem, que hoje tem 21 anos.
Ser de um grau menos autônomo do espectro autista, também chamado de nível 3 de suporte, trouxe muitas dificuldades para a vida escolar de Eros que frequentou até o ensino fundamental, com quase 15 anos. “O Eros iniciou na escola particular e, depois, eu o levei para a escola pública, que foi onde eu realmente consegui ter uma entrada melhor, ter uma aceitação melhor e ter profissionais que estavam interessados em desenvolver o trabalho”, acrescenta Emanoele.
“Ele não conseguia ficar em sala de aula e desenvolver a parte acadêmica. Ele tem um comprometimento cognitivo bem acentuado. Naquele momento, vimos que o primordial era ele aprender a ser autônomo. Ele teve mediador, o professor que faz sua capacitação em mediação escolar. Meu filho não tinha condições de estar em uma sala de aula regular, e ele ficava em uma sala multidisciplinar”.
A inclusão escolar e a alfabetização de crianças e adolescentes do espectro autista estão entre os desafios para a efetivação de direitos dessa população, que tem sua existência celebrada nesta quarta-feira (2), Dia Mundial de Conscientização do Autismo, data criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) para difundir informações sobre essa condição do neurodesenvolvimento humano e combater o preconceito.
Diretora-executiva do Instituto NeuroSaber, a psicopedagoga e psicomotricista Luciana Brites explica que o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno de neurodesenvolvimento caracterizado por déficits de interação social, problemas de comunicação verbal e não verbal e comportamentos repetitivos, com interesses restritos. Características comuns no autismo são pouco contato visual, pouca reciprocidade, atraso na aquisição de fala e linguagem, desinteresse ou inabilidade de socializar, manias e rituais, entre outros.
“Por volta dos 2 anos, a criança pode apresentar sinais que indicam autismo. O diagnóstico precoce é fundamental para o tratamento. Como o transtorno é um espectro, algumas crianças com autismo falam, mas não se comunicam, ou são pouco fluentes e até mesmo não falam nada. Uma criança com autismo não verbal se alfabetiza, mas a dificuldade muitas vezes é maior”, diz Luciana.
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, na sigla em inglês) estabelece atualmente que as nomenclaturas mais adequadas para identificar as diferentes apresentações do TEA são nível 1 de suporte, nível 2 de suporte e nível 3 de suporte, sendo maior o suporte necessário quanto maior for o nível.
Aprendizado
A psicopedagoga ressalta que os desafios no processo de alfabetização no autismo não impedem que ele ocorra na maioria das vezes. “É possível a inserção do autista no ensino regular. A questão da inclusão é um grande desafio para qualquer escola, porque estamos falando de uma qualificação maior para os nossos professores”.
Segundo Luciana, o mais importante é considerar a individualidade de cada aluno no planejamento pedagógico, fazendo as adaptações necessárias.
“Atividades que podem estimular a consciência fonológica de crianças com autismo são, por exemplo, com sílabas, em que você escolhe uma palavra e estimula a repetição das sílabas que compõem a palavra. Outra dica são os fonemas, direcionando a atenção da criança aos sons que compõem cada palavra, sinalizando padrões e diferenças entre eles. Já nas rimas, leia uma história conhecida e repita as palavras que rimem”.
A psicopedagoga acrescenta que as crianças autistas podem ter facilidade na identificação direta das palavras, ou seja, conseguem decorar facilmente, mas têm dificuldade nas habilidades fonológicas mais complexas, como perceber o seu contexto.
“A inclusão é possível, mas a realidade, hoje, do professor, é que muitas vezes ele não dá conta do aluno típico, quem dirá dos atípicos. Trabalhar a detecção precoce é muito importante para se conseguir fazer a inserção de uma forma mais efetiva. É muito importante o sistema de saúde, junto com o sistema de educação, olhar para essa primeira infância para fazer essa detecção do atraso na cognição social. Por isso, é muito importante o trabalho da escola com o posto de saúde”, afirma Luciana.
A especialista destaca que a inclusão é um tripé e depende de famílias, escolas e profissionais de saúde. “Professor, sozinho, não faz inclusão. Tudo começa na capacitação do professor e do profissional de saúde. É na escola que, muitas vezes, são descobertos os alunos com algum transtorno e encaminhados para equipes multidisciplinares do município”.
Mãe em tempo integral

A dona de casa Isabele Ferreira da Silva Andrade, mãe de dois filhos autistas, Pérola, de 7 anos, e Ângelo, de 3 anos. Isabele Ferreira/Arquivo Pessoal
Moradora da Ilha do Governador, na zona norte do Rio de Janeiro, a dona de casa Isabele Ferreira da Silva Andrade é mãe de duas crianças do espectro autista, Pérola, de 7 anos, e Ângelo, de 3 anos. Ela explica que o menino tem “autismo moderado”, ou nível 2 de suporte com atrasos cognitivos e hiperatividade. Já a filha, mais velha, tem “autismo leve”, nível 1 de suporte, e epilepsia.
“Eu a levei no pediatra porque ela já tinha 2 anos e estava com o desenvolvimento atrasado, não falava muito. Ela falava uma língua que ninguém entendia. Vivia num mundo só dela, não brincava, não ria. Comecei a desconfiar. O pediatra me explicou o que era autismo e disse que ela precisava de acompanhamento. Eu a levei para o neurologista, para psicólogo, fonoaudióloga. Fiz alguns exames que deram alteração”, lembra Isabele.
“Já meu filho foi muito bem até 1 ano de idade. Depois de1 ano, começou a regredir. Parou de comer, parou de brincar, não queria mais andar. Chorava muito. Comecei a achar estranho. Ele foi encaminhado ao Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da prefeitura. Fizeram a avaliação dele lá, por uma equipe multidisciplinar. Tentei continuar trabalhando, mas com as demandas da Pérola e do Ângelo, tive que parar de trabalhar para levar para as terapias. O cuidado é integral. Parei minha vida. Eu era caixa de lotérica”, conta a dona de casa.
O filho menor está matriculado em uma creche municipal que tem cinco crianças autistas. No momento em que a professora percebe que o Ângelo precisa de mais atenção, ela se concentra nele, diz Isabele.
Já a filha mais velha está em uma turma regular em escola municipal, e, na classe, há outro aluno com grau mais severo de autismo. “Eles têm mediadores na escola que se concentram mais nas crianças com autismo severo. As professoras dos dois são psicopedagogas, têm entendimento e sabem lidar”.
A dona de casa conta que, depois que saiu o diagnóstico de sua filha mais velha, seu pai também decidiu investigar e descobriu, com mais de 50 anos, que também era autista. “Ele teve muita depressão ao longo de toda a vida dele”.
Política Nacional
O Ministério da Educação (MEC) tem a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva desde 2008. Segundo a pasta, ela reafirma o compromisso expresso na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, de 2006, de que a educação escolar se faz na convivência entre todas as pessoas, em salas de aulas comuns, reconhecendo e respeitando as diferentes formas de comunicar, perceber, relacionar-se, sentir, pensar.
“Identificar as barreiras que prejudicam a escolarização e construir um plano de enfrentamento são funções de toda a equipe escolar, contando sempre com o Atendimento Educacional Especializado (AEE). Isso pode ocorrer por meio de salas de recursos multifuncionais (SRM), atividades colaborativas e outras iniciativas inclusivas, a fim de que o acesso ao currículo seja plenamente garantido”, diz o MEC.
Segundo a pasta, 36% das escolas contam com salas de recursos multifuncionais. Além disso, em 2022, de acordo com dados do Censo Escolar do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Brasil tinha:
- 1.372.000 estudantes público-alvo da educação especial matriculados em classes comuns.
- 89,9% das matrículas do público-alvo da educação especial em classes comuns.
- 129 mil matrículas do público-alvo da educação especial desde a educação infantil.
Agencia Brasil
Educação
Biblioteca da Câmara da Serra é aberta ao público com computadores, internet e Wi-Fi

A Câmara Municipal da Serra é amplamente conhecida como o local onde as leis são discutidas e aprovadas, mas você sabia que ela também abriga um importante espaço dedicado à cultura e ao conhecimento? Estamos falando da Biblioteca “Vereador Dorian Benedito do Nascimento”, que está situada no primeiro andar da Câmara Municipal da Serra.
A biblioteca conta com um acervo diversificado de livros e oferece computadores com acesso à internet e Wi-Fi, proporcionando um ambiente adequado para pesquisas e estudos. Além disso, ela está aberta ao público em geral, incluindo escolas, tanto da rede pública quanto privada.
Sabemos o quanto é fundamental incentivar a leitura como meio de acesso ao conhecimento e ao desenvolvimento de uma consciência crítica. Por isso, convidamos você, sua família e sua escola a visitarem a Biblioteca da Câmara Municipal da Serra “Vereador Dorian Benedito do Nascimento”., disse Saulinho
O espaço valoriza a leitura e o acesso à informação, promovendo a formação de cidadãos conscientes e participativos em sociedade.
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