Esporte
Capacidade de público é entrave para eventos esportivos no ES

Tamanho das praças esportivas é o maior dos entraves para o Espírito Santo sediar grandes eventos esportivos. Os pontos positivos e negativos para o ES atrair jogos de competições maiores foram debatidos nesta quarta-feira (8) em reunião promovida pela Frente Parlamentar de Apoio ao Comércio, Serviços, Indústria e Turismo, presidida pelo deputado Mazinho dos Anjos (PSDB).
Para o presidente da Federação de Futebol do Espírito Santo (FES), Gustavo Vieira, o obstáculo capixaba é de infraestrutura e capacidade de suas arenas, pois a projeção de receita de qualquer evento estaria diretamente relacionada à capacidade da praça esportiva.
“Por que a seleção principal não vem pra cá? A resposta é muito simples. Quando um promotor de eventos faz um cálculo de projeção de receita, está muito ligado à capacidade da praça esportiva. A nossa praça esportiva hoje consegue gerar uma receita máxima, um tíquete médio muito alto, de no máximo R$ 5 milhões, colocando à venda até 18 mil ingressos. Nosso teto de receitas comparado com outros centros é um teto baixo. Veja agora a final da Libertadores, a receita foi de mais de R$ 30 milhões”, explicou.
Vieira lembrou que há um retrospecto de eventos de futebol no ES positivo. Além de Camarões e Austrália, outras sete seleções chegaram a visitar e especular espaços capixabas como base para o pré-Copa de 2014. Em articulação, FES e governo do ES, a seleção olímpica de 2016 teve sua preparação por aqui, com toda imprensa nacional e internacional cobrindo.
Em 2022 o estado foi sede do Mundial-Sub-17, juntamente com Goiânia e Distrito Federal, mas com maior média de público, o que representou bom movimento hoteleiro com atletas e imprensa.
Mas, segundo o presidente da federação, apesar da expectativa e boas possibilidades de o Brasil ser sede do Mundial Feminino de Futebol de 2027, o ES, que já seria opção certa como base de treinamento, não poderia hoje ser sede. Nossos estádios seriam excelentes para eventos de porte médio, mas não contaria, por exemplo, com um ginásio de pelo menos 10 mil lugares para receber jogos oficiais e de seleções de futsal, basquete, vôlei e outras modalidades.
Gustavo Vieira apontou que um ponto positivo ao mercado capixaba de eventos seria a integração com o poder público. “Todos abraçam o evento aqui, não tem qualquer tipo de dificuldade, secretarias, polícia militar, bombeiros, todos são muito colaborativos”, pontuou, para em seguida cobrar um batalhão da polícia especializado em grandes eventos.
Para o secretário estadual de Esportes e Lazer, José Carlos Nunes da Silva, o governo não mede esforços para trazer eventos maiores, a estrutura aguentaria e seria realmente necessário adequar a capacidade de público. Nunes destacou, ainda, que não faltam bons atletas, “o Espírito Santo é um celeiro” em diversas modalidades.
Para o Estádio Estadual Kleber Andrade, acredita Nunes, talvez seja necessário colocar de 10 a 12 mil novos lugares para mudar o cenário. Há ainda estudo para uma arena de 12 mil pessoas que possa receber modalidades como o futsal. O secretário lembrou grandes eventos recentes, como o Desafio 3×3 de Futevôlei e o Jungle Fight de MMA, ambos em Vila Velha. “Deu visibilidade aos nossos atletas”.
Plano Estadual
O secretário de Esporte adiantou que logo deverá tramitar na Assembleia uma proposta de Plano Estadual para a área. “Precisaremos de vocês (deputados) para aprovar um plano. É fundamental que a gente possa desenvolver o esporte, mas dentro de algo combinado inclusive com os municípios”. Estaria em andamento, numa parceria com o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e Ufes, um censo esportivo para detectar quais praças potenciais o ES teria para diversas categorias.
Olimpíadas do Judiciário
Um dos fatos que provocaram a reunião, conforme explicou o deputado Mazinho dos Anjos, foi a participação exitosa de servidores do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-ES) na 20ª Olimpíada Nacional da Justiça do Trabalho, em setembro deste ano, em João Pessoa (PB). Conforme defendeu o deputado, seria importante trazer esses eventos ao ES e desenvolver o turismo local.
Representando a Associação dos Servidores da Justiça do Trabalho no ES (Ajustes), a servidora Lívia de Freitas explicou que esses jogos começaram em 2003, inicialmente apenas com TRTs do Nordeste e depois foi se expandindo para outros tribunais federais e Ministério Público. Com 64 atletas, a delegação capixaba voltou com 116 medalhas, sendo 37 de ouro, 38 de prata e 41 de bronze. Em 2017 o ES sediou a competição e a expectativa é a de que possa sediar novamente nos próximos anos.
O presidente da Fundação Espírito Santo Turismo & Eventos (ES Convention & Visitors Bureau), Paulo Renato Fonseca, lembrou que outros órgãos, bancos e estatais federais carregam em seus calendários competições nacionais entre servidores e funcionários. Fonseca alertou ainda que “eventos esportivos são fundamentais para geração de emprego e renda e com a mudança tributária para essa vinda de recurso externo”.
O impacto da Reforma Tributária no ES e a resposta que pode ser dada no turismo, também foram citados por Flavia Cysne, subsecretária de Infraestrutura Turística e Planejamento do Estado.
“A questão da tributação que está aí para ser aprovada no Senado vai mudar tudo. Passa a ser um projeto de cada cidadão capixaba trazer investimentos. A gente precisa fazer com que cada capixaba entenda hoje que é questão de sobrevivência”, defendeu. “O governador fala muito isso, nós não temos uma população para poder gerar (consumo), precisamos trazer de fora”, reforçou.
Para o secretário municipal de Lazer e Esporte de Vitória, Rodrigo Ronchi, o maior trunfo capixaba seria a ambiência e a organização. Ronchi ressaltou ainda que investir em esporte é reduzir custos na saúde. Só em 2023 a capital capixaba recebeu 36 corridas de rua. “Quem faz 36 corridas de rua é porque tem muita gente pra correr”, refletiu.
Esporte
Estudante autista da Serra é ouro no karatê dos Jogos Escolares

A medalha de ouro no karatê dos Jogos Escolares do Espírito Santo tem um brilho especial para Carlos Antonio Bianchini Mendes, de 14 anos. Embora não seja a primeira, a premiação conquistada no último sábado (28) é mais uma prova da diferença que o esporte tem feito na vida do adolescente. Estudante da Escola Municipal de Ensino Fundamental Irmã Dulce, no Parque Residencial Tubarão, Carlos é autista e começou a lutar por indicação de um de seus terapeutas, que também é professor da arte marcial. Agora, o estudante vai disputar os Jogos Nacionais em Uberlândia (MG), em outubro.
Com quase dois anos no esporte, ele vem conquistando medalhas em diversas competições dentro e fora do Estado. Nos Jogos Escolares, venceu disputando na mesma categoria de estudantes que não são neurodivergentes. “Essa medalha de ouro foi mais uma conquista da minha vida. Fiquei muito feliz. Quando acabou, eu não imaginava que tinha vencido. Ser um atleta é muito legal para mim. É saber que cada vitória é um passo no meu caminho”, conta.
Mas a contribuição do karatê na vida do Carlos foi além de ensinar golpes e trazer medalhas. “Mudou bastante a minha vida. Nunca mais me senti o mesmo. Hoje estou muito melhor do que eu era antes”, admite o estudante. Um sentimento que é compartilhado pela mãe dele, a professora Fabíola Soares Bianchini. “Hoje eu vejo que ele está mais concentrado, presta mais atenção nas coisas e tem mais firmeza no corpo. Ele já fez futebol, muhay thai, mas no karatê ele se encontrou”, conta.
Fabíola revela que o filho chegou a sofrer um pré-infarto quando estava no 5º ano e faz todo o acompanhamento cardiológico, mas precisava de uma atividade física que se enquadrasse nas suas necessidades. E o karatê proporcionou isso. Foi o sensei da academia Team Aguiar, Márcio Stein, que indicou a arte marcial para o Carlos enquanto era o terapeuta ABA (em tradução livre Análise do Comportamento Aplicada – muito comum no suporte a pessoas com autismo) do estudante. “O esporte para mim também é terapia”, relata Fabíola.
Medalhas
Pouco depois de começar no esporte, Carlos se interessou pelos campeonatos e, a partir daí, conquistou as primeiras medalhas. “Ele pegou gosto pela competição e nós vamos apoiando. Foi muito importante ele ser incluído por meio da luta, já que na academia há alguns alunos que também têm autismo e isso fortalece os laços sociais dele”, conta a professora que atualmente está em busca de emprego e acompanha e apoia de perto a trajetória do filho.
Apoio e inclusão, Carlos também encontrou na Emef Irmã Dulce, onde estuda desde março. Segundo Fabíola, ele tem interagido bem com os colegas e é acompanhado por uma professora da Educação Especial. “Ele foi muito bem-acolhido e conversamos sempre com a professora para exigir o melhor dele. Essa inclusão está sendo muito importante”, diz.
Agora, Carlos e a mãe sonham com a chegada às seleções capixaba e brasileira da modalidade. Se depender da determinação dos dois, o sonho é perfeitamente possível e pode inspirar muita gente. Afinal, cada vitória do estudante nos tatames é um golpe no preconceito e um triunfo da inclusão.
Fonte: Secom-PMS Texto: Elton Lyrio – Foto: Arquivo Pessoal
Esporte
Maratona de Vitória: prova de 42km já tem 90% das vagas preenchidas

Depois da Maratona do Rio, chegou a vez de Vitória dar a largada para sua principal corrida, a Maratona de Vitória 2025. As provas acontecem nos dias 30 e 31 de agosto pelas ruas da capital capixaba e devem reunir mais de sete mil competidores de várias partes do Brasil e do exterior. A edição conta ainda com maratoninha kids e um desafio em dose dupla para os atletas testarem seus limites: o Desafio Cidade de Vitória. As inscrições podem ser feitas no site www.maratonadevitoria.com.br. Corra para fazer a sua, pois a prova de 42km já tem 90% das vagas preenchidas.
Muito aguardada pelos adeptos da corrida de rua, a Maratona de Vitória já entrou para o calendário nacional se destacando pelo belo percurso, com trechos que alternam praias e montanhas em sua paisagem, neste caso o Mestre Álvaro. Em dois dias de prova, os competidores poderão escolher quatro percursos distintos, com 5km, 10km, 21km e 42km ou ainda encarar um desafio duplo, em trajetos de 5km + 21km ou de 10km + 42km.
“A corrida de rua é uma prática que só cresce no mundo. E a Maratona de Vitória confirma isso. Ano passado reunimos cerca de cinco mil corredores e, além dos capixabas, a competição recebeu atletas de todos os Estados brasileiros e também de outros países“, destaca Bernardo Ramos, da Pace Eventos, organizadora da Maratona de Vitória.
Maratoninha de Vitória 2024. Crédito: Foco Radical.
Provas
No dia 30 de agosto (sábado), a largada acontece às 6h da manhã para os competidores da Corrida Orla de Vitória, nas categorias 5km e 10km, e para os que optarem pelo Desafio Cidade de Vitória. Nessa modalidade, o atleta escolhe percursos de 5km + 21km ou de 10km + 42km, a serem concluídos em dois dias de competição. Ainda no sábado, às 16h, acontece a Maratoninha de Vitória, com percursos de 50m a 400m para crianças e adolescentes de 4 a 14 anos.
Já no dia 31 (domingo), acontecem as tradicionais Maratona de Vitória, com percurso de 42km e largada às 5h30, e Meia Maratona de Vitória, com 21km, saindo às 6h30. Todas as largadas acontecem na Rua Judite Maria Tovar Varejão, em frente ao Espaço Baleia Jubarte, próximo à Cruz do Papa, na Enseada do Suá.
Kits e premiação
O kit atleta contempla uma camisa, número de identificação, chip descartável e sacola para o kit. As datas de entrega serão 28, 29 e 30 de agosto das 10h às 18h, na tenda na Praça do Papa, na Enseada do Suá. Além da medalha, os corredores da categoria geral receberão troféus do 1º ao 5º colocados e, por faixa etária, os atletas receberão troféus do 1º ao 3º colocados. No Desafio Cidade de Vitória, os vencedores receberão também troféus do 1º ao 3º colocados.
As inscrições são limitadas e podem ser feitas em www.maratonadevitoria.com.br ou www.paceeventos.com.br. A competição é patrocinada pela Fortlev, com apoio da Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Sesport) e Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semesp), por meio da Lei de Incentivo ao Esporte Capixaba (LIEC).
MODALIDADES
Maratona de Vitória (42km)
Dia 31 de agosto (domingo), largada às 5h30.
Meia Maratona de Vitória (21km)
Dia 31 de agosto (domingo), largada às 6h30.
Corrida Orla de Vitória (10km)
Dia 30 de agosto (sábado), largada às 6h.
Corrida Orla de Vitória (5km)
Dia 30 de agosto (sábado), largada às 6h.
Desafio Cidade de Vitória (5km + 21km ou 10km + 42km)
Dia 30 de agosto (sábado), largada às 6h.
Maratoninha de Vitória (distâncias de 50m a 400m)
Dia 30 de agosto (sábado), largada às 16h para crianças e adolescentes de 4 a 14 anos (distâncias de 50m a 400m).
- 4 anos: distância de 50m.
- 5 e 6 anos: distância de 100m.
- 7 e 8 anos: distância de 150m.
- 9 e 10 anos: distância de 200m.
- 11 e 12 anos: distância de 300m.
- 13 e 14 anos: distância de 400m.
OBS: atletas das categorias “atletas com deficiência” e “60+” terão desconto de 50% no valor da inscrição no lote vigente.
Maratona de Vitória 2024. Crédito: Foco Radical.
Sobre a Maratona de Vitória
A Maratona de Vitória chega às ruas da capital capixaba para a sua nona edição. Inicialmente conhecida como “Meia Maratona”, a prova passou por uma transformação com a inclusão da distância de 42km e já está em sua quarta edição como a Maratona de Vitória. Em 2024 reuniu cerca de cinco mil corredores, entre corredores capixabas e atletas de 22 Estados brasileiros e também de outros países, como Alemanha, China, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Portugal.
A competição é patrocinada pela Fortlev, com apoio da Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Sesport) e Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semesp), por meio da Lei de Incentivo ao Esporte Capixaba (LIEC).
SERVIÇO
Maratona de Vitória 2025
- Data: 30 e 31 de agosto.
- Local: Praça do Papa, na Enseada do Suá, Vitória.
- Informações: www.maratonadevitoria.com.br ou www.paceeventos.com.br.
Atendimento à Imprensa:
Por: Assessoria – L4 Comunicação
Esporte
Com capixaba, Brasil conquista medalhas inéditas no Mundial de ginástica rítmica

A ginástica rítmica do Brasil fez história mais uma vez, com a capixaba Amanda Manente na seleção. Pela primeira vez, o Brasil subiu ao pódio em um Campeonato Mundial da modalidade. No sábado (21), o conjunto juvenil conquistou a medalha de prata no geral e, nesse domingo (22), repetiu o feito na prova dos cinco arcos.
A competição aconteceu em Sófia, na Bulgária. Na soma das séries mista e simples, o conjunto comandado pela treinadora também capixaba Juliana Coradine obteve 48.900 pontos. O ouro ficou com as anfitriãs da Bulgária, que fizeram 49.900 pontos, enquanto a Ucrânia ficou com o bronze ao somar 48.400.
Além da medalha, o Brasil ainda foi reconhecido com um prêmio especial concedido pelo Comitê Técnico da FIG: a Seleção Brasileira Juvenil foi eleita o conjunto mais sincronizado da competição.
Já na prova dos cinco arcos, o Brasil somou 25.350 pontos e ficou novamente atrás da Bulgária, que obteve 26.600. O terceiro lugar ficou com a Estônia e Itália, ambas somaram 25.100.
Além de Amanda Manente, o conjunto é formado por Andriely Leticia Cichovicz, Julia Anny Colere da Cruz, Alice Neves de Medeiros e Clara Beatriz Pereira Vaz.
Amanda Manente, de apenas 13 anos, deu seus primeiros passos na ginástica rítmica pelo projeto Campeões de Futuro, iniciativa da Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport) que revela talentos no Espírito Santo. A jovem também treina no Ginásio de Ginástica do Centro de Treinamento Jayme Navarro de Carvalho, sede da Sesport, em Vitória.
O ano de 2025 marcou sua estreia na seleção brasileira de conjunto, com a convocação para os treinamentos em Aracaju (SE) em janeiro. Os treinamentos foram focados principalmente no Mundial, além de outras competições de destaque no calendário internacional, como o Gymnasiade e o Pan-Americano.
No Pan-Americano Juvenil, realizado em maio, Amanda também subiu ao pódio três vezes com a seleção, conquistando ouro no geral e pratas no arco e nas maças.
Informações à Imprensa:
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Bruna Rodrigues / Rodolfo Mageste
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