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Esporte

Retrospectiva: 2023, ano de consolidação do futebol feminino

Colunista Noel Junior

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A sétima edição Copa do Mundo de futebol feminino, disputada na Austrália e na Nova Zelândia, deixou evidente a consolidação e o desenvolvimento da modalidade em muitos países. O principal reflexo disso foi a conquista do título inédito pela Espanha. As tetracampeãs dos Estados Unidos, eliminadas nas oitavas de final, ficaram de fora do top três pela primeira vez na história.

Ainda que a seleção espanhola exista desde 1980, esta foi a terceira participação do país em mundiais (obteve a classificação apenas em 2015 e em 2019). Foi na Copa da França que as espanholas foram além das oitavas de final. A virada do futebol de mulheres na Espanha começou em 2010, com investimento na base e na estrutura do esporte. Jorge Vilda, o técnico campeão, iniciou o trabalho na seleção principal em 2015, tendo antes passado pelas categorias de base da La Roja. Campeão sim, mas não unânime entre as jogadoras. Em 2022, 15 atletas, entre elas as premiadas Alexia Putellas e Aitana Bonmatí, pediram por meio de carta a demissão de Vilda. Assédio moral e reclamações sobre os métodos de trabalho teriam motivado o movimento das jogadoras. Ele permaneceu no cargo, mas a divisão no vestiário continuou.

Ao vencer o Mundial de 2023, a Espanha expôs, além de técnica e talento, o quanto ainda há de avanços necessários fora de campo. O beijo na boca não consentido do então presidente da Federação Espanhola de Futebol, Luís Rubiales, na atacante Jenni Hermoso desencadeou mais um movimento das jogadoras e da sociedade, uma vez que gerou debate público e posicionamento de autoridades.

Rubiales tentou se manter no cargo, mas não aguentou a pressão e renunciou ao cargo. O dirigente foi banido do futebol por três anos após decisão do Comitê Disciplinar da Fifa. Apoiador de Rubiales, Jorge Vilda foi demitido da seleção espanhola e agora comanda a seleção feminina do Marrocos.

A meio-campo Aitana Bonmatí confirmou seu brilho dentro de campo ao ser premiada como a melhor da Copa e posteriormente ganhar da Bola de Ouro. Também da Espanha, Salma Paralluelo foi considerada a melhor jogadora jovem. A Copa de 2023 também mostrou ao mundo os talentos da inglesa Mary Earps, premiada como melhor goleira, e da japonesa Hinata Miyazawa, artilheira da competição. Da América do Sul, a jovem colombiana de 18 anos Linda Caicedo ganhou os holofotes pelo gol mais bonito do Mundial em cima da Alemanha. Aliás, Caicedo, Bonmatí e Jenni Hermoso são as finalistas do Fifa The Best de 2023, que será revelado no dia 15 de janeiro.

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Seleção brasileira

O Brasil teve atuação muito abaixo do esperado no Mundial da Austrália e da Nova Zelândia. Sob comando da técnica sueca Pia Sundhage, a seleção foi eliminada na fase de grupos após ser derrotada por uma surpreendente Jamaica. Nas nove edições de Copa do Mundo de futebol feminino o Brasil só havia tido participação tão ruim nos torneios de 1991 e de 1995.

Sundhage, que havia sido contratada para liderar a seleção até os Jogos de Paris, foi demitida e teve o trabalho bastante questionado, embora tenha exercido papel importante no incentivo do desenvolvimento das categorias de base do Brasil.

Desde setembro, o técnico multicampeão pelo Corinthians Arthur Elias está à frente seleção feminina. Dos cinco amistosos do Brasil disputados com a assinatura de Elias, o Brasil venceu três (4 a 0 sobre a Nicarágua, 4 a 3 sobre o Japão e 1 a 0 sobre o Canadá). Além disso, a equipe canarinho perdeu de 2 a 0 para o Japão e 2 a 0 para o Canadá.

No Brasil, o futebol feminino em 2023 foi dominado pelo Corinthians. As Brabas do Timão foram campeãs da Copa do Brasil, do Campeonato Brasileiro, da Libertadores e do Paulistão. Com a saída de Arthur Elias, as corinthianas estão com novo técnico, Lucas Piccinato, que saiu do Internacional com o título do Gauchão e após cumprir campanha de destaque na Libertadores.

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A base vem forte

O calendário de 2023 do futebol feminino brasileiro foi fechado com a realização da primeira edição da Copinha Feminina. Realizada em São Paulo pela Federação Paulista de Futebol (FPF), o torneio contou com 16 equipes sub-20 de diferentes estados. O Flamengo fez história ao ser o campeão da primeira edição. O título saiu do clássico contra o Botafogo no estádio do Canindé.

Para 2024, a Federação Paulista planeja ampliar o torneio. “No momento estamos com oito estados, mas o objetivo para o ano que vem é aumentar o número de equipes, mas principalmente aumentar o número de estados. Nós queremos que o Brasil inteiro possa participar. Porque essa vai ser uma competição de fomento do futebol feminino”, disse a diretora de futebol feminino da FPF, Ana Lorena Marche, em participação no Copa Delas, videocast da TV Brasil.

Edição: Fábio Lisboa

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Esporte

Estudante autista da Serra é ouro no karatê dos Jogos Escolares

Redação Informe ES

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A medalha de ouro no karatê dos Jogos Escolares do Espírito Santo tem um brilho especial para Carlos Antonio Bianchini Mendes, de 14 anos. Embora não seja a primeira, a premiação conquistada no último sábado (28) é mais uma prova da diferença que o esporte tem feito na vida do adolescente. Estudante da Escola Municipal de Ensino Fundamental Irmã Dulce, no Parque Residencial Tubarão, Carlos é autista e começou a lutar por indicação de um de seus terapeutas, que também é professor da arte marcial. Agora, o estudante vai disputar os Jogos Nacionais em Uberlândia (MG), em outubro.

Com quase dois anos no esporte, ele vem conquistando medalhas em diversas competições dentro e fora do Estado. Nos Jogos Escolares, venceu disputando na mesma categoria de estudantes que não são neurodivergentes. “Essa medalha de ouro foi mais uma conquista da minha vida. Fiquei muito feliz. Quando acabou, eu não imaginava que tinha vencido. Ser um atleta é muito legal para mim. É saber que cada vitória é um passo no meu caminho”, conta. 

Mas a contribuição do karatê na vida do Carlos foi além de ensinar golpes e trazer medalhas. “Mudou bastante a minha vida. Nunca mais me senti o mesmo. Hoje estou muito melhor do que eu era antes”, admite o estudante. Um sentimento que é compartilhado pela mãe dele, a professora Fabíola Soares Bianchini. “Hoje eu vejo que ele está mais concentrado, presta mais atenção nas coisas e tem mais firmeza no corpo. Ele já fez futebol, muhay thai, mas no karatê ele se encontrou”, conta.
 
Fabíola revela que o filho chegou a sofrer um pré-infarto quando estava no 5º ano e faz todo o acompanhamento cardiológico, mas precisava de uma atividade física que se enquadrasse nas suas necessidades. E o karatê proporcionou isso. Foi o sensei da academia Team Aguiar, Márcio Stein, que indicou a arte marcial para o Carlos enquanto era o terapeuta ABA (em tradução livre Análise do Comportamento Aplicada – muito comum no suporte a pessoas com autismo) do estudante. “O esporte para mim também é terapia”, relata Fabíola.

Medalhas
Pouco depois de começar no esporte, Carlos se interessou pelos campeonatos e, a partir daí, conquistou as primeiras medalhas. “Ele pegou gosto pela competição e nós vamos apoiando. Foi muito importante ele ser incluído por meio da luta, já que na academia há alguns alunos que também têm autismo e isso fortalece os laços sociais dele”, conta a professora que atualmente está em busca de emprego e acompanha e apoia de perto a trajetória do filho.

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Apoio e inclusão, Carlos também encontrou na Emef Irmã Dulce, onde estuda desde março. Segundo Fabíola, ele tem interagido bem com os colegas e é acompanhado por uma professora da Educação Especial. “Ele foi muito bem-acolhido e conversamos sempre com a professora para exigir o melhor dele. Essa inclusão está sendo muito importante”, diz. 

Agora, Carlos e a mãe sonham com a chegada às seleções capixaba e brasileira da modalidade. Se depender da determinação dos dois, o sonho é perfeitamente possível e pode inspirar muita gente. Afinal, cada vitória do estudante nos tatames é um golpe no preconceito e um triunfo da inclusão.

Fonte: Secom-PMS Texto: Elton Lyrio – Foto: Arquivo Pessoal

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Esporte

Maratona de Vitória: prova de 42km já tem 90% das vagas preenchidas

Redação Informe ES

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Depois da Maratona do Rio, chegou a vez de Vitória dar a largada para sua principal corrida, a Maratona de Vitória 2025. As provas acontecem nos dias 30 e 31 de agosto pelas ruas da capital capixaba e devem reunir mais de sete mil competidores de várias partes do Brasil e do exterior. A edição conta ainda com maratoninha kids e um desafio em dose dupla para os atletas testarem seus limites: o Desafio Cidade de Vitória. As inscrições podem ser feitas no site www.maratonadevitoria.com.br. Corra para fazer a sua, pois a prova de 42km já tem 90% das vagas preenchidas.

Muito aguardada pelos adeptos da corrida de rua, a Maratona de Vitória já entrou para o calendário nacional se destacando pelo belo percurso, com trechos que alternam praias e montanhas em sua paisagem, neste caso o Mestre Álvaro. Em dois dias de prova, os competidores poderão escolher quatro percursos distintos, com 5km, 10km, 21km e 42km ou ainda encarar um desafio duplo, em trajetos de 5km + 21km ou de 10km + 42km.

A corrida de rua é uma prática que só cresce no mundo. E a Maratona de Vitória confirma isso. Ano passado reunimos cerca de cinco mil corredores e, além dos capixabas, a competição recebeu atletas de todos os Estados brasileiros e também de outros países“, destaca Bernardo Ramos, da Pace Eventos, organizadora da Maratona de Vitória.


Maratoninha de Vitória 2024. Crédito: Foco Radical.

Provas

No dia 30 de agosto (sábado), a largada acontece às 6h da manhã para os competidores da Corrida Orla de Vitória, nas categorias 5km e 10km, e para os que optarem pelo Desafio Cidade de Vitória. Nessa modalidade, o atleta escolhe percursos de 5km + 21km ou de 10km + 42km, a serem concluídos em dois dias de competição. Ainda no sábado, às 16h, acontece a Maratoninha de Vitória, com percursos de 50m a 400m para crianças e adolescentes de 4 a 14 anos.

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Já no dia 31 (domingo), acontecem as tradicionais Maratona de Vitória, com percurso de 42km e largada às 5h30, e Meia Maratona de Vitória, com 21km, saindo às 6h30. Todas as largadas acontecem na Rua Judite Maria Tovar Varejão, em frente ao Espaço Baleia Jubarte, próximo à Cruz do Papa, na Enseada do Suá.

Kits e premiação

O kit atleta contempla uma camisa, número de identificação, chip descartável e sacola para o kit. As datas de entrega serão 28, 29 e 30 de agosto das 10h às 18h, na tenda na Praça do Papa, na Enseada do Suá. Além da medalha, os corredores da categoria geral receberão troféus do 1º ao 5º colocados e, por faixa etária, os atletas receberão troféus do 1º ao 3º colocados. No Desafio Cidade de Vitória, os vencedores receberão também troféus do 1º ao 3º colocados.

As inscrições são limitadas e podem ser feitas em www.maratonadevitoria.com.br ou www.paceeventos.com.br. A competição é patrocinada pela Fortlev, com apoio da Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Sesport) e Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semesp), por meio da Lei de Incentivo ao Esporte Capixaba (LIEC).

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MODALIDADES

Maratona de Vitória (42km)

Dia 31 de agosto (domingo), largada às 5h30.

Meia Maratona de Vitória (21km)

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Dia 31 de agosto (domingo), largada às 6h30.

Corrida Orla de Vitória (10km)

Dia 30 de agosto (sábado), largada às 6h.

Corrida Orla de Vitória (5km)

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Dia 30 de agosto (sábado), largada às 6h.

Desafio Cidade de Vitória (5km + 21km ou 10km + 42km)

Dia 30 de agosto (sábado), largada às 6h.

Maratoninha de Vitória (distâncias de 50m a 400m)

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Dia 30 de agosto (sábado), largada às 16h para crianças e adolescentes de 4 a 14 anos (distâncias de 50m a 400m).

  • 4 anos: distância de 50m.
  • 5 e 6 anos: distância de 100m.
  • 7 e 8 anos: distância de 150m.
  • 9 e 10 anos: distância de 200m.
  • 11 e 12 anos: distância de 300m.
  • 13 e 14 anos: distância de 400m.

OBS: atletas das categorias “atletas com deficiência” e “60+” terão desconto de 50% no valor da inscrição no lote vigente.


Maratona de Vitória 2024. Crédito: Foco Radical.

Sobre a Maratona de Vitória

A Maratona de Vitória chega às ruas da capital capixaba para a sua nona edição. Inicialmente conhecida como “Meia Maratona”, a prova passou por uma transformação com a inclusão da distância de 42km e já está em sua quarta edição como a Maratona de Vitória. Em 2024 reuniu cerca de cinco mil corredores, entre corredores capixabas e atletas de 22 Estados brasileiros e também de outros países, como Alemanha, China, Estados Unidos, Paraguai, Peru e Portugal.

A competição é patrocinada pela Fortlev, com apoio da Secretaria de Estado de Esportes e Lazer (Sesport) e Secretaria Municipal de Esportes e Lazer (Semesp), por meio da Lei de Incentivo ao Esporte Capixaba (LIEC).

SERVIÇO

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Maratona de Vitória 2025

Atendimento à Imprensa:

Por: Assessoria – L4 Comunicação

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Esporte

Com capixaba, Brasil conquista medalhas inéditas no Mundial de ginástica rítmica

Redação Informe ES

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A ginástica rítmica do Brasil fez história mais uma vez, com a capixaba Amanda Manente na seleção. Pela primeira vez, o Brasil subiu ao pódio em um Campeonato Mundial da modalidade. No sábado (21), o conjunto juvenil conquistou a medalha de prata no geral e, nesse domingo (22), repetiu o feito na prova dos cinco arcos.

A competição aconteceu em Sófia, na Bulgária.  Na soma das séries mista e simples, o conjunto comandado pela treinadora também capixaba Juliana Coradine obteve 48.900 pontos. O ouro ficou com as anfitriãs da Bulgária, que fizeram 49.900 pontos, enquanto a Ucrânia ficou com o bronze ao somar 48.400.  

Além da medalha, o Brasil ainda foi reconhecido com um prêmio especial concedido pelo Comitê Técnico da FIG: a Seleção Brasileira Juvenil foi eleita o conjunto mais sincronizado da competição.

Já na prova dos cinco arcos, o Brasil somou 25.350 pontos e ficou novamente atrás da Bulgária, que obteve 26.600. O terceiro lugar ficou com a Estônia e Itália, ambas somaram 25.100.

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Além de Amanda Manente, o conjunto é formado por Andriely Leticia Cichovicz, Julia Anny Colere da Cruz, Alice Neves de Medeiros e Clara Beatriz Pereira Vaz.

Amanda Manente, de apenas 13 anos, deu seus primeiros passos na ginástica rítmica pelo projeto Campeões de Futuro, iniciativa da Secretaria de Esportes e Lazer (Sesport) que revela talentos no Espírito Santo. A jovem também treina no Ginásio de Ginástica do Centro de Treinamento Jayme Navarro de Carvalho, sede da Sesport, em Vitória.

O ano de 2025 marcou sua estreia na seleção brasileira de conjunto, com a convocação para os treinamentos em Aracaju (SE) em janeiro. Os treinamentos foram focados principalmente no Mundial, além de outras competições de destaque no calendário internacional, como o Gymnasiade e o Pan-Americano.

No Pan-Americano Juvenil, realizado em maio, Amanda também subiu ao pódio três vezes com a seleção, conquistando ouro no geral e pratas no arco e nas maças.

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Informações à Imprensa:
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Bruna Rodrigues / Rodolfo Mageste
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