Negócios
6 ferramentas secretas para controlar o estresse no trabalho
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
No Brasil, 30% dos profissionais sofrem com o burnout, segundo a ANAMT (Associação Nacional de Medicina do Trabalho). Sobrecarregadas pelo estresse no trabalho, incapacidade de se concentrar e falta de sono, as pessoas enfrentam problemas de saúde mental em proporções epidêmicas.
Parte dessa tensão vem de fatores externos que não podemos controlar, como questões sociais e econômicas, preocupações com recessão, mudanças climáticas ou a incerteza do futuro político do país. Mas muitos de nós também contribuímos para o nosso estresse no trabalho sem nem perceber. Tiramos conclusões e inventamos histórias sem evidências, o que prejudica desnecessariamente nossa saúde mental e a relação com as pessoas.
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Não podemos controlar a maioria dos problemas nacionais e globais, mas é possível aplicar algumas ferramentas para manter a calma e o equilíbrio quando o estresse nos sobrecarrega. Confira algumas das estratégias que podem ajudar a manter a saúde mental no trabalho:
Regra dos 90 segundos
Da próxima vez que se sentir estressado ou ansioso, olhe para o ponteiro dos segundos de um relógio. Assim que você olhar, estará observando a si mesmo tendo uma reação fisiológica em vez de se envolver nela. Leva menos de 90 segundos para se sentir melhor.
Toda vez que você pensa em alguém que te prejudicou há 20 anos, isso também pode acionar esse circuito. A regra dos 90 segundos é usada para educar o público sobre como funciona o circuito da raiva. Quando as coisas estão esquentando e você está ficando irritado, olhe para o seu relógio. Você notará que leva 90 segundos para se sentir melhor.
Ferramenta 10-10-10
Essa ferramenta ajuda você a evitar reações impulsivas e a considerar as consequências de longo prazo das situações estressantes em vez de focar apenas no curto prazo. Considere que o estresse é apenas temporário, então antes de perder a calma, pergunte-se: Como você se sentirá sobre sua reação em 10 minutos, 10 meses e 10 anos?
As reações de estresse muitas vezes dominam no curto prazo de 10 minutos porque seu cérebro emocional sobrecarrega seu cérebro racional, o que te tira do ar. Quando você considera 10 meses e 10 anos, começa a ter mais acesso ao seu “cérebro pensante”, que lhe dá uma visão mais clara de que o estresse é temporário e vai passar.
Regra 3-3-3
Um: Ouça por um minuto. Preste atenção a três sons que você escuta ao seu redor. Com os olhos fechados, você pode ouvir ruídos ambientes, como um trovão, o som do trânsito ou vozes distantes, ou o som imediato de um ar-condicionado ou do seu próprio estômago.
Dois: Observe por um minuto. Nomeie três objetos que você pode ver ao seu redor. Tire um tempo para notar suas formas, cores e quaisquer outros detalhes.
Três: Toque por um minuto. Note três objetos que você pode tocar e perceba como cada um deles entra em contato com a sua pele. Você pode passar a mão sobre a cadeira na sua estação de trabalho, em objetos na sua mesa ou na tela que está olhando. Observe se a textura de cada objeto é lisa ou áspera, quente ou fria, pesada ou leve.
Triple-A (Três As)
O primeiro passo nessa regra é a consciência (awareness, em inglês) de que você está em um estado de preocupação, raiva ou frustração.
O segundo passo é permitir (allow) o sentimento desagradável, em vez de afastá-lo, ignorá-lo ou atropelá-lo. Você pode tentar mantê-lo à distância e observá-lo imparcialmente como uma parte separada de você. Pense nisso como você pensaria ao observar uma mancha na sua mão e ficar curioso sobre de onde ela veio.
O terceiro passo é reconhecer (acknowledge) o sentimento. Esse simples reconhecimento relaxa sua reação em situações sobre as quais você não tem controle.
A ferramenta dos Três As permite que você enfrente a dificuldade com mais clareza e facilidade. Uma vez que você desenvolve a habilidade de se separar do sentimento, percebe que não precisa reagir toda vez que se sentir provocado.
Respiração em caixa
Esta prática pode te acalmar rapidamente quando você é repentinamente atingido por uma situação ansiosa ou estressante. Ela ativa sua resposta de descanso e digestão (ou sistema nervoso parassimpático) e atenua sua resposta de luta ou fuga (ou sistema nervoso simpático).
É difícil manter o estresse e relaxar ao mesmo tempo. Você não pode estar tão estressado quando respira profundamente, porque o oxigênio extra que você recebe em sua corrente sanguínea desacelera tudo, diminuindo seu estresse.
Para colocar a técnica em prática, respire profundamente pelo nariz contando até quatro. Depois, segure a respiração, mantendo os pulmões cheios, por quatro segundos. Expire lentamente por quatro segundos. Por fim, mantenha os pulmões vazios por quatro segundos. Repita o exercício mais três vezes, totalizando quatro respirações.
Proporção três-para-um
O cérebro é programado para se concentrar em ameaças, manter o foco no problema e te prender em um limbo de negatividade, o que pode afastar possíveis soluções. Portanto, são necessários três pensamentos positivos para compensar um pensamento negativo. Quando a negatividade é deixada por conta própria, você fica mais propenso a armazenar uma memória estressante do que uma positiva após apenas um episódio.
Pesquisas mostram que para cada experiência negativa e estressante que você vive, é necessário experimentar pelo menos três experiências positivas. Cada vez que você tiver um pensamento negativo causado pelo estresse no trabalho, afaste-se, pense no todo e nomeie três experiências positivas.
Reafirme seus talentos e capacidades que compensam o que falta. Lembre-se dos sucessos da sua carreira e por que você está neste trabalho em primeiro lugar. Conhecida pelos cientistas como o efeito de ampliação e construção, essa estratégia expande sua visão de mundo para que você possa assimilar mais possibilidades e soluções do que problemas.
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*Bryan Robinson é colaborador da Forbes. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.
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Inventor da Dinamite Salvou Sua Reputação Ao Criar o Prêmio Nobel
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Em algum momento, a maioria das pessoas se pergunta como será lembrada. Alfred Nobel foi um dos poucos indivíduos que realmente descobriu o que o mundo pensaria sobre ele após sua morte (isso aconteceu há mais de 100 anos, antes de você poder buscar seu nome no Google). E isso mudou a sua vida, sua reputação e seu legado.
Nobel foi um químico, engenheiro e fabricante de armamentos sueco que possuía 350 patentes – entre elas, a mais famosa era a dinamite.
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Em 1888, o irmão de Alfred, Ludvig, faleceu enquanto visitava a França, e um jornal francês, por engano, publicou o obituário de Alfred. O jornal informou: “Dr. Alfred Nobel, que ficou rico ao encontrar maneiras de matar mais pessoas mais rápido do que nunca, morreu ontem.” Ele ficou marcado pela invenção da dinamite, e a manchete dizia: “Le marchand de la mort est mort.” (“O mercador da morte está morto.”)
Isso perturbou Alfred e o fez refletir sobre como seria lembrado. “O mercador da morte” não era o legado que ele desejava. Então, em 27 de novembro de 1895, no Clube Sueco-Norueguês em Paris, Nobel assinou seu último testamento, destinando a maior parte da sua fortuna – que hoje seria o equivalente a cerca de US$ 1 bilhão – para a criação dos Prêmios Nobel.
Eles seriam concedidos anualmente àqueles “que, durante o ano anterior, tivessem conferido o maior benefício à humanidade” nas áreas de medicina, química, física, literatura e paz. Em 1968, foi adicionado o prêmio de ciências econômicas.
Alfred Nobel morreu de acidente vascular cerebral pouco mais de um ano após assinar seu testamento. A tentativa de salvar a sua reputação foi um sucesso.
Nesta época do ano, os seis prêmios Nobel já foram concedidos. Vale a pena refletir: sabemos quem são essas grandes figuras premiadas e quais são suas conquistas?
Por outro lado, dificilmente nos esquecemos dos nomes daqueles que geram desordem, alimentam o caos e os problemas do mundo. A maior conquista dos líderes será transformar essa realidade.
*Eli Amdur é colaborador da Forbes US. Ele é um jornalista com mais de 50 anos de experiência, já escreveu mais de 2.000 artigos sobre mercado de trabalho, ambiente corporativo e liderança e fundou uma empresa de consultoria de carreira.
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Futuro do Trabalho: 20 tendências que vão mudar nossa realidade em 2025
A sociedade e a tecnologia estão avançando em um ritmo mais acelerado do que os profissionais e as empresas conseguem acompanhar. Com o impulso da inteligência artificial, até 2050 vamos evoluir 100 anos a cada 5, prevê Ian Beacraft, CEO e Chief Futurist da Signal and Cipher. Segundo o futurista, as organizações estão migrando de um modelo tradicional centrado no ser humano para uma orquestração de funções baseadas em três pilares interconectados: capacidades humanas, sistemas de IA e ferramentas de automação. “Essa evolução exige uma reimaginação fundamental de como o trabalho é estruturado, distribuído e avaliado.”
A avalanche de novidades tecnológicas empurra o mercado para um cenário em que todo profissional e qualquer empresa devem aproveitar as novas ferramentas disponíveis – isso se quiserem permanecer relevantes e liderar a mudança. “Se você não sabe o que está em alta e não se educa continuamente, você está ficando para trás”, afirma Gorick Ng, consultor de carreira de Harvard e autor do best-seller “The Unspoken Rules”. O gap entre profissionais que começam a testar as ferramentas agora e os que já são “fluentes” nas novas tecnologias vai ser determinante.
Mas o profissional que se destaca em um futuro ainda incerto não é aquele que segue todas as tendências cegamente. “Não é porque a IA é o tema do momento que você vai se demitir e criar uma startup de IA”, diz Gorick. Mas o letramento tecnológico é, de fato, uma das habilidades mais relevantes para se ter sucesso, segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial. “Isso não quer dizer que a gente vai ter que aprender a programar, mas sim ter um repertório para tornar nossas rotinas, times e empresas mais produtivos”, diz Michelle Schneider, professora da Singularity, LInkedIn Top Voice e autora do livro “O Profissional do Futuro”.
Nesse cenário em constante transformação, adaptabilidade é a palavra da vez. Ainda segundo o Fórum Econômico Mundial, com apoio da Fundação Dom Cabral, 23% das profissões devem se modificar até 2027. Graças à inteligência artificial, executivos acreditam que metade das competências da força de trabalho hoje não serão relevantes em 2025, mostra outro estudo do ano passado.
Não sabemos exatamente como será o futuro do trabalho, mas uma coisa é certa: vai exigir educação contínua e o desenvolvimento de novas e multi-habilidades. O profissional do futuro não apenas sabe usar as novas tecnologias, mas equilibra suas habilidades técnicas com as famosas soft skills, as competências emocionais. “Dominar novas tecnologias, como IA generativa, será essencial, mas isso deve vir acompanhado de capacidades críticas como resolução de problemas complexos, criatividade, comunicação e inteligência emocional”, afirma Fernanda Mayol, sócia da consultoria McKinsey.
Empresas que quiserem atrair e reter talentos – especialmente os jovens da Geração Z, que se demitem em ritmo recorde no Brasil e já serão 25% da força de trabalho global em 2025 – devem oferecer oportunidades de (re)capacitação. “As empresas apostam no reskilling de seus profissionais antes de focar em contratações”, afirma Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work.
E não apenas isso: vão precisar ouvir seus funcionários no que parece ser uma briga sem fim pela definição do modelo de trabalho. No Brasil, mais de 50% dos profissionais que trabalham presencialmente gostariam de migrar para o híbrido ou remoto, segundo pesquisa da Deel. Mas a realidade é outra: 51% das empresas operam em regime totalmente presencial. “Se, no início do ano, o híbrido era visto como o ‘novo normal’, movimentos como o da Amazon [que exigiu o retorno ao presencial cinco dias na semana], mostram que o futuro do trabalho ainda está em debate”, analisa Mayol.
Abaixo, reunimos estudos, análises e previsões de grandes líderes e futuristas e destacamos 20 tendências que vão definir os caminhos de empresas e profissionais em 2025 e nos próximos anos.
1. Não seremos substituídos pela IA, e sim por quem souber usá-la melhor
Essa frase tem ecoado nas principais conferências de tecnologia e inovação, destacando a importância do que Ian Beacraft, CEO e Chief Futurist da Signal and Cipher, chama de “domínio intuitivo da IA”. “O desenvolvimento da ‘intuição para IA’ será fundamental para profissionais de alto desempenho”, afirma. Ele compara esse processo à sensação quase inconsciente de dirigir um carro; à medida que os usuários se tornam mais experientes, desenvolvem um senso intuitivo para as capacidades, limitações e melhores aplicações da ferramenta. “O gap entre os usuários avançados de IA e os adotantes casuais está começando a remodelar trajetórias de carreira e dinâmicas de equipes.”
A ascensão da IA também levanta preocupações sobre a ampliação das desigualdades. “Não podemos romantizar a IA enquanto ela for acessível apenas a um grupo privilegiado de pessoas”, alerta Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work. “Para outra parte dos profissionais, ela representa um risco de aprofundamento das desigualdades e do desemprego.”
2. O profissional do futuro é multi-habilidades
Adaptabilidade é a palavra da vez. Dada a velocidade das transformações do mercado e a necessidade de aprendizado constante, o profissional que terá sucesso será aquele que souber mesclar habilidades técnicas com as famosas soft skills, competências socioemocionais. “Dominar novas tecnologias, como IA generativa, será essencial, mas isso deve vir acompanhado de capacidades críticas como resolução de problemas complexos, criatividade, comunicação e inteligência emocional”, afirma Fernanda Mayol, sócia da McKinsey.
3. Letramento tecnológico é obrigatório
Ouvimos empresários e futuristas afirmarem que todo profissional vai precisar se tornar um profissional de tecnologia. “Houve um tempo em que todos pensavam que a programação seria a habilidade do futuro, mas não é”, afirma Gorick Ng, consultor de carreira de Harvard e autor best-seller. Mas o letramento tecnológico é, de fato, uma das habilidades mais relevantes para se ter sucesso no futuro do trabalho, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial. “Não vamos ter que aprender a programar, mas sim ter um repertório para tornar nossas rotinas, times e empresas mais produtivos”, diz Michelle Schneider, professora da Singularity, LinkedIn Top Voice e autora do livro “O Profissional do Futuro”.
4. Reskilling constante
Segundo uma pesquisa da McKinsey, em até cinco anos, quase 90% das empresas vão enfrentar escassez de habilidades relevantes na sua força de trabalho – especialmente em análise de dados, TI e gerenciamento de pessoas. Executivos afirmam que o reskilling – o processo de treinar ou requalificar um profissional para que ele adquira novas habilidades – é a melhor maneira de fechar essa lacuna. Organizações que oferecem oportunidades robustas de aprendizado atrairão os melhores talentos. “As empresas apostam no reskilling de seus profissionais antes de focar em contratações. Afinal, quase o mercado inteiro enxerga o gap”, observa Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work.
5. Poder nas mãos dos profissionais
As decisões de carreira estão cada vez mais sob o controle dos próprios profissionais, indo além das capacitações oferecidas pelas empresas. “Ser um profissional do futuro só cabe a cada um de nós e às nossas decisões”, diz a professora e autora Michelle Schneider. Adaptabilidade e aprendizado contínuo são essenciais para o sucesso, mas com uma ressalva importante. “Os profissionais mais bem-sucedidos não seguem cegamente as tendências. Eles as acompanham para distinguir entre o que é uma moda passageira e o que veio para ficar”, destaca Gorick Ng, consultor de carreira em Harvard e autor best-seller.
6. A queda de braço entre remoto e presencial continua
Em 2024, grandes empresas como a Amazon exigiram que seus funcionários retornassem ao escritório cinco dias por semana. Segundo a pesquisa OrgBRtrends, da McKinsey, mais de 90% das organizações adotaram modelos híbridos desde a pandemia. “Se, no início do ano, o híbrido era considerado o ‘novo normal’, movimentos como o da Amazon mostram que o futuro do trabalho ainda está em debate e evolução”, afirma Fernanda Mayol, sócia da consultoria.
Um levantamento realizado pela Deel com a Opinion Box, em outubro, mostra que 59% dos líderes de RH acreditam que o modelo híbrido é o mais eficiente, seguido pelo presencial (35%). No entanto, o cenário atual revela uma inversão: 51% das empresas operam totalmente presencialmente, enquanto 45% adotam o formato híbrido. Além disso, mais de 40% dos funcionários relatam que suas empresas ainda não decidiram se haverá mudanças no formato de trabalho em 2025, enquanto 11% preveem alterações. “Há um descasamento de expectativas: enquanto as organizações buscam modelos mais presenciais, os funcionários valorizam o trabalho remoto”, observa Fernanda Mayol, sócia da McKinsey.
Esse descompasso pode custar caro às empresas. Outra pesquisa recente da Deel aponta que 54% dos profissionais que trabalham presencialmente no Brasil gostariam de migrar para o modelo híbrido ou remoto. Para muitos, a flexibilidade é tão – ou até mais – importante quanto a remuneração. “Nos próximos dois a três anos, veremos empresas decididas e consolidadas em modelos totalmente remotos ou totalmente presenciais”, observa Sylvia Hartmann, CEO e fundadora da Remota, startup especializada em trabalho híbrido e remoto.
7. Híbrido em segredo
Com as políticas de retorno ao escritório, o “hushed hybrid”, ou híbrido silencioso, surge como uma tendência em que gestores flexibilizam, de forma informal – ou em segredo –, o trabalho remoto para suas equipes. Esse termo descreve um movimento crescente de líderes que, ao invés de aplicarem rigidamente as políticas corporativas de retorno ao presencial, ajustam as regras para atender às preferências de seus times e reter talentos.
8. Vamos precisar redesenhar o trabalho
Seja qual for o modelo de trabalho adotado ou as tecnologias utilizadas, será essencial reavaliar métricas de produtividade e repensar as formas de trabalhar. Segundo Ian Beacraft, as organizações estão migrando de um modelo tradicional centrado no ser humano para uma orquestração de funções baseadas em três pilares interconectados: capacidades humanas, sistemas de IA e ferramentas de automação. “Essa evolução exige uma reimaginação fundamental de como o trabalho é estruturado, distribuído e avaliado.”
A tecnologia, por si só, não cria valor, destaca Fernanda Mayol, da McKinsey. “As empresas líderes são aquelas que estão focadas em reimaginar fluxos de trabalho inteiros com o uso de IA generativa e IA analítica, em vez de apenas integrar essas ferramentas às práticas atuais de trabalho.”
9. Geração Z vai ser ¼ da força de trabalho global
Segundo um relatório da McKinsey, em 2025 a Geração Z vai representar 25% da força de trabalho global. Com base nas tendências atuais, um em cada dez gestores será Gen Z no próximo ano, aponta o Glassdoor com dados dos EUA. No Brasil, essa geração está deixando o mercado de trabalho em nível recorde, para mudar de carreira ou empreender. Um levantamento da FGV mostra que, de cada 100 pedidos de demissão feitos em 2024, 30 foram de jovens entre 18 e 24 anos. “A Geração Z é também a mais propensa a tirar licenças de saúde mental, sinalizando a urgência de políticas de bem-estar nas empresas”, afirma Cristiano Soares, country manager da Deel no Brasil.
Lidar com esses jovens é um desafio para quase 70% dos profissionais hoje. Para Letícia Pavim, fundadora da Rede Pavim, empresa especializada em treinar a Geração Z por meio de palestras e programas de desenvolvimento, construir uma relação harmoniosa no ambiente de trabalho multigeracional exige esforço de todos os lados. “A Geração Z está frustrada com o mercado de trabalho, trazendo questões como a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional e o desejo de sentir que suas ações realmente fazem a diferença.”
10. Diploma perde relevância
Nas últimas décadas, ter o diploma de uma universidade de elite no currículo era visto quase como a garantia de uma carreira de sucesso. No entanto, esse cenário já mudou. Pesquisadores da empresa de tecnologia Zoho descobriram que não há correlação entre seus melhores funcionários e as instituições onde estudaram. “As empresas estão cada vez mais priorizando habilidades sobre credenciais tradicionais, o que amplia as oportunidades para grupos historicamente sub-representados”, afirma Cristiano Soares, country manager da Deel. O descompasso entre a escassez de talentos especializados e a crescente demanda por profissionais no setor de tecnologia levou a empresa brasileira Indicium a criar um programa de formação em dados, com o objetivo de capacitar profissionais e prepará-los para ingressar na companhia.
11. Profissionais são contratados “as a service”
Cada vez mais profissionais gabaritados aderem a um modelo de trabalho sob demanda. Esse mercado “open talent” está em crescimento e deve passar de R$ 6 bilhões até 2032, segundo relatório da empresa de pesquisa Future Market Insights, com a alta demanda por profissionais seniores por tempo determinado ou para tocar projetos específicos. “Não trabalharemos de forma tão rígida pela descrição de um cargo”, afirma Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work. Essa tendência será especialmente relevante em áreas com escassez de habilidades, como saúde, IA e cibersegurança.
A era da gig economy é impulsionada pelo desaparecimento do conceito de “emprego para a vida toda” e pela busca por flexibilidade. Chamada pela Geração Z de polywork, a tendência crescente de gerenciar vários empregos em busca de segurança financeira ou complemento da renda traz sensação de autonomia, mas pode levar ao esgotamento. No Brasil, 60% dos profissionais têm dois ou mais trabalhos, segundo uma pesquisa da Hostinger, empresa de hospedagem de sites, realizada entre agosto e setembro de 2024 nas principais capitais do país.
12. Profissões em alta
Um estudo do PageGroup lista 37 profissões em alta para 2025 e seus respectivos salários. Entre elas, se destacam as áreas de saúde, tecnologia, finanças, agronegócio, marketing e vendas, com salários que chegam a R$ 80 mil. “As empresas tendem a investir na contratação de profissionais que sejam capazes de implementar estratégias para automatizar processos e trazer ganhos de produtividade e redução de despesas”, explica Lucas Toledo, diretor executivo da Michael Page, uma das divisões do PageGroup, no Brasil.
13. Benefícios fora da caixa
O número de pessoas que pediram demissão bateu recorde em 2024, e a maior parte é da Geração Z. Para atrair e reter esses talentos, especialmente os mais jovens, as empresas vão precisar ser criativas. “Só seguro de saúde e Gympass [hoje WellHub] não colam mais. A empresa vai precisar investir em pertencimento”, diz Marina Vaz, CEO e fundadora da Scooto, startup de serviços de experiência com o cliente e atendimento remoto. A trend do CLT Premium bombou em 2024 e deve permanecer em alta, com a valorização de “benefícios fora da caixa”, como massagem no escritório, festas e short friday. Especialistas de RH apontam que a tendência é permitir que os funcionários escolham a cesta de benefícios de acordo com o que cada um entende como prioridade.
14. Demissão por vingança
Especialistas nos EUA afirmam que a tendência do “revenge quitting” (demissão de vingança) deve se intensificar em 2025. Profissionais estão deixando seus empregos abruptamente como resposta a experiências negativas na empresa, como falta de reconhecimento, esgotamento, desengajamento com a cultura organizacional ou mudanças no modelo de trabalho.
15. Escalada da IA
Em 2023, o mundo foi apresentado à inteligência artificial generativa, e em 2024 começou a explorá-la, colhendo ganhos em produtividade e eficiência. Segundo a mais recente pesquisa global da McKinsey sobre IA, 65% dos entrevistados afirmaram que suas organizações já utilizam IA generativa regularmente, quase o dobro do registrado na pesquisa anterior, realizada apenas dez meses antes. “Embora em 2024 apenas 3% das empresas estejam em uma fase madura de adoção da IA, o próximo ano promete uma escalada. Esse movimento vai criar um grande gap entre as organizações que ainda nem começaram a implementar essa tecnologia”, afirma Michelle Schneider.
16. Sua entrevista de emprego vai ser com uma IA
A inteligência artificial já faz parte dos processos de recursos humanos em grandes empresas, entregando resultados expressivos em otimização e eficiência. A tecnologia está revolucionando áreas como recrutamento, gestão de desempenho, engajamento de colaboradores e desenvolvimento de talentos. À medida que a IA assume tarefas repetitivas, os profissionais de RH ganham espaço para focar em atividades estratégicas e criativas. O grande desafio agora é encontrar o equilíbrio entre a eficiência tecnológica e o toque humano na gestão de pessoas. Departamentos de RH bem-sucedidos usarão a IA como uma ferramenta para aprimorar, e não substituir, o julgamento e a empatia humanos. Para os profissionais, é importante considerar que seus currículos, portfólios e até entrevistas podem ser analisados por robôs. Isso exige uma preparação direcionada para se destacar em processos seletivos cada vez mais influenciados pela tecnologia.
17. Decisões ainda estarão nas mãos das pessoas
Além de dominar tanto habilidades técnicas quanto sociais, o profissional do futuro entende o valor das conexões humanas. “Embora a IA seja o assunto do momento, não é ela que decide se você será contratado ou promovido – são as pessoas”, afirma Gorick Ng. Os profissionais mais bem-sucedidos reconhecem essa realidade e investem em networking e na construção de relacionamentos para abrir portas e acessar oportunidades. “Aqueles que dependem exclusivamente da IA para se candidatar a empregos terão uma surpresa ao perceber que todos os outros estão utilizando as mesmas ferramentas – e obtendo os mesmos resultados.”
18. Tecnologia vai além da IA
Não à toa, a IA ganhou os holofotes nos últimos anos. Mas a futurista e CEO do Future Today Institute, Amy Webb, destaca outras duas tecnologias menos conhecidas – sensores avançados e biotecnologia – que também estão mudando o cenário dos negócios. “Líderes que se concentram apenas na IA, sem entender suas interseções com essas outras tecnologias, correm o risco de perder uma onda de disrupção que já está se formando”, escreveu Webb na sua newsletter.
19. Trabalho online imersivo
Em 2025, o conceito de “fora do escritório” será redefinido por meio de plataformas online imersivas. Esses ambientes, que integram realidade virtual e aumentada permitem colaboração contínua, independentemente da localização física. “Não é bem como o metaverso, mas é um ambiente de trabalho virtual. Algumas empresas já estão usando para onboarding à distância, de pessoas que moram em outras cidades”, diz Sylvia Hartmann, CEO e fundadora da Remota, startup especializada em trabalho híbrido e remoto. Um exemplo é o Roam Virtual Office, um software de escritório virtual projetado para melhorar a comunicação entre os funcionários.
20. Funcionários são os novos influencers
Profissionais de diferentes áreas estão assumindo o protagonismo nas redes sociais das suas empresas – participando de vídeos de “look do dia” e conteúdos mostrando um dia de trabalho. A mais nova tendência é conhecida como EGC, sigla em inglês para conteúdo gerado por funcionários. Antes limitado a redes profissionais como o LinkedIn, o EGC agora está no feed do Instagram, TikTok e YouTube e pode ajudar a criar confiança e promover conexão com o público.
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Embrapa Abre 1.027 Vagas por Meio de Concurso
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Estão abertas as inscrições para o Concurso Embrapa 2024, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. O concurso é nacional e as provas objetivas e discursivas estão previstas para o dia 23 de março de 2025, em todas as capitais e nos municípios com unidades da Embrapa. A entidade tem 43 unidades. O último concurso da Embrapa ocorreu há 15 anos.
Outras informações e as inscrições estão no site do Cebraspe, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos, que é a banca organizadora. São 1.027 vagas divididas entre cargos de assistente, técnico, analista e pesquisador.
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“Temos a satisfação de anunciar este novo concurso público, uma oportunidade que permitirá a entrada de novos talentos na nossa empresa”, diz Silvia Massruhá, presidente da Embrapa. “Escolher os cargos e áreas é um exercício complexo em uma empresa da nossa dimensão, que atua em uma diversidade tão grande de frentes, da pesquisa em açaí ao melhoramento genético de zebu. Foi necessário um planejamento criterioso para equilibrar as demandas estratégicas e garantir que o processo contribua para a continuidade da inovação e do impacto positivo que buscamos gerar em cada setor”.
As vagas são distribuídas em 189 áreas e subáreas de atuação, chamadas de “opções”. Elas foram definidas para atender às demandas estratégicas da Empresa, integrando competências humanas, tendências científicas e necessidades sociais. Os candidatos podem ser convocados para qualquer unidade da Embrapa com vagas disponíveis na opção escolhida. As faixas salariais iniciais são para pesquisador (R$ 12.814,61), analista (R$ 10.921,33), técnico (R$ 5.556,81) e assistente (R$ 2.186,19).
O concurso, como manda a lei, destina 20% de cota por cargo para pessoas pretas ou pardas (PPP) e 10% das vagas totais do concurso para pessoas com deficiência (PCD), ou seja, 719 vagas serão para ampla concorrência, 205 vagas para PPP e 103 vagas para PcD.
Haverá seleção para todas as carreiras da Embrapa: pesquisador, cuja formação mínima exigida neste concurso é mestrado; analista, com exigência de curso superior; técnico, com exigência de nível médio; e assistente, com nível fundamental incompleto. Os cargos terão etapas específicas de seleção. A demanda é por talentos em áreas já consolidadas na Embrapa, como advocacia, desenvolvimento humano, entomologia, recursos florestais, transferência de tecnologia, pedologia, melhoramento genético, entre várias outras.
Outras, porém, são demandas que surgiram ou ganharam mais evidência ao longo da última década, representando competências importantes para a empresa. Alguns exemplos são: biologia sintética e ciências ômicas, ciência de dados, instrumentação em fotônica, nanotecnologia, inovação social e governança sustentável (ESG).
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