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Alta Performance sem Burnout: Como Líderes Podem Unir Saúde, Longevidade e Resultados

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Todos estão atrás de alta performance sem burnout. Mas raramente o termo longevidade aparece nessa conversa. A maioria dos líderes está ocupada demais conciliando prazos, compromissos e deslocamentos para pensar em como as escolhas de hoje moldam a capacidade de amanhã.

Avinish Reddy, CEO da Elevated Medical, empresa que oferece programas de saúde e performance integrados, combina o tema da longevidade com o da alta performance no trabalho. Além de saúde, ele fala sobre o que significa liderar, construir e criar a partir de um lugar de longevidade — em que mente, corpo e relacionamentos funcionam em sintonia.

Dados são poder, mas só se estiverem a seu serviço

O trabalho de Reddy começa com precisão: dispositivos vestíveis, exames laboratoriais e linhas de base que mapeiam como seu corpo se recupera, dorme e performa. Mas ele faz questão de destacar que os números são apenas um ponto de partida. “Os dados só têm valor com a mentalidade que você aplica a eles.”

A pesquisa confirma isso. Dispositivos vestíveis já mostraram aumentar os níveis de atividade em diferentes populações, mas, sem mudanças de comportamento integradas, eles não geram transformações significativas — e às vezes levam até a menos perda de peso em comparação com programas tradicionais de coaching. Os dados são o mapa; seus hábitos são a jornada.

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Mentalidade acima da intensidade

Em uma cultura viciada em resultados rápidos e intensidade, Reddy traz o foco de volta para o que realmente funciona: a consistência se multiplica com o tempo.

A ciência comportamental mostra que leva em média cerca de 66 dias para que um hábito se consolide. Combine isso com as pesquisas crescentes sobre sono — noites crônicas de seis horas criam déficits cognitivos comparáveis à privação total de sono — e você começa a entender por que a base importa mais do que os “atalhos”. Na verdade, estruturas simples ajudam a cultivar mentalidades de longevidade capazes de transformar décadas de hábitos. “O progresso incremental é a chave para a longevidade”, diz Reddy.

Saúde não é um esporte individual

Vínculos sociais fortes podem aumentar as chances de sobrevivência em até 50%, enquanto o isolamento traz riscos de saúde equivalentes a fumar 15 cigarros por dia. Isso muda a forma de pensar sobre o que significa “performar”. Não se trata apenas do seu VO₂ máximo ou da sua glicose em jejum — mas das pessoas com quem você constrói, dos colegas que cobram sua responsabilidade, da comunidade que o sustenta quando a vida sai do eixo.

Geração Z, Millennials e a força de trabalho do futuro

A mudança geracional é inegável. Os Millennials e a Geração Z não estão mais pedindo equilíbrio; estão exigindo. Um relatório da Deloitte de 2025 mostra que propósito, flexibilidade e saúde mental são inegociáveis. Já dados da Gallup contam outra história: um em cada cinco profissionais relata sentir solidão todos os dias, uma estatística que pesa ainda mais em ambientes remotos e híbridos.

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Reddy enxerga isso não como um desafio, mas como uma oportunidade. “Quando desenhamos sistemas de saúde que honram tanto a performance quanto a humanidade, criamos forças de trabalho capazes de sustentar a excelência.” Organizações que acertarem nesse ponto não apenas vão reter talentos; elas vão desbloquear um novo nível de performance coletiva.

Liderança começa com a sua própria saúde

O estado do seu corpo e da sua mente aparece em cada reunião, cada apresentação e cada negociação. E os dados deixam isso claro. Líderes que operam no limite são percebidos como menos carismáticos, menos eficazes e menos confiáveis. “Autocuidado não é indulgência. É prontidão operacional. Você não consegue liderar em escala se estiver liderando a partir da exaustão”, diz Reddy.

Programas de bem-estar: além da aparência

O espaço corporativo de bem-estar foi inundado por modismos e ferramentas chamativas — mas poucas empresas fazem as perguntas difíceis sobre impacto real.

Estudos iniciais pintaram um cenário positivo em termos de ROI, mas pesquisas mais recentes, com ensaios clínicos randomizados, mostram uma realidade mais complexa: programas de bem-estar, sozinhos, não geram mudança se não abordarem comportamento, ambiente e engajamento da liderança.

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É aqui que a Elevated Medical adota uma abordagem diferente — integrando protocolos baseados em ciência com design cultural e organizacional. Porque alta performance não é apenas um esforço individual; é sistêmico.

Entre algumas ações imediatas que profissionais podem adotar a saúde da performance, Reddy recomenda:

  • Movimente-se com intenção: Mire de 150 a 300 minutos de atividade moderada por semana, além de dois dias de treino de força;
  • Proteja a recuperação: Durma como se fosse a sua reunião mais importante;
  • Construa sua equipe: Comunidade e responsabilidade entre pares são indispensáveis;
  • Use a tecnologia como ferramenta, não como muleta: Acompanhe o que importa, mas lembre-se — os dados existem para servir você, não para envergonhar você;
  • Faça do bem-estar parte da cultura: Redesenhe sistemas — desde agendas de reuniões até treinamentos de gestores — para apoiar os humanos que impulsionam seus resultados.

Guia rápido para equipes

Reddy dá outras dicas que podem ser aplicadas de forma simples no dia a dia com um plano de cinco passos para operacionalizar a saúde no ambiente de trabalho.

Passo 1: Estabeleça linhas de base

Comece com avaliações individuais e de equipe — wearables, exames laboratoriais e conversas honestas. Você não pode gerenciar o que não mede.

Passo 2: Inclua a saúde na agenda

  • Limites de horário para reuniões, protegendo o sono;
  • Blocos sem reuniões para exercícios ou trabalho profundo;
  • Dias previsíveis de recuperação após viagens para quem passa muito tempo na estrada.

Passo 3: Crie microcomunidades

Pequenos grupos de responsabilidade estimulam a consistência. Não se trata de competir, mas de progresso coletivo.

Passo 4: Treine seus gestores

Gestores definem o tom. Capacite-os para identificar sinais iniciais de burnout e modelar comportamentos que priorizem saúde e recuperação.

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Passo 5: Audite e itere

Revise dados de performance, engajamento e saúde a cada trimestre. Faça o processo adaptável, não rígido — saúde é dinâmica.

A vantagem da longevidade

Alta performance não é sobre espremer mais horas no dia ou buscar o próximo truque de produtividade. Trata-se de projetar uma vida — e uma organização — onde saúde, criatividade e conexão se multiplicam ao longo do tempo.

Os líderes que adotarem essa abordagem não apenas sobreviverão à próxima onda de disrupção — eles construirão culturas capazes de prosperar por décadas. Porque, no fim, a grandeza não é velocidade. É sustentabilidade.

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Desemprego Fica Abaixo do Esperado, com Queda de 5,6% entre Maio e Julho

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

De maio a julho, a taxa de desemprego caiu mais que o esperado. Enquanto economistas consultados pela Reuters previam que ela teria uma queda 5,7%, o período na verdade registrou recuo de 5,6%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número é o menor da série histórica, que começou em 2012. Nos três meses até abril, o desemprego tinha ficado em 6,6%.

A população ocupada no trimestre findo em julho bateu novo recorde, chegando a 102,4 milhões. No período, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores cresceu 1,3% no trimestre e 3,8% no ano.

O Banco Central (BC), que inicia nesta terça-feira (16) sua reunião de política monetária de dois dias em meio à expectativa de que manterá a taxa básica de juros em 15%, tem chamado atenção para a resiliência do mercado de trabalho mesmo em meio a sinais de desaceleração gradual da atividade econômica.

A divulgação do dado de julho para o desemprego, inicialmente prevista para o final de agosto, foi postergada após o IBGE ter detectado a necessidade de correções técnicas. Os números dos três meses encerrados em agosto serão divulgados em 30 de setembro, segundo a programação do instituto.

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Cofundadora da Conta Black: “Sucesso É Poder Dizer Não”

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

Apesar do sucesso que encontrou como cofundadora e CEO da Conta Black, Fernanda Ribeiro não gosta de se limitar pela posição que ocupa como empresária e executiva. “Meu maior norteador é a Fernanda que sou e não a que estou. É assim que gosto de me apresentar”, diz. A frase funciona como uma porta de entrada para entender sua trajetória e o que a move: construir pontes.

O conceito se aplica não só à empresa que criou, que oferece crédito a pessoas frequentemente ignoradas pelo sistema bancário, mas também ao desejo de aproximar o mercado financeiro da academia, de abrir espaço para outras mulheres e de manter o elo entre as muitas versões dela mesma que coexistem. Todas curiosas, inquietas e com fome de transformação.

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Fernanda nasceu e foi criada na zona sul de São Paulo, a quinta entre sete filhas. Desde cedo, conviveu com referências femininas potentes, das mais variadas gerações e personalidades. Segundo ela, isso foi fundamental para moldar sua escuta ativa e sua habilidade de adaptação no papel de empreendedora e a líder que se tornaria.

O mercado financeiro e o universo empreendedor entraram por acaso em sua vida. Por muito tempo pensou que seguiria a tradição familiar e se tornaria funcionária pública. Ela até chegou a ser aprovada em um concurso, mas, devido às mudanças nas regras de contratação, acabou não sendo chamada.

Ponte estaiada

O empreendedorismo ainda nem passava pela sua cabeça. Ela iniciou a carreira no mercado corporativo, até que um burnout a levou a recalcular a rota.

A Conta Black nasceu na virada de 2017 para 2018, quando Sergio All, seu sócio, viu na negativa de crédito de seu banco a oportunidade de fazer diferente. “Havia diversos gaps financeiros. Muitos afroempreendedores não conseguiam sequer abrir uma conta. Outros não obtinham acesso ao crédito. A partir daí, pensamos: e se a gente fundasse um negócio para resolver esse problema?”

Com o tempo, o foco se ampliou: da bancarização à oferta de crédito, da inclusão financeira à educação. A executiva lembra que a Ponte Estaiada, vista de um dos primeiros escritórios da empresa, era a representação perfeita do propósito do negócio. “De um lado, a gente via a periferia. Do outro, a Faria Lima. Era muito simbólico porque representa exatamente o que queremos fazer: construir pontes entre duas realidades diferentes, de modo que as pessoas que estão na periferia, em sua maioria mulheres negras, possam acessar produtos e serviços muito parecidos com quem está do outro lado da ponte.”

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“Ser bem-sucedida é poder dizer não com liberdade.”

Apesar de estar inserida em um setor altamente competitivo, não é em cifras ou números que Fernanda mede seu sucesso. Seu parâmetro é outro: domínio do tempo. “Ser bem-sucedida é poder dizer não com liberdade.”

Desse objetivo, surge a líder que valoriza o diálogo, o questionamento e a escuta ativa – e isso exige adaptação. Aos risos, brinca que cada stakeholder conhece uma Fernanda diferente. A multiplicidade, para ela, é virtude. “Eu sou humana, em todos os processos. Tenho inseguranças, falhas e vulnerabilidades, mas também sou estratégica, olho pra frente e crio cenários. A Fernanda é um misto de várias Fernandas, com jogo de cintura para dialogar com pessoas diferentes.”

Empreender e viver

Essa busca constante por equilíbrio – entre a gestora e a pessoa física – é um dos maiores orgulhos de sua trajetória. Ela rejeita a ideia de que empreender exige desumanização ou que a exaustão do empreendedor precise ser celebrada. No fim do dia, dá para ser firme e sensível. Empreender e existir.

Hoje CEO da companhia, Fernanda segue movida pelo impacto que seus serviços têm na vida de outras pessoas, mesmo diante das instabilidades e da imprevisibilidade do mundo dos negócios. Ela faz questão de manter contato direto com clientes – e um pequeno agradecimento pela concessão de crédito vira combustível para lembrar por que faz o que faz todos os dias.

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Cases distantes da realidade

O sucesso da Conta Black não significa o fim das pontes a serem construídas. Pensando no futuro, Fernanda flerta com a ideia de levar sua experiência para a academia, enriquecendo a formação de futuros empreendedores e administradores. “Sinto falta de uma ponte entre a teoria e a prática. Os cursos ainda ensinam com base em cases muito distantes da realidade.”

Apesar da força do pioneirismo que seu nome carrega, Fernanda acredita que seu maior legado é não ser a última mulher negra de origem simples a chegar ao topo. Pensando nisso, um dos braços de atuação do instituto social da empresa é a formação de jovens negros para o mercado financeiro.

“Eu posso ter sido a primeira em diversas coisas, mas não posso ser a última”, afirma. “Estou pensando em quem vou segurar a porta para entrar. A transformação dentro de uma perspectiva individualizada, para mim, não funciona. Não fico satisfeita de ter algo e não proporcionar que outras pessoas também tenham acesso”.

*Matéria originalmente publicada na lista Forbes The Founders 2025.

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Novo Nordisk Pede Que Funcionários Retornem Ao Escritório em Tempo Integral

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A Novo Nordisk disse nesta quinta-feira que pediu a todos os seus funcionários para que voltem a trabalhar do escritório, à medida que o novo presidente-executivo da empresa tenta acelerar a tomada de decisões e melhorar sua execução comercial em meio à intensa concorrência no mercado.

Na quarta-feira, a Novo disse que cortaria 9.000 postos de trabalho depois que o crescimento das vendas estagnou e as ações caíram, derrubando US$450 bilhões da capitalização de mercado da empresa desde meados do ano passado, conforme ela enfrenta a concorrência da rival Eli Lilly e medicamentos copiados.

“Isso foi projetado para promover um maior senso de pertencimento, fortalecer relacionamentos, melhorar a colaboração e acelerar os processos de tomada de decisão”, disse a empresa em um comunicado.

A empresa se recusou a comentar qual era sua política anterior de “home office”. De acordo com a agência de notícias dinamarquesa Ritzau, não havia diretrizes gerais sobre o trabalho em casa antes desta quinta-feira, e as regras variavam de um país e departamento para outro.

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O presidente do sindicato dinamarquês HK Privat, que organiza a equipe administrativa e os técnicos de laboratório da Novo Nordisk, disse estar surpreso com o fato de a Novo ter descontinuado sua política de trabalho em casa.

“Trabalhar em casa e uma cultura de escritório vibrante não são necessariamente mutuamente exclusivos”, disse Kim Jung Olsen em um comunicado.

“É lamentável para os muitos funcionários que gostaram de poder trabalhar em casa de vez em quando que a gerência não tenha conseguido fazer isso funcionar na Novo Nordisk.”

A solicitação da Novo vem depois que outras empresas abandonaram suas políticas de trabalho em casa.

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A Novo disse que ainda será possível que os funcionários façam acordos individuais com seus gerentes, deixando alguma margem de flexibilidade para garantir que as necessidades pessoais e comerciais sejam atendidas.

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