Negócios
Saúde Mental Ultrapassa Câncer e Vira Maior Preocupação

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A saúde mental se tornou o principal problema de saúde para os brasileiros, superando até mesmo o câncer. De acordo com o levantamento Ipsos Health Service Report 2025, 52% dos entrevistados apontam a saúde mental como sua maior preocupação — um salto expressivo em relação a 2018, quando o índice era de 18%.
Na sequência, aparecem o câncer (37%) e o estresse (33%), seguidos pelo abuso de drogas (26%) e a obesidade (22%). Neste Dia Internacional da Saúde Mental (10), o Brasil ocupa a terceira posição global entre os países que mais pensam sobre o bem-estar emocional, atrás apenas de México e África do Sul: 74% dos brasileiros afirmam refletir “com muita frequência” sobre o tema.
“O adoecimento mental deixou de ser um tabu para se tornar uma epidemia silenciosa, mas visível, que afeta profundamente nossa sociedade”, afirma Ricardo Patitucci, psiquiatra pela PUC-PR e com especialização na UFRJ. “Trata-se de um reflexo de um acúmulo de pressões sociais, econômicas e, em grande parte, profissionais, que estão cobrando um preço alto na saúde mental da população.”
Epidemia silenciosa no trabalho
A preocupação dos brasileiros é confirmada por dados do Ministério da Previdência Social, que registrou 472.328 afastamentos por transtornos mentais em 2024, um aumento de 67% em relação ao ano anterior e o maior número da série histórica. “Até 2022, o número de afastamentos por transtornos mentais se mantinha relativamente estável”, afirma Tatiana Pimenta, CEO e cofundadora da Vittude, plataforma de terapia online. “Tudo indica que esse número deve dobrar em 2025, com crescimento de 140% apenas no primeiro semestre.”
“Esse aumento nos afastamentos pode ser explicado pelo esgotamento acumulado pós-pandemia, a intensificação das demandas de trabalho e a dificuldade em desconectar.”
Ricardo Patitucci
Segundo Patitucci, muitos profissionais estão vivendo um fenômeno apelidado de “quiet cracking”: “É quando a sobrecarga emocional atinge um ponto de ruptura, levando ao afastamento como último recurso, quando o corpo e a mente não suportam mais.”
Uma pesquisa da Gupy, plataforma de tecnologia para RH, indica que quase 7 em cada 10 profissionais brasileiros se sentem emocionalmente sobrecarregados. Os principais fatores apontados são metas inalcançáveis, cultura do ‘sempre disponível’, falta de reconhecimento e gestão disfuncional. Entre os sintomas mais frequentes estão estresse (46%), tristeza (25%) e raiva (18%).
Mulheres e geração Z no centro da preocupação
A pesquisa da Ipsos também aponta que as mulheres (60%) e a geração Z (60%) são os grupos mais preocupados com a saúde mental, bem acima dos homens (44%) e dos baby boomers (40%). “Mulheres acumulam múltiplos papéis — profissionais, mães, cuidadoras — e muitas vezes são as principais provedoras do lar. Isso tem impacto direto na sobrecarga feminina e na saúde mental”, explica Pimenta. “Já a geração Z, que cresceu em um mundo digital e com maior acesso à informação, tem uma percepção mais aguçada sobre a importância da saúde mental e menos estigma para falar sobre o tema”, observa Patitucci.
Impacto econômico e papel das empresas
A OMS (Organização Mundial da Saúde) afirma que transtornos mentais afetam mais de 15% da força de trabalho global, reduzindo a produtividade e aumentando a rotatividade.
Problemas de saúde mental não afetam apenas as vidas e carreiras dos profissionais, mas também podem gerar custos significativos para as empresas. Mais precisamente, uma perda de US$ 8,9 trilhões (R$ 48,7 trilhões) à economia global anualmente, segundo um relatório da consultoria Gallup.
Além disso, o presenteísmo (quando colaboradores estão presentes, mas improdutivos) chega a 30% nas empresas brasileiras, segundo dados do Censo de Saúde Mental da healthtech Vittude. Na prática, isso significa que uma empresa precisa de dez pessoas para executar o trabalho de sete. “Cuidar da mente é, e sempre foi, uma questão de produtividade e sustentabilidade do negócio”, afirma Pimenta. “Quando a saúde mental se deteriora, o negócio sente.”
Nesse cenário, investir em bem-estar emocional é também uma estratégia de negócios. “Empresas que investem proativamente na saúde mental dos colaboradores não apenas cumprem um papel social, mas colhem benefícios tangíveis, como redução de até 23% na rotatividade, aumento de produtividade e melhora na retenção de talentos”, afirma Patitucci. “Nas empresas que estruturaram programas maduros, com diagnóstico, educação e acesso à terapia, observamos redução de afastamentos, aumento do engajamento e melhora real nos resultados”, diz Pimenta.
O desafio corporativo
De acordo com o relatório da Gupy, há uma tendência cíclica de piora da saúde mental no segundo semestre, especialmente entre agosto e outubro, período de retomada de metas e acúmulo de estresse. “Esse ciclo pode ser quebrado com planejamento estratégico e uma cultura de cuidado contínuo”, defende Patitucci.
Entre as medidas, o psiquiatra destaca a revisão realista de metas, incentivo a pausas e férias ao longo do ano, e a capacitação de líderes para reconhecer sinais de esgotamento. “É fundamental que a liderança promova um ambiente de escuta e reconhecimento, evitando que o acúmulo de estresse se torne insustentável e leve ao ‘quiet cracking’.”
Apesar do avanço das discussões sobre saúde mental, Pimenta acredita que o país ainda precisa avançar no tema. “O grande desafio hoje é tirar a saúde mental do campo do tratamento e levá-la para o campo da prevenção”, afirma. “A maioria das empresas ainda atua de forma reativa, só age quando o colaborador adoece ou apresenta um atestado.”
“Estamos em um ponto de inflexão. O cenário ainda pode se agravar antes de uma melhora substancial, especialmente se as empresas não agirem de forma proativa e sistêmica.”
Ricardo Patitucci
Por outro lado, há sinais de mudança positiva. “Há um movimento crescente de conscientização e de busca por soluções, com a saúde mental sendo reconhecida como um pilar estratégico para o sucesso organizacional”, diz Patitucci. “As empresas que investirem genuinamente em bem-estar serão as que construirão ambientes mais saudáveis e sustentáveis para o futuro.”
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A Fórmula do CEO da Nvidia para Liderar em Tempos de Transformação

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Em uma era marcada pela aceleração das mudanças, com setores inteiros sendo remodelados o tempo todo, os líderes já não têm mais o luxo de se reinventar lentamente. As hard e soft skills continuam sendo essenciais, mas a adaptabilidade, em especial, tornou-se uma habilidade inegociável. Hoje, poucos executivos incorporam isso tão bem quanto Jensen Huang, CEO da Nvidia.
Após 33 anos na liderança da companhia de tecnologia, cofundada por ele em 1993, durante uma visita recente à Cambridge Union, sociedade histórica de debates, na Inglaterra, Huang descreveu tanto a si mesmo quanto a empresa como “renascidos”. Para ele, todo o cenário tecnológico — dos chips aos algoritmos e às aplicações — está sendo reinventado, e a única constante real é a necessidade do líder de se adaptar.
Em Cambridge, Huang redefiniu a liderança de uma forma que contrasta fortemente com a visão glamurizada que muitos ainda têm. “Ser CEO é, em sua maior parte, dor e sofrimento”, diz. O cargo não é o trono que muitos imaginam. É um fardo, e por trás dele estão três mudanças de identidade que formam a base da liderança adaptativa.
Serviço, não status
A visão de liderança de Huang começa com responsabilidade e prestação de contas. Líderes que se prendem ao status tendem a proteger sua imagem, defender estratégias ultrapassadas e resistir a qualquer movimento que possa expô-los ao erro.
Huang afirma que líderes que se agarram ao próprio ego tornam a adaptabilidade quase impossível. Segundo ele, muitos CEOs enfrentam dificuldades porque “seu ego está de alguma forma ligado a alguma decisão que tomaram”, mesmo quando o contexto já mudou.
Por outro lado, quando a identidade do líder se baseia em responsabilidade e curiosidade (e não apenas em reconhecimento), adaptar-se fica mais fácil. Eles conseguem mudar de direção mais rápido, reavaliar com clareza, estar à frente do mercado e proteger seu bem-estar durante o processo.
Líderes que veem seu papel como serviço mantêm experimentam menos conflito interno e têm muito menos chances de burnout. Em um mundo que se reinventa em uma velocidade inédita, CEOs presos ao status quo serão rapidamente ultrapassados. Já líderes orientados pelo serviço estão melhor posicionados para se adaptar.
CEO é o arquiteto do ambiente
Huang é claro em um ponto: o CEO não deve ser o gênio no centro da operação, e sim o arquiteto do ambiente. “Você está criando condições para que outras pessoas façam o trabalho de suas vidas.”
A maioria das organizações fica aquém de seu potencial não porque os líderes tomam uma decisão errada, mas porque eles criam as condições erradas. Ambientes rígidos, culturas pouco competitivas e liderança inconsistente resultam em sistemas incapazes de se adaptar.
Enquanto muitas empresas tradicionais sobreviveram a uma ou duas eras da computação, a Nvidia já atravessou seis. Esse nível de longevidade exige que a adaptabilidade esteja incorporada ao sistema operacional da empresa. Inovação exige direção, mas também espaço. Condições que permitem às pessoas se esticar e assumir riscos inteligentes são as que conseguem se reinventar continuamente e se manter à frente.
Há também um aspecto fisiológico. Condições inadequadas elevam o estresse da equipe, fragmentam o foco, prejudicam o desempenho cognitivo, reduzem a moral e sufocam a criatividade.
Na visão de Huang, se um CEO quer uma empresa adaptável, precisa primeiro projetar um ambiente adaptável. Essa responsabilidade recai integralmente sobre o líder — e, no fim, sobre sua própria identidade.
Mudança de rota e sacrifícios
Embora a adaptabilidade exija otimismo, há um pré-requisito mais profundo: a capacidade de absorver o desconforto repetidas vezes sem perder a perspectiva. Huang deixa isso claro ao refletir sobre as realidades de liderar por mais de três décadas. “Ser CEO é uma vida inteira de sacrifício, definida por decisões difíceis que quase ninguém vê.”
Ele define o que é, na prática, liderar: “Estratégia não é apenas escolher o que fazer. É escolher o que não fazer.” Essa distinção se torna ainda mais crítica conforme as condições se alteram rapidamente. Cada mudança de rota exige abandonar suposições antigas, deixar para trás boas ideias em busca de algo melhor e aceitar que o próximo movimento certo pode contradizer as últimas 100 declarações que você já fez.
O ego é o que impede líderes de fazer isso. Para Jensen Huang, muitos executivos travam porque sua identidade está ligada a decisões passadas. Eles repetem uma direção publicamente “mil vezes”, e quando novas informações provam que ela está errada, o custo pessoal de mudar de rumo parece alto demais. Seu antídoto é ser “intelectualmente honesto” — confrontar novas realidades sem defensividade e se adaptar imediatamente.
Esses ciclos de decisões difíceis e mudanças de direção não têm apenas consequências psicológicas, mas também físicas. Líderes carregam tensão adicional decorrente de estresse contínuo, pressão emocional e outros efeitos psicossomáticos que se acumulam ao longo do tempo.
A liderança adaptativa do CEO da Nvidia
A velocidade dos negócios, a ameaça constante de disrupção e as mudanças macroeconômicas favorecem líderes que ajustam sua identidade tão rápido quanto sua estratégia. Indústrias podem mudar em um único ciclo, mercados podem se reorganizar da noite para o dia, e portanto a adaptabilidade permanece como a característica que permite que líderes e organizações naveguem pela volatilidade e se posicionem para sobreviver e prosperar diante do que vier.
*Julian Hayes II é colaborador da Forbes USA. Fundador da consultoria Executive Health, especializada em saúde de líderes, ele escreve sobre bem-estar, negócios e liderança.
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Como Esther Perel Ajuda Casais e Equipes a Manter Boas Relações

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
A psicoterapeuta e especialista em relacionamentos Esther Perel, amplamente conhecida por ajudar casais a desenvolver níveis mais profundos de confiança e conexão, iniciou sua carreira trabalhando com refugiados em situações de migração voluntária e forçada.
Ao viajar pelo mundo e testemunhar a ascensão e queda de regimes políticos, sua curiosidade a levou a investigar como essas mudanças repercutiam nas cozinhas e nos quartos das famílias afetadas por decisões externas. Com o tempo, seu trabalho se voltou para a dinâmica dos casais e sua vida sexual.
Pode parecer uma mudança radical vê-la agora focada nas dinâmicas do ambiente de trabalho. Mas seu foco sempre foi o ser humano. “Meu trabalho tem sido focado em relacionamentos – do quarto ao boardroom – há décadas”, diz. “Atendo casais, mas também trabalho com frequência com empresas da Fortune 500, cofundadores e empresas de RH.”
Em um momento de mudanças constantes no ambiente corporativo, com maior ambiguidade na forma como as pessoas navegam por perspectivas diversas, além da IA eliminando partes mais táticas das funções, saber se conectar em níveis profundos e significativos se tornou mais importante do que nunca. “Algo essencial costuma faltar: conexão genuína. Estamos afogados em comunicação digital, mas muitos ambientes de trabalho vivem uma seca de diálogo significativo.”
Ela cita mensagens rápidas no Slack, e-mails transacionais e chamadas de vídeo superficiais, que viraram padrão e deixaram as pessoas isoladas, desengajadas e sem senso de pertencimento.
Esse “déficit de diálogo” não é apenas cultural – é também um problema de negócios. Pesquisas recentes da Gallup mostram que as pessoas querem propósito e significado em seu trabalho. Querem ser reconhecidas pelo que as torna únicas, e isso impulsiona o engajamento. “Relacionamentos no trabalho são vistos como soft skills, mas, na verdade, são as novas hard skills. Eles exigem confiança, pertencimento, reconhecimento e resiliência coletiva.”
Como reduzir o “déficit de diálogo”?
Incorporar diálogos significativos na forma como o trabalho é feito não significa abordar dinâmicas sensíveis ou interações forçadas. Trata-se de construir uma base de confiança profunda e autêntica. Isso exige autoconhecimento e vulnerabilidade, o que muitas culturas corporativas evitam.
Para ajudar a fazer essa ponte, Perel se uniu à plataforma de experiência do funcionário Culture Amp. Juntos, criaram o jogo de cartas “Where Should We Begin? – At Work”. Baseado em dados, o baralho foi desenvolvido para transformar a cultura organizacional a partir de quatro pilares: confiança, pertencimento, reconhecimento e resiliência coletiva. Ele oferece uma forma simples e estruturada de promover conversas significativas tanto em reuniões individuais quanto entre equipes.
O jogo incentiva discussões além do trivial de “Como estão as coisas?” ou “Posso ajudar com algo?”, e propõe perguntas mais profundas, que fortalecem vínculos e estimulam autoconhecimento. Alguns dos exemplos são “Quais regras ou normas não ditas do nosso time precisam ser discutidas?” e “Que impacto você espera causar na equipe ou na organização?”
“Uma boa pergunta faz isso. Ela rompe padrões. Aprofunda. Às vezes, desvia. Ela nos permite viajar a um novo lugar sem sair do lado um do outro.”
As perguntas certas ajudam líderes a avançar em outras frentes de uma cultura mais humana.
Segurança psicológica
“Segurança psicológica é essencial para sustentar a alta performance”, diz Perel. Quando as pessoas se sentem seguras para assumir riscos, compartilhar ideias e serem vulneráveis, a inovação floresce e os problemas são resolvidos de forma mais eficaz.
Resiliência coletiva
A pesquisa feita por Esther Perel com a Culture Amp apontou a resiliência coletiva como pilar fundamental dos relacionamentos no trabalho. “Quando algo difícil acontece, nos unimos? Nos fortalecemos como grupo? Quando algo dá errado, nos apoiamos ou culpamos uns aos outros?”
Potencial humano
Compreensão e conexão trazem o melhor das pessoas. “Quando os funcionários se sentem vistos, ouvidos e valorizados, têm mais chance de trazer sua melhor versão e suas melhores ideias.”
Dados da Culture Amp mostram que funcionários que sustentam alta performance por dois ciclos seguidos compartilham uma vantagem clara: segurança psicológica. Segundo Amy Lavoie, VP de People Science da empresa, esses profissionais têm 83% mais chance de afirmar que se sentem seguros para assumir riscos – uma taxa 9% maior do que os que tiveram alta performance apenas uma vez. Investir em conexão humana aumenta a chance de alta performance sustentável.
Como trazer conforto para conversas profundas?
Pode ser intimidador sair da superficialidade com colegas, funcionários e líderes no trabalho, mas pequenos passos já fazem uma grande diferença. Algumas sugestões práticas:
Comece com curiosidade: interesse genuíno nas experiências, valores e perspectivas alheias;
Escute ativamente: em vez de preparar sua resposta, realmente ouça. Observe o tom, o corpo, as emoções;
Compartilhe suas histórias: vulnerabilidade gera vulnerabilidade. Abrir espaço para trocas cria conexão real.
Qual é o papel da liderança?
Líderes são decisivos para promover uma cultura de comunicação aberta. Esther Perel orienta:
Demonstre vulnerabilidade: “Líderes também devem responder perguntas e compartilhar vivências que os tornem mais humanos”, diz Perel.
Crie oportunidades estruturadas: Faça reuniões com propósito de diálogo, não apenas para status de tarefas. O jogo Where Should We Begin? At Work é um bom recurso para essas sessões.
Normalize o direito de não falar: Nem todo mundo vai querer compartilhar aspectos pessoais. “Pule uma carta se não fizer sentido. Nem toda pergunta é para toda pessoa.”
Comece por perguntas seguras: para gerar confiança antes de temas mais sensíveis.
Priorize a escuta: o objetivo é criar empatia, e não resolver o problema do outro.
“As habilidades relacionais que desenvolvemos na vida não ficam do lado de fora quando chegamos ao trabalho. Carregamos tudo no nosso ‘currículo não oficial’. O que torna o ambiente corporativo um lugar fascinante para explorar relacionamentos.”
*Heather V. MacArthur é colaboradora da Forbes USA. Ela tem mais de 20 anos de carreira como coach executiva e consultora na The Executive Advisory, orientando executivas C-Level a profissionais em diferentes níveis de senioridade.
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Recorde de Ocupação: 1 em Cada 4 Idosos Trabalhava em 2024

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Cerca de 8,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais estavam trabalhando em 2024. Com esse contingente, o Brasil alcançou o recorde no nível de ocupação desse grupo etário, desde que o levantamento começou, em 2012.
Dos 34,1 milhões de idosos, um em cada quatro (24,4%) estava ocupado no ano passado.
A revelação faz parte do levantamento Síntese de Indicadores Sociais, divulgado nesta quarta-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Desde 2020, cresce o nível de ocupação de idosos:
- 2020 – 19,8%
- 2021 – 19,9%
- 2022 – 21,3%
- 2023 – 23%
- 2024 – 24,4%
Reforma da previdência
A analista do IBGE Denise Guichard Freire, responsável pelo capítulo, aponta que, além do aumento da expectativa de vida, a reforma da previdência, promulgada em 2019, é uma das explicações para o ganho de ocupação. “É um dos fatores que levam as pessoas a ter que trabalhar mais tempo, a contribuir mais tempo para conseguir se aposentar”, afirma.
O estudo mostra que a taxa de desocupação – popularmente conhecida como taxa de desemprego – dessa população foi de 2,9% em 2024, a menor da série histórica do IBGE. Para efeito de comparação, o desemprego do total da população era de 6,6% no ano passado.
Ao dividir por idades, o IBGE identifica que no grupo de 60 a 69 anos, 34,2% estavam ocupados. Quase metade (48%) dos homens trabalhavam. Entre as mulheres, eram 26,2%.
Já no grupo com 70 anos ou mais, a ocupação era reduzida a 16,7%. Entre os homens, 15,7%. No grupo das mulheres, 5,8%.
Maioria dos idosos é autônoma ou empreendedora
O IBGE apurou informações de como é a atuação dos idosos no mercado de trabalho. Mais da metade deles (51,1%) trabalhava por conta própria (43,3%) ou como empregador (7,8%).
Para efeito de comparação, na população ocupada como um todo, conta própria e empregadores somam apenas 29,5% dos trabalhadores.
No conjunto da população, a forma de atuação mais comum é como empregado com carteira assinada (38,9% dos trabalhadores). Entre os idosos, apenas 17% tinham essa condição.
Rendimento
Ao analisar os dados de rendimento, o IBGE identificou que os idosos receberam R$ 3.561 mensalmente, em média, superando o valor do conjunto da população com 14 anos ou mais de idade (R$ 3.108). Isso significa que os idosos ganharam 14,6% mais.
Já em relação à formalização, as pessoas com 60 anos ou mais ficam em desvantagem em relação ao total dos trabalhadores. A taxa do país era de 59,4% dos ocupados. No grupo dos idosos, 44,3%.
O IBGE considera informais empregados sem carteira assinada, e trabalhadores por conta própria e empregadores que não contribuem para a previdência social.
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