Segurança
Sancionadas leis que criam a Polícia Científica e a Polícia Penal do Espírito Santo
O governador do Estado, Renato Casagrande, sancionou, nesta segunda-feira (18), as leis complementares que estabelecem a Polícia Científica do Espírito Santo (PCIES) e que institui a Lei Orgânica da Polícia Penal do Espírito Santo (PPES). A cerimônia aconteceu no Palácio Anchieta, em Vitória, com a presença de autoridades e representantes das categorias.
A Polícia Científica do Estado do Espírito Santo consiste em um órgão da Administração Direta integrado à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), conforme previsto no Inciso V do artigo 126 da Constituição do Estado.
A finalidade primordial da PCIES é conduzir, de maneira exclusiva, as atividades de Perícia Oficial de Natureza Criminal, assim como as responsabilidades de ensino, pesquisa, tecnologia e inovação em ciências forenses legalmente designadas no contexto do Estado do Espírito Santo. Esse compromisso é cumprido com respeito à competência da União, assegurando à PCIES autonomia técnica, científica e funcional.
Já a Polícia Penal do Espírito Santo, vinculada à Secretaria da Justiça (Sejus), passa a figurar no sistema público de segurança brasileiro, sendo o órgão responsável pela segurança do sistema prisional. A lei que trata da organização e estrutura da Polícia Penal entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 2024.
A nova lei estabelece a transformação do cargo de inspetor penitenciário em policial penal, a construção de toda a estrutura organizacional da nova instituição, suas unidades organizacionais, bem como a criação de cargos comissionados e funções gratificadas necessários ao funcionamento do órgão.
“São duas estruturas novas, uma vinculada à Secretaria da Segurança Pública e a outra à Secretaria da Justiça. Duas áreas muito importantes e que funcionam de forma integrada, e não isolada. Não podemos controlar todos os eventos que acontecem na sociedade, mas o Estado precisa reagir todas as vezes que algo acontecer. Aproveito para agradecer à Assembleia Legislativa que se envolveu, debateu o tema e aprovou as duas propostas, e ao Poder Judiciário. Só podemos avançar muito mais com o apoio de todos”, afirmou o governador Casagrande.
Polícia Científica
À Polícia Científica do Estado do Espírito Santo cabe a realização, gestão, coordenação e supervisão de atividades de natureza técnica, científica e especializada, relacionadas à dinâmica, materialidade e autoria de delitos, incluindo a determinação da causa mortis. Esse escopo abrange a condução de exames de corpo de delito, análises laboratoriais, análises documentais, biométricas e especializadas, quer sejam diretas ou indiretas.
A PCIES desempenha todas as perícias criminais indispensáveis à instrução do processo penal, em conformidade com as normas constitucionais e legais em vigor. Os Institutos de Criminalística, de Identificação, de Laboratórios de Análises Forenses e Médico-Legal compõem a estrutura do órgão.
Com suas atribuições previstas no Código de Processo Penal e indispensáveis na produção das provas em todos os crimes que deixam vestígios, a Polícia Científica é essencial para um processo criminal seguro e legal, pois, por meio da análise científica de evidências, como DNA, impressões digitais, drogas, armas, munições, entre outros, fornece informações objetivas que podem esclarecer os fatos e estabelecer a verdade dos eventos, fortalecendo as provas apresentadas durante processo penal.
Utilizando da ciência e das inovações tecnológicas, a perícia oficial de natureza criminal, por meio dos exames periciais laboratoriais, das perícias médico-legais, dos exames de corpo de delito e locais de crime, das perícias de identificação humana e a Identificação Civil e Criminal, apresenta subsídios para a tomada de decisões judiciais justas, imparciais e fundamentadas.
“A Polícia Científica contribui diretamente para o esclarecimento e a resolutividade de crimes, para o combate à impunidade e para um sistema de justiça imparcial, justo e garantidor de direitos”, afirmou o superintendente de Polícia Técnico-Científica (SPTC), Carlos Alberto Dal-cin.
Polícia Penal
Compete à Polícia Penal do Espírito Santo zelar pela preservação da integridade física e moral da pessoa sob custódia estatal, em decorrência de prisão ou medida de segurança; realizar a vigilância e custódia de presos; a recaptura de presos fugitivos; planejar, coordenar, integrar e orientar a inteligência penitenciária, promover ações de inteligência em cooperação junto aos demais órgãos de segurança pública; definir normas para ingresso de pessoas no ambiente prisional no âmbito de sua competência; atuar de forma cautelar na manutenção e no controle da ordem e disciplina no ambiente prisional; intervir para restabelecer a ordem e a disciplina em casos de motins e rebeliões; e coordenar demais ações inerentes à segurança no âmbito da Polícia Penal, entre outras.
“A criação da Polícia Penal do Espírito Santo é um marco histórico para nossos policiais, de fato e de direito. Agradecemos ao governador Renato Casagrande, pela sensibilidade e pelo cumprimento do compromisso com nossos valorosos policiais. Não posso deixar de destacar a dedicação e o compromisso de muitos servidores da Sejus, que muitas vezes executam um trabalho silencioso, mas que sem eles, não teríamos as entregas que realizamos juntamente com outras polícias”, disse o secretário de Estado da Justiça, André Garcia.
Ele também elogiou o trabalho integrado com as outras forças de segurança pública: “Não é à toa que registramos os melhores números na redução de homicídios na história do Espírito Santo. Esses resultados contam com o trabalho de policiais militares, policiais civis, policiais científicos e também, de policiais penais. Diversos são os atores que colaboram para a segurança do Estado, assim como o Ministério Público e o Poder Judiciário. Agora, a Polícia Penal está inserida no contexto da segurança pública. Uma Polícia Penal forte é o que o capixaba merece. Parabéns aos novos policiais penais do Espírito Santo.”
Durante a assinatura da Lei Orgânica da Polícia Penal do Espírito Santo também foram anunciados os diretores da nova instituição policial. José Franco Morais Júnior, que atualmente exerce o cargo de subsecretário para Assuntos do Sistema Penal (Sasp), assume o cargo de Diretor-geral da Polícia Penal do Espírito Santo. A também policial penal, Graciele Sonegheti Fraga, sai da direção do Centro Prisional Feminino (CPFC) para assumir o cargo de Diretora-geral adjunta. Para investidura dos cargos, é necessário, no mínimo, 15 e 10 anos de estabilidade no serviço público, respectivamente.
“Já faz muito tempo que o sistema prisional capixaba é seguro. Nunca é demais olhar como aluno para o passado e lembrar de um tempo que não era assim. Isso nos orientará para decisões presentes que nos mantenham em condições de olhar para o sistema correcional com orgulho. Um sistema seguro passa pelas boas condições da estrutura predial para custódia do preso e para a rotina do policial penal, passa pela parceria entre as instituições, pela compreensão mútua entre os poderes e pela sensibilidade das autoridades que decidem os rumos da política de tratamento penal”, pontuou José Franco Morais Júnior.
Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação do Governo
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(27) 98895-0843
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Cidades
Serra: Operação Coletivo Seguro abordou 12 ônibus na avenida Norte Sul
A Guarda Civil Municipal da Serra coordenou mais uma operação “Coletivo Seguro” na noite de segunda-feira, 11. A ação ocorreu na Avenida Norte Sul, nas proximidades da EEEFM Aristóbulo Barbosa Leão e do Golaço. O Departamento de Operações de Trânsito (DOT) da Serra deu apoio à operação coordenando e gerindo o fluxo de veículos no local.
Foram abordados 12 ônibus com cerca de 400 pessoas. O objetivo do Coletivo Seguro é instruir os passageiros de transporte coletivo com orientações sobre uma viagem segura, além de inibir possíveis delitos que possam ocorrer dentro dos coletivos.
Durante as abordagens, os agentes municipais entram nos coletivos e conversam com os passageiros. Essa operação é uma grande iniciativa da Secretaria de Defesa Social da Serra (Sedes) e é realizada todas as semanas. Os locais das ações são escolhidos de forma estratégica para que a força municipal alcance o maior número de pessoas.
Após a abordagem nos ônibus, os agentes municipais realizaram patrulhamento preventivo dentro do Terminal de Carapina.
Secom PMS – Texto: Daniela Salgado – Foto: Edson Reis
Segurança
Governo do Estado realiza formatura de 932 novos soldados da Polícia Militar
O Governo do Estado realizou, na noite dessa quinta-feira (31), a formatura dos alunos do Curso de Formação de Soldados (CFsd) 2023, da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES). Após nove meses de aulas na Academia de Polícia Militar (APM) e mais 360 horas de Estágio Profissional Supervisionado (EPS) nas ruas da Grande Vitória, os 932 novos soldados estão agora aptos para ingressar nas unidades operacionais de todo o Estado, reforçando a segurança e a proteção à sociedade.
A cerimônia de formatura foi realizada no Estádio Kléber Andrade, em Cariacica, com a presença do governador Renato Casagrande e de outras autoridades. O ato marca a conclusão do treinamento que preparou os alunos para as atividades de policiamento. O evento teve a presença dos formandos e seus familiares.
Em sua fala, o governador destacou o trabalho de reestruturação da Segurança Pública, que passou também pela recomposição do efetivo da PMES. “Sou governador pela terceira vez e desde o meu primeiro mandato trabalhamos por melhorias nessa área. Em 2011, as forças de segurança estavam fragilizadas. Começamos um trabalho de recuperação até 2014. Em 2019, quando assumi pela segunda vez, a Polícia Militar havia passado por uma crise em 2017 e estava destroçada. E de novo, iniciamos a reestruturação da Corporação com a aquisição de novos equipamentos e armamentos, melhoria da infraestrutura física e também na valorização dos nossos militares”, disse.
Casagrande prosseguiu: “Já participei de várias formaturas nas diversas forças de segurança. É a terceira solenidade desse tamanho, formando quase mil policiais. Sem contar as outras menores com 300, 400 e 500 formandos. Peço a Deus que me dê saúde para participar de mais uma no próximo ano com mais 1.000 policiais. Isso mostra um Governo equilibrado e uma política pública que dá resultado, já que podemos fechar o ano de 2024 com menos de 900 homicídios. Por isso, é importante registrar o trabalho de cada policial e também do programa Estado Presente em Defesa da Vida que dá resultado.”
O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, Leonardo Damasceno, comentou que a turma de novos soldados representa o futuro da segurança pública. “É um investimento feito pelo Governo do Estado para aumentar a capacidade de atendimento da nossa Polícia Militar. Ou seja, o atendimento direto ao cidadão em muitas situações, sejam elas de crime, de suporte, ou de salvamento. Hoje, o policial sai da academia pronto para todas as situações. Só desejo muito sucesso a esses novos soldados e que vocês entendam o papel fundamental dos senhores na proteção da sociedade”, afirmou.
Durante o Estágio Supervisionado, os alunos foram empregados em policiamento ostensivo a pé, motorizado e em operações de trânsito, demonstrando as habilidades adquiridas ao longo da formação na Academia de Polícia Militar (APM) e se destacando em diversas ocorrências que resultaram na prisão de criminosos evadidos do sistema prisional, na condução de indivíduos detidos em flagrante, além de apreensões de armas e drogas.
O comandante-geral da PMES, coronel Douglas Caus, celebrou a conquista dos novos policiais militares e reforçou que esse é um passo importante para que a PMES continue a fortalecer sua presença e eficiência nas ruas do Espírito Santo: “Essa turma representa não apenas um reforço no efetivo, mas também um compromisso com a segurança da população capixaba. Estamos certos de que esses novos soldados farão a diferença nas comunidades em que atuarão.”
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Segurança
Estado tem 8,2 mil presos além da capacidade; quatro unidades prisionais serão construídas
Um total de 23.633 presos e uma capacidade de 15.388 vagas. Esses são os números atuais do sistema de Justiça no Espírito Santo, segundo apresentou a diretora-geral adjunta da Polícia Penal, Graciele Sonegheti. Ela foi uma das convidadas da Comissão de Segurança da Assembleia Legislativa, que debateu, na última terça-feira (22), ameaça representada por facções e milícias.
A diretora e o subsecretário de Estado de Inteligência Penitenciária, Franzailson Ribeiro Barbosa, relataram durante a reunião virtual a pressão exercida no sistema com 8.245 encarcerados além do limite. No entanto, frisaram que o ambiente prisional encontra-se controlado.
“A gente realmente está com um número muito acima da nossa capacidade. Porém, a gente pode afirmar o controle das unidades prisionais”, salientou Graciele Sonegheti. O quadro observado no Espírito Santo é comparável ao que ocorre em Goiás (12 mil vagas x 20 mil presos) e Ceará (17 mil x 21 mil).
Tornozeleira eletrônica
Segundo os gestores públicos, para desafogar os números uma das saídas seria investir no monitoramento eletrônico. “Talvez seja uma estratégia interessante (…) para diminuir um pouco a lotação no estado do Espírito Santo”, sugeriu a diretora-geral adjunta.
De acordo com ela, hoje no Espírito Santo existem 762 condenados cumprindo pena em prisão domiciliar usando tornozeleira eletrônica. O número, entretanto, é considerado baixo quando comparado com estados como o Ceará (9.854) e Goiás (7.874).
Ao responder o presidente do colegiado, deputado Danilo Bahiense (PL), Ribeiro afirmou que a pasta dispõe de pessoal para colocar em prática o monitoramento eletrônico: 15 servidores da Sejus e 30 policiais. O efetivo deve ser reforçado com a entrada de 300 novos policiais penais até o fim do ano, reforçando o quadro atual, de 3.787, considerado baixo.
Na outra ponta, o subsecretário revelou que o governo do Estado vai investir na construção de quatro novas unidades prisionais localizadas em Cachoeiro de Itapemirim, Linhares, Viana e Cariacica. Duas serão custeadas com recursos próprios e as outras duas com dinheiro vindo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Ainda de acordo com Ribeiro, as prisões que serão construídas pelo Estado devem ficar prontas, no mais tardar, até o início de 2027.
Ales
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