Tecnologia
Micróbios da boca podem desencadear doenças sérias
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Pesquisadores estão desenvolvendo dentes bioengenheirados em laboratório, cultivados a partir de células de dentes humanos e de porcos, com o objetivo de criar alternativa aos implantes dentários de titânio, revela matéria do MIT Technology Review.
Tal inovação visa oferecer opção mais natural, com dentes vivos que se integrariam melhor ao corpo do que os implantes tradicionais, que não se fixam tão bem e podem levar a infecções, como a peri-implantite.
Micróbios são ameaça para a saúde
- A pesquisa também explora a relação entre a saúde bucal e o microbioma oral, composto por bilhões de micróbios, incluindo bactérias, fungos e vírus;
- O desequilíbrio nesse microbioma, conhecido como disbiose, pode desencadear doenças orais, como cáries, além de estar ligado a distúrbios no corpo e até no cérebro;
- Micróbios orais, como a bactéria P. gingivalis, associada à periodontite crônica, foram encontrados no cérebro de pacientes com Alzheimer, sugerindo conexão entre saúde bucal e doenças neurodegenerativas.
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Ainda há muito a aprender sobre como esses micróbios afetam nossa saúde em níveis sistêmicos, mas o estudo do microbioma oral é crucial para entender melhor doenças que afetam órgãos distantes da boca, como o coração e o cérebro.
Enquanto isso, manter boa higiene bucal é essencial até que os dentes cultivados em laboratório se tornem uma opção real para substituições dentárias. Outro estudo, feito pela Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (Forp) da USP, analisou os riscos do uso de cigarros eletrônicos para nossos dentes. Leia mais aqui.

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Acha que engana? Professor cria marca d’água para detectar IA
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Os treinamentos constantes dos modelos de inteligência artificial (IA) têm tornado cada vez mais difícil saber se os textos foram escritos por uma IA ou por humanos. Por isso, um professor da Universidade da Flórida (UF) (EUA) decidiu criar ferramenta que pode ajudar nessa distinção.
Uma marca d’água invisível para Grandes Modelos de Linguagem (LLM, na sigla em inglês) está sendo desenvolvida para detectar conteúdo gerado por IA — mesmo alterado ou parafraseado. O recurso está passando por testes no supercomputador HiPerGator da instituição.
“Se sou um estudante e estou escrevendo minha lição de casa com o ChatGPT, não quero que meu professor detecte isso”, disse Yuheng Bu, Ph.D., professor assistente no Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação da Faculdade de Engenharia Herbert Wertheim.
No ano passado, pesquisadores da Universidade de Reading (Reino Unido) fizeram o seguinte teste: criaram perfis falsos de alunos e escreveram suas tarefas usando plataformas básicas geradas por IA para, depois, tentar detectar IA no conteúdo.
“No geral, as submissões de IA beiraram a indetectável, com 94% não sendo detectadas”, observou o estudo, publicado na PLOS. “Nossa taxa de detecção de 6% provavelmente superestima nossa capacidade de detectar o uso de IA no mundo real para trapacear em exames.”

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Como funciona a marca d’água para detectar IA?
A nova tecnologia foca em dois aspectos principais: manter a qualidade do texto gerado pelo LLM após a aplicação da marca d’água e garantir a robustez do sistema contra várias modificações, permanecendo imperceptível para humanos.
Mesmo que um usuário reescreva completamente o texto, com substituição de sinônimos e paráfrase, a marca d’água permanece detectável pelo sistema, desde que a semântica permaneça inalterada.
Em 2023, o Google DeepMind também lançou marca d’água de detecção de texto, mas, segundo Bu, o método da UF “as aplica a apenas um subconjunto de texto durante a geração. Então, ele alcança melhor qualidade de texto e maior robustez contra ataques de remoção”.

O grande desafio, agora, é tornar a chave de detecção acessível para o público. “A entidade que aplica a marca d’água também detém a chave necessária para detecção. Se o texto for marcado com marca d’água pelo ChatGPT, a OpenAI possuiria a chave correspondente necessária para verificar a marca d’água”, disse Bu.
“Um próximo passo crucial é estabelecer ecossistema abrangente que imponha o uso de marca d’água e distribuição de chaves ou desenvolver técnicas mais avançadas que não dependam de chave secreta”, concluiu.
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O que é um fóssil vivo? Conheça o conceito criado por Darwin em seu livro clássico
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Você já ouviu falar no termo fóssil vivo? Essa é uma classificação não utilizada por cientistas, porque, por definição, fósseis são referentes a restos de animais que foram preservados durante muitos anos, ou seja, não é possível estarem vivos de fato. Entretanto, existe um motivo para essa expressão ser usada pelas pessoas.
Saiba tudo sobre o que é um fóssil vivo
Criado pelo naturalista Charles Darwin, em seu livro “A Origem das Espécies” (1859), o termo “fóssil vivo” usado para designar as espécies que estão há milhões de anos sem passar por mutações significativas, ou seja, suas características permanecem bem semelhantes aos seus primeiros registros na história.
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É importante salientar que, apesar de anatomicamente os animais que são chamados de fósseis vivos serem bem semelhantes aos seus ancestrais, eles passaram por pequenas mudanças genéticas, mas que não são perceptíveis ao olho humano.
Por que isso acontece?
Em 2024, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, revelou a primeira evidência de um mecanismo biológico que explica como os chamados fósseis vivos surgem na natureza.
Publicado na revista Evolution, o estudo mostra que os gars, uma espécie de peixe no qual os ancestrais viveram no período Jurássico, há 150 milhões de anos, possuem uma taxa mais lenta de evolução molecular entre todos os vertebrados com mandíbula. Sendo assim, é possível afirmar que o genoma dos gars sofre alterações de forma mais lenta do que outras espécies.
Quais são os fósseis vivos mais antigos?
Entre os fósseis vivos mais antigos está o náutilo, um tipo de molusco que existe há cerca de 500 milhões de anos. Ele possui uma concha dividida em vários compartimentos, o que evidencia sua longa evolução ao longo do tempo. Há também o caranguejo-ferradura, que apareceu pela primeira vez há aproximadamente 480 milhões de anos e aparentemente mudou pouco ao longo do tempo.
Outra espécie é o celacanto, um peixe que até 1938 era tido como um animal que havia sido extinto junto com os dinossauros, mas que naquele ano foi encontrado vivo na costa leste da África do Sul. Sua linhagem remonta ao período Devoniano, com cerca de 410 milhões de anos.
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Também há animais um pouco mais novos, mas que são bem conhecidos, como o crocodilo, que tem por volta de 248 milhões de anos e viveu com os dinossauros. Outro é a tartaruga, que surgiu há cerca de 220 milhões de anos. Um dos mais recentes é o dragão-de-komodo, com cerca de 40 milhões de anos.
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Por que homens têm ataques cardíacos mais sérios do que mulheres?
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Um estudo recente descobriu que a testosterona é responsável por causar mais danos ao músculo cardíaco nos homens após um ataque cardíaco, em comparação com as mulheres.
A pesquisa, conduzida pela Universidade de Gotemburgo, na Suécia, e publicada na revista Nature Communications, revelou que a testosterona amplifica a resposta inflamatória, resultando em lesões mais graves no coração dos camundongos machos.
Quando comparados com as fêmeas, os machos apresentaram maior quantidade de neutrófilos (glóbulos brancos) e áreas de infarto maiores, além de níveis de testosterona 15 vezes mais elevados nas 24 horas seguintes ao ataque.
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Mais descobertas do estudo
- Os pesquisadores investigaram como a testosterona influencia essa resposta inflamatória, conduzindo um experimento com camundongos castrados, que apresentaram níveis reduzidos de testosterona.
- Os resultados mostraram que esses camundongos castrados tiveram menor número de neutrófilos no sangue e menor dano cardíaco.
- Quando a testosterona foi administrada a eles, os níveis de troponina I, marcador de lesão cardíaca, aumentaram, semelhante aos dos camundongos não castrados.
- Além disso, os cientistas testaram o medicamento tocilizumabe, utilizado para tratar artrite reumatoide, em pacientes humanos com infarto do miocárdio.
- O medicamento, que bloqueia a interleucina-6 (uma proteína que ativa a resposta inflamatória), foi mais eficaz em reduzir os níveis de neutrófilos e o tamanho do infarto nos homens do que nas mulheres.
Os resultados sugerem que a testosterona desempenha um papel significativo nos danos cardíacos pós-ataque e que, ao considerar as diferenças sexuais nas pesquisas e tratamentos, pode-se melhorar a eficácia dos tratamentos, principalmente para as mulheres, que são frequentemente sub-representadas em estudos clínicos.
O estudo destaca a importância de personalizar tratamentos para cada sexo, levando em conta as respostas fisiológicas distintas.

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