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Quais são os principais inimigos dos escorpiões na natureza?

Apesar de serem criaturas resilientes e adaptáveis, os escorpiões enfrentam predadores na natureza que desempenham um papel de inimigos cruciais no controle de suas populações. Compreender esses algozes é fundamental para apreciar o equilíbrio ecológico e, em certas situações, para auxiliar na diminuição da ocorrência desses aracnídeos peçonhentos em áreas urbanas.
No Brasil, diversas espécies, como o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) e o escorpião-marrom (Tityus bahiensis), servem de alimento para uma variedade de animais, que vão desde anfíbios até aves e outros artrópodes.
A natureza mantém um equilíbrio delicado, e até mesmo escorpiões perigosos possuem predadores que controlam suas populações. De sapos a aves e mamíferos, esses animais são cruciais para o ecossistema.
Em cidades, onde escorpiões podem ser um problema, proteger predadores como sapos e corujas é uma tática de controle natural. Contudo, é essencial prevenir: evite lixo e entulho, que servem de abrigo para escorpiões e suas presas.
Posso citar o exemplo da cidade de São Paulo. Por aqui os escorpiões estão fazendo a festa e nos preocupando muito. E de quem é a culpa? Um monte de fatores que parecem conspirar contra nós. A cidade crescendo sem planejamento, com entulho e lixo por todo canto, vira um paraíso para eles.
E cadê os gambás, lagartos e sapos que poderiam dar um jeito nisso? Sumiram! Pra piorar, o escorpião-amarelo se reproduz sozinho e ainda tem um banquete de baratas à disposição.
O resultado é que nos últimos dez anos, o número de picadas simplesmente explodiu, mais que dobrou. Em 2022, o Estado de São Paulo registrou 42.757 acidentes com escorpiões, sendo o maior notificador do país, segundo o Ministério da Saúde. Esse número representa um aumento em comparação com anos anteriores, com destaque para um aumento de 22% em relação a 2021.

Em 2023, houve 200 mil acidentes com escorpiões em todo o Brasil, conforme o Ministério da Saúde. O Sudeste liderou em número de casos, com 93.369 registros. Apenas em São Paulo, foram 48.655 notificações, o que representa 24% do total nacional e um crescimento de 15% em relação ao número do ano anterior.
Se sua área tem muitos escorpiões, a presença desses predadores pode ser uma ajuda invisível. Abaixo, apresentamos os principais predadores naturais dos escorpiões, com foco naqueles presentes em nosso país, incluindo em regiões rurais e periurbanas.
Leia mais:
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7 predadores naturais dos escorpiões
Sapo-cururu (Rhinella icterica)

O sapo-cururu, também conhecido como sapo-boi, é um dos maiores anfíbios do Brasil e um dos principais predadores de escorpiões. Com seu corpo robusto e hábitos noturnos, ele caça insetos, aranhas e até pequenos escorpiões.
Características e alimentação:
- Possui glândulas de veneno, mas não é afetado pela picada de escorpiões comuns.
- Alimenta-se de pequenos animais que encontra no chão, incluindo escorpiões jovens.
- É comum em áreas úmidas, jardins e até em zonas urbanas próximas a matas.
Apesar de sua aparência pouco atraente, o sapo-cururu é um aliado no controle de pragas porque é um predador generalista. Inclui escorpiões em sua alimentação, especialmente em ambientes urbanos e rurais onde ambas as espécies coexistem.
Estudo de campo do Instituto Butantan de 2018 observou que sapos-cururus capturam escorpiões-amarelos jovens e adultos, mas preferem indivíduos menores (até 5 cm).
O sapo ataca rapidamente, engolindo o escorpião antes que ele consiga picar. Ele não é imune, mas possui resistência maior que outros animais devido a proteínas plasmáticas que neutralizam toxinas (estudo publicado no Journal of Venomous Animals and Toxins em 2020).
O sapo-cururu é um aliado importante, porém subestimado, no controle de escorpiões. Sua resistência ao veneno e hábitos alimentares o tornam eficaz, mas não é uma solução isolada. Para cidades é interessante combinar a preservação de sapos-cururus (evitar morte por pesticidas) e controle integrado (limpeza urbana e vedação de abrigos).
Coruja-buraqueira (Athene cunicularia)

Essa pequena coruja, comum em campos e pastagens, é uma caçadora eficiente de pequenos animais, incluindo escorpiões. Estudos publicados na Revista Brasileira de Ornitologia confirmam pelo conteúdo estomacal e regurgitações (pelotas) que escorpiões representam até 15% da dieta dessa coruja em regiões do Cerrado e da Caatinga.
Características e alimentação:
- Vive em buracos no chão e caça principalmente à noite, período de maior atividade dos escorpiões (noite e crepúsculo).
- Ataca com garras afiadas, evitando a picada ao imobilizar o escorpião pela cauda.
- Consome principalmente espécies pequenas (como Tityus bahiensis), mas também jovens de T. serrulatus.
- É comum em áreas abertas e até em cidades do interior. Vive em campos de futebol, terrenos baldios e áreas rurais, justamente onde escorpiões proliferam.
Sua visão aguçada e voo silencioso a tornam uma predadora temível para os escorpiões. Não é imune ao veneno do escorpião, mas é resistente graças à sua técnica de caça que minimiza os riscos. Evita o télson (ferrão) ao segurar o escorpião pelas patas ou metassoma (parte posterior).
Estudos em cativeiro (UFMG, 2020) mostraram que corujas rejeitam escorpiões grandes, maiores que 6 cm), sugerindo cautela instintiva. Mesmo assim, a taxa de consumo é alta. Uma única coruja pode comer até 50 artrópodes por noite, incluindo escorpiões. E, diferente de mamíferos (como gatos), aves têm menor sensibilidade a toxinas de escorpiões.
Lacraia (Scolopendra gigantea e outras)

Apesar de também ser um artrópode peçonhento, a lacraia (ou centopeia-gigante) é uma predadora natural de escorpiões, principalmente os menores. No Brasil, a lacraia-gigante (Scolopendra viridicornis) e a lacraia-vermelha (Scolopendra subspinipes) são as que mais interagem com escorpiões.
A lacraia possui corpo segmentado com múltiplas patas e veneno potente. Caça à noite, atacando insetos, aranhas e até filhotes de escorpião. Também é curioso notar que a competição entre lacraias e escorpiões pode levar ao canibalismo, com as lacraias geralmente levando vantagem.
Entretanto, lacraias não são uma solução prática para controlar infestações de escorpiões. São noturnas, reclusas e caçam menos presas que gambás ou lagartos. Além disso, também são perigosas e suas picadas causam dor extrema e necrose em humanos.
Ambos vivem sob pedras, entulhos e folhas secas e competem pelo mesmo habitat. Portanto, a lacraia é um inimigo natural ocasional de escorpiões, mas não deve ser incentivada como controle biológico devido ao seu perigo para humanos. Seu papel ecológico é mais relevante no controle de baratas e grilos (outras presas preferenciais).
Tamanduá-mirim (Tamandua tetradactyla)

Não só de formigas vive um tamanduá. Esse pequeno mamífero, parente do tamanduá-bandeira, tem uma dieta baseada em formigas e cupins, mas também consome escorpiões quando os encontra.
Apesar de preferir insetos, não recusa um escorpião quando o encontra em troncos ou folhas secas. Possui garras fortes para escavar e uma língua comprida para capturar presas. Vive em matas e áreas de cerrado, mas pode aparecer em zonas rurais e semiurbanas.
Só que há ressalvas importantes no consumo de escorpiões pelo tamanduá-mirim:
- Estudos de conteúdo estomacal realizados pela Embrapa, em 2015, mostram que menos de 5% da dieta inclui outros artrópodes, como escorpiões e aranhas.
- Prefere presas fáceis, escorpiões só são consumidos quando o tamanduá os encontra acidentalmente em troncos ou folhas secas.
- Evita espécies grandes. Dados do Projeto Tamanduá sugerem que ele raramente ataca Tityus serrulatus adultos (devido ao veneno potente).
O tamanduá não é imune ao veneno do escorpião, escorpiões grandes podem picar sua boca ou focinho, causando dor e inchaço. Porém, a língua rápida e a saliva espessa reduzem o risco de ferroadas e a pele grossa nas patas dianteiras oferece alguma resistência ao veneno.
O tamanduá-mirim não é um controle efetivo contra infestações de escorpiões, mas sua presença em áreas naturais ajuda a manter o equilíbrio ecológico.
Galinha-doméstica (Gallus gallus domesticus)

Pode parecer surpreendente, mas as galinhas são excelentes caçadoras de escorpiões e outros pequenos animais e uma das soluções mais eficazes (e naturais) para controle em zonas rurais e periurbanas.
Características e alimentação:
- Ciscam o solo em busca de insetos, aranhas e escorpiões.
- Suas bicadas rápidas evitam que o escorpião as pique.
- São comuns em sítios e áreas rurais, ajudando no controle natural de pragas.
As galinhas ciscam o solo e devoram escorpiões de todos os tamanhos, incluindo o escorpião-amarelo (Tityus serrulatus). Como técnica de caça, bicam rapidamente o escorpião, evitando o ferrão e engolem a presa inteira, neutralizando o veneno no sistema digestivo (ácido estomacal degrada as toxinas).
Em sítios do interior de Minas Gerais e São Paulo, propriedades com galinhas livres têm até 70% menos relatos de escorpiões. E em relação à resistência ao veneno, são quase imunes por conta do pH ácido do estômago (em torno de 2.0) e enzimas digestivas quebram as toxinas antes que causem danos.
Estudo de referência e pesquisas da UNESP de Botucatu confirmaram que galinhas criadas soltas consomem até 20 escorpiões por mês sem efeitos adversos, o que é uma grande vantagem no controle biológico. E, além disso, as galinhas fazem uma prevenção indireta, porque ao comerem baratas (principal alimento dos escorpiões), reduzem a fonte de nutrição da praga.
Outra vantagem é o baixo custo, afinal, não requerem químicos ou infraestrutura complexa – só espaço para ciscar.
Gambá (Didelphis albiventris)

O gambá, comum em áreas rurais e até urbanas, é um dos poucos mamíferos que caçam escorpiões sem sofrer grandes efeitos do veneno.
Características e alimentação:
- Possui certa resistência ao veneno de escorpiões e serpentes.
- Tem hábitos noturnos e dieta variada, incluindo frutas, insetos, pequenos roedores e escorpiões.
- É frequentemente visto revirando lixo ou folhas no chão em busca de alimento.
Estudos do Instituto Butantan comprovam que o gambá possui proteínas no sangue que neutralizam toxinas de escorpiões e serpentes. A dose letal para humanos não o afeta, o gambá pode ser picado repetidamente sem efeitos graves.
Os escorpiões são mais ativos no período noturno, o mesmo horário em que o gambá caça. Ele se aproxima silenciosamente e esmaga o escorpião com as patas, evitando o ferrão e come desde filhotes até adultos grandes.
Por isso, fica a dica: não mate os gambás, eles são aliados gratuitos. Ofereça abrigos seguros, como deixar espaços como ocos de árvores ou caixas de madeira em terrenos. E evite venenos, os inseticidas podem intoxicar gambás e quebrar a cadeia de controle natural.
Lagarto teiú (Salvator merianae)

O teiú, um dos maiores lagartos do Brasil, é um predador oportunista que não hesita em comer escorpiões quando os encontra. Este réptil pode chegar a mais de 1 metro de comprimento e tem mandíbulas fortes que auxiliam na caça. Sua resistência e tamanho o tornam capaz de enfrentar escorpiões adultos sem grandes riscos.
Possui imunidade quase total ao veneno por causa de sua pele resistente e metabolismo acelerado e está presente em zonas rurais e periferias urbanas, onde busca alimento no solo. Por ser um lagarto majoritariamente terrestre, ele explora os mesmos habitats onde os escorpiões são encontrados (sob pedras, troncos e frestas), aumentando a chance de encontro.
Sua natureza onívora e generalista significa que ele não é seletivo a ponto de ignorar escorpiões, caso eles representem uma fonte de alimento acessível. Se alimentam de uma grande diversidade de itens, tanto animais quanto vegetais. Na natureza, sua dieta pode incluir:
- Invertebrados: insetos, caramujos, aranhas e, sim, escorpiões.
- Pequenos vertebrados: aves, roedores, anfíbios, outros lagartos, cobras e ovos.
- Vegetais: frutas e folhas.
- Até mesmo carniça.
Novamente fica a ressalva que, embora o teiú seja um predador natural de escorpiões, a presença de teiús por si só não é uma solução única ou garantida para o controle de infestações de escorpiões em ambientes urbanos.
O controle de pragas envolve uma abordagem integrada que inclui saneamento básico e eliminação de abrigos para os escorpiões. No entanto, em seu habitat natural, o teiú certamente desempenha um papel no controle populacional de diversas espécies, incluindo escorpiões.
Prevenção e preservação de predadores naturais
A prevenção envolve ações como eliminar focos de proliferação (limpeza, vedação de frestas e colocação de telas em ralos), controle químico especializado e preservação de predadores naturais. Em caso de picada, lavar o local e procurar socorro médico imediato.
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Cidades
Serra recebe maior evento de tecnologia do Brasil a partir de segunda-feira (6)

A Serra será palco do maior evento de tecnologia do Brasil: a 80ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA). O encontro acontece com cerimônia de abertura marcada para segunda-feira (6), às 19h, no Pavilhão de Carapina. Até a próxima quinta-feira (9), o evento vai reunir milhares de profissionais e especialistas nacionais e internacionais, consolidando o município como referência em inovação, ciência e desenvolvimento tecnológico.
A realização do evento conta com o apoio da Prefeitura da Serra. Para o prefeito da Serra, Weverson Meireles, sediar o maior evento de tecnologia do Brasil reforça o compromisso da Serra com a inovação e o desenvolvimento sustentável.
“A Serra é pioneira em projetos de inovação, como a inauguração da primeira avenida inteligente do estado, que integra tecnologia e sustentabilidade para melhorar a qualidade de vida da população. Além disso, estamos investindo em projetos robustos de mobilidade urbana, como a Terceira Via, o Contorno de São Domingos e a municipalização do trecho urbano da BR-101. Essas iniciativas vão melhorar a fluidez do trânsito, tornando a cidade mais moderna e oferecendo uma infraestrutura urbana de excelência para todos os serranos”, defende.
Para a vice-prefeita da Serra, Gracimeri Gaviorno, a realização do evento no município demonstra a relevância da cidade no debate sobre desenvolvimento tecnológico e inovação em um cenário nacional.
“É uma honra para a Serra receber o maior evento de tecnologia do Brasil e um dos maiores da América Latina. Ser o palco da Semana Oficial de Engenharia e Agronomia mostra a relevância do nosso município no cenário nacional e internacional, colocando a cidade no centro de discussões sobre inovação, sustentabilidade e o futuro da engenharia e da agronomia. Este encontro reafirma o potencial da Serra como um lugar de oportunidades e de desenvolvimento”, diz.
A secretária de Obras da Serra, Izabela Roriz, analisa que um evento com expectativa de milhares de participantes, entre pesquisadores, profissionais e especialistas nacionais e internacionais, tem a capacidade de projetar, ainda mais, a Serra entre as cidades de destaque no cenário de inovação e tecnologia.
“A realização da Semana Oficial de Engenharia e Agronomia na Serra reforça o compromisso do município com o desenvolvimento tecnológico, por meio de obras modernas e sustentáveis. É muito simbólico que um evento que debate tecnologia e futuro da engenharia aconteça aqui, onde estamos investindo em infraestrutura que transforma a vida das pessoas e projeta a cidade para os próximos anos”, afirma.
Programação
Entre os destaques estão os painéis sobre Inteligência Artificial aplicada à Engenharia, o uso de big data e BIM em escala para transformar obras públicas e privadas, além de minicursos práticos com foco em drones, gestão de riscos elétricos e estruturas de aço. A programação também abre espaço para discutir cidades inteligentes, bioenergia e novos caminhos para a sustentabilidade.
O evento se diferencia ainda pela abordagem inclusiva e plural. Estão previstos painéis como “Quebrando barreiras: Indígenas e a Engenharia”, que dá voz a lideranças indígenas na construção de soluções sustentáveis, e o “Painel Mulher: o Futuro é Nosso”, que debate o papel feminino em áreas como tecnologia e inteligência artificial. Outro ponto alto será a discussão sobre como a engenharia pode melhorar a vida de pessoas com deficiência, com participação de especialistas, paratletas e ativistas.
Além da inovação e da diversidade, a programação traz experiências que unem emoção e conhecimento. Um dos momentos mais aguardados é a palestra de Ricardo Trajano, único sobrevivente do voo Varig 820, que compartilha sua trajetória marcada pela superação. A SOEA também terá atrações culturais com artistas renomados.
Para conferir a programação completa, cique aqui
Fonte: Secom-PMS Texto: Jonathas Gomes – Foto: Willian Alcântara
Tecnologia
Metanol: Anvisa regulamenta produção industrial de antídoto

Segundo O GLOBO, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai publicar, ainda na noite desta sexta-feira (3), uma resolução que regulamenta a produção em larga escala de etanol farmacêutico, substância usada como antídoto em casos de intoxicação por metanol. O documento estabelece procedimentos temporários e extraordinários para ampliar a fabricação do chamado etanol injetável.
De acordo com o Ministério da Saúde, já foram registradas 113 notificações de intoxicação por metanol após ingestão de bebidas alcoólicas em seis estados: São Paulo, Pernambuco, Bahia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. 11 casos foram confirmados, todos em São Paulo.

Regulação do antídoto do metanol
- Com a nova resolução da diretoria colegiada, a previsão da Anvisa é que a produção possa começar em larga escala nos próximos dias e que o antídoto esteja disponível em até uma semana, segundo o diretor-presidente da agência, Leandro Safatle;
- Em entrevista ao GLOBO, Safatle explicou que a fabricação do etanol farmacêutico não era regulamentada porque os casos de contaminação por metanol no Brasil eram raros, com média de 20 registros por ano;
- Ele detalhou que o país também não possui autorização para produzir o fomepizol, outro antídoto utilizado nesses casos. “A produção é mais complexa e não há ainda a possibilidade de produzir o antídoto localmente a curto prazo”, disse;
- Segundo o diretor, hospitais, laboratórios e farmácias de manipulação já têm capacidade técnica para fabricar o etanol farmacêutico, mas ainda não em escala industrial.
“Temos etanol no país para atender aos casos de contaminação. Muitos hospitais universitários já têm algum volume desse etanol. O que a gente está fazendo hoje é uma resolução para regulamentar a produção desse etanol em escala industrial, em laboratórios, dando essa capacidade para poder autorizar, viabilizar a produção do etanol em grande escala”, afirmou Safatle.
O presidente da Anvisa destacou que a medida é uma “precaução” para evitar falta do antídoto em caso de aumento dos casos de contaminação.
O Ministério da Saúde, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), já adquiriu 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico e está em processo de compra de mais cinco mil tratamentos, o que equivale a 150 mil ampolas, para garantir o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Leia mais:
- O que é metanol? Entenda por que é perigoso e se é possível identificá-lo em bebidas alcoólicas
- Intoxicação por metanol: Ministério da Saúde define como é um caso suspeito
- Mortes por metanol em SP: saiba quais são os sintomas da intoxicação
Casos só aumentam
Nesta sexta-feira (3), a pasta confirmou novamente os 113 registros de intoxicação, sendo 11 casos confirmados e 102 em investigação. Do total, 101 notificações ocorreram em São Paulo, onde estão todos os casos confirmados até o momento. Há ainda casos em investigação em Pernambuco, Bahia, Distrito Federal, Paraná e Mato Grosso do Sul.
Safatle também revelou que um grande laboratório farmacêutico brasileiro se ofereceu para doar etanol ao governo federal, caso haja necessidade. “Um laboratório garantiu que poderia fornecer de graça para o Ministério da Saúde, fazer uma doação dessa produção para abastecer (a rede pública) caso seja necessário”, afirmou, não revelando o nome do laboratório.
O metanol e o etanol são álcoois semelhantes em aparência — ambos incolores e inflamáveis —, mas diferem na composição química. O metanol possui um átomo de carbono, enquanto o etanol tem dois.

Apesar da diferença parecer pequena, ela é decisiva: o metanol é altamente tóxico ao organismo humano, sendo processado de maneira diferente pelo corpo. A substância é usada em produtos industriais, como líquidos de limpeza de para-brisas, anticongelantes e combustíveis.
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Aprendemos errado? Conheça 12 legumes que, na verdade, são frutos

Desde cedo, aprendemos a diferenciar frutas e legumes de forma simples, onde as frutas seriam as partes doces consumidas como sobremesa e os legumes, os alimentos presentes em pratos salgados, como saladas, sopas e refogados.
Mas, essa divisão é muito mais cultural do que científica. Do ponto de vista da botânica, muitos dos alimentos que chamamos de legumes são, na verdade, frutos, porque se desenvolvem a partir do ovário das flores e possuem sementes.
O erro acontece porque a linguagem popular leva em conta o uso culinário e não a classificação científica, então, vegetais consumidos em pratos salgados, sem sabor adocicado, são chamados de legumes.
Porém, para os botânicos, a classificação correta depende de critérios específicos, como a origem do alimento dentro da planta e sua estrutura reprodutiva. Por isso, itens como tomate, berinjela, abobrinha e pimentão são tecnicamente frutos, mesmo que culturalmente sejam tratados como legumes.
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Essa diferença pode parecer apenas um detalhe, mas mostra como ciência e cultura podem se afetar de formas curiosas. Além de mudar a maneira como vemos nossa alimentação, esse conhecimento ajuda a entender melhor o mundo vegetal e sua diversidade. Veja a seguir na matéria 12 legumes populares que, na verdade, são frutos.
12 legumes que, na verdade, são frutos
Tomate
O tomate é o exemplo clássico de um alimento que achamos que é legume, mas que, na verdade, é um fruto. Botanicamente, ele é um fruto do tipo baga, desenvolvido a partir do ovário da flor e contendo sementes em seu interior.

Apesar de ser consumido em molhos, saladas e pratos salgados, sua estrutura o classifica claramente como fruta. O tomate é rico em licopeno, antioxidante associado à prevenção de doenças cardiovasculares, e por isso também é valorizado na nutrição.
Pimentão
Assim como o tomate, o pimentão faz parte da família das solanáceas e é considerado um fruto. Ele nasce da flor e abriga sementes, o que o enquadra nessa categoria botânica.

Pode ser encontrado nas variedades verde, vermelha, amarela e até roxa, sendo muito usado em refogados e assados, trazendo sabor característico e valor nutricional. É rico em vitamina C e antioxidantes, reforçando o sistema imunológico e ajudando a combater radicais livres.
Abóbora
A abóbora costuma ser muito usada em sopas, purês e pratos típicos, mas na botânica ela é classificada como fruto do tipo pepônio, assim como o pepino e o melão. Seu interior possui sementes que podem ser consumidas torradas ou usadas na produção de óleo vegetal.

Além disso, a abóbora é fonte de fibras e betacaroteno, pigmento natural que o corpo converte em vitamina A, essencial para a saúde dos olhos e da pele.
Abobrinha
A abobrinha é outro exemplo de fruto confundido com legume, já que também pertence à família das cucurbitáceas, a mesma da abóbora, e apresenta sementes em sua polpa clara e macia. Versátil na culinária, pode ser grelhada, refogada, recheada ou até mesmo usada em bolos e sobremesas.

Nutricionalmente, é leve, com baixa quantidade de calorias e alto teor de água, sendo indicada em dietas equilibradas e para a hidratação do organismo.
Pepino
É muito comum vermos o pepipo como um legume usado em saladas e conservas, mas é um fruto do tipo pepônio, possuindo sementes internas e nascendo a partir da flor da planta. Muito refrescante, é composto em grande parte por água e contribui para a hidratação.

Além de seu uso na gastronomia, o pepino é famoso em cuidados estéticos, sendo aplicado na pele e nos olhos devido ao efeito calmante e antioxidante.
Berinjela
A berinjela também pertence à família das solanáceas e é um fruto, mesmo que normalmente seja consumida como legume. Sua casca roxa característica e a polpa esponjosa com sementes são inconfundíveis, sendo um alimento rico em fibras, vitaminas do complexo B e minerais como potássio e magnésio.

Além de saborosa, a berinjela tem propriedades que auxiliam na redução do colesterol e no controle da pressão arterial, sendo muito valorizada em dietas saudáveis.
Chuchu
O chuchu, popular na culinária brasileira, é tecnicamente um fruto da família das cucurbitáceas. Ele cresce a partir da flor da planta e contém uma semente única em seu interior, e mesmo que seja conhecido pelo sabor suave, o chuchu é nutritivo, rico em água e minerais como magnésio e potássio.

Por ser leve e de fácil digestão, é indicado em dietas para todas as idades, além de combinar bem com pratos cozidos, refogados e ensopados.
Vagem
Apesar de ser tratada como legume, a vagem é uma vagem-fruto produzida pelo feijoeiro, contendo sementes em seu interior. Na botânica, frutos do tipo vagem se desenvolvem a partir do ovário da flor e armazenam sementes alinhadas.

Fonte de fibras, proteínas e vitaminas, a vagem é muito usada em saladas, sopas e guarnições, sendo considerada um alimento leve e versátil. Seu consumo contribui para a saciedade e para o bom funcionamento do intestino.
Ervilha
Assim como a vagem, a ervilha também é um fruto que é considerado um legume, por conter sementes no interior de sua vagem. Quando fresca, pode ser consumida diretamente em pratos leves, mas também aparece na versão seca para sopas e caldos.

Rica em proteínas vegetais, fibras e vitaminas, a ervilha é uma ótima opção para quem busca alternativas saudáveis e sustentáveis. Além disso, seu cultivo é importante economicamente em diversas regiões do mundo.
Azeitona
A azeitona pode parecer um caso à parte, mas também é um fruto, mais especificamente uma drupa, assim como a ameixa e o pêssego. Desenvolve-se a partir da flor da oliveira e possui um caroço central.

Ela costuma ser consumida em conservas ou como ingrediente de pães, saladas e pizzas, mas sua maior importância está no azeite de oliva, extraído da polpa. A azeitona é rica em gorduras boas, antioxidantes e vitamina E, benéficos para a saúde cardiovascular.
Jiló
Conhecido por seu sabor amargo, o jiló também pertence à família das solanáceas, sendo um fruto e não um legume. Ele nasce da flor da planta e apresenta sementes em sua polpa esverdeada.

Apesar de dividir opiniões no paladar, é altamente nutritivo, com propriedades antioxidantes e baixo valor calórico. Seu consumo regular auxilia no controle da glicemia e no bom funcionamento do fígado, além de ser bastante usado na culinária brasileira em pratos refogados.
Milho
O milho, apesar de ser considerado por muitos um cereal, botanicamente também é classificado como fruto, já que cada grão de milho é um fruto seco do tipo cariopse, em que a semente está unida ao pericarpo.

Muito usado em preparações doces e salgadas, como pamonha, curau e pipoca, o milho é uma importante fonte de carboidratos, fibras e vitaminas do complexo B. É um alimento energético e versátil, cultivado em larga escala no Brasil e no mundo.
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