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Melhoria da qualidade da água da Serra em debate

Colunista Noel Junior

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Os episódios de turbidez na água fornecida pela Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) ao município da Serra pautou o debate na reunião extraordinária da Comissão de Meio Ambiente realizada na tarde desta quarta-feira (15) na Assembleia Legislativa (Ales). Ambientalistas e moradores de outras cidades também apresentaram reclamações sobre o serviço prestado pela empresa pública.

No início do encontro, o deputado Gandini (Cidadania), presidente do colegiado, destacou que muitas pessoas estavam reclamando do serviço da Cesan nos últimos meses. Ele explicou que o saneamento é um serviço municipal, mas que a Cesan, que é uma empresa estadual, cuida da maior parte das cidades capixabas. 

Eraylton Moreschi, presidente da ONG Juntos SOS ES Ambiental, fez um histórico da participação da entidade em diversos encontros na Ales que discutiram a qualidade da água fornecida pela Cesan. Para ele, a água de modo geral é ruim, provoca mal-estar e doenças nas pessoas, além de ter a presença de produtos cancerígenos. Diante dos fatos, Moreschi informou que foram feitas várias denúncias e pedidos de providências às autoridades capixabas.

Quem também participou da reunião foi o jornalista Bruno Lyra, que atuou por anos na área de jornalismo ambiental, em especial, na região da Serra. Ele disse que várias reportagens produzidas após reclamação de moradores detectaram turbidez na água e odor ruim. Tais problemas, apontou, teriam sido causados por excesso de barro e uso de produtos químicos.

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Lyra falou que nos últimos anos percebeu o aumento da frequência da suspensão do serviço de fornecimento de água na Serra. Ele comentou que o município é abastecido pela água dos rios Santa Maria e Reis Magos, e que esse último possui um problema relacionado à salinidade da água no manancial.

Fotos da reunião

Cesan

O posicionamento da Cesan em virtude dos relatos coube ao gerente Metropolitano Norte Carlos Augusto Dilem. Ele contou que a empresa está presente em 53 dos 78 municípios capixabas e que possui 92 Estações de Tratamento de Água (ETA) e 102 de Esgoto (ETE). As demais cidades são atendidas pelos Serviços Autônomos de Água e Esgoto (Saaes) ou por empresa privada.

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Dilem afirmou que a turbidez é apenas um dos vários parâmetros de potabilidade monitorados pela Cesan em relação à qualidade da água e que quando determinados padrões são ultrapassados é preciso suspender o serviço. “Quando tem uma situação de barro muito grande na entrada existe suspensão do abastecimento porque não há condições de tratar”, esclareceu.

Segundo o gerente, houve realmente um crescimento das reclamações de usuários da Serra neste ano, com um pico na ETA de Carapina, que abastece boa parte do município e está funcionando no limite da capacidade. Entre 1º de janeiro e 13 de março foram 492 reclamações, referentes a 398 imóveis, sendo 328 na área coberta por Carapina.

Ele frisou que as ocorrências foram pulverizadas entre os diversos bairros da cidade, mas que todas foram atendidas pelas equipes da Cesan, com as devidas orientações aos moradores. Além disso, que alguns imóveis demoraram um pouco mais a resolver o problema porque ficavam em “pontas de redes”. A solução definitiva, contudo, deve acontecer após a conclusão da ampliação da ETA, prevista para 2024, e que vai contar com melhoria da tecnologia de tratamento.

Em relação à salinidade da água oriunda da ETA Reis Magos, alegou que em virtude da característica do manancial de vez em quando a salinidade atinge um nível elevado e que o procedimento acaba sendo mesmo o corte no abastecimento. Entretanto, reforçou que na maior parte dos casos a população não sente o problema porque o sistema faz o uso da água da ETA Carapina.

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Ahnaiá Silva, do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), disse que a questão da qualidade da água está ligada à captação da água bruta no manancial. Ela informou que o órgão vem monitorando as áreas que precisam de recuperação ambiental e pediu atenção aos municípios na hora de fazer os licenciamentos ambientais.

Punição

Odyléa Tassis, diretora de Saneamento Básico da Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (Arsp), enfatizou que a autarquia faz as fiscalizações necessárias, inclusive, na Serra, onde a Cesan já foi notificada. “O objetivo não é ficar distribuindo penalidades, mas corrigir as pendências. A agência caminha nesse sentido”, garantiu.

Gandini sugeriu aos municípios que tenham suas próprias agências fiscalizadoras, pois eles acabam passando essa atribuição para o Estado, que muitas vezes não consegue atender a todos adequadamente. “O município poderia conceder o serviço (de água e esgoto), mas não o da regulação. Poderia acompanhar mais de perto o serviço”, pontuou.

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Outras ocorrências 

Paulo Pimentel, do Comitê das Bacias Hidrográficas do Litoral Centro-Norte, enfatizou que o problema com a qualidade da água também ocorre em Aracruz. De acordo com ele, essa semana as torneiras em Vila do Riacho estavam com a água ruim.

Liderança comunitária de São Benedito, Valmir Rodrigues falou que a falta de água é um problema constante em toda a região de morros de Vitória. “Hoje tivemos um grande problema e a equipe da Cesan está na região tentando resolver”, salientou. Para ele, a solução passa pela construção de um reservatório, que chegou a ter as obras iniciadas em 2015, mas que não foram concluídas.

Conclusões

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A deputada Iriny Lopes (PT) ponderou que a qualidade da água passa pelo cuidado com os mananciais e com os licenciamentos ambientais para atividades econômicas nos cursos dos rios. Ela apontou que a questão da turbidez da água na Serra é responsabilidade da Cesan, mas que outros problemas deveriam ser respondidos pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e de Recursos Hídricos (Seama), que não enviou representante.

Ela ainda contou que recebeu uma comissão formada por representantes de moradores de São Mateus que reclamavam da água salobra que continuava a chegar nas torneiras dos imóveis. Além disso, que territórios quilombolas estão sem água, sendo abastecidos apenas por carros-pipa. 

Ao final da reunião Gandini deliberou que iria convocar integrantes da Seama para uma próxima reunião em que o assunto seria especificamente a política pública da pasta para os cursos d’água. “A gente precisa entender o que está sendo feito até para fiscalizar”, argumentou.

Reuniões

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No encontro ainda foi definido que as reuniões ordinárias do colegiado ocorrerão às quartas-feiras, às 14 horas, no Plenário Rui Barbosa. O deputado Tyago Hoffmann (PSB) também participou dos trabalhos. 

Fonte: ALES Por Gleyson Tete, com edição de Nicolle Expósito  Foto: JV Andrade

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Governo do Estado prevê orçamento de R$ 24,9 bi para 2024

Colunista Noel Junior

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O Governo do Estado do Espírito Santo encaminhou para apreciação da Assembleia Legislativa do Estado o Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2024, com previsão de uma receita total dos orçamentos da Seguridade e Fiscal de R$ 24,930 bilhões. O valor é 10,8% superior ao estimado para 2023, que foi de R$ 22,5 bi. O PLOA estima a receita e fixa a despesa do Estado para o exercício financeiro de 2024.

A receita contempla a arrecadação direta do Estado proveniente de impostos, taxas e contribuições, transferências do Governo Federal, recursos de operações de crédito com instituições financeiras nacionais e internacionais e convênios. Os investimentos previstos pelo Poder Executivo estão estimados em R$ 2.776,92 bilhões.

As principais áreas a receberem recursos do orçamento do Poder Executivo no próximo ano são: Saúde, com R$ 3.824,60 bilhões; Educação, com R$ 3.215,59 bilhões; Segurança, com R$ 2.819,83 bilhões; e Infraestrutura, com R$ 2.085,24 bilhões.

“A proposta orçamentária segue as diretrizes que norteiam a atual gestão, sob liderança do governador Renato Casagrande, prezando pela manutenção do equilíbrio fiscal, pelo fortalecimento das políticas públicas e pela celeridade na execução dos investimentos programados. É um orçamento realista, com olhar sobre o que já estamos executando em cada área de governo e com a perspectiva de continuidade e fortalecimento das metas estabelecidas, de forma que os recursos públicos sejam aplicados com eficácia nas prioridades estabelecidas no processo de planejamento estratégico e em consonância com os anseios da população capixaba”, destacou o secretário de Estado de Economia e Planejamento, Álvaro Duboc.

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O secretário de Estado da Fazenda, o auditor fiscal Benicio Costa, ressaltou que o Espírito Santo é referência em solidez fiscal e equilíbrio nas contas públicas, o que possibilita ao Governo do Estado a realização de investimentos de grande vulto em áreas que fazem a diferença para a vida do cidadão, em áreas como a Educação, a Saúde e a Segurança. “O Espírito Santo segue registrando volume recorde de investimentos, e vamos manter esse ritmo em 2024. Isso é resultado de um Estado financeiramente organizado e que conta com uma política fiscal eficiente. Esses fatores fomentam um ambiente de negócios atrativo, favorecendo a instalação de novos empreendimentos e o crescimento econômico e social”, destacou Benicio Costa.

Em relação aos demais poderes, estão previstos R$ 3.014,91 bilhões, contemplando Poder Judiciário, Assembleia Legislativa, Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas e Defensoria Pública Estadual, sendo de R$ 360 milhões destinados ao aporte para aportes previdenciários dos Demais Poderes, conforme prevê a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) 2024.

Os dados foram apresentados em coletiva de imprensa, que também contou com a presença do subsecretário de Estado do Tesouro, Bruno Dias, e do gerente de Arrecadação e Cadastro da Secretaria da Fazenda (Sefaz), Geovani Brum.

Entre os projetos em destaques para a gestão estão: a ampliação da educação em tempo integral; a modernização da estrutura e da segurança das unidades escolares; as construções do Hospital Geral de Cariacica, do Complexo de Saúde do Norte e demais reformas e adequações na rede de saúde; a ampliação da oferta de consultas, exames e cirurgias eletivas; o fortalecimento das forças policiais, com modernização, tecnologia e nossas ferramentas de estratégia, como a ampliação do Cerco Inteligente e os investimentos em inteligência; implantações e revitalizações de rodovias por todo o Estado; continuidade nas ações de macrodrenagem e outras voltadas a infraestrutura urbana e rural, entre outros.

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Participação popular

Durante todo o mês de maio de 2023, o Governo do Estado realizou Audiências Públicas por diferentes microrregiões, de norte a sul do Estado, de forma a ouvir a população capixaba sobre as prioridades e propostas julgadas relevantes pelos moradores de cada microrregião. Os encontros presenciais aconteceram de forma aberta, livre e gratuita, momento em que a população teve participação direta, em microfone, podendo opinar e questionar sobre os projetos e as ações de governo, com pronta e imediata resposta de gestores governamentais e intermediação de equipes técnicas.

A consulta popular também foi realizada em formato on-line, mediante um cadastramento simples por parte do cidadão em que foram solicitados apenas nome, e-mail e município. No site, a população selecionou sua microrregião e, em seguida, a área estratégica de interesse e pode destacar os desafios que julgaram pertinentes, fez comentários, acrescentou informações nesses desafios, ou ainda fez contribuições avulsas.

As contribuições colhidas durante o processo de consulta popular subsidiaram a elaboração do Projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) 2024, além do projeto de lei (PL) do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, já encaminhado pelo Executivo para apreciação da Assembleia Legislativa.

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Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da SEP
Larissa Linhalis
(27) 3636-4258 / 98102-0236
comunicacao@sep.es.gov.br

Assessoria de Comunicação da Sefaz
Cintia Bento Alves
(27) 3347-5511
cintia.alves@sefaz.es.gov.br

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Governo do ES anuncia aumento de 100% no valor do auxílio alimentação

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A partir de maio deste ano, o valor do auxílio alimentação pago aos servidores públicos do Poder Executivo Estadual passará de R$300 para R$600 – um aumento de 100%. O anúncio foi feito, nesta terça-feira (02), pelo governador do Estado, Renato Casagrande.

A ação beneficiará mais de 50 mil profissionais que estão em atividade. O projeto de Lei com a proposta será encaminhado, ainda nesta semana, para a análise da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales).

Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Seger
Vitor Possatti Rodrigues
vitor.rodrigues@seger.es.gov.br

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Lideranças querem manter alfândega no ES

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O presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), deputado estadual Marcelo Santos (Podemos), juntamente com representantes da bancada federal capixaba e do Sindicato dos Exportadores do Estado (Sindiex), se reúnem nesta terça-feira (25) com o secretário especial da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, para discutir a permanência da Alfândega da Receita Federal do Porto de Vitória (ALF/VIT). Essa reunião é resultado do encontro que o deputado Marcelo Santos teve com os integrantes da bancada federal capixaba no último dia 12.

“A Alfândega do Porto de Vitória é a terceira maior em volume de importações e a segunda maior em valor médio de Declarações de Importação (DI) no Brasil. Além disso, a unidade é responsável pelo controle de 22 instalações e recintos alfandegados no Espírito Santo e atuará em novos projetos portuários em execução, como o Porto da Imetame, com data de início de operação para 2025. No ano passado, os portos capixabas movimentaram R$ 35 bilhões em mercadorias e a possível transferência da Alfândega para o Rio de Janeiro pode gerar prejuízos à competitividade do estado”, afirmou o presidente da Assembleia Legislativa.

Diante desses números e da relevância da alfândega para o comércio exterior do estado, Marcelo Santos considera prejudicial o processo de regionalização proposto, no qual diversos processos de trabalho, dentre eles o despacho aduaneiro de mercadorias, seriam direcionados à unidade do Rio de Janeiro. Por isso, o presidente da Assembleia Legislativa e representantes do Sindiex pleiteiam a suspensão das ações no âmbito da 7ª Região Fiscal (SRRF07) com vista a regionalização de processos de trabalho e atividades da Alfândega do Porto de Vitória/ES para a Alfândega da Receita Federal do Brasil do Porto do Rio de Janeiro – ALF/RJO, de modo a não prejudicar o comércio exterior do estado.

Fonte: Comunicação ALES Por Redação web Ales, com informações da assessoria de imprensa e edição de Nicolle Expósito  Foto: Lucas S. Costa/Arquivo Ales

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