Tecnologia
Origem da água na Terra pode ser descoberta com a ajuda de asteroides
Uma família de asteroides tem chamado atenção dos pesquisadores por poder nos ajudar a entender mais sobre o passado da Terra. Conhecidas como Erigones, essas rochas espaciais são ricas em água e podem nos dizer como essa importante molécula chegou ao planeta.
Quando asteroides são atingidos por outras rochas espaciais, o resultado pode ser a fragmentação desses em objetos muito menores que possuem características em comum, como sua órbita. A esses grupos de novos pequenos asteroides os astrônomos dão o nome de família.
Algumas das famílias de asteroides, além de compartilharem a mesma órbita, também preservam suas propriedades químicas e é nesse tipo de grupo que os astrônomos, em novo estudo publicado na revista Icarus, estão particularmente interessados. A composição primitiva dessas rochas espaciais podem fornecer informações sobre o antigo Sistema Solar.
Existem teorias de que a Terra poderia ter recebido uma fração de sua água de asteroides primitivos no início do sistema solar. Uma grande parte destas teorias consiste em compreender como estes asteroides primitivos foram transportados para o caminho da Terra. Portanto, explorar asteroides primitivos no sistema solar hoje poderia ajudar a pintar um quadro do que acontecia há tantos anos.
Brittany Harvison, autora da pesquisa, em comunicado
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A família de asteroides Erigone tem muito a revelar
A pesquisa faz parte do projeto nomeado de Primitive Asteroid Spectroscopic Survey (PRIMASS) cujo objetivo era rastrear as propriedades químicas das famílias de asteroides que preservam características do antigo sistema solar. Brittany Harvison foi quem ficou responsável por investigar as observações infravermelhas da família Erigone.
A família Erigone é cosmicamente jovem, tendo se formado há cerca de 130 milhões de anos, levando o nome do maior asteroide que compõe o grupo, o 163 Erigone, com 72 quilômetros de diâmetro. O grupo de rochas espaciais foi analisado a partir de observações feitas pelo Telescópio Infravermelho de 3,2 metros da NASA no Havaí e pelo Telescopio Nazionale Galileo de 3,58 metros nas Ilhas Canárias da Espanha.
A investigação analisou a composição de 25 objetos que compõem essa família de asteroides e revelou informações importantes sobre a química deles.
- Cerca de 43% da família Erigone é composta por asteroides carbonáceos do tipo C;
- 28% das rochas são do tipo X, um tipo diferente de objetos que provavelmente possui um espectro semelhante ao restante do grupo;
- As rochas do tipo B, uma variação dos asteroides carbonáceos, compõe 11% da família Erigone;
- Já os asteroides desconhecidos do tipo T representam 7% da população;
- Os asteroides pedregosos do tipo L e S também estão por lá, mas parecem ser intrusos ao invés de realmente membros da família.
O que chamou atenção das investigações é quão hidratadas são as rochas da família Erigone, tornando-os particularmente um alvo importante para os astrônomos. Inclusive, a missão Lucy, que irá se destinar aos asteroides troianos, irá passar primeiro pela rocha espacial carbonácea do tipo C, 52246 Donaldjohanson, que é da família de asteroides Erigone.
A passagem prevista para acontecer em 20 de abril de 2025 deverá revelar ainda mais sobre os objetos da família Erigone e começar a fornecer mais informações sobre o passado do nosso Sistema Solar, e da Terra. Além disso, a equipe do PRIMASS também poderá fazer observações com o Telescópio Espacial James Webb a partir do meio do ano.
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Meta apoia campanha para que Google e Apple verifiquem idades dos usuários
A Meta, dona de Facebook, WhatsApp, Threads e Instagram, está intensificando uma campanha para que as lojas de aplicativos, como Google Play e App Store, sejam responsáveis por verificar a idade dos usuários.
Segundo o The Washington Post, essa campanha ganhou apoio de legisladores, que propuseram novas medidas para limitar o acesso de crianças a sites e aplicativos para proteger os menores dos riscos das redes sociais.
A Meta apoia a ideia de que as lojas de aplicativos devam assumir essa responsabilidade ao invés de cada aplicativo fazer essa verificação por conta própria.
Recentemente, dois republicanos do Congresso, o senador Mike Lee e o deputado John James, anunciaram que estão preparando um projeto de lei que obriga as lojas de aplicativos a implementarem mecanismos de verificação de idade.
Essa legislação daria aos pais o direito de processar as lojas de aplicativos caso seus filhos fossem expostos a conteúdo impróprio, como material sexual ou violento.
No entanto, as lojas de apps poderiam se proteger legalmente se tomassem medidas para garantir que crianças não acessassem conteúdo nocivo, como verificar a idade dos usuários ou permitir que os pais bloqueassem o download de certos aplicativos.
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Proposta apoiada pela Meta enfrenta opositores
- A proposta de Lee e James é a primeira a abordar diretamente as lojas de aplicativos em relação à verificação de idade, medida que os legisladores consideram necessária para proteger as crianças;
- O deputado James, pai de três filhos, disse que compartilha as preocupações de muitos pais e defendeu que as lojas de apps devem verificar a idade dos usuários, assim como acontece com a venda de produtos, como álcool e cigarros;
- Porém, essa iniciativa enfrenta resistência de defensores da privacidade e do direito digital, que alertam para os riscos de coletar mais informações pessoais dos usuários;
- Além disso, grupos da indústria de tecnologia, como a App Association, que recebe financiamento da Apple, se opõem à proposta, argumentando que ela criaria requisitos confusos para pais e desenvolvedores.
Embora o projeto tenha encontrado resistência, ele está ganhando apoio no Congresso, onde os legisladores têm o poder de estabelecer padrões nacionais que poderiam superar as leis estaduais.
A discussão sobre a verificação de idade nas lojas de aplicativos está longe de ser resolvida, mas as iniciativas em andamento indicam que o tema se tornará cada vez mais relevante.
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O que acontece com o corpo quando estamos doentes?
De acordo com especialistas, saber como o nosso corpo se comporta quando estamos doentes é fundamental para nossa recuperação. Um estudo publicado na revista científica Nature identificou importantes descobertas de como o sistema imunológico interage com o cérebro quando estamos doentes.
Outra pesquisa na Alemanha revelou diferenças significativas no comportamento entre camundongos exposto ao vírus de patologia passageira e camundongos saudáveis. Entenda a seguir!
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Veja o que acontece com o corpo e o cérebro quando ficamos doentes
Efeitos no corpo
Descobertas científicas informam que os sintomas que sentimos quando estamos doentes (febre, dor, náusea) também possuem outra função. Esses sinais possibilitam um redirecionamento da energia do corpo para combater os patógenos que estão nos afetando.
Ou seja, quando estamos doentes, os sintomas ruins podem indicar que nosso corpo está em um processo de melhora. Geralmente, isso é mais comum em casos de infecção viral ou bacteriana.
Em casos de pacientes com câncer, o comportamento da doença apresenta efeitos colaterais. Isso acontece devido ao uso de medicamentos cujas moléculas (interferons) são liberadas no sistema imunológico.
Efeitos no cérebro
Sobretudo, no que diz respeito à nossa perspectiva mental quando estamos doentes, o nosso corpo pode apresentar diferenças significativas. Um grupo de pesquisadores na Alemanha analisou o comportamento em camundongos infectados com uma patologia leve e camundongos saudáveis. Ambos foram submetidos a um teste, mais conhecido como labirinto aquático de Morris.
O labirinto aquático de Morris é um teste em que os cientistas colocam tais animais em um recipiente com água para que nadem até encontrar uma maneira de sair.
O mais interessante nos resultados desse teste com os camundongos é que os animais que estavam infectados com o patógeno mostraram um comportamento de depressão. Dessa forma, desistiram e começaram a boiar, enquanto os camundongos saudáveis nadaram até sair do recipiente.
Em outra pesquisa realizada na Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, cientistas identificaram o grupo de neurônios que controlam as respostas, conhecidas como comportamentos de doença. Sobretudo, o estudo mostrou a ligação direta entre a inflamação das vias neurais e o sistema imunológico.
Outros estudos já apoiavam essa relação, como a pesquisa que descobriu que animais forçados a comer quando estão doentes apresentaram maior mortalidade que os demais.
Nesse mesmo sentindo, os pesquisadores de Rockefeller avançam na avaliação de comportamento de doença nos camundongos, chegando à conclusão que uma região do tronco pode induzir a cerca de três comportamentos distintos.
Um desses ficou evidente quando os pesquisadores ativaram os neurônios em camundongos saudáveis e descobriram que os animais se alimentavam e se moviam menos do que quando não tinham esse estímulo. A partir daí foram surpreendidos com a constatação de que uma única população neuronal pareça regular cada um desses componentes da resposta à doença.
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Starlink que se cuide! Rival chinesa assina acordo com Brasil
O governo brasileiro assinou, nesta terça-feira (19), acordo com a empresa chinesa SpaceSail, concorrente da Starlink, de Elon Musk, para fornecer serviço de internet de alta velocidade transmitido por satélites de órbita baixa.
Esses satélites, conhecidos como “geoestacionários”, orbitam sincronizadamente com a rotação da Terra, dando a impressão de estarem parados quando observados do solo. Essa tecnologia é vista como solução para conectar regiões de difícil acesso usando a infraestrutura tradicional de telecomunicações.
O acordo, que também envolve a Telebras, indica desejo de cooperação entre as duas empresas caso a SpaceSail comece a operar no Brasil. No entanto, o negócio ainda não foi finalizado.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou que o acordo está sendo costurado para permitir que a SpaceSail ofereça seus serviços no Brasil, uma vez que cumpra toda a legislação necessária e as regras regulatórias exigidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A Telebras fornecerá à empresa chinesa suas infraestruturas, como data centers e fibra óptica. A estatal mantém outras parcerias com empresas de internet via satélite.
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Como é o acordo entre Brasil e SpaceSail
- Para operar no Brasil, a SpaceSail precisará abrir um CNPJ e enviar a documentação necessária à Anatel para autorização;
- De acordo com o ministro, a SpaceSail tem, atualmente, 40 satélites em órbita e planeja lançar mais 648;
- Até 2030, a ideia da empresa chinesa é a de ter 15 mil satélites no Espaço;
- A parceria com o governo brasileiro pode ajudar a SpaceSail a expandir suas operações e a fornecer serviços de internet para áreas remotas no Brasil.
O uso de satélites de órbita baixa para conectividade de internet ganhou atenção significativa nos últimos anos. Empresas, como a Starlink, e o Projeto Kuiper, da Amazon de Jeff Bezos, também estão trabalhando em iniciativas semelhantes.
Esses serviços de internet baseados em satélite visam resolver o problema do acesso limitado à internet confiável em áreas remotas e rurais. Ao fornecer conectividade de alta velocidade por meio de redes de satélite, essas empresas esperam reduzir a exclusão digital e levar o acesso à internet para regiões carentes.
No geral, o acordo entre Brasil e SpaceSail significa o interesse do governo em explorar métodos alternativos de fornecer conectividade de internet para áreas carentes. Embora o acordo ainda não tenha sido totalmente estabelecido, é um passo em direção à expansão potencial do acesso à internet de alta velocidade no Brasil por meio do uso de satélites de órbita baixa.
E a Starlink, como fica?
A tecnologia oferecida pela SpaceSail é similar à da Starlink, cujo dono, Musk, mantém atritos com as autoridades brasileiras (lembremos das disputas relacionadas ao X, por exemplo; a própria operadora de internet via satélite teve contas bloqueadas e pagou multa milionária). A empresa já tem autorização da Anatel para operar no Brasil.
Em 2022, Musk esteve no Brasil e se encontrou com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ministro das Comunicações, Fábio Faria. Na ocasião, o bilionário chegou a anunciar a conexão de 19 mil escolas em áreas rurais à internet da empresa. O bilionário também prometeu monitorar a Amazônia por meio da Starlink. No entanto, nenhum acordo formal foi fechado.
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