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Esporte

Botafogo é Campeão Brasileiro e iguala feito de Santos e Flamengo

Redação Informe ES

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Dois títulos em nove dias. Não faltam motivos para a torcida do Botafogo comemorar. Campeão da Libertadores no sábado e do Brasileirão neste domingo, a equipe igualou um feito poucas vezes conquistado ao longo da história. Antes do time de Artur Jorge, só o Santos (em 1962 e 1963) e o Flamengo (em 2019) haviam alcançado essa façanha.

O Santos venceu as edições de 1962 e 1963 da Taça Brasil – que ganhou status de Brasileiro após resolução da CBF em 2010 – e da Libertadores. Comandado por Pelé, o Peixe dominou o futebol do país naquela década e conquistou o status de um dos melhores times de todos os tempos.

Foto dos jogadores campeões do Brasileiro e da Libertadores de 2024 — Foto: André Durão

Foto dos jogadores campeões do Brasileiro e da Libertadores de 2024 — Foto: André Durão

Desde que a competição ganhou o nome de Campeonato Brasileiro, em 1971, só o Flamengo de 2019 havia conquistado os dois títulos. Na ocasião, a equipe venceu o Brasileiro um dia depois da Libertadores.

O Botafogo de Artur Jorge foi campeão da Libertadores em cima do Atlético-MG, tornando-se o segundo time na história a ganhar o torneio começando desde a fase prévia (o primeiro havia sido o Estudiantes, em 2009).

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A equipe viaja para o Catar ainda neste domingo. O time estreará na Copa Intercontinental na quarta-feira contra o Pachuca, do México.

GE

Esporte

Famílias se juntam à multidão para festejar título do Flamengo no RJ

Redação Informe ES

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Em 1983, o baiano Moraes Moreira já cantava: “agora como é que eu me vingo de toda derrota da vida, se a cada gol do Flamengo eu me sentia um vencedor”. Na ocasião, ele lamentava a ida de Zico, o maior ídolo do clube, para a Europa.

Hoje, 42 anos depois, milhões de pessoas esqueceram as mágoas e frustrações do dia a dia quando o zagueiro Danilo acertou uma cabeçada e marcou o gol do quarto título da Libertadores do Flamengo.

Neste domingo (30), centenas de milhares desses vencedores retratados por Moraes Moreira se reuniram no Centro do Rio de Janeiro para, juntos, mostrar ao time o tamanho da importância dessa vitória para eles.

Do alto de um caminhão aberto do Corpo de Bombeiros, os jogadores comemoraram com parte da “Nação”, como a torcida do Flamengo se autointitula, a vitória do sábado (29) no Estádio Monumental de Lima, no Peru.

A multidão que enfrentou horas de espera sob o sol e lotou a Rua Primeiro de Março e a Avenida Presidente Antônio Carlos, duas das principais vias do centro da cidade, é uma expressão do poder de mobilização pelo futebol.

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Agência Brasil conversou com torcedores sobre a motivação e coesão forjadas pelo esporte, que fizeram pessoas acordarem cedo e se deslocarem de longe para acompanhar a celebração no Centro do Rio, a 5,1 mil quilômetros do local da partida.

Soccer Football - Copa Libertadores - Final - Palmeiras v Flamengo - Estadio Monumental, Lima, Peru - November 29, 2025 Flamengo players celebrate with the trophy after winning the Copa Libertadores REUTERS/Sebastian Castaneda     TPX IMAGES OF THE DAY
Em jogo tenso e com poucas chances, o Flamengo venceu o Palmeiras por 1 a 0 em Lima, no Peru, e levantou a Copa Libertadores da América pela quarta vez em sua história. Foto: REUTERS/Sebastian Castaneda/Direitos reservados

Vitória dupla

O casal Eduardo Ferreira Henrique e Valéria Nunes Domingos contou que a celebração de um título dentro de campo é também uma forma de motivação para enfrentar as dores do cotidiano.

No caso deles, que moram no Cosme Velho, bairro da zona sul carioca, o fim de semana é de comemoração dupla. No dia do jogo, veio uma ótima notícia.

“Ontem, a gente teve duas vitórias. Minha esposa estava com suspeita de câncer, deu resultado negativo; e a vitória do Mengão. Foi um dia maravilhoso, sensacional! Comemoração dupla”, vibrou Eduardo.

Para Valéria, vitórias como a do Flamengo são motivação para manter um sorriso constante na vida. O casal também exalta a união que o futebol proporciona.

Rio de Janeiro (RJ), 30/11/2025 –Valéria Nunes Domingos e Eduardo Ferreira Henrique, torcedores do Flamengo, comemoram título da Copa Libertadores, no centro da cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Valéria Nunes Domingos e Eduardo Ferreira Henrique tiveram uma vitória dupla no sábado: a conquista do Flamengo e o resultado negativo de uma suspeita de câncer em Valéria. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

“Na hora da euforia, todo mundo se abraça, todo mundo demonstra felicidade. Esse negócio de violência já foi do passado, agora a galera toda se une, todo mundo junto”, acredita Eduardo.

Família

Se Eduardo e Valéria saíram de um bairro das redondezas, teve gente que saiu de bem mais longe. Foi o caso de Andressa Vitória, que mora em São Gonçalo, município na região metropolitana do Rio, a cerca de 30 quilômetros de distância, quase duas horas de deslocamento.

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Andressa foi acompanhada da família e chegou por volta das 9h, mais de três horas antes de os atletas passarem pelo local. Ao lado da sogra, Rosane Rodrigues, ela disse à reportagem que a emoção com a vitória da véspera é um alívio para a vida pessoal.

“Ainda mais para quem tem uma crise de ansiedade”, revela.

Ela também enxerga no futebol uma forma de unir as pessoas ao ponto de, para ela, formarem uma família.

“Se você estiver vendo um jogo no bar, parece que todo mundo se conhece, começa a trocar assunto sobre isso. Você acaba fazendo uma amizade porque sempre vê um jogo naquele lugar, acaba se tornando uma família”, conta.

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Vida mais leve

O torcedor Eusébio Carlos André mora em Resende, cidade no sul do estado a 170 quilômetros do Rio. Otimista, ele tinha se programado para estar na capital fluminense neste fim de semana e participar de uma então eventual comemoração.

Para ele, as alegrias no futebol ajudam a deixar a vida mais leve. “O Flamengo ganhando deixa o pai de família feliz, todo mundo feliz. O cara feliz no trabalho, feliz no amor, feliz com o filho”, diz.

Ele ressalta também o que considera ser o lado democrático do futebol, em todas as torcidas, independentemente de clube.

“Todas as torcidas conseguem reunir o pobre com o rico, o cara que ganha R$ 50 mil junto com o que ganha R$ 80 por dia. O futebol une tudo, todas as raças e etnias”, declara.

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Fenômeno de massa

As paixões e a coesão social causadas pelo futebol já foram tema de inúmeros estudos acadêmicos. Um deles é o do professor aposentado Mauricio Murad, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

Rio de Janeiro (RJ), 30/11/2025 - Eusébio Carlos André Vicente, torcedor do Flamengo, comemora título da Copa Libertadores, no centro da cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
 Eusébio Carlos André Vicente foi para a capital do estado com antecedência, já pensando na festa da vitória. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

No artigo Futebol no Brasil: reflexões sociológicas, o também doutor em sociologia do esporte pela Universidade do Porto, de Portugal, afirma que o futebol é um dos maiores eventos da cultura da massa no Brasil.

“Mobiliza paixões coletivas, expressa os fundamentos antropológicos de nossa formação e representa o nosso sistema simbólico, como poucos acontecimentos da estrutura social”, escreve.

Murad considera que “a materialidade maior do futebol, não se restringe ao esporte profissional”. Para ele, o valor simbólico do futebol transborda para toda a vida social.

“O futebol é o mais significativo fenômeno da cultura das multidões no Brasil, estimulando corações e mentes, em regiões diversas, em classes sociais distintas, em diferentes faixas etárias, níveis de escolaridade e relações de gênero”.

O professor ressalta que esse efeito supera até o carnaval, por se espalhar por todo o país e se manifestar o ano interior. “Costuma se dizer que o reinado do Rei Momo dura quatro dias e que o reinado do Rei Pelé dura o ano todo”.

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Paixão como herança

O casal Maurício Braz e Flávia Torres saiu de Magé, município da região metropolitana, para acompanhar a comemoração. Eles levaram para festa um dos rubro-negros mais novos por lá: João Vicente, de apenas 9 meses.

Com o bebê do colo, o pai explicou com orgulho como a tradição de torcer para o clube passa de geração em geração. “É algo que passa de pai para filho. Igual aqui, essa camisa eu guardo desde novembro de 1995”, diz ele enquanto aponta para a blusa vermelha e preta no corpo do bebê flamenguista.

“Estou passando para ele aqui hoje com o tetra da Libertadores”, completa.

Rio de Janeiro (RJ), 30/11/2025 – Hélio Marcos Ferreira Chaves, torcedore do Flamengo, comemora título da Copa Libertadores, no centro da cidade. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Hélio Marcos Ferreira Chaves espera comemorar mais um título do Flamengo na próxima quarta (3), dessa vez acompanhado do filho. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A geração pode até passar de família em família, mas para Hélio Marcos Ferreira Chaves, a festa deste domingo foi um pouco mais desacompanhada do que as de 2019 e 2022, quando o Flamengo também foi campeão.

“Em 2019 e em 2022, eu estava com os meus filhos. Agora estou sem eles”, brinca, ao justificar que um deles estava trabalhando e não pôde comparecer.

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“Mas quarta-feira ele estará comigo”, prometeu para quarta-feira (3), quando o time enfrenta o Ceará pelo Campeonato Brasileiro. O jogo pode dar ao clube mais um título de campeão.

O célebre sambista João Nogueira já dizia: “quando o Mengo perde eu não quero almoçar, eu não quero jantar”. Mas neste fim de semana, a Nação almoçou, jantou e dormiu feliz.

Agencia Brasil

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Esporte

Flamengo embarca para final da Libertadores com festa da torcida

Redação Informe ES

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Com direito a grade festa da sua torcida, o Flamengo embarcou na tarde desta quarta-feira (26) para Lima (Peru), onde disputa a final da Copa Libertadores contra o Palmeiras a partir das 18h (horário de Brasília) do próximo sábado (29).

Um dia após empatar por 1 a 1 com o Atlético-MG em Belo Horizonte pelo Campeonato Brasileiro, resultado com o qual encaminhou o título da competição, o Rubro-Negro da Gávea recebeu o carinho dos seus torcedores durante um percurso de cerca de 45 quilômetros entre o Ninho do Urubu e o Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional do Galeão.

Durante o trajeto, torcedores subiram em cima do ônibus que levava os jogadores. Em determinado momento, alguns dos aficionados do Rubro-Negro chegaram a entrar no veículo através da saída de emergência posicionada no teto.

O final do cortejo, chamado de Aerofla, foi marcado por uma grande confusão, com policiais militares fazendo uso de bombas de efeito moral e gás de pimenta para tentar dispersar a multidão.

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Segundo nota do Flamengo, a delegação “tem chegada prevista à capital peruana para às 23h25 desta quarta-feira”.

Agencia Brasil

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Esporte

Corrida da Cidadania reúne mais de 2 mil pessoas e celebra 190 anos da Ales

Redação Informe ES

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Atividade física, solidariedade e história política do Espírito Santo: essa conexão deu o tom da Corrida da Cidadania, realizada pela Assembleia Legislativa (Ales) na manhã deste domingo (23). O evento faz parte das comemorações finais dos 190 anos da Ales e contou com mais de dois mil inscritos, divididos nas categorias masculino e feminino para Pessoa com Deficiência (PCD), Universitário e Geral. Os participantes puderam optar por dois percursos, de 5 ou de 10 quilômetros.

Veja as fotos da Corrida da Cidadania

Antes das 6 horas da manhã, já havia concentração de atletas no entorno da Ales, local de largada e chegada da corrida. A competição teve início às 6h30, com a largada dos competidores na categoria PCD. Minutos depois, foi a vez das demais categorias iniciarem os percursos.

Dezoito minutos após a largada, o primeiro corredor cruzou a linha de chegada. Foi Marcos Vinicius Dutra, de 37 anos, com o tempo exato de 18mim17s. Dutra participou na categoria geral masculina, correndo 5 quilômetros.

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Dutra contou que não esperava o primeiro lugar e falou da sua história de superação, alcançada por meio do esporte: “Eu corro há seis anos e é para mim mesmo, porque eu queria me superar, superar a mim mesmo, fugindo do alcoolismo. E, correndo só por correr, graças a Deus, fui me apaixonando por esse esporte maravilhoso, que salva vidas (…) Correr é superação, não é só um esporte para mim”, relatou o corredor.

Na categoria geral feminina, para 5 quilômetros, a vencedora foi Cristina Vasconcelos Honorato, de 40 anos, com o tempo de 22mim08s, apenas quatro minutos a mais do que o vencedor entre os homens.

Já o vencedor na categoria geral masculina, no percurso de 10 quilômetros, foi Gustavo Vicente Teixeira, de 21 anos, com tempo de 37mim22s. Entre as mulheres, na mesma categoria, a vencedora foi Dyana Piva Tavares, 37 anos, com tempo de 47mim22s.

Entre os participantes PCD, os vencedores foram André Luiz Barbosa Dantas, 32 anos, com 23mim01s, e Jéssica Pereira dos Santos, 33 anos, com tempo de 24mim26s, ambos no trajeto de 5 quilômetros. No percurso de 10 quilômetros, entre os PCD, só houve mulheres competindo, e o melhor tempo foi de Elizangila Francisco Louzada, 50 anos, que completou a corrida em 46mim54s.

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Ação beneficente

A Corrida da Cidadania teve inscrição gratuita, mas, como é uma atividade beneficente, os participantes fizeram a doação de kits de higiene ou fraldas geriátricas. Todo o material arrecadado será destinado ao Asilo dos Idosos de Vitória e ao Abrigo à Velhice Desamparada Auta Loureiro Machado (Avedalma), em Cariacica.

Pouco antes da abertura da corrida, o presidente da Ales, deputado Marcelo Santos (União), destacou a emoção de a Assembleia realizar o evento.“É a primeira vez que a Assembleia Legislativa tem uma iniciativa como essa, que é uma corrida que nós intitulamos de Corrida da Cidadania: é um misto de atividade física, cidadania e conhecimento do papel do Poder Legislativo na vida das pessoas. E, ao mesmo tempo, estimula a atividade física, que é muito importante para todos nós. A emoção é muito grande saber que essa multidão que está aqui hoje vai além de fazer a sua atividade física ou competir para treinar e participar de outras etapas, mas está aqui sabendo que também é para celebrar os 190 anos da Assembleia”, ressaltou o presidente.

Marcelo Santos também destacou a importância da solidariedade na corrida, que arrecadou itens a serem doados para entidades de amparo a idosos. “Eu tive a oportunidade de estar presente no momento em que as pessoas vieram retirar os seus kits e vi a entrega, principalmente, de fraldas geriátricas. Ou seja, é um evento que também colabora muito no desenvolvimento e na assistência social”, afirmou Marcelo Santos.

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190 anos: Ales voltada para a sociedade

O diretor de Relações Institucionais da Ales, Giuliano Nader, também comemorou a iniciativa da Assembleia. Nader coordena as ações para comemoração dos 190 anos do Legislativo capixaba e esteve à frente da organização da Corrida da Cidadania. Para ele, a ação, voltada para a população, é uma preocupação sempre presente na gestão do Parlamento estadual.

“Essa é uma mensagem do presidente. Ele gostaria que os 190 anos não ficassem restritos somente a celebrações dentro da Assembleia, mas, sobretudo, que a comunidade participasse. A corrida é uma atividade que reúne saúde, bem-estar e também congrega a sociedade para que ela esteja junto conosco: se divertindo, compartilhando desse momento importante e trazendo o nome da Assembleia para que as pessoas estejam com ela sempre presentes. A Assembleia está sempre presente na vida das pessoas, seja no passado, seja no presente, seja no futuro. (…) São 190 anos de muita alegria, muita cidadania e muito serviço prestado à população capixaba”, concluiu Nader.

Além dos corredores em geral, a Corrida da Cidadania reuniu diversos deputados, integrantes do Poder Executivo, entre eles o próprio governador Renato Casagrande (PSB), secretários de Estado, membros do Ministério Público Estadual, da Defensoria Pública Estadual, diretores e servidores da Ales.

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Depois de completarem a corrida, todos que quiseram tiveram direito à massagem, além de um lanche leve e com líquidos reforçados, para garantir a hidratação. Também teve música no palco montado na estrutura do Parlatório da Assembleia. No local, também foram feitas as entregas dos prêmios aos vencedores. O evento acabou pouco depois das 9 horas da manhã.

Fonte: Ales – Por Raquel Salaroli, com a edição de Dani Sanz

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