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Futuro do Trabalho: 20 tendências que vão mudar nossa realidade em 2025

Redação Informe ES

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A sociedade e a tecnologia estão avançando em um ritmo mais acelerado do que os profissionais e as empresas conseguem acompanhar. Com o impulso da inteligência artificial, até 2050 vamos evoluir 100 anos a cada 5, prevê Ian Beacraft, CEO e Chief Futurist da Signal and Cipher. Segundo o futurista, as organizações estão migrando de um modelo tradicional centrado no ser humano para uma orquestração de funções baseadas em três pilares interconectados: capacidades humanas, sistemas de IA e ferramentas de automação. “Essa evolução exige uma reimaginação fundamental de como o trabalho é estruturado, distribuído e avaliado.”

A avalanche de novidades tecnológicas empurra o mercado para um cenário em que todo profissional e qualquer empresa devem aproveitar as novas ferramentas disponíveis – isso se quiserem permanecer relevantes e liderar a mudança. “Se você não sabe o que está em alta e não se educa continuamente, você está ficando para trás”, afirma Gorick Ng, consultor de carreira de Harvard e autor do best-seller “The Unspoken Rules”. O gap entre profissionais que começam a testar as ferramentas agora e os que já são “fluentes” nas novas tecnologias vai ser determinante.

Mas o profissional que se destaca em um futuro ainda incerto não é aquele que segue todas as tendências cegamente. “Não é porque a IA é o tema do momento que você vai se demitir e criar uma startup de IA”, diz Gorick. Mas o letramento tecnológico é, de fato, uma das habilidades mais relevantes para se ter sucesso, segundo um relatório do Fórum Econômico Mundial. “Isso não quer dizer que a gente vai ter que aprender a programar, mas sim ter um repertório para tornar nossas rotinas, times e empresas mais produtivos”, diz Michelle Schneider, professora da Singularity, LInkedIn Top Voice e autora do livro “O Profissional do Futuro”.

Nesse cenário em constante transformação, adaptabilidade é a palavra da vez. Ainda segundo o Fórum Econômico Mundial, com apoio da Fundação Dom Cabral, 23% das profissões devem se modificar até 2027. Graças à inteligência artificial, executivos acreditam que metade das competências da força de trabalho hoje não serão relevantes em 2025, mostra outro estudo do ano passado.

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Não sabemos exatamente como será o futuro do trabalho, mas uma coisa é certa: vai exigir educação contínua e o desenvolvimento de novas e multi-habilidades. O profissional do futuro não apenas sabe usar as novas tecnologias, mas equilibra suas habilidades técnicas com as famosas soft skills, as competências emocionais. “Dominar novas tecnologias, como IA generativa, será essencial, mas isso deve vir acompanhado de capacidades críticas como resolução de problemas complexos, criatividade, comunicação e inteligência emocional”, afirma Fernanda Mayol, sócia da consultoria McKinsey.

Empresas que quiserem atrair e reter talentos – especialmente os jovens da Geração Z, que se demitem em ritmo recorde no Brasil e já serão 25% da força de trabalho global em 2025 – devem oferecer oportunidades de (re)capacitação. “As empresas apostam no reskilling de seus profissionais antes de focar em contratações”, afirma Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work.

E não apenas isso: vão precisar ouvir seus funcionários no que parece ser uma briga sem fim pela definição do modelo de trabalho. No Brasil, mais de 50% dos profissionais que trabalham presencialmente gostariam de migrar para o híbrido ou remoto, segundo pesquisa da Deel. Mas a realidade é outra: 51% das empresas operam em regime totalmente presencial. “Se, no início do ano, o híbrido era visto como o ‘novo normal’, movimentos como o da Amazon [que exigiu o retorno ao presencial cinco dias na semana], mostram que o futuro do trabalho ainda está em debate”, analisa Mayol.

Abaixo, reunimos estudos, análises e previsões de grandes líderes e futuristas e destacamos 20 tendências que vão definir os caminhos de empresas e profissionais em 2025 e nos próximos anos.

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1. Não seremos substituídos pela IA, e sim por quem souber usá-la melhor

Essa frase tem ecoado nas principais conferências de tecnologia e inovação, destacando a importância do que Ian Beacraft, CEO e Chief Futurist da Signal and Cipher, chama de “domínio intuitivo da IA”. “O desenvolvimento da ‘intuição para IA’ será fundamental para profissionais de alto desempenho”, afirma. Ele compara esse processo à sensação quase inconsciente de dirigir um carro; à medida que os usuários se tornam mais experientes, desenvolvem um senso intuitivo para as capacidades, limitações e melhores aplicações da ferramenta. “O gap entre os usuários avançados de IA e os adotantes casuais está começando a remodelar trajetórias de carreira e dinâmicas de equipes.”

A ascensão da IA também levanta preocupações sobre a ampliação das desigualdades. “Não podemos romantizar a IA enquanto ela for acessível apenas a um grupo privilegiado de pessoas”, alerta Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work. “Para outra parte dos profissionais, ela representa um risco de aprofundamento das desigualdades e do desemprego.”

2. O profissional do futuro é multi-habilidades

Adaptabilidade é a palavra da vez. Dada a velocidade das transformações do mercado e a necessidade de aprendizado constante, o profissional que terá sucesso será aquele que souber mesclar habilidades técnicas com as famosas soft skills, competências socioemocionais. “Dominar novas tecnologias, como IA generativa, será essencial, mas isso deve vir acompanhado de capacidades críticas como resolução de problemas complexos, criatividade, comunicação e inteligência emocional”, afirma Fernanda Mayol, sócia da McKinsey.

3. Letramento tecnológico é obrigatório

Ouvimos empresários e futuristas afirmarem que todo profissional vai precisar se tornar um profissional de tecnologia. “Houve um tempo em que todos pensavam que a programação seria a habilidade do futuro, mas não é”, afirma Gorick Ng, consultor de carreira de Harvard e autor best-seller. Mas o letramento tecnológico é, de fato, uma das habilidades mais relevantes para se ter sucesso no futuro do trabalho, segundo relatório do Fórum Econômico Mundial. “Não vamos ter que aprender a programar, mas sim ter um repertório para tornar nossas rotinas, times e empresas mais produtivos”, diz Michelle Schneider, professora da Singularity, LinkedIn Top Voice e autora do livro “O Profissional do Futuro”.

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4. Reskilling constante

Segundo uma pesquisa da McKinsey, em até cinco anos, quase 90% das empresas vão enfrentar escassez de habilidades relevantes na sua força de trabalho – especialmente em análise de dados, TI e gerenciamento de pessoas. Executivos afirmam que o reskilling – o processo de treinar ou requalificar um profissional para que ele adquira novas habilidades – é a melhor maneira de fechar essa lacuna. Organizações que oferecem oportunidades robustas de aprendizado atrairão os melhores talentos. “As empresas apostam no reskilling de seus profissionais antes de focar em contratações. Afinal, quase o mercado inteiro enxerga o gap”, observa Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work.

5. Poder nas mãos dos profissionais

As decisões de carreira estão cada vez mais sob o controle dos próprios profissionais, indo além das capacitações oferecidas pelas empresas. “Ser um profissional do futuro só cabe a cada um de nós e às nossas decisões”, diz a professora e autora Michelle Schneider. Adaptabilidade e aprendizado contínuo são essenciais para o sucesso, mas com uma ressalva importante. “Os profissionais mais bem-sucedidos não seguem cegamente as tendências. Eles as acompanham para distinguir entre o que é uma moda passageira e o que veio para ficar”, destaca Gorick Ng, consultor de carreira em Harvard e autor best-seller.

6. A queda de braço entre remoto e presencial continua

Em 2024, grandes empresas como a Amazon exigiram que seus funcionários retornassem ao escritório cinco dias por semana. Segundo a pesquisa OrgBRtrends, da McKinsey, mais de 90% das organizações adotaram modelos híbridos desde a pandemia. “Se, no início do ano, o híbrido era considerado o ‘novo normal’, movimentos como o da Amazon mostram que o futuro do trabalho ainda está em debate e evolução”, afirma Fernanda Mayol, sócia da consultoria.

Um levantamento realizado pela Deel com a Opinion Box, em outubro, mostra que 59% dos líderes de RH acreditam que o modelo híbrido é o mais eficiente, seguido pelo presencial (35%). No entanto, o cenário atual revela uma inversão: 51% das empresas operam totalmente presencialmente, enquanto 45% adotam o formato híbrido. Além disso, mais de 40% dos funcionários relatam que suas empresas ainda não decidiram se haverá mudanças no formato de trabalho em 2025, enquanto 11% preveem alterações. “Há um descasamento de expectativas: enquanto as organizações buscam modelos mais presenciais, os funcionários valorizam o trabalho remoto”, observa Fernanda Mayol, sócia da McKinsey.

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Esse descompasso pode custar caro às empresas. Outra pesquisa recente da Deel aponta que 54% dos profissionais que trabalham presencialmente no Brasil gostariam de migrar para o modelo híbrido ou remoto. Para muitos, a flexibilidade é tão – ou até mais – importante quanto a remuneração. “Nos próximos dois a três anos, veremos empresas decididas e consolidadas em modelos totalmente remotos ou totalmente presenciais”, observa Sylvia Hartmann, CEO e fundadora da Remota, startup especializada em trabalho híbrido e remoto.

7. Híbrido em segredo

Com as políticas de retorno ao escritório, o “hushed hybrid”, ou híbrido silencioso, surge como uma tendência em que gestores flexibilizam, de forma informal – ou em segredo –, o trabalho remoto para suas equipes. Esse termo descreve um movimento crescente de líderes que, ao invés de aplicarem rigidamente as políticas corporativas de retorno ao presencial, ajustam as regras para atender às preferências de seus times e reter talentos.

8. Vamos precisar redesenhar o trabalho

Seja qual for o modelo de trabalho adotado ou as tecnologias utilizadas, será essencial reavaliar métricas de produtividade e repensar as formas de trabalhar. Segundo Ian Beacraft, as organizações estão migrando de um modelo tradicional centrado no ser humano para uma orquestração de funções baseadas em três pilares interconectados: capacidades humanas, sistemas de IA e ferramentas de automação. “Essa evolução exige uma reimaginação fundamental de como o trabalho é estruturado, distribuído e avaliado.”

A tecnologia, por si só, não cria valor, destaca Fernanda Mayol, da McKinsey. “As empresas líderes são aquelas que estão focadas em reimaginar fluxos de trabalho inteiros com o uso de IA generativa e IA analítica, em vez de apenas integrar essas ferramentas às práticas atuais de trabalho.”

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9. Geração Z vai ser ¼ da força de trabalho global

Segundo um relatório da McKinsey, em 2025 a Geração Z vai representar 25% da força de trabalho global. Com base nas tendências atuais, um em cada dez gestores será Gen Z no próximo ano, aponta o Glassdoor com dados dos EUA. No Brasil, essa geração está deixando o mercado de trabalho em nível recorde, para mudar de carreira ou empreender. Um levantamento da FGV mostra que, de cada 100 pedidos de demissão feitos em 2024, 30 foram de jovens entre 18 e 24 anos. “A Geração Z é também a mais propensa a tirar licenças de saúde mental, sinalizando a urgência de políticas de bem-estar nas empresas”, afirma Cristiano Soares, country manager da Deel no Brasil.

Lidar com esses jovens é um desafio para quase 70% dos profissionais hoje. Para Letícia Pavim, fundadora da Rede Pavim, empresa especializada em treinar a Geração Z por meio de palestras e programas de desenvolvimento, construir uma relação harmoniosa no ambiente de trabalho multigeracional exige esforço de todos os lados. “A Geração Z está frustrada com o mercado de trabalho, trazendo questões como a busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional e o desejo de sentir que suas ações realmente fazem a diferença.”

10. Diploma perde relevância

Nas últimas décadas, ter o diploma de uma universidade de elite no currículo era visto quase como a garantia de uma carreira de sucesso. No entanto, esse cenário já mudou. Pesquisadores da empresa de tecnologia Zoho descobriram que não há correlação entre seus melhores funcionários e as instituições onde estudaram. “As empresas estão cada vez mais priorizando habilidades sobre credenciais tradicionais, o que amplia as oportunidades para grupos historicamente sub-representados”, afirma Cristiano Soares, country manager da Deel. O descompasso entre a escassez de talentos especializados e a crescente demanda por profissionais no setor de tecnologia levou a empresa brasileira Indicium a criar um programa de formação em dados, com o objetivo de capacitar profissionais e prepará-los para ingressar na companhia.

11. Profissionais são contratados “as a service”

Cada vez mais profissionais gabaritados aderem a um modelo de trabalho sob demanda. Esse mercado “open talent” está em crescimento e deve passar de R$ 6 bilhões até 2032, segundo relatório da empresa de pesquisa Future Market Insights, com a alta demanda por profissionais seniores por tempo determinado ou para tocar projetos específicos. “Não trabalharemos de forma tão rígida pela descrição de um cargo”, afirma Renata Rivetti, CEO da Reconnect Happiness at Work. Essa tendência será especialmente relevante em áreas com escassez de habilidades, como saúde, IA e cibersegurança.

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A era da gig economy é impulsionada pelo desaparecimento do conceito de “emprego para a vida toda” e pela busca por flexibilidade. Chamada pela Geração Z de polywork, a tendência crescente de gerenciar vários empregos em busca de segurança financeira ou complemento da renda traz sensação de autonomia, mas pode levar ao esgotamento. No Brasil, 60% dos profissionais têm dois ou mais trabalhos, segundo uma pesquisa da Hostinger, empresa de hospedagem de sites, realizada entre agosto e setembro de 2024 nas principais capitais do país.

12. Profissões em alta

Um estudo do PageGroup lista 37 profissões em alta para 2025 e seus respectivos salários. Entre elas, se destacam as áreas de saúde, tecnologia, finanças, agronegócio, marketing e vendas, com salários que chegam a R$ 80 mil. “As empresas tendem a investir na contratação de profissionais que sejam capazes de implementar estratégias para automatizar processos e trazer ganhos de produtividade e redução de despesas”, explica Lucas Toledo, diretor executivo da Michael Page, uma das divisões do PageGroup, no Brasil.

13. Benefícios fora da caixa

O número de pessoas que pediram demissão bateu recorde em 2024, e a maior parte é da Geração Z. Para atrair e reter esses talentos, especialmente os mais jovens, as empresas vão precisar ser criativas. “Só seguro de saúde e Gympass [hoje WellHub] não colam mais. A empresa vai precisar investir em pertencimento”, diz Marina Vaz, CEO e fundadora da Scooto, startup de serviços de experiência com o cliente e atendimento remoto. A trend do CLT Premium bombou em 2024 e deve permanecer em alta, com a valorização de “benefícios fora da caixa”, como massagem no escritório, festas e short friday. Especialistas de RH apontam que a tendência é permitir que os funcionários escolham a cesta de benefícios de acordo com o que cada um entende como prioridade.

14. Demissão por vingança

Especialistas nos EUA afirmam que a tendência do “revenge quitting” (demissão de vingança) deve se intensificar em 2025. Profissionais estão deixando seus empregos abruptamente como resposta a experiências negativas na empresa, como falta de reconhecimento, esgotamento, desengajamento com a cultura organizacional ou mudanças no modelo de trabalho.

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15. Escalada da IA

Em 2023, o mundo foi apresentado à inteligência artificial generativa, e em 2024 começou a explorá-la, colhendo ganhos em produtividade e eficiência. Segundo a mais recente pesquisa global da McKinsey sobre IA, 65% dos entrevistados afirmaram que suas organizações já utilizam IA generativa regularmente, quase o dobro do registrado na pesquisa anterior, realizada apenas dez meses antes. “Embora em 2024 apenas 3% das empresas estejam em uma fase madura de adoção da IA, o próximo ano promete uma escalada. Esse movimento vai criar um grande gap entre as organizações que ainda nem começaram a implementar essa tecnologia”, afirma Michelle Schneider.

16. Sua entrevista de emprego vai ser com uma IA

A inteligência artificial já faz parte dos processos de recursos humanos em grandes empresas, entregando resultados expressivos em otimização e eficiência. A tecnologia está revolucionando áreas como recrutamento, gestão de desempenho, engajamento de colaboradores e desenvolvimento de talentos. À medida que a IA assume tarefas repetitivas, os profissionais de RH ganham espaço para focar em atividades estratégicas e criativas. O grande desafio agora é encontrar o equilíbrio entre a eficiência tecnológica e o toque humano na gestão de pessoas. Departamentos de RH bem-sucedidos usarão a IA como uma ferramenta para aprimorar, e não substituir, o julgamento e a empatia humanos. Para os profissionais, é importante considerar que seus currículos, portfólios e até entrevistas podem ser analisados por robôs. Isso exige uma preparação direcionada para se destacar em processos seletivos cada vez mais influenciados pela tecnologia.

17. Decisões ainda estarão nas mãos das pessoas

Além de dominar tanto habilidades técnicas quanto sociais, o profissional do futuro entende o valor das conexões humanas. “Embora a IA seja o assunto do momento, não é ela que decide se você será contratado ou promovido – são as pessoas”, afirma Gorick Ng. Os profissionais mais bem-sucedidos reconhecem essa realidade e investem em networking e na construção de relacionamentos para abrir portas e acessar oportunidades. “Aqueles que dependem exclusivamente da IA para se candidatar a empregos terão uma surpresa ao perceber que todos os outros estão utilizando as mesmas ferramentas – e obtendo os mesmos resultados.”

18. Tecnologia vai além da IA

Não à toa, a IA ganhou os holofotes nos últimos anos. Mas a futurista e CEO do Future Today Institute, Amy Webb, destaca outras duas tecnologias menos conhecidas – sensores avançados e biotecnologia – que também estão mudando o cenário dos negócios. “Líderes que se concentram apenas na IA, sem entender suas interseções com essas outras tecnologias, correm o risco de perder uma onda de disrupção que já está se formando”, escreveu Webb na sua newsletter.

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19. Trabalho online imersivo

Em 2025, o conceito de “fora do escritório” será redefinido por meio de plataformas online imersivas. Esses ambientes, que integram realidade virtual e aumentada permitem colaboração contínua, independentemente da localização física. “Não é bem como o metaverso, mas é um ambiente de trabalho virtual. Algumas empresas já estão usando para onboarding à distância, de pessoas que moram em outras cidades”, diz Sylvia Hartmann, CEO e fundadora da Remota, startup especializada em trabalho híbrido e remoto. Um exemplo é o Roam Virtual Office, um software de escritório virtual projetado para melhorar a comunicação entre os funcionários.

20. Funcionários são os novos influencers

Profissionais de diferentes áreas estão assumindo o protagonismo nas redes sociais das suas empresas – participando de vídeos de “look do dia” e conteúdos mostrando um dia de trabalho. A mais nova tendência é conhecida como EGC, sigla em inglês para conteúdo gerado por funcionários. Antes limitado a redes profissionais como o LinkedIn, o EGC agora está no feed do Instagram, TikTok e YouTube e pode ajudar a criar confiança e promover conexão com o público.

O post Futuro do Trabalho: 20 Tendências Que Vão Mudar Nossa Realidade em 2025 apareceu primeiro em Forbes Brasil.

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Negócios

Startups de IA Adotam Modelo de Trabalho Chinês 9-9-6; Entenda

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Algumas startups de inteligência artificial estão levando o ambiente de trabalho ao limite ao adotar o modelo chinês “9-9-6”: jornadas das 9h às 21h, seis dias por semana. Empresas asiáticas são conhecidas por adotar a rotina, que, segundo especialistas, sobrecarrega colaboradores, gera estresse crônico e pode levar ao burnout. Quando não tratado, pode evoluir para o karoshi — termo japonês para morte por excesso de trabalho.

Desencantados com a baixa perspectiva de recompensa pelo esforço, os jovens chineses criaram o termo tang ping, ou “deitar e relaxar”, para se encorajarem mutuamente a evitar o excesso de trabalho e tirar um tempo para descansar.

Alguns dos principais líderes empresariais dos Estados Unidos também seguem rotinas implacáveis. Marissa Mayer, ex-executiva do Google, teria chegado a trabalhar até 130 horas por semana. Tim Cook, da Apple, envia e-mails a partir das 4h30 da manhã. Elon Musk, fundador e CEO da Tesla, é conhecido por manter semanas de 120 horas de trabalho. Jack Ma, fundador do Alibaba, também é um entusiasta do regime chinês.

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Tempo de trabalho não é sinônimo de produtividade

Alguns líderes esperam que seus funcionários sigam ritmos semelhantes. Em 2022, Musk foi acusado de promover uma espécie de “escravidão corporativa”. Ao elogiar os funcionários da Tesla na China por “virarem a madrugada até 3h da manhã”, ele disse que os americanos estavam “tentando evitar o trabalho a todo custo”. No mesmo ano, o bilionário pôs fim ao trabalho remoto na Tesla e demitiu quase metade dos 7 mil colaboradores da empresa.

Ao contrário do que se pode pensar, jornadas extremas corroem a produtividade no trabalho, diz Caitlin Collins, psicóloga organizacional e diretora de estratégia na Betterworks, empresa especializada em soluções de software de gestão de desempenho. “A ideia de que trabalhar das 9h às 21h, seis dias por semana, impulsiona a inovação é profundamente equivocada”, afirma. “As pesquisas mostram que o excesso de trabalho leva ao burnout, à fadiga cognitiva e ao desengajamento, fatores que comprometem diretamente a criatividade e o foco dos quais as empresas de IA dependem para inovar.”

Há um amplo conjunto de estudos mostrando que mais tempo na mesa de trabalho não significa produzir mais. Um estudo britânico, por exemplo, mostrou que funcionários que trabalham mais de 11 horas por dia têm 67% mais chances de sofrer um ataque cardíaco. Enquanto isso, colaboradores que passam de 54 horas semanais têm maior risco de morrer por excesso de trabalho.

Profissionais buscam equilíbrio

O equilíbrio entre vida pessoal e profissional não é um benefício, mas uma necessidade estratégica de negócio. “Profissionais têm melhor desempenho quando contam com flexibilidade, espaço mental e confiança para integrar o trabalho às suas vidas, em vez de terem que sacrificar o bem-estar”, diz Collins.

Em resposta a jornadas de trabalho como a 9-9-6, a Geração Z defende foco na flexibilidade e na saúde dos colaboradores. “A Geração Z e os talentos mais jovens já estão rejeitando a cultura do burnout como símbolo de mérito. E as empresas que insistirem nesses modelos ultrapassados correm o risco de perder seus profissionais mais capacitados.”

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Já é possível ver os primeiros reflexos desse impacto. Os jovens estão revisando práticas ultrapassadas e modernizando a forma como o trabalho é feito, lançando tendências como o “conscious un-bossing” (liderança consciente, menos hierárquica) e os “microturnos” (pequenos ajustes de jornada).

Confira seis mudanças que a geração Z defende para tornar o ambiente de trabalho mais humano e flexível:

  • 1. Priorizar a saúde mental e o bem-estar em vez de expectativas tradicionais de trabalho.
  • 2. Buscar modelos de trabalho flexíveis, com possibilidade de modelos remoto ou híbrido.
  • 3. Valorizar trabalhos com propósito, alinhados a seus valores e paixões pessoais.
  • 4. Adotar tecnologias para aumentar a produtividade, mas mantendo limites claros.
  • 5. Defender uma cultura que respeite o tempo pessoal e estimule pausas.
  • 6. Construir relações de apoio no trabalho que promovam a colaboração.

Segundo Christine Royston, CMO da plataforma de gestão de projetos em nuvem Wrike, essas mudanças vão muito além de preferências geracionais: são indícios de uma transformação permanente na forma como a produtividade é compreendida. “A Geração Z está impulsionando a adoção de plataformas de colaboração mais inteligentes e flexíveis.”

O grande desafio para as empresas é criar culturas organizacionais que combinem produtividade e rentabilidade com humanidade e bem-estar físico e mental.

*Bryan Robinson é colaborador da Forbes US. Ele é autor de 40 livros de não-ficção traduzidos para 15 idiomas. Também é professor emérito da Universidade da Carolina do Norte, onde conduziu os primeiros estudos sobre filhos de workaholics e os efeitos do trabalho no casamento.

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As Profissões Mais (e Menos) Impactadas pela IA, Segundo Estudo da Microsoft

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

A inteligência artificial não vai substituir todos os empregos, mas certamente vai transformar muitos deles. É o que aponta um novo estudo da Microsoft, que analisou mais de 200 mil interações anônimas de usuários nos EUA com o Copilot — assistente de IA da própria empresa — para mapear as tarefas mais automatizadas no dia a dia e, a partir disso, identificar as profissões mais (e menos) impactadas pela tecnologia.

O resultado é o “índice de aplicabilidade da IA”, que classifica ocupações com base no quanto suas tarefas podem ser realizadas com o apoio da inteligência artificial. Profissões ligadas à escrita, comunicação e análise de dados — como tradutores, redatores, representantes de vendas e jornalistas — aparecem entre as mais expostas à atuação da IA.

Por outro lado, cargos que exigem habilidades manuais, empatia direta ou trabalho físico, como operadores de maquinário, enfermeiros e técnicos da saúde, seguem relativamente protegidos. “O que vamos ver não é a IA tomando todos os postos de trabalho, mas sim mudando a forma como os profissionais atuam”, diz Lucas Brossi, sócio e líder de prática de inteligência artificial da Bain & Company, consultoria global de gestão estratégica, na América do Sul.

O futuro (e o presente) do trabalho com a IA

O avanço da IA abre portas para um novo tipo de colaboração. “A IA é uma ferramenta de suporte, e não uma substituição completa”, diz Maria Sartori, diretora de mercado na Robert Half, consultoria de recursos humanos. “A tecnologia pode assumir tarefas repetitivas, mas também potencializa o que o profissional já faz de melhor”, complementa Brossi.

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“Não se trata de competir com a IA naquilo que ela já faz bem, mas de fortalecer o que só o humano consegue entregar: visão estratégica, sensibilidade, criatividade e julgamento.”
Lucas Brossi, sócio da Bain & Company na América do Sul

Nesse novo cenário, habilidades humanas seguem sendo o maior diferencial. “Empatia, inteligência emocional, pensamento crítico, adaptabilidade e julgamento ético permanecem fora do alcance das máquinas”, destaca David Dias, sócio-líder de inteligência artificial da EY, consultoria global especializada em auditoria, impostos, estratégia e transformação digital, na América Latina. “O grande desafio será a reinvenção das pessoas: a velocidade de transformação está exigindo que busquemos nos reinventar rapidamente e de forma constante.”

A tendência, segundo os especialistas, é de uma reconfiguração nas funções. “Os processos serão redesenhados com a IA no centro, criando funções híbridas – parte automatizadas, parte humanas”, explica Brossi. “O trabalho humano vai ser alçado a um novo patamar de decisão, criatividade e impacto estratégico. Enquanto isso, a IA vai deixar de ser um diferencial, como ainda ocorre atualmente, e passar a ser considerada uma competência básica”, completa Sartori.

A seguir, veja as profissões mais e menos afetadas pela IA, segundo a Microsoft

A pesquisa “Working with AI: Measuring the Occupational Implications of Generative AI” (em tradução para o português, Trabalhando com IA: medindo as implicações ocupacionais da inteligência artificial generativa) é focada no mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Os pesquisadores criaram um “índice de aplicabilidade da IA” — uma pontuação que indica o quanto as tarefas de cada profissão podem ser executadas e automatizadas com o uso da inteligência artificial. Quanto maior a pontuação, maior o potencial de impacto da tecnologia naquele trabalho. Confira:

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Profissões mais impactadas pela inteligência artificial

  • Intérpretes e tradutores
  • Historiadores
  • Comissários de bordo
  • Representantes de vendas
  • Redatores e autores
  • Atendentes de suporte ao cliente
  • Programadores de CNC (Controle Numérico Computadorizado)
  • Operadores de telefonia
  • Agentes de viagens
  • Locutores e radialistas
  • Escriturários de corretagem
  • Educadores em gestão agrícola e doméstica
  • Telemarketing
  • Concierges
  • Cientistas políticos
  • Repórteres e jornalistas
  • Matemáticos
  • Redatores técnicos
  • Revisores e editores de texto
  • Recepcionista
  • Editores
  • Professores universitários de negócios
  • Especialistas em relações públicas
  • Demonstradores e promotores de produtos
  • Agentes de vendas de publicidade
  • Escriturários de novas contas
  • Assistentes estatísticos
  • Balconistas de atendimento e aluguel
  • Cientistas de dados
  • Consultores financeiros pessoais
  • Arquivistas
  • Professores de Economia
  • Desenvolvedores web
  • Analistas de gestão
  • Geógrafos
  • Modelos
  • Analistas de pesquisa de mercado
  • Operadores de telecomunicações de segurança pública
  • Telefonistas
  • Professores de biblioteconomia

Profissões menos impactadas pela inteligência artificial

  • Operador de draga
  • Operador de ponte e eclusa
  • Operador de estação de tratamento de água
  • Fundidor e moldador
  • Operador de máquina de instalação e manutenção de trilhos
  • Piloteira (costureira de peças-piloto)
  • Lixador e acabador de piso
  • Auxiliar de enfermagem hospitalar
  • Operador de embarcação a motor
  • Operador de equipamento florestal
  • Operador de máquina de pavimentação, nivelamento e compactação
  • Empregada doméstica e faxineira
  • Trabalhador geral em petróleo e gás
  • Telhadista
  • Operador de estação de compressão e bombeamento de gás
  • Ajudante de telhadista
  • Fabricante de pneus
  • Assistente cirúrgico
  • Massagista
  • Técnico em oftalmologia
  • Operador de empilhadeira e trator industrial
  • Supervisor de bombeiros
  • Mestre de obras e acabador de concreto
  • Lavador de louça
  • Alimentador e auxiliar de máquinas
  • Operador de máquinas de embalagem e enchimento
  • Preparador de equipamentos médicos
  • Trabalhador de manutenção rodoviária
  • Ajudante de produção
  • Prostodontista (destista especializado em próteses dentárias)
  • Reparador e troca de pneus
  • Engenheiro naval
  • Instalador e reparador de vidros automotivos
  • Cirurgião bucomaxilofacial
  • Operador de planta e sistemas (diversos)
  • Embalsamador
  • Ajudante de pintor, encanador e funções similares
  • Trabalhador na remoção de materiais perigosos
  • Auxiliar de enfermagem
  • Flebotomista (responsável pela extração do sangue em pacientes)

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Negócios

Sabáticos Ganham Espaço Como Resposta Ao Esgotamento Profissional

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

“Não pare” e “nunca se acomode” já foram mantras de sucesso. Mas por trás das postagens no LinkedIn celebrando mais uma conquista, muitos profissionais enfrentam silenciosamente o burnout, sacrificando saúde, relacionamentos e propósito.

Globalmente, mais de 80% dos profissionais estão em risco de burnout, segundo relatório da consultoria Mercer, de 2024. No Brasil, 30% dos profissionais sofrem com a síndrome, de acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho.

Diante desse cenário, um número crescente de pessoas vai na contramão e decide fazer uma pausa. Seja para descansar, viver o luto, viajar, explorar novos caminhos ou repensar a própria trajetória, os períodos sabáticos estão sendo redescobertos (inclusive por jovens profissionais) como um movimento de carreira – e de autoconhecimento estratégico.

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O sabático ainda é, muitas vezes, visto como um privilégio restrito a executivos de grandes corporações. Companhias como Adobe, Autodesk e Patagonia oferecem programas formais de sabático — e relatam aumento na inovação e retenção. Mas as pausas intencionais têm se popularizado — não só no mundo corporativo, como também entre empreendedores e no setor social, onde organizações já oferecem licenças sabáticas remuneradas a diretores de ONGs.

Vignetta Charles, CEO da ETR (Education, Training and Research), uma organização sem fins lucrativos comprometida em promover a equidade em saúde globalmente, foi a primeira executiva da ONG a tirar um sabático: uma licença de 12 semanas após enfrentar os desafios da pandemia. “Foi uma verdadeira mudança de identidade”, diz. “Eu não uso mais a ‘síndrome do super-herói’ como um distintivo de honra.” Sua licença sabática, apoiada pelo conselho da organização, foi tão impactante que a ETR agora estuda como oferecer o benefício para toda a equipe.

Experiências como a da executiva ainda são exceção. De acordo com um estudo de 2023 da MetLife, empresa global de serviços financeiros, 65% dos profissionais já consideraram fazer uma pausa na carreira para cuidar da saúde mental. Ainda assim, são poucas as empresas que oferecem sabáticos remunerados. Nos Estados Unidos, por exemplo, apenas 5% adotam oficialmente esse benefício, segundo a SHRM (Society for Human Resource Management), a maior associação de profissionais de RH do mundo.

Por que tirar um período sabático?

Para a maioria das pessoas, o sabático surge a partir de um ponto de ruptura pessoal ou profissional, como uma transição de carreira ou de empresa, ou um burnout.

Ex-executiva da Starbucks, Christine McHugh definiu seu segundo sabático como um avanço profissional. “Trabalhei na Starbucks por 26 anos e me sentia estagnada e sem inspiração. Percebi que tinha muito a oferecer a outras empresas e que precisava alinhar minhas habilidades e valores a uma organização mais compatível com meus interesses”, conta. “Voltei após seis meses e, um mês depois, pedi demissão e entrei em uma startup da área de saúde. Minha visão sobre carreira e sobre me identificar com uma empresa mudou completamente. Percebi que uma empresa não precisa me definir.”

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A necessidade de se desconectar deixou de ser um privilégio e virou pré-requisito para a sustentabilidade da carreira e da saúde mental. LaMonte Guillory, fundador da consultoria The Guillory Perspective, não contou com o apoio da empresa onde trabalhava quando decidiu embarcar com a esposa e os dois filhos em uma jornada de motorhome por um ano e 43 mil quilômetros pela América do Norte para se reconectar após a pandemia. “As pessoas acham que sabáticos são um luxo. O nosso foi uma resposta necessária e ao impacto da pandemia sobre nossa família”, diz. “Para nós, foi uma questão de sobrevivência.”

Para Neha Patel, ex-diretora executiva da organização americana sem fins lucrativos  SiX (State Innovation Exchange), o sabático surgiu no cruzamento entre o estresse da liderança e um luto pessoal. Ela decidiu estender o período de três meses oferecido pela empresa para cinco. “Me reconectei comigo mesma de um jeito que não fazia há anos. Redesenhei meus limites pessoais e profissionais.”

Microaposentadoria

Entre os jovens profissionais, cresce a tendência chamada de “microaposentadoria”, que viralizou no TikTok e em outras redes sociais.

Em vez de esperar a aposentadoria (que talvez nunca chegue) para viajar e aproveitar a vida, os jovens da Geração Z estão tirando pausas entre empregos para descansar e viver novas experiências.

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O que fazer em um sabático

Profissionais estruturam o tempo longe do trabalho em torno de descanso profundo, projetos pessoais e exploração da identidade. Segundo uma análise da Harvard Business Review, os sabáticos mais significativos envolvem o “desapego intencional” — desligar-se completamente do trabalho e das distrações digitais.

Durante seu primeiro sabático, uma ex-advogada que trabalhava em grandes escritórios começou a escrever poesia. “Isso salvou minha vida”, afirma. Hoje, ela dirige um negócio que ajuda outras pessoas a resgatar o descanso como forma de autonomia.

Já uma acadêmica e empreendedora usou sua pausa para reavaliar seu negócio, cuidar da saúde e redefinir seu conceito de sucesso.

Benefícios do período sabático

Períodos de descanso têm impactos concretos. Um estudo de 2021 da Universidade de Tampere, na Finlândia, descobriu que sabáticos reduzem significativamente o estresse e aumentam o bem-estar, com efeitos que perduram meses após o retorno. As pessoas experimentam maior criatividade, resiliência emocional e melhor funcionamento cerebral.

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Funcionários que tiram sabáticos relatam maior lealdade, engajamento e criatividade. Um estudo de 2018 da TSNE Mission Works, que apoia organizações do terceiro setor, revelou que as empresas perceberam impactos positivos após os sabáticos, incluindo pipelines de liderança mais fortes e menor rotatividade.

No entanto, na maioria das empresas, mesmo quando oferecidos, os sabáticos continuam sendo subutilizados e mal compreendidos. “Sabáticos não são apenas pausas”, diz a advogada Dana Weekes. “Eles são ferramentas transformadoras. Quando o descanso passa a fazer parte da cultura organizacional, as pessoas não entram em burnout, elas prosperam.”

O retorno

Voltar ao trabalho após um período sabático pode ser desorientador. Muitos profissionais relatam se sentir desalinhados, desconectados ou até penalizados ao retornarem.

Christine McHugh, que tirou três sabáticos ao longo da carreira, conta que voltou de dois deles e encontrou seu cargo eliminado. “Usei um benefício da empresa, mas parecia que estava sendo punida.” Outros tiveram desafios ao se recolocar após um sabático ou optaram por não voltar ao trabalho em tempo integral, preferindo trabalhar como freelancer.

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Como saber se você deve tirar um período sabático

Se você está considerando um sabático, especialistas e profissionais que já passaram pela experiência oferecem as seguintes orientações:

  • Esclareça o seu porquê: Você busca descanso, cura, exploração ou transformação? Seja honesto consigo mesmo;
  • Planeje suas finanças: Saiba qual é o seu prazo e defina o que é suficiente para você, especialmente se a empresa onde você trabalha não oferecer algum tipo de licença (remunerada ou não);
  • Desconecte-se: Os maiores insights vêm quando você se desliga completamente;
  • Deixe espaço para o inesperado: Programar demais pode sufocar o autoconhecimento;
  • Tenha uma estratégia de retorno: Prepare-se para o retorno emocional e profissional — com ou sem apoio do empregador;
  • Conheça os riscos e as recompensas: Lacunas na carreira podem ser questionadas, assim como a estagnação. Escolha qual história você quer contar.

Em uma sociedade que mede sucesso por produtividade, fazer uma pausa é um ato de coragem e clareza. À medida que mais profissionais desafiam o status quo, ganha força uma nova percepção: o trabalho mais estratégico, criativo e sustentável não vem de nunca parar, mas de saber a hora de pausar.

O post Sabáticos Ganham Espaço Como Resposta Ao Esgotamento Profissional apareceu primeiro em Forbes Brasil.

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