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“Invista em autoconhecimento”, diz líder da Boehringer Ingelheim

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Joana Adissi, nova head da divisão de saúde animal da Boehringer Ingelheim, defende “liderança humanizada”

Liderança empática e orientada a resultados andam juntas. Ou pelo menos deveriam, na visão de Joana Adissi, executiva com mais de 25 anos de carreira que acaba de assumir a frente da divisão de saúde animal da farmacêutica Boehringer Ingelheim no Brasil. “Um dos meus objetivos é fortalecer nossa presença no mercado por meio de uma liderança humanizada.”

Isso envolve tratar a si mesmo e aos seus liderados com respeito e generosidade. “Um líder humanizado busca inspirar pelo exemplo, comunicar com franqueza e transparência, colaborar com propósito, além de oferecer apoio.”

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Depois de quase 10 anos na Sanofi, onde foi líder da divisão de genéricos Medley e gerente geral de vacinas, Joana chega à Boehringer para liderar a divisão que representa cerca de 20% da receita global. Em 2023, as vendas globais de saúde animal chegaram a 4,7 bilhões de euros, um aumento de quase 7% em relação ao ano anterior.

Reconhecer o momento certo de dar um salto, na vida ou na carreira, exige autoconhecimento. “Quanto mais você se conhece, mais fácil é reconhecer quando os ciclos se encerram”, diz ela, que faz terapia há mais de 15 anos.

Antes das farmacêuticas, atuou em multinacionais como Unilever, Diageo e Reckitt Benckiser. Hoje com 46 anos, Joana chegou aos 40 se questionando sobre o legado que deixaria. Pensou em abandonar o mundo corporativo e embarcar no 3º setor. “Até que uma pessoa me disse: ‘Você quer impactar a sociedade? Pois não saia do corporativo e cresça cada vez mais.”

Aqui, Joana Adissi conta como autoconhecimento e networking fizeram toda a diferença na sua trajetória.

Forbes: Você fala muito sobre a importância do autoconhecimento para a liderança. Como isso te ajudou encerrar um ciclo de quase 10 anos em uma empresa e assumir um novo desafio?

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Joana Adissi: Acho que quanto mais nos conhecemos, mais conseguimos entender nossos ciclos. Ser humano é ser parte da natureza e assim viver esse lugar de ciclicidade. Vivemos esse nascer e morrer constante, essa é a jornada da vida. Não é sobre o lugar, é sobre você naquele contexto, naquele momento. Sou imensamente grata e sempre serei por tudo que vivi e experienciei lá. Levo experiências e muitos amigos para a vida, e deixo meu legado com a certeza de que dei meu melhor. Meu período de respiro foi incrível para ampliar repertório, aprender, conhecer novas pessoas e transitar por novos lugares e agora me sinto pronta para um novo desafio. Estou animada e feliz com o que está por vir.

Que dicas você daria para outros profissionais reconhecerem o momento certo ou propício de mudar?

Invista em autoconhecimento: quanto mais você se conhece, mais reconhece quando os ciclos se encerram. Mais você sente e toma consciência desse “encerrar” que acontece sempre, primeiro, dentro de você. Outra reflexão é o corpo, como ele está, como ele reage. Normalmente ignoramos ou negligenciamos a mensagem, precisamos estar atentas, dores de cabeça, dores nas costas, qualidade do sono, o corpo traz sinais e conversa com a gente o tempo todo. E por último é acolher as mudanças que chegam. Se elas chegam, é porque estamos prontas para passar por elas e é a partir delas que se faz o movimento que nos leva a esse constante evoluir.

Para você, o que é uma liderança humanizada?

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Liderança humanizada é se reconhecer e reconhecer o outro como ser humano, nas nossas potencialidades e principalmente nas vulnerabilidades. É ter consciência, primeiro em você, de que haverá dias bons e ruins, altos e baixos, conquistas e aprendizados. E depois desse respeito e generosidade com você, perceber e respeitar isso no outro. Perceber e acolher como o outro está.

Na prática, o que isso significa?

Significa ser acessível, enxergar o outro de verdade, ser vulnerável, oferecer ajuda e guia, mas também pedir ajuda, construir relações de confiança a partir de um lugar muitas vezes inédito no mundo corporativo, de assumir que precisamos uns dos outros e que não é sempre que teremos todas as respostas. Na verdade, nunca teremos todas as respostas. É usar das suas potencialidades e expertise para construir uma estratégia que faça sentido junto com o time. E mais do que isso, ter um espírito de equipe e empatia para criar ambientes de segurança psicológica em que cada um, dentro de sua diversidade, possa ser e dar o seu melhor.

Um líder humanizado busca inspirar pelo exemplo, comunicar com franqueza e transparência, colaborar com propósito, além de oferecer apoio e desenvolvimento para que cada membro da equipe possa crescer e se realizar também no trabalho. O resultado conquistado a partir desse lugar de respeito mútuo é gratificante. Nosso legado são nossas relações e conexões com as pessoas.

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Qual a importância do networking para a carreira?

Quanto mais o tempo passa, mais enxergo a importância do networking. Somos seres sociais e dependemos dessa troca para crescer e evoluir.

Ter um networking robusto é fundamental na carreira e em todos os aspectos: para pedir ajuda, indicação, recomendação e contatos, trocar ideias, rever pontos de vista.

Como isso foi importante para chegar a essa nova posição?

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As minhas últimas posições tiveram como força motriz o networking. É diferente você simplesmente aplicar para uma posição e aplicar e ter alguém que recomende você. E dependendo da sua rede, ampliar essa recomendação pode ser ainda mais forte. Isso significa ter uma consistência nas opiniões sobre quem é você, seu nível de entrega, a qualidade das conexões que você cria como líder. Fora esse lado da recomendação, o networking nos auxilia a ter mais informações sobre o lugar, se a cultura faz sentido, como são as pessoas, como está o momento da empresa, o clima. Isso é fundamental para aceitarmos novos desafios com um pouco mais de segurança. Não é só sobre você ser escolhido para assumir uma posição, mas também sobre você escolher se quer estar nesse lugar. Nossa expertise e tudo que construímos vão contar muito e são fundamentais, mas a recomendação de outras pessoas pode ser essencial numa decisão final.

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O que você espera desse novo momento de carreira?

Que seja mais uma oportunidade de construir um time forte, engajado, que se sinta seguro para ser e oferecer o seu melhor, para construirmos juntos um legado de resultados extraordinários em um ambiente saudável e respeitoso.
Espero poder ampliar nosso foco em prevenção e bem-estar animal e contribuir para escrever mais um capítulo nessa história de sucesso, além de crescer e aprender junto com todo o time da Boehringer no Brasil.

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Camila Farani: “negócios que ignoram impacto não têm futuro”

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

 

Lucro e impacto já não são opostos – são inseparáveis. O mundo atravessa um período de transformação intensa. A crise climática acelera e a instabilidade econômica desafia modelos tradicionais de negócios. Mas, ao contrário do que muitos pensam, é exatamente nesse cenário que surgem as maiores oportunidades. E o empreendedorismo social, muitas vezes visto como um segmento alternativo, se consolida como uma força essencial na nova economia.

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O consumidor exige propósito, o investidor quer retorno com responsabilidade e empresas que ainda veem ESG como “tendência” estão atrasadas. Empreendedorismo social não é caridade nem nicho alternativo. É estratégia. É o mainstream da economia global atual.

Empreender por necessidade ou por oportunidade? Nos últimos anos, vimos os dois movimentos crescerem. De um lado, quem buscou alternativas para sobreviver às adversidades. De outro, quem soube capturar o timing de um mercado que valoriza impacto tanto quanto rentabilidade. E aqui está a verdade nua e crua: os negócios que prosperam não são os que escolhem entre lucro e impacto, mas os que entendem que um não existe sem o outro.

E os números não mentem:

  • Consumidores transformando mercados

O comportamento do consumidor mudou radicalmente. Segundo um estudo da Nielsen, 73% dos consumidores globais preferem marcas com impacto social e ambiental positivo. No Brasil, esse número chega a 85%. Isso significa que empresas que ignoram essa demanda correm o risco de perder mercado para negócios que integram propósito e lucro.

  • Investidores impulsionando a mudança

O mercado de impacto movimenta mais de US$ 1 trilhão globalmente, segundo a GIIN (Global Impact Investing Network). No Brasil, os investimentos de impacto quadruplicaram nos últimos anos, ultrapassando R$ 5 bilhões. Fundos de venture capital e corporate venture estão cada vez mais focados em startups de impacto, acelerando soluções para desafios sociais e ambientais.

  • Novos modelos de negócios sustentáveis

As empresas que acompanham o ritmo do mercado mostram que regeneração ambiental e viabilidade econômica não são mutuamente exclusivas. Exemplo: ao recuperar terras degradadas e conectar pequenos produtores ao mercado, algums startups conseguem gerar valor econômico e ambiental simultaneamente.

  • Geração de empregos e impacto real

Um estudo da Fundação Dom Cabral estima que os negócios de impacto podem criar até 2,5 milhões de empregos no Brasil até 2030, especialmente em comunidades vulneráveis. Esse crescimento prova que a inovação social não é apenas uma questão de responsabilidade, mas um motor real da economia.

O novo papel das grandes empresas

Empresas que ignoram o impacto do empreendedorismo social estão assinando sua própria irrelevância. Fato é que as empresas que ainda tratam sustentabilidade como um “extra” vão, inevitavelmente, ficar para trás. E a razão: o mercado já não tolera negócios que não entregam valor além do lucro.

O que está mudando? Três movimentos estão redefinindo o mercado corporativo:

  • 1 – Investimentos corporativos em startups de impacto

Empresas como Natura, Boticário e Itaú entenderam que inovação real vem de quem nasce resolvendo problemas estruturais. Seus fundos de corporate venture capital estão direcionando capital para startups sustentáveis, garantindo vantagem competitiva e um pipeline contínuo de inovação.

  • 2 – Parcerias estratégicas para inovação aberta

Gigantes não conseguem se mover rápido o suficiente. É por isso que cada vez mais corporações estão buscando startups sociais para acelerar soluções escaláveis em desafios ambientais e sociais. Quem não se conecta a esse ecossistema perde tempo e mercado.

  • 3- Sustentabilidade como estratégia de longo prazo

Não é mais discurso: um estudo da McKinsey provou que empresas comprometidas com ESG têm 63% mais rentabilidade. A lógica é simples: consumidores se tornam leais, investidores apostam mais e a operação ganha resiliência.

O futuro é agora

Quem ainda acredita que lucro e impacto são incompatíveis está preso a um modelo ultrapassado de negócios. O mercado já provou que empresas que integram propósito e sustentabilidade são mais lucrativas, mais resilientes e mais atrativas para investidores e consumidores.

Fato é que o jogo mudou. E a pergunta que fica é: seu negócio está pronto para essa economia ou vai ficar para trás?

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Camila Farani é Top Voice no LinkedIn Brasil e a única mulher bicampeã premiada como Melhor Investidora-Anjo no Startup Awards 2016 e 2018. Sócia-fundadora da G2 Capital, uma butique de investimentos em empresas de tecnologia, as startups.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião de Forbes Brasil e de seus editores.

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5 Hacks de Produtividade para Trabalhar Melhor – e Não Mais

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

Integrar a inteligência artificial à rotina profissional pode liberar um recurso valioso: o tempo. Um relatório da Thomson Reuters divulgado no último ano aponta que a IA tem o potencial de economizar até 4 horas de trabalho por semana – o equivalente a 200 horas anuais –, segundo previsão de mais de 2 mil entrevistados que atuam em diferentes setores.

Nesse novo cenário, os profissionais que se destacam não são aqueles que passam mais tempo no escritório, mas os que trabalham de forma mais inteligente. O conceito de produtividade está mudando: não é mais apenas sobre trabalhar muito, e sim sobre implementar as estratégias certas, equilibrar a vida pessoal e evitar o esgotamento.

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Aqui estão cinco hacks de produtividade para ajudar você a trabalhar de forma mais eficiente – e não mais.

1. Aproveite as ferramentas disponíveis

A tecnologia é um divisor de águas quando se trata de trabalhar de forma mais inteligente. Você só precisa utilizar uma ferramenta de gestão de projetos que funcione para você. Você pode testar o Google Sheets, por exemplo, para acompanhar compromissos; o Monday.com, Trello ou Notion para organizar nossos projetos, colaborar de forma eficaz e monitorar o progresso em diversas tarefas.

Ferramentas de automação também são ótimas para tarefas repetitivas, proporcionando mais tempo para focar em outros trabalhos importantes. Seja para inserir dados, gerenciar redes sociais ou agendar e-mails, diversas ferramentas e programas podem otimizar seu fluxo de trabalho e aumentar sua produtividade.

2. Trabalhe em intervalos

Trabalhar de forma mais inteligente, e não por mais tempo, significa fazer pausas regulares para recarregar sua mente e corpo. Quando estou lidando com um grande projeto, trabalho por 90 minutos e faço uma pausa de 20 a 30 minutos depois, o que me ajuda a manter o foco.

Pesquisas também mostraram que o cérebro humano trabalha em níveis ideais de desempenho por 90 minutos, e depois disso precisa de uma pausa. Você pode explorar outras técnicas, como o Pomodoro, em que você faz uma pausa de 5 minutos após 25 minutos de trabalho sem interrupções.

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Alinhar o trabalho com seus níveis de energia também ajuda a aumentar a eficiência. Por exemplo, se você é uma pessoa mais produtiva pela manhã, aproveite esse período para realizar tarefas mais desafiadoras. Mais tarde, quando sua energia diminuir, você pode focar em tarefas mais simples que exigem menos esforço mental. Com essa abordagem, você consegue maximizar sua produtividade e evitar o esgotamento.

3. Organize seu ambiente de trabalho

Seja trabalhando de casa ou no escritório, um espaço de trabalho organizado ajuda a manter o foco, aumenta a criatividade e reduz o estresse. Para criar um ambiente ideal, encontre um local tranquilo onde você consiga trabalhar sem distrações. Ter espaço suficiente para guardar papéis que não são mais usados, cabos de carregador antigos, alfinetes e outros itens desnecessários mantém sua mesa limpa e sem bagunça.

Você também pode querer investir em uma mesa, cadeira confortável e outros móveis ergonômicos, dependendo das suas necessidades e preferências. Adicionar algumas plantas para melhorar a qualidade do ar e a estética do ambiente também é uma boa ideia. Toques pessoais, como sua obra de arte favorita ou uma foto de família, ajudam a manter a motivação em alta.

4. Estabeleça prazos realistas

Prazos irreais são uma das principais fontes de estresse e esgotamento, por isso é essencial entender primeiro o escopo do projeto. Considere a complexidade das tarefas e identifique os possíveis desafios. Dividir os projetos em tarefas menores permite estimar o tempo necessário para cada uma delas.

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Além disso, estabelecer prazos mais curtos permite que você acompanhe seu progresso facilmente e até comemore suas vitórias. Envie atualizações regulares para seus clientes e comunique possíveis atrasos ou ajustes. Com essas estratégias, você pode gerenciar as expectativas e entregar resultados de alta qualidade enquanto reduz o risco de esgotamento.

5. Não tente ser multitarefas

Pode até parecer que você está realizando várias coisas ao mesmo tempo, mas, na realidade, a troca constante de tarefas resulta em mais tempo para concluir as atividades e maior risco de erros. Para melhorar a eficiência, concentre-se em uma tarefa de cada vez. Defina blocos de tempo para cada atividade, como responder e-mails, escrever artigos, organizar seu espaço de trabalho e concluir projetos relacionados.

Utilizar funções de “não perturbe” também ajuda a manter o foco e diminuir as distrações. Para quebrar o hábito de ser multitarefas, evite checar seu celular assim que acordar. Em vez disso, crie uma lista de todas as suas tarefas com base na prioridade e urgência para gerenciar seu tempo de forma eficaz.

Embora a “cultura da correria” pareça exigir que você trabalhe mais, a chave para o sucesso a longo prazo é trabalhar de maneira mais inteligente. Ao maximizar as ferramentas que funcionam para você, fazer as pausas necessárias, estabelecer prazos realistas e otimizar seu ambiente de trabalho, você pode economizar tempo, energia e outros recursos.

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*Sho Dewan é colaborador da Forbes US. Ele é fundador e CEO da Workhap, de consultoria de carreira, além de ser criador de conteúdo e LinkedIn Top Voice.

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Evite o Burnout: 4 Hábitos de Autocuidado Essenciais para CEOs

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

 

A rotatividade de CEOs atingiu níveis recordes em 2024, e 2025 pode superar essa marca. Segundo o relatório Global CEO Turnover 2024 da Russell Reynolds Associates, 202 CEOs das maiores empresas listadas no mundo deixaram seus postos no último ano, um aumento de 9% em relação a 2023. A análise, que acompanha a movimentação de líderes em 13 índices globais, ainda identificou um número recorde de saídas precoces: 43 CEOs deixaram seus cargos em menos de 36 meses.

Nos EUA, até novembro do ano passado, 1.991 CEOs de empresas americanas anunciaram suas saídas, o maior número já registrado desde que a consultoria de recolocação executiva Challenger, Gray & Christmas começou a monitorar mudanças de liderança em 2002.

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O ambiente de alta pressão não vai desaparecer. E, embora a receita, o crescimento e a participação de mercado sejam cruciais, o KPI (indicador-chave de desempenho) mais importante continua o mesmo: o seu bem-estar. Autocuidado não é sobre se afastar do trabalho. É sobre garantir que você possa liderar no mais alto nível hoje, amanhã e no futuro.

Em 2025, o verdadeiro indicador de sucesso de um CEO será seu equilíbrio pessoal, não apenas o balanço financeiro da empresa. Ignorar isso compromete inevitavelmente o desempenho, a tomada de decisões e a presença de liderança.

Quando a maioria das pessoas ouve o termo “autocuidado”, pode imaginar dias de spa e aplicativos de meditação. Mas, para CEOs, autocuidado não é apenas relaxamento — é a chave para sustentar a alta performance. Envolve a precisão para tomar decisões milionárias (ou até bilionárias), a resistência para liderar sob pressão e a clareza para identificar oportunidades antes da concorrência.

Ainda assim, muitos CEOs ignoram os sinais de exaustão, acreditando que podem deixar para depois. O problema é que, muitas vezes, o “depois” chega tarde demais. Um estudo do jornal científico Global Advances in Health and Medicine revelou que 64% dos executivos enfrentam estresse relacionado ao trabalho — um índice significativamente superior ao da população em geral.

Veja quatro hábitos frequentemente ignorados que podem ajudar CEOs a performar melhor sem sacrificar o bem-estar:

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1. Desenvolva autoconsciência como uma vantagem competitiva

CEOs, fundadores e líderes de alto nível costumam associar sua identidade aos seus cargos, empresas e conquistas. Mas quem eles são para além disso? O burnout muitas vezes não surge apenas do excesso de trabalho, mas da perda de identidade. Líderes investem tudo em seus negócios, negligenciando a saúde, os relacionamentos e a satisfação pessoal. Esse desequilíbrio compromete a resiliência mental e enfraquece a capacidade de tomar decisões assertivas.

No entanto, desenvolver a autoconsciência por meio de check-ins regulares sobre sua energia, emoções e prioridades pode ajudar a recalibrar seu foco. Pergunte a si mesmo: Como está minha saúde física? Minha resistência mental? Meus relacionamentos mais importantes? Meu senso de propósito?

A autoconsciência não se trata apenas de realização pessoal — é um ativo estratégico que aprimora sua intuição como líder, melhora sua tomada de decisão e fortalece sua resiliência a longo prazo.

2. Domine seu diálogo interno como um atleta

Atletas de alto nível utilizam o diálogo interno como ferramenta de desempenho. Antes de vencerem campeonatos, já venceram mentalmente. CEOs precisam da mesma disciplina mental para suportar os desafios do mundo dos negócios. O diálogo interno pode alimentar a confiança e a resiliência ou sabotar a performance com dúvidas e hesitação. Como disse Michael Jordan: “Errei mais de 9.000 arremessos na minha carreira. Perdi quase 300 jogos. Em 26 ocasiões, confiaram em mim para fazer o arremesso da vitória e falhei. Fracassei repetidamente na minha vida. E é por isso que tenho sucesso.”

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Muitos CEOs se sabotam sem perceber, cedendo ao perfeccionismo, à culpa e a um crítico interno implacável. A chave não é eliminar a dúvida, mas aprender a se orientar em vez de se criticar. Reenquadrar o diálogo interno como um hábito essencial de alta performance pode elevar o desempenho dentro e fora do escritório.

3. Proteja sua energia como um balanço patrimonial

A maioria dos CEOs é obcecada por capital financeiro, mas negligencia seu ativo mais valioso: a energia. Pense na sua energia como um balanço patrimonial. Onde você está desperdiçando recursos?

  • Reuniões (e pessoas) que drenam sua energia?
  • Compromissos desnecessários?
  • Fadiga interminável para tomar decisões?

Muitos líderes operam como se fossem invencíveis, assumindo pessoalmente todas as crises. Mas um modelo mais saudável não se trata apenas de gerenciar o tempo, e sim de alocar energia de forma estratégica. Assim como nos negócios, o retorno sobre o investimento (ROI) importa. Estabelecer limites claros não limita a ambição — maximiza o impacto. CEOs que gerenciam sua energia tomam melhores decisões, lideram com mais eficácia e constroem um sucesso sustentável.

4. Defina um plano de performance para sua saúde

Quando o técnico de futebol americano Bill Walsh transformou o time San Francisco 49ers em tricampeão do Super Bowl, ele não começou pelas jogadas, mas pelos padrões. No livro “The Score Takes Care of Itself”, os autores Steve Jamison e Craig Walsh detalham a metodologia do técnico e sua implementação de um “padrão de performance” que ditava como os jogadores treinavam, se comunicavam e até se vestiam.

Essa disciplina criou previsibilidade e consistência. O mesmo princípio pode ser aplicado ao seu bem-estar. Assim como os líderes têm um plano operacional para sua empresa, é preciso desenvolver um plano de performance pessoal para as seguintes questões:

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  • Condicionamento físico;
  • Alimentação;
  • Sono;
  • Resiliência mental;
  • Recuperação;
  • Relacionamentos;
  • E qualquer outra área essencial para seu bem-estar.

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