Negócios
México Vai Reduzir Jornada de Trabalho para 40 Horas Semanais até 2030

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O governo do México vai reduzir gradualmente a jornada semanal padrão para 40 horas, afirmou o ministro do Trabalho e Previdência Social, Marath Bolaños, na quinta-feira (1). A mudança deve entrar em vigor totalmente até janeiro de 2030.
Atualmente, a jornada de trabalho no país é de 48 horas semanais.
Durante um evento pelo Dia do Trabalho, Bolaños informou que o ministério realizará uma série de fóruns em cidades de todo o país, de junho a julho, para ajudar a formatar a proposta de transição gradual.
As tentativas de reduzir a carga horária vêm enfrentando atrasos. Em 2023, um projeto de lei que buscava limitar a jornada a 40 horas encontrou resistência no Congresso e voltou a ser adiado em 2024. Até agora, o Congresso não aprovou a proposta.
A iniciativa faz parte da agenda mais ampla de reforma trabalhista do governo da presidente Claudia Sheinbaum.
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Negócios
VP de Gente do Grupo Boticário Fala Sobre Carreira Global no RH

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Alessandra Ginante, nova vice-presidente de Gente do Grupo Boticário, construiu uma carreira internacional ao longo de 15 anos entre Estados Unidos e Holanda antes de decidir voltar a morar no Brasil, há três meses. “Cheguei a um ponto da minha carreira em que percebi que posso ser uma executiva global morando no meu país”, diz à Forbes Brasil.
Nos últimos oito anos, esteve no epicentro da inovação tecnológica, o Vale do Silício, onde ocupou posições de liderança em empresas como NetApp, Pure Storage e Hewlett Packard Enterprise. Apesar da mudança de país, segue atuando no conselho da empresa americana de tecnologia iCIMS, em Nova Jersey — ponte que mantém viva sua conexão com o ecossistema global. “Isso me permite seguir conectada aos dois mundos.”
Agora, liderando uma equipe de mais de 500 pessoas no Grupo Boticário, Alessandra tem como missão preparar o RH para o futuro. “Sempre foquei nisso: quando você muda o topo, o impacto se espalha para toda a organização.” Com olhar estratégico e foco em inovação, aposta no equilíbrio entre tecnologia e fator humano para impulsionar transformação. “Estou mergulhada em construir um RH que olhe para o futuro com estratégia, empatia e inovação.”
Com mais de três décadas de experiência, Alessandra construiu sua trajetória em multinacionais como Diageo, Avon, Philips e Volkswagen. “No começo da minha carreira, era uma batalha constante para provar que RH merecia um lugar na mesa de decisões”, afirma. Ao longo dos anos, viu esse cenário evoluir, e o papel da área conquistar protagonismo na liderança.
De volta ao Brasil, sua ambição, porém, vai além de liderar: “O principal é ensinar o que aprendi e tornar nosso RH referência. Quero investir na formação das novas gerações de recursos humanos do Brasil.”
A seguir, Alessandra Ginante, nova VP de Gente do Grupo Boticário, compartilha os aprendizados e desafios de liderar em contextos multiculturais na área de RH — e como construiu uma trajetória global sem abrir mão das próprias raízes.
Como foi o processo para conquistar essa posição de liderança no Grupo Boticário?
Como estava empregada, não saí procurando uma posição. O que busquei, de fato, foram pessoas com valores parecidos com os meus: padrão alto, curiosidade intelectual, compromisso com a excelência e integridade — que fazem o certo mesmo quando ninguém está olhando.
Isso ressoou muito com a forma como conduzi minha carreira. Outras oportunidades até surgiram, mas algumas eu declinei logo de início, por não sentir como um encaixe natural de valores. Estava em um momento da vida em que podia esperar e fazer a transição com calma.
Em certo momento, chegou a conversa com o Fernando Modé, CEO do Grupo Boticário, que começou assim, despretensiosa. Aos poucos, percebemos que havia sintonia.
O que te motivou a voltar para o Brasil neste momento da sua carreira?
Acredito que, dependendo de quando você sai do seu país de origem, a chance de voltar varia. Saí pela primeira vez aos 26 anos, depois de ter feito toda a minha formação aqui. Fui como expatriada, já sabendo que, em algum momento, voltaria. Naquela época, voltei por motivos familiares — meus pais estavam envelhecendo e adoeceram.
Desta vez, o retorno tem um significado diferente. Cheguei a um ponto da minha carreira em que percebi que posso ser uma executiva global morando no Brasil — algo que talvez não fosse possível para gerações anteriores. É claro que nenhum país é perfeito, mas quanto mais tempo se passa fora mais você valoriza algumas fortalezas do Brasil.
Como foi tomar essa decisão, tanto pelo lado profissional quanto pessoal?
Profissionalmente, fez sentido. Ter a oportunidade de assumir um cargo global, em uma empresa do porte do Grupo Boticário, baseada em São Paulo, me permite seguir conectada com o mundo. A relevância do grupo, aliada à tecnologia, me mostraram que seria possível estar mais próxima do centro das decisões morando em São Paulo do que em São Francisco (que, apesar de tudo, é longe de quase tudo).
E tem também o lado pessoal. Meu marido é americano, de Nova York, filho único, e os pais dele estão mais velhos. Já tínhamos decidido sair da Califórnia para ficar mais próximos da família e, entre Nova York e São Paulo, colocamos tudo na balança. Comecei a considerar posições nessas duas cidades. Mas, se fosse no Brasil, eu queria uma empresa grande, com excelente governança, cultura de alta performance e consciência social — tudo que uma organização madura precisa ter.
Quando soube que o Grupo Boticário estava considerando contratar uma CHRO, foi quando pensei: ou é tudo, ou é nada. E aqui estou.
Já são três meses no Brasil e no novo cargo. Como tem sido o processo de adaptação depois de tantos anos morando fora?
Parece que estou voltando para casa. Brinco com alguns amigos que é como voltar a morar na casa dos pais depois de muitos anos vivendo sozinha. Tem os perrengues, como a burocracia, por exemplo. Minha carteira de motorista estava vencida havia anos, então precisei resolver essas coisas.
Ao mesmo tempo, tem algo muito especial em voltar a viver na minha própria cultura. Sempre fui bem global — jovem, curiosa, queria muito morar fora. E consegui. Morei na Holanda, nos Estados Unidos, fui e voltei algumas vezes, e me adaptei bem. Mas nunca é igual.
Estar de volta, falar português o tempo inteiro, contar piada na minha língua, chamar as pessoas por apelido, são pequenas grandes coisas. Esse conforto cultural, o calor humano do brasileiro, é muito único.
Quais foram os maiores desafios da sua trajetória até aqui?
O idioma foi um desafio “de hardware”: técnico, mecânico. O que realmente exigiu de mim foi o “software” — lidar com o invisível, com as camadas culturais, com os códigos não-ditos de cada país e de cada ambiente profissional.
Quando você assume uma posição de liderança, especialmente fora do seu país, isso ganha outra dimensão. Você não está só gerenciando um time. Você está sendo observada por lentes atravessadas por estereótipos. Mulher. Hispânica. Jovem. Líder de RH, mas que entende do negócio. Isso confunde e incomoda. É como se você precisasse explicar sua presença o tempo todo.
No início, confesso que tentei me adaptar demais. Pintava a unha de branco, evitava qualquer traço que pudesse me destacar. Até o momento em que percebi o quanto isso me custava, e decidi me reencontrar comigo mesma. Foi aí que me fortaleci. Voltei a confiar na minha identidade, no meu valor, e encontrei minha própria forma de liderar.
Como você enxerga seu papel na liderança?
Ser líder, para mim, sempre foi uma escolha consciente. Gosto de pensar que liderar é como pedalar contra o vento: se ele está contra, é você quem precisa estar na frente para proteger o time. Mas, se o vento está a favor, ele precisa alcançar primeiro as pessoas que trabalham com você.
Não perco de vista meu papel como executiva. Gosto muito da área de pessoas, mas acredito profundamente que RH é — e deve ser — tratado como um negócio. Tenho metas claras, OKRs, métricas. Minha formação é em análise de sistemas, então sou apaixonada por tecnologia e dados. E essa visão me ajuda a unir duas dimensões: a excelência operacional com o lado humano.
Estamos em uma nova fronteira. A força de trabalho do futuro é digital e humana. Saber gerenciar esse equilíbrio de quando usar tecnologia e quando o fator humano é insubstituível é a chave. É nisso que estou mergulhada: em construir um RH que olhe para o futuro com estratégia, empatia e inovação.
Nos últimos anos, o RH passou por mudanças aceleradas e ganhou mais protagonismo dentro das empresas. Como você enxerga essa evolução?
É uma transformação global. Às vezes a gente tende a achar que nos Estados Unidos está muito à frente, mas não vejo dessa forma. O Brasil não fica para trás em termos de maturidade da função de RH. Pelo contrário, temos profissionais altamente qualificados e inovadores.
Vivemos algumas etapas importantes. No começo da minha carreira, era uma batalha constante para provar que RH merecia um lugar na mesa de decisões. Felizmente, nas empresas com performance relevante, esse debate já está superado.
A pandemia e os movimentos sociais, como o impacto do caso George Floyd, marcaram um ponto de virada. Pela primeira vez, vimos uma sobreposição clara entre imperativos de negócio, gestão de talentos e a agenda de diversidade, equidade e inclusão. Foi quando ficou evidente: não integrar tudo isso tem um custo direto — seja em performance, receita, produtividade ou saúde mental.
A partir daí, o desafio deixou de ser apenas conquistar espaço: passou a ser ocupar esse espaço com profundidade.
Como você enxerga o papel do RH hoje?
Vivemos mais uma virada: além da profundidade técnica e do conhecimento de negócio, precisamos entender profundamente de tecnologia. Não para competir com quem é de tecnologia, mas para dialogar de igual para igual — e construir juntos.
Só assim vamos garantir que a genialidade, a criatividade e o potencial humano estejam sendo usados no lugar certo, e não desperdiçados em tarefas repetitivas.
Na prática, isso significa que até o nome da área pode ter que mudar. Não é mais apenas sobre “gente” ou “recursos humanos”. É sobre todos os recursos — digitais e humanos — necessários para viabilizar a produção e a inovação.
Ao longo da sua trajetória, você acompanhou de perto a transformação do papel da mulher na liderança. O que mudou?
Nos últimos 30 anos, vejo que avançamos bastante, mesmo que ainda falte muito. Hoje, já não se tolera mais o machismo velado — nem o escancarado — em muitas empresas. Claro que ainda existe desigualdade, principalmente em alguns setores, mas houve avanço em todas as frentes: diversidade, equidade e inclusão.
A diversidade ainda caminha devagar, em alguns setores mais do que em outros. Por isso, voltar para o setor de consumo, como o de beleza, que tem mais presença feminina, é um respiro em comparação à tecnologia.
Já a equidade avançou bastante, porque é apoiada por políticas, métricas, leis e auditorias. E é bom lembrar: ela beneficia a todos, não apenas mulheres ou minorias.
A inclusão também evoluiu (e muito) porque criamos mais redes de apoio entre mulheres. E, principalmente, porque muitos homens passaram a atuar como aliados, não permitindo mais certos comportamentos dentro das empresas.
E o que ainda precisa mudar?
Se eu pudesse escolher apenas um ponto para acelerar, seria esse: transformar os espaços de poder. Sempre foquei nisso, porque quando você muda o topo, o impacto se espalha para toda a organização. Nos últimos anos, por exemplo, coordenei um programa para preparar mulheres para seu primeiro conselho de administração. Na última turma, nove das quinze participantes conquistaram essa cadeira. É esse tipo de movimento que realmente muda o jogo.
O que te move hoje?
Com toda a experiência que adquiri trabalhando em diferentes culturas, indústrias e empresas globais, hoje minha missão é ajudar meu time no Grupo Boticário.
Tenho pessoas muito seniores, mas também quem está começando na carreira de recursos humanos, e quero que eles tenham a oportunidade de aprender, crescer e atingir um padrão de classe mundial — trabalhando no Brasil.
Isso para mim é o principal: ensinar o que aprendi, sistematizar esse conhecimento no grupo para que a gente seja excelente em tudo, como já somos em muitas áreas. No RH, também vamos ser referência. Quero investir na formação das novas gerações de recursos humanos do Brasil.
Além do trabalho, quais são seus hobbies? Dá para equilibrar vida pessoal e carreira?
Aprendi muito na Holanda sobre gestão do tempo, e aplico isso rigorosamente. Uso meu calendário não só para agendar reuniões, mas para organizar meu trabalho, bloqueando horários para tarefas importantes. Isso me ajuda a limitar o número de reuniões que aceito e a garantir foco na entrega.
Gosto de ler… para mim, leitura é lazer, não trabalho. Também corro, não porque adoro, mas porque preciso. Sou bastante extrovertida, então relaxo também na socialização: recebo amigos em casa, vou às casas deles, faço eventos. Quando estava na Bay Area, aprendi a cozinhar junto com meu marido e a inventar receitas.
Tenho interesse em moda e tecnologia — uso aplicativos para ajudar na escolha do guarda-roupa, por exemplo. E meus sobrinhos são uma presença constante, ocupam muito meu tempo. Meu marido divide esse tempo comigo, pois ele mora entre Nova York e São Paulo.
Também adoro dançar, especialmente samba, e vou a shows e bares com música ao vivo, aproveitando os momentos simples da vida.
Tirando o crachá, quem é a Alessandra?
Sou uma pessoa que escolheu ser feliz no simples. Até recentemente, vivia no futuro. Precisava falar inglês? Ok, vamos aprender. Depois da graduação, precisava fazer pós? Feito. Estava sempre focada em trabalhar o melhor que podia, mas também olhando o próximo passo para melhorar o padrão de vida da minha família. Agora, sou muito mais calma com isso. Vivo o presente, que para mim é o que mais importa.
A trajetória de Alessandra Ginante, VP de Gente do Grupo Boticário
Por quais empresas passou
NetApp, Pure Storage, Hewlett Packard Enterprise, Diageo, Avon, Philips e Volkswagen.
Formação
Formada em análise de sistemas na Universidade Paulista, tem mestrado acadêmico no Mackenzie e MBA e doutorado na FGV EAESP.
Primeiro emprego
“Meu primeiro emprego em tempo integral foi de assistente administrativa na área de benefícios do Banco de Crédito Nacional. Fazia concessão de empréstimos para os funcionários do banco.”
Primeiro cargo de liderança
Supervisora do departamento de benefícios no BCN.
Um hábito essencial na rotina
“Meu hábito mais crítico é cuidar do meu tempo como o recurso mais escasso que tenho. Tenho o hábito de olhar minha agenda tanto profissional quanto pessoal e fazer modificações para assegurar que dedico o meu tempo aos temas mais estratégicos e às pessoas e relações mais críticas ou importantes para mim.”
Um livro, podcast ou filme que inspira sua visão de gestão
“Unleashed”, de Anne Morriss e Frances Frei.
O que te motiva
“Sou muito motivada a aprender sobre o novo. Seja sobre novas pessoas, novas ideias ou novas formas de fazer algo.”
Um conselho de carreira
“O melhor conselho de carreira que recebi foi manter um equilíbrio entre falar o que vou fazer e fazer o que falei.”
Tempo de carreira
33 anos.
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Negócios
Por Que Aprender a Gerenciar o Estresse Desde Cedo É Essencial

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
O estresse é uma parte inevitável da vida profissional de qualquer pessoa, mas a forma como lidamos com ele no início da carreira impacta significativamente tanto a saúde quanto o sucesso a longo prazo. Embora muitos profissionais tentem evitar o estresse por completo, desenvolver habilidades eficazes de gerenciamento de estresse oferece uma abordagem mais realista e benéfica.
Aprender a gerenciar o estresse vai além do alívio imediato. Trata-se de construir uma base para sua carreira, melhores tomadas de decisão e resultados positivos de saúde a longo prazo. Os profissionais que avançam com mais sucesso não são aqueles que sentem menos estresse, mas sim aqueles que desenvolvem as habilidades para lidar com ele de forma eficaz quando a pressão aumenta.
O que o estresse significa para sua carreira e saúde
É no início da carreira que é mais provável sentirmos estresse crônico e pressão adicional. De acordo com um estudo da Mental Health Foundation, organização britânica dedicada à pesquisa, prevenção e promoção da saúde mental, quase metade (49%) dos jovens de 18 a 24 anos que experimentaram altos níveis de estresse disseram que a fonte do sentimento estava relacionada à comparação com outras pessoas. Além disso, 60% desses jovens de 18 a 24 anos e 41% dos de 25 a 35 anos afirmaram sentir maior estresse devido à pressão por sucesso.
Se não for controlado, o estresse persistente contribui para distúrbios do sono, enfraquecimento do sistema imunológico, ansiedade e complicações de saúde a longo prazo, que podem prejudicar tanto o avanço na carreira quanto o bem-estar pessoal.
O custo de saúde a longo prazo de uma rotina de trabalho volátil
O National Longitudinal Studies, responsável por pesquisas de longo prazo dos EUA que analisam fatores sociais, econômicos e de saúde, acompanhou mais de 7,3 mil participantes anualmente de 1979 a 1994 e, depois disso, a cada dois anos. Por quase três décadas, esses estudos mostraram que os padrões de trabalho estabelecidos na juventude têm impacto significativo na saúde aos 50 anos. Os pesquisadores analisaram dados desses estudos, examinando como diferentes horários de trabalho afetaram participantes de 22 a 49 anos.
Os resultados foram claros: pessoas que trabalhavam em horários voláteis — como turnos noturnos, horários irregulares ou trabalho em horários alternativos — apresentaram piores resultados de saúde décadas depois. Consequentemente, esses indivíduos relataram menor qualidade do sono, diminuição da função física e mental e taxas mais altas de depressão em comparação com aqueles que mantinham horários padrão de trabalho diurno.
O estudo também revelou disparidades de gênero preocupantes no impacto dos horários de trabalho na saúde. Mulheres que trabalhavam fora do horário convencional apresentaram qualidade de sono significativamente inferior, mesmo dormindo mais horas do que os homens. Essa constatação sugere que padrões irregulares de trabalho podem afetar de forma mais severa os ciclos de sono das mulheres, contribuindo para problemas de saúde a longo prazo.
Além disso, pessoas negras apresentaram maior probabilidade de ter jornadas associadas a piores desfechos de saúde. Essas disparidades mostram como os padrões de emprego se cruzam com a posição social, criando desigualdades de saúde que vão muito além do ambiente de trabalho.
O melhor investimento para sua carreira é o gerenciamento precoce do estresse
O gerenciamento eficaz do estresse consiste em desenvolver habilidades para lidar com ele antes que prejudique sua performance e bem-estar. Profissionais que aprendem técnicas de gerenciamento de estresse ainda no início da carreira apresentam melhores resultados de saúde a longo prazo, maior capacidade de decisão e crescimento profissional mais sustentável.
Esse gerenciamento depende de assumir o controle dos seus pensamentos, emoções, agenda, ambiente e forma como você lida com desafios. Trata-se de adotar uma abordagem equilibrada que permita performar sob pressão sem sacrificar a saúde física e mental.
Não há uma solução única para todos. Alguns profissionais encontram alívio em exercícios respiratórios e mindfulness; outros, na prática de atividades físicas ou em planejamento estruturado. O essencial é encontrar o que funciona para a sua situação e aplicar essas técnicas de forma consistente.
Por que isso importa mais do que você imagina
Manter o estresse sob controle não deve ser algo para se preocupar apenas quando o burnout se torna inevitável. Quando feito precocemente, cria vantagens mensuráveis que se acumulam ao longo do tempo, afetando desde a performance diária até o potencial de liderança.
5 benefícios do gerenciamento precoce do estresse
1. Proteção contra consequências de saúde
O estresse não controlado leva à fadiga, sono ruim, imunidade enfraquecida e, segundo a Cleveland Clinic, ao aumento do risco de doenças graves, como doenças cardíacas e depressão. Esses problemas reduzem diretamente sua capacidade de concentração, energia e performance constante no trabalho.
Profissionais que controlam o estresse desde cedo enfrentam menos problemas de saúde e sustentam níveis mais altos de desempenho ao longo da carreira. Também demonstram maior resiliência emocional e se recuperam mais rapidamente de contratempos no trabalho.
2. Melhores relações profissionais
Gerenciar o estresse ajuda a manter o equilíbrio emocional em situações desafiadoras. Com isso, é possível responder de forma ponderada em vez de reagir impulsivamente, manter a presença em conversas importantes e conservar uma postura profissional positiva mesmo sob pressão. Essa estabilidade emocional fortalece os relacionamentos de trabalho e cria mais oportunidades de colaboração e crescimento.
3. Maior equilíbrio emocional
Equilíbrio emocional não é apenas uma habilidade comportamental — é um ativo essencial que determina como você performa, se comunica e lidera. O estresse não gerenciado leva até profissionais competentes a agir impulsivamente, interpretar mal feedbacks ou se afastar da colaboração, prejudicando sua credibilidade e oportunidades de avanço.
Com o gerenciamento precoce do estresse, desenvolve-se disciplina emocional e autoconhecimento. Aprende-se a reconhecer os sinais internos de estresse e regular as respostas antes que se agravem. Essa inteligência emocional se traduz em melhor comunicação, julgamentos mais sólidos e habilidades de resolução de conflitos — critérios essenciais para cargos de liderança.
4. Melhora da performance e capacidade
O gerenciamento eficaz do estresse transforma a forma como você atua em ambientes de alta pressão. Em vez de ser dominado pelas demandas concorrentes, aprende-se a priorizar, manter a compostura e executar tarefas com precisão.
Isso melhora tanto a clareza mental quanto a energia física, facilitando lidar com projetos complexos, múltiplas responsabilidades e manter a produtividade sem esgotamento. Desenvolvem-se maior foco, habilidades de gestão do tempo e abordagem mais estratégica para resolver problemas, destacando você como um profissional de alta performance.
5. Preparação para cargos de liderança
Cargos de liderança são inerentemente estressantes, exigindo decisões de alto risco, gestão de equipes e situações de incerteza. Quem aprende a gerenciar o estresse desde cedo adquire vantagem crucial ao ascender na carreira.
Futuros líderes resilientes desenvolvem a capacidade de responder com ponderação — e não emocionalmente — durante crises. Dominar a inteligência emocional é essencial para gerenciar equipes diversas, resolver conflitos e manter a estabilidade organizacional em momentos desafiadores.
5 formas práticas de gerenciar o estresse no trabalho
1. Reconheça os sinais de alerta cedo
O primeiro passo é perceber quando o estresse começa a ser problemático. Muitas pessoas só agem quando estão sobrecarregadas, mas reconhecer os sinais precoces permite intervir antes que o estresse afete sua saúde e desempenho.
Os sintomas físicos geralmente aparecem primeiro: dores de cabeça, tensão muscular, distúrbios do sono ou fadiga constante. Os sinais mentais incluem dificuldade de concentração, irritabilidade, esquecimentos e sensação constante de estar no limite. Esses sinais costumam se intensificar aos poucos, sendo fáceis de ignorar no início.
2. Identifique as fontes de estresse
Raramente o estresse tem uma causa única. Na maioria das vezes, resulta do acúmulo de pequenas pressões ao longo do tempo. Estressores comuns no trabalho incluem prazos irreais, expectativas pouco claras, relacionamentos difíceis, excesso de tarefas ou falta de controle sobre decisões.
Ao perceber os sintomas, pergunte-se o que ocorreu logo antes de surgirem. Foi uma conversa, e-mail ou tarefa específica? Monitorar suas respostas ao estresse durante alguns dias ou semanas pode revelar padrões. Nesse sentido, manter um diário breve de estresse por uma ou duas semanas pode ser uma excelente forma de começar a mapear essas causas.
3. Apoie-se na sua rede de suporte
Conexões sociais fortes melhoram significativamente a capacidade de lidar com o estresse no trabalho. Pessoas com boas redes de apoio têm níveis menores de estresse e melhores resultados de saúde mental do que aquelas que enfrentam desafios sozinhas.
Sua rede de suporte pode incluir familiares próximos que oferecem apoio emocional, amigos que trazem novas perspectivas, colegas que compartilham desafios semelhantes e mentores profissionais que orientam em relação ao estresse na carreira.
4. Cuide da sua saúde física
A saúde física impacta diretamente o gerenciamento do estresse. Exercícios regulares, sono adequado e alimentação equilibrada ajudam o corpo a lidar melhor com a pressão. Mudanças simples, como caminhadas diárias, horários regulares de refeições e redução da cafeína, podem aumentar consideravelmente sua resiliência em períodos difíceis.
5. Abra o diálogo
Criar um ambiente onde a saúde mental possa ser discutida abertamente beneficia a todos. Quando apropriado, compartilhar brevemente sua experiência pode encorajar outros a fazerem o mesmo. Isso abre espaço para conversas significativas e reduz o estigma sobre saúde mental no ambiente de trabalho.
Sua saúde mental e as causas do seu estresse não são sua culpa, mas gerenciá-las é sua responsabilidade. Quanto mais cedo adotar técnicas saudáveis para mitigar o estresse, cuidar da saúde física e mental e reconhecer os sinais de alerta, mais fortalecido você estará — não apenas na vida pessoal, mas na carreira. Aqueles que aprendem a lidar com o estresse desde cedo estão mais preparados para os desafios da vida e da ascensão profissional, e mais aptos a liderar equipes com propósito.
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Como Usar o LinkedIn para se Tornar Referência no Seu Nicho

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Seu perfil no LinkedIn tem o potencial de posicionar você como referência na sua área. Mas, em vez de aproveitar essa oportunidade, você hesita, acreditando que ainda precisa de mais credenciais ou esperando ser descoberto. Enquanto isso, clientes em potencial ignoram seu perfil e seguem profissionais que compartilham conhecimento de forma consistente.
Ao compartilhar o que você já sabe, é possível construir autoridade e atrair oportunidades sem precisar correr atrás delas.
O LinkedIn não é o lugar onde você se torna um especialista. É onde você mostra que já é um. Veja como se posicionar no centro das conversas da sua área:
Como usar o LinkedIn a seu favor
1. O LinkedIn exige expertise, não apenas presença
A plataforma já ultrapassa 1 bilhão de usuários, com 310 milhões de pessoas acessando mensalmente. No entanto, apenas 1% cria conteúdo regularmente. Essa enorme diferença entre quem consome e quem produz cria uma oportunidade valiosa — desde que você esteja disposto a compartilhar seu conhecimento. Quando você demonstra expertise de forma consistente, passa a se destacar automaticamente.
2. Transforme as perguntas dos clientes em conteúdo valioso
Cada conversa com um cliente traz potenciais posts para o LinkedIn. Preste atenção às dúvidas que surgem com frequência em reuniões e atendimentos. Essas perguntas revelam exatamente o que sua audiência quer saber. Mantenha um documento simples onde registre essas questões recorrentes e, a cada semana, transforme uma delas em um post com resposta clara e prática.
Posts com conselhos aplicáveis tendem a gerar maior engajamento do que mensagens genéricas de motivação. Quando você aborda os desafios reais do seu público, rapidamente passa a ser visto como alguém que compreende e resolve seus problemas.
3. Divida seus métodos em frameworks ensináveis
Seus métodos profissionais podem parecer óbvios após anos de prática, mas são extremamente valiosos para quem ainda está aprendendo. Compartilhe sua abordagem transformando processos complexos em passos simples que qualquer pessoa consiga aplicar.
Se você trabalha com estratégias de marketing, por exemplo, descreva as três perguntas que sempre faz antes de criar uma campanha. Se for coach de liderança, apresente o framework de avaliação que usa para identificar os pontos fortes de uma equipe.
Ao estruturar sua presença com frameworks práticos, os potenciais clientes entendem como você pensa e resolve problemas — e visualizam como isso pode funcionar para eles. Essa transparência gera confiança muito mais rápido do que uma longa lista de credenciais.
4. Compartilhe resultados reais (com permissão)
Histórias geram mais conexão do que simples afirmações. Com a autorização dos seus clientes, compartilhe histórias de transformação que demonstrem seu impacto. Foque nos resultados concretos e no caminho percorrido para alcançá-los.
Posts que apresentam histórias pessoais ou estudos de caso geram de 2 a 3 vezes mais engajamento do que aqueles que apenas trazem dicas genéricas. Para maximizar o impacto, inclua dados mensuráveis e prazos. Um exemplo: relatar como ajudou um cliente a aumentar a receita em 40% em 90 dias conta uma história poderosa e posiciona você como um profissional que entrega resultados concretos.
5. Desafie o senso comum com perspectivas baseadas na sua experiência
Destaque-se ao oferecer pontos de vista novos, baseados na sua prática e nos resultados que já obteve. Isso posiciona você como um líder de pensamento independente. Você não replica o que já está por aí — você dita o padrão.
Ao questionar o status quo e apresentar alternativas melhores, seu trabalho se torna memorável. Sua visão única passa a ser sua marca registrada, conquistando seguidores com mais força do que simplesmente repetir o que todos já dizem.
6. Crie um sistema para compartilhar conhecimento de forma consistente
Consistência constrói autoridade com mais eficácia do que eventuais momentos de inspiração. Defina em qual área deseja ser reconhecido como especialista e produza conteúdos que comprovem seu conhecimento. Com insights regulares, sua audiência passa a confiar na sua expertise.
Seu sistema não precisa ser complexo. Uma combinação simples entre histórias de sucesso de clientes, explicação de metodologias e análises de mercado cria um mix equilibrado que o posiciona como referência. Produza conteúdos de alto impacto que falem diretamente aos desafios do seu público.
Seja o perfil do LinkedIn que seus clientes querem seguir
Compartilhar seu conhecimento no LinkedIn beneficia sua audiência e o posiciona como alguém que será lembrado quando surgir a necessidade de contratação. Você constrói confiança ao mostrar como trabalha, como pensa e a quem ajuda.
Comece com o que já sabe. Transforme as perguntas dos clientes em posts úteis. Divida seus métodos em frameworks práticos. Compartilhe histórias de transformação que comprovem seus resultados.
A forma mais rápida de se posicionar como especialista no LinkedIn é demonstrar expertise de forma consistente. Um post forte por semana pode transformar a sua presença na plataforma. Então, comece a compartilhar.
*Jodie Cook é colaboradora da Forbes EUA. A empreendedora escreve sobre ferramentas de IA para empreendedores e coaches.
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