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Conheça as candidatas à vacina para a Covid-19

Colunista Noel Junior

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Cientistas de todo mundo estão em uma verdadeira corrida contra o tempo para encontrar uma candidata a vacina eficaz no combate à pandemia do novo coronavírus. Segundo o mais recente balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 169 pesquisas estão em desenvolvimento e ao menos 30 delas já foram registradas em fase clínica, que é a etapa de teste em humanos.

Antes de ser liberada para a população, uma vacina tem que passar por três fases de ensaios clínicos que comprovam sua segurança e eficácia. A cada etapa, mais voluntários são recrutados e os resultados dos testes são analisados pelos pesquisadores para garantir que uma vacina possa ser licenciada.

FASE 1

É uma avaliação preliminar da segurança do imunizante, ela é feita com um número reduzido de voluntários adultos saudáveis que são monitorados de perto. É neste momento que se entende qual é o tipo de resposta que o imunizante produz no corpo. Ela é aplicada em dezenas de participantes.

FASE 2

Na segunda fase, o estudo conta com centenas de voluntários. A vacina é administrada em pessoas com características semelhantes àquelas para as quais ela é destinada. Nessa fase é avaliada a segurança da vacina, imunogenicidade (ou a capacidade da proteção), a dosagem e como deve ser administrada.

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FASE 3

Ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da sua eficácia e segurança em maiores populações. Além disso, feita para prever eventos adversos e garantir a durabilidade da proteção. Apenas depois desta fase é que se pode fazer um registro sanitário.

4 TIPOS DE VACINA

Há quatro tipos de vacinas que são estudadas atualmente para o novo coronavírus: a genética, a viral, a de proteína e a de vírus inativado. Cada uma delas tem uma forma diferente de induzir o sistema imunológico a se proteger da infecção pelo Sars-Cov-2.

VACINA GENÉTICA

Esse tipo de vacina usa parte do material genético do vírus para estimular o corpo a produzir defesa contra o Sars-Cov-2. É o caso das vacinas da Moderna, nos EUA e da BioNTech/Pfizer, feita em parceria por empresas da Alemanha e dos EUA – que estão na terceira e última fase de testes.

MODERNA/NIAID

A vacina mRNA 1273 é feita como RNA mensageiro (mRNA), capaz de codificar a proteína S da coroa do vírus, e o introduz no corpo com a ajuda de uma nanopartícula de gordura para induzir a proteção natural do corpo. A vacina recebeu autorização do FDA (equivalente à Anvisa dos EUA) para a antecipação da Fase 3.

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BIONTECH/PFIZER

A candidata BNT162 também usa o mRNA para codificar proteínas virais. Ela começou a ser testada na Fase 3 no final de julho e a Pfizer disse que espera receber autorização de emergência dos EUA para a produção da nova vacina já em outubro. A farmacêutica disse ter capacidade de distribuir até 20 milhões de doses até o final de 2020.

Na Fase 2, estão as candidatas do Japão (Universidade de Osaka/AnGes/Takara Bio), da Índia (Cadila Healthcare Limited), e dos EUA e Singapura (Arcturus/Duke-NUS). Além delas, há duas pesquisas feitas por acordos internacionais (Inovio Pharmaceuticals/ Instituto Internacional de Vacinas e Consórcio Genexine).

Há ainda mais três candidatas a vacina genética na primeira fase de ensaios clínicos: uma da China, uma do Reino Unido e outra da Alemanha:

  • Academia de Ciências Militares/Walvax Biotech (China)
  • Imperial College de Londres (Reino Unido)
  • Curevac (Alemanha)

VETOR VIRAL

A vacina usa um vírus modificado para introduzir parte do material genético do coronavírus no organismo e induzir a proteção. É o caso da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford/AstraZeneca, em Fase 3.

OXFORD/ASTRAZENECA

Anteriormente conhecida como ChAdOx1, a AZD1222 usa um adenovírus que afeta chimpanzés para transportar o RNA do Sars-Cov-2 para dentro do corpo humano. Ela começou seus testes em milhares de voluntários ainda em abril e foi a primeira a ser testada no Brasil, com 5 mil voluntários em 3 estados. Estudos com macacos mostraram que todos os animais que receberam uma única injeção da vacina desenvolveram anticorpos contra o Sars-Cov-2 em até 28 dias.

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CANSINO/PEQUIM

A candidata chinesa da CanSino Biological, uma das quatro testadas no Brasil, está na sua segunda fase clínica. A AD5-nCov começou sua prova de segurança logo em março com um ensaio controlado com 500 participantes. Os resultados das pesquisas devem ser divulgados entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, segundo os cientistas.

Outra de vetor viral na Fase 2 é a candidata norte-americana da Janssen Pharmaceutical, que recebeu autorização da Anvisa para ser testada no Brasil. Ainda não há informações sobre voluntários ou institutos responsáveis pela aplicação dos testes. Em Fase 1 estão as candidatas da Austrália (Instituto Pasteur/Universidade de Pittsburg), e da Itália, Alemanha e Bélgica (ReiThera/Leukocare).

A vacina russa, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, consta, segundo a OMS, também está na primeira fase de testes em humanos. Ainda assim, o governo da Rússia já autorizou a produção deste imunizante em grande escala, medida que foi criticada pela comunidade científica.

BASE DE PROTEÍNA

Cientistas usam uma proteína do vírus, ou um pedaço dela, para produzir resposta imunológica. Não há nenhuma vacina que usa essa tecnologia em fase final de testes em humanos.

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Na Fase 2 estão:

  • Anhui Zhifei Longcom Biopharmaceutical/Instituto de Microbiologia da Academia Chinesa de Ciências (China)
  • Novavax (EUA)
  • Kentucky Bioprocessing (EUA)

Há ao menos seis candidatas a uma vacina à base de proteínas na Fase 1 de testes em humanos:

  • Clover Biopharmaceuticals Inc./GSK/Dynavax (China, Reino Unido e EUA),
  • Vaxine Pty Ltd/Medytox (Austrália)
  • Universidade de Queensland/CSL/Seqirus (Austrália)
  • Medicago Inc. (Canadá)
  • Medigen Vaccine Biologics Corporation/NIAID/Dynavax (EUA)
  • Instituto Finlay de Vacinas (Cuba)

VÍRUS INATIVADO

Vacinas inativadas são compostas pelo vírus morto ou por partes dele, é a que mais tem propostas na terceira fase de testes em humanos. A China lidera nesta tecnologia, e tem três vacinas na fase final de testes:

  • Sinovac
  • Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan/Sinopharm
  • Instituto de Produtos Biológicos de Pequim/Sinopharm

SINOVAC

Chamada CoronaVac, a vacina é testada no Brasil e teve seus primeiros resultados anunciados em junho: 743 voluntários não tiveram efeitos adversos graves e produziram uma resposta imunológica. A farmacêutica se comprometeu a fabricar até 100 milhões de doses em um ano.

SINOPHARM/WUHAN e PEQUIM

Testada nos Emirados Árabes, a vacina da Sinopharm, em parceria com o Instituto de Produtos Biológicos de Wuhan poderá estar pronta no final de 2020, segundo executivos da farmacêutica. A Sinopharm também testa uma segunda candidata de vírus inativado: 5 mil voluntários nos Emirados Árabes já foram vacinados e outros 5 mil receberam a imunização na capital chinesa.

Outra candidata chinesa de vacina com vírus inativado é a do Instituto de Biologia Médica da Academia Chinesa de Ciências Médicas, na segunda fase. Além deles, a Índia tem um estudo de Fase 2 com uma vacina experimental desenvolvida pela Bharat Biotech

FALTA MUITO?

Com ao menos seis vacinas em fase final de testes em humanos, e quatro candidatas testadas no Brasil, poderemos ter uma vacina produzida em tempo recorde, mas, ainda que elas sejam bem-sucedidas, será preciso superar obstáculos políticos e logísticos, neste episódio do podcast O Assunto, dá para saber o quanto falta para a vacina da Covid-19 ficar pronta. Fonte: G1

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Créditos

Coordenação:

Ardilhes Moreira

e Dennis Barbosa

Reportagem:

Fabio Manzano

Edição de arte:

Guilherme Gomes

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Ilustração:

Wagner Magalhães

Infografia:

Níkolas Espíndola

Desenvolvimento:

Antonio Lima,

Igor Apol

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Pagamento do IPVA 2026 começa em abril e pode ser feito em seis cotas

Redação Informe ES

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O pagamento do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 2026 começa em abril e poderá ser feito à vista, com desconto de 15%, ou dividido em seis cotas mensais. As cotas única e primeira (em caso de parcelamento) vencerão entre os dias 1º e 08 de abril de 2026, de acordo com o número final da placa do veículo, seja ele carro, motocicleta, caminhão, ônibus ou micro-ônibus.

CLIQUE AQUI e confira as datas de vencimento

Para os proprietários de veículos que optarem pelo pagamento do imposto em seis vezes, o vencimento das cotas será em abril, maio, junho, julho, agosto e setembro de 2026. As datas de vencimento foram definidas por meio da publicação do Decreto nº 6226-R/2025.

No Espírito Santo, a alíquota do IPVA é a menor da região Sudeste e uma das menores do País: 1% sobre motos, ônibus e caminhões; e 2% sobre os carros de passeio e utilitários. Veículos do ano de fabricação 2010 serão isentos automaticamente do pagamento do imposto em 2026, por terem mais de 15 anos de fabricação.

Boletos

Os boletos estarão disponíveis na internet, a partir de janeiro de 2026, não sendo mais encaminhados para o endereço dos contribuintes. A emissão do Documento Único de Arrecadação (DUA) deve ser feita acessando o site da Sefaz (www.sefaz.es.gov.br) ou do Departamento Estadual de Trânsito do Espírito Santo (Detran|ES). Não é preciso imprimir o boleto para que o pagamento seja realizado, mas a Sefaz recomenda que o contribuinte arquive eletronicamente o DUA que foi pago, ou o documento impresso, caso seja necessária alguma verificação futura.

Usuários de Internet Banking podem fazer a leitura do código de barras ou digitar. Se preferir, o contribuinte também pode digitar o código gerado em um equipamento de autoatendimento do banco de preferência. O pagamento também pode ser feito por meio de pix.

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Informações à Imprensa:
Assessoria de Comunicação da Sefaz
Cintia Bento Alves
comunicacao@sefaz.es.gov.br

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Dezembro Vermelho: Informação, cuidado e parceria que fazem a diferença em Presidente Kennedy

Redação Informe ES

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O “Dezembro Vermelho” é um convite para falar sobre prevenção, cuidado e saúde com mais naturalidade. E foi com esse espírito que a Prefeitura de Presidente Kennedy, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, esteve junto aos colaboradores do Porto Central em uma manhã dedicada à conscientização e acolhimento.

A ação levou informação de forma clara e acessível, reforçando a importância da prevenção às ISTs e da testagem regular. O Ministério da Saúde lembra que o diagnóstico precoce permite tratamento imediato — totalmente gratuito pelo SUS — garantindo mais qualidade de vida e quebrando barreiras de estigma e desinformação.

Além das orientações, os colaboradores puderam colocar a saúde em dia com atualizações de vacinação, aferição de pressão e glicemia, testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites, além do exame de PSA e informações sobre cuidados voltados à saúde do homem.

A parceria entre a Prefeitura e o Porto Central mostra como ações conjuntas fortalecem a consciência coletiva e promovem um ambiente de trabalho mais seguro, informado e acolhedor.

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Cuidar da saúde é um gesto de responsabilidade e amor consigo mesmo — e ninguém precisa fazer isso sozinho.

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Três anos após ataque em escolas, autor deixa internação e vice-governador do Estado reage: ‘Brasil precisa acordar’

Redação Informe ES

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O vice-governador do Espírito Santo e coordenador do Programa Estado Presente, Ricardo Ferraço, criticou, nesta quarta-feira (04), a soltura do jovem responsável pelo ataque a duas escolas em Aracruz e voltou a defender a redução da maioridade penal em casos de crimes graves. O atentado, ocorrido em 25 de novembro de 2022, deixou quatro mortos e 12 feridos. O autor, que tinha 16 anos na época, foi liberado após cumprir o período máximo de internação previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Nas redes sociais, Ferraço classificou como “absurdo” o fato de o jovem deixar a unidade socioeducativa após três anos, mesmo tendo planejado e executado um ataque a tiros dentro de escolas. No texto, ele lembra que as professoras Maria Penha, Cybele e Flávia, além da estudante Selena, de 12 anos, perderam a vida em decorrência do atentado, e afirma que a notícia da soltura causa “revolta e perplexidade” à população capixaba e brasileira.

Para o vice-governador, o caso evidencia a necessidade de mudanças na legislação penal para crimes violentos cometidos por adolescentes. Ele defende que, em situações como a do massacre de Aracruz, não é possível tratar o autor apenas como “menor infrator”, nem aceitar que ele retome a vida em liberdade após tão pouco tempo de sanção. Ferraço critica o que chama de “legislação frouxa e ultrapassada” e afirma que o Brasil precisa “acordar” diante da sensação de impunidade.

No mesmo posicionamento, o vice-governador cita dados que revelam que até 70% dos adolescentes que cometem crimes violentos voltam a reincidir, sobretudo quando, segundo ele, não há uma punição considerada justa. Para Ferraço, esse quadro representa um risco real para a sociedade e enfraquece o efeito preventivo das leis.

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Coordenador do Programa Estado Presente em Defesa da Vida, política de enfrentamento à violência e à criminalidade no Espírito Santo, Ferraço destacou que o Estado vem investindo em ações de segurança pública e prevenção, mas ponderou que nenhuma política se sustenta sozinha se o arcabouço legal não acompanhar a gravidade dos crimes. “Justiça de verdade é o mínimo para honrar a memória de quem se foi e proteger quem está vivo”, afirmou.

A liberação do jovem reabre o debate sobre medidas socioeducativas, responsabilização de adolescentes em conflito com a lei e propostas de alteração da maioridade penal no país. Enquanto entidades de direitos humanos defendem o cumprimento rigoroso do ECA e a ampliação de políticas de prevenção, vozes como a de Ferraço pressionam por mudanças legais específicas para crimes considerados brutais, como o ataque ocorrido em Aracruz.

Fonte: Assessoria do Vice-Governador – Foto: Cid Costa/GovernoES
Descrição: Vice-governador na solenidade de formatura dos novos 1000 soldados da Polícia Militar do Espírito Santo

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