Tecnologia
A tecnologia está ajudando ou estragando o futebol?
A tecnologia tem um papel ativo no futebol atual, e vemos ainda mais como ela está moldando o esporte mais popular do mundo nos jogos da UEFA EURO 2024, a Eurocopa, que tem ocorrido desde o meio do mês passado na Alemanha. Mas o que tem sido mostrado também levanta questões de até onde podemos usá-la sem prejudicar a essência do jogo.
Desde bolas de jogo com inteligência artificial até câmaras de recuperação criogênicas, o futebol está sendo impactado diretamente pela tecnologia de ponta disponível para jogadores, treinadores e árbitros.
Na Eurocopa, os avanços em áreas como equipamentos e ciência do esporte foram implementados dentro e fora do campo, concebidos para melhorar o jogo, a experiência dos adeptos e o bem-estar dos jogadores, e estão mais visíveis do que nunca.
Contudo, essas mudanças e novidades não agradam todo mundo. Por exemplo, ainda existem reclamações sobre decisões dos árbitros assistentes de vídeo – tal como havia sobre decisões nos dias anteriores à introdução do VAR.
Chamadas do VAR estão mais precisas do que nunca
- Com a tecnologia de impedimento semiautomática, juntamente com inteligência artificial (IA) e tecnologia de bola conectada da Adidas para acelerar o processo de revisão e melhorar a precisão, as decisões do VAR nunca saíram tão rápido.
- Dez câmeras estão instaladas em cada um dos estádios anfitriões, que a UEFA afirma rastrear 29 pontos diferentes do corpo de cada jogador.
- Junto a isso, a bola oficial do torneio possui um sensor para detectar cada toque, e a IA, para tornar processo de tomada de decisão mais rápido e conclusivo do que antes.
Talvez muito conclusivo para alguns. O belga Romelu Lukaku teve três gols anulados em seus dois primeiros jogos – dois por impedimento e um por uma bola de mão do companheiro de equipe Loïs Openda na preparação, que foi detectada pelo sensor de bola.
A tecnologia na linha do gol encerrou o debate sobre as decisões marginais em termos de se a bola cruzou a linha.
São sete câmeras em cada gol e um sinal é enviado ao relógio do árbitro, que vibra caso a bola ultrapasse a linha. A UEFA diz que os resultados são enviados um segundo após a ação.
Os jogadores e técnicos também tem suas tecnologias pessoais. Os jogadores da Inglaterra foram vistos usando anéis inteligentes.
“A ideia é ajudar a monitorar o sono, o maior fator em termos de recuperação”, disse o técnico da Inglaterra, Gareth Southgate.
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Cristiano Ronaldo é embaixador de um dispositivo que monitoriza o sono e dados biométricos, como carga cardiovascular e muscular. Coletes de rastreamento são usados há muito tempo para medir distâncias percorridas pelos jogadores.
Um acessório inesperado é a máscara protetora personalizada de Kylian Mbappé – o atacante francês precisou dela após quebrar o nariz no jogo de estreia.
O alojamento base da Espanha em possui uma câmara de oxigênio hiperbárica, uma câmara criogênica e uma cama de fototerapia para acelerar a recuperação muscular após um treino ou jogo.
Uma câmara de oxigênio hiperbárico é usada para respirar oxigênio 100% puro. O tratamento criogênico envolve o uso de temperaturas frias, enquanto a fototerapia utiliza luz.
“Isso faz maravilhas depois dos jogos intensos que temos aqui na Euro. Vamos aproveitar qualquer coisa que possa nos dar uma vantagem”, disse o atacante espanhol Nico Williams no Instagram.
O capitão da Inglaterra, Harry Kane, utilizou botas de compressão de ar, que massageiam as pernas dos jogadores e aumentam a circulação.
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Tecnologia
O que acontece com o corpo quando estamos doentes?
De acordo com especialistas, saber como o nosso corpo se comporta quando estamos doentes é fundamental para nossa recuperação. Um estudo publicado na revista científica Nature identificou importantes descobertas de como o sistema imunológico interage com o cérebro quando estamos doentes.
Outra pesquisa na Alemanha revelou diferenças significativas no comportamento entre camundongos exposto ao vírus de patologia passageira e camundongos saudáveis. Entenda a seguir!
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Veja o que acontece com o corpo e o cérebro quando ficamos doentes
Efeitos no corpo
Descobertas científicas informam que os sintomas que sentimos quando estamos doentes (febre, dor, náusea) também possuem outra função. Esses sinais possibilitam um redirecionamento da energia do corpo para combater os patógenos que estão nos afetando.
Ou seja, quando estamos doentes, os sintomas ruins podem indicar que nosso corpo está em um processo de melhora. Geralmente, isso é mais comum em casos de infecção viral ou bacteriana.
Em casos de pacientes com câncer, o comportamento da doença apresenta efeitos colaterais. Isso acontece devido ao uso de medicamentos cujas moléculas (interferons) são liberadas no sistema imunológico.
Efeitos no cérebro
Sobretudo, no que diz respeito à nossa perspectiva mental quando estamos doentes, o nosso corpo pode apresentar diferenças significativas. Um grupo de pesquisadores na Alemanha analisou o comportamento em camundongos infectados com uma patologia leve e camundongos saudáveis. Ambos foram submetidos a um teste, mais conhecido como labirinto aquático de Morris.
O labirinto aquático de Morris é um teste em que os cientistas colocam tais animais em um recipiente com água para que nadem até encontrar uma maneira de sair.
O mais interessante nos resultados desse teste com os camundongos é que os animais que estavam infectados com o patógeno mostraram um comportamento de depressão. Dessa forma, desistiram e começaram a boiar, enquanto os camundongos saudáveis nadaram até sair do recipiente.
Em outra pesquisa realizada na Universidade Rockefeller, nos Estados Unidos, cientistas identificaram o grupo de neurônios que controlam as respostas, conhecidas como comportamentos de doença. Sobretudo, o estudo mostrou a ligação direta entre a inflamação das vias neurais e o sistema imunológico.
Outros estudos já apoiavam essa relação, como a pesquisa que descobriu que animais forçados a comer quando estão doentes apresentaram maior mortalidade que os demais.
Nesse mesmo sentindo, os pesquisadores de Rockefeller avançam na avaliação de comportamento de doença nos camundongos, chegando à conclusão que uma região do tronco pode induzir a cerca de três comportamentos distintos.
Um desses ficou evidente quando os pesquisadores ativaram os neurônios em camundongos saudáveis e descobriram que os animais se alimentavam e se moviam menos do que quando não tinham esse estímulo. A partir daí foram surpreendidos com a constatação de que uma única população neuronal pareça regular cada um desses componentes da resposta à doença.
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Starlink que se cuide! Rival chinesa assina acordo com Brasil
O governo brasileiro assinou, nesta terça-feira (19), acordo com a empresa chinesa SpaceSail, concorrente da Starlink, de Elon Musk, para fornecer serviço de internet de alta velocidade transmitido por satélites de órbita baixa.
Esses satélites, conhecidos como “geoestacionários”, orbitam sincronizadamente com a rotação da Terra, dando a impressão de estarem parados quando observados do solo. Essa tecnologia é vista como solução para conectar regiões de difícil acesso usando a infraestrutura tradicional de telecomunicações.
O acordo, que também envolve a Telebras, indica desejo de cooperação entre as duas empresas caso a SpaceSail comece a operar no Brasil. No entanto, o negócio ainda não foi finalizado.
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou que o acordo está sendo costurado para permitir que a SpaceSail ofereça seus serviços no Brasil, uma vez que cumpra toda a legislação necessária e as regras regulatórias exigidas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A Telebras fornecerá à empresa chinesa suas infraestruturas, como data centers e fibra óptica. A estatal mantém outras parcerias com empresas de internet via satélite.
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Como é o acordo entre Brasil e SpaceSail
- Para operar no Brasil, a SpaceSail precisará abrir um CNPJ e enviar a documentação necessária à Anatel para autorização;
- De acordo com o ministro, a SpaceSail tem, atualmente, 40 satélites em órbita e planeja lançar mais 648;
- Até 2030, a ideia da empresa chinesa é a de ter 15 mil satélites no Espaço;
- A parceria com o governo brasileiro pode ajudar a SpaceSail a expandir suas operações e a fornecer serviços de internet para áreas remotas no Brasil.
O uso de satélites de órbita baixa para conectividade de internet ganhou atenção significativa nos últimos anos. Empresas, como a Starlink, e o Projeto Kuiper, da Amazon de Jeff Bezos, também estão trabalhando em iniciativas semelhantes.
Esses serviços de internet baseados em satélite visam resolver o problema do acesso limitado à internet confiável em áreas remotas e rurais. Ao fornecer conectividade de alta velocidade por meio de redes de satélite, essas empresas esperam reduzir a exclusão digital e levar o acesso à internet para regiões carentes.
No geral, o acordo entre Brasil e SpaceSail significa o interesse do governo em explorar métodos alternativos de fornecer conectividade de internet para áreas carentes. Embora o acordo ainda não tenha sido totalmente estabelecido, é um passo em direção à expansão potencial do acesso à internet de alta velocidade no Brasil por meio do uso de satélites de órbita baixa.
E a Starlink, como fica?
A tecnologia oferecida pela SpaceSail é similar à da Starlink, cujo dono, Musk, mantém atritos com as autoridades brasileiras (lembremos das disputas relacionadas ao X, por exemplo; a própria operadora de internet via satélite teve contas bloqueadas e pagou multa milionária). A empresa já tem autorização da Anatel para operar no Brasil.
Em 2022, Musk esteve no Brasil e se encontrou com o então presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu ministro das Comunicações, Fábio Faria. Na ocasião, o bilionário chegou a anunciar a conexão de 19 mil escolas em áreas rurais à internet da empresa. O bilionário também prometeu monitorar a Amazônia por meio da Starlink. No entanto, nenhum acordo formal foi fechado.
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União Europeia apresenta rascunho de Código de Práticas para modelos de IA
Na última semana, a União Europeia (UE) divulgou o primeiro rascunho de seu Código de Práticas para modelos de IA de propósito geral (GPAI, na sigla em inglês), com foco em gerenciar riscos e ajudar empresas a se adaptarem às novas regulamentações relacionadas à inteligência artificial (IA), evitando penalidades severas.
Embora a Lei de IA da UE tenha entrado em vigor em agosto, o código, que será finalizado até maio de 2025, visa definir as especificidades para os GPAIs.
Os GPAIs, como os de empresas como OpenAI, Google, Meta, Anthropic e Mistral, são modelos treinados com enormes capacidades de computação. O rascunho de 36 páginas aborda temas essenciais, como transparência, avaliação de risco, mitigação de riscos técnicos e de governança e conformidade com direitos autorais.
Entre as principais diretrizes, destaca-se a exigência de transparência, com as empresas precisando revelar os rastreadores de web usados para treinar seus modelos, preocupação-chave para detentores de direitos autorais.
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Proteção conta os problemas que a IA pode causar
- A avaliação de risco visa evitar crimes cibernéticos, discriminação e a perda de controle sobre a IA;
- Além disso, os fabricantes devem adotar uma Estrutura de Segurança e Proteção (SSF, na sigla em inglês), que envolve gestão de risco contínua, reavaliação de dados e controle de acessos;
- A governança interna das empresas também é um ponto crucial, com a responsabilidade de avaliar e mitigar riscos e a possibilidade de envolver especialistas externos quando necessário;
- As empresas que violarem as normas podem enfrentar multas de até € 35 milhões (R$ 213,15 milhões, na conversão direta) ou 7% de seus lucros globais, o que for maior.
O rascunho está aberto para feedback até 28 de novembro, com a versão final esperada para ser divulgada em 1º de maio de 2025.
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