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Cultura

Conceição da Barra realiza 8ª Edição do Festival do Camarão no feriadão

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A cidade de Conceição da Barra está prestes a receber a oitava edição do renomado Festival do Camarão, que vai acontecer entre esta quarta-feira (11) e o domingo (15). O evento, conhecido como um dos maiores festivais gastronômicos do Estado e também o mais tradicional da região, é aguardado com grande expectativa pelos moradores e visitantes.

Com um cardápio que apresenta mais de 30 pratos incríveis à base de camarão, o Festival do Camarão promete proporcionar uma experiência memorável a todos que participarem. Na programação cultural, o evento vai contar com apresentação de mais de dez bandas para entreter o público.

A gastronomia é, sem dúvida, o ponto alto deste evento. Os chefs locais vão preparar uma variedade impressionante de pratos, que vão desde as receitas clássicas até inovações culinárias que prometem surpreender os paladares mais exigentes. Os cinco dias de festival prometem ser um verdadeiro deleite para os amantes de frutos do mar.

Além da excelente oferta gastronômica, o Festival do Camarão vai oferecer entretenimento para todas as idades, com mais de dez bandas, incluindo nomes, como Cadu Caruzo, e atrações de renome nacional que marcaram época, como Cicero (Dr. Silvana), Sylvinho Blau Blau, Avellar Love (João Penca), Guilherme Lemos e Rádio Taxi.
 

As crianças também terão um momento especial com a tarde Kids, que contará com pipoca e algodão doce para garantir a diversão dos pequenos. Enquanto os adultos saboreiam os pratos de camarão e desfrutam dos shows musicais, as crianças poderão se deliciar com essas guloseimas.

“O Festival do Camarão não se limita à gastronomia e música. Também é uma celebração da cultura local. Conceição da Barra e toda região turística Verde das Águas se beneficiam durante o evento, com o aumento do fluxo de pessoas, além da movimentação da economia local. As apresentações folclóricas também vão encantar o público, proporcionando um vislumbre das ricas tradições da região”, disse o secretário de Estado do Turismo, Weverson Meireles.

No sábado (14), na hora do almoço, uma atração imperdível é a preparação da Mega Paella pelo chef Roberto Malacarne, que vai ocorrer na Praça do Cais, na presença de todos os participantes. Essa é uma oportunidade única de apreciar a culinária local em uma escala grandiosa.

O presidente da Associação de Turismo de Conceição da Barra (ATUR), Ronam Malacarne, compartilhou a empolgação dele em relação ao festival. “O Festival do Camarão é um evento que celebra não apenas a gastronomia local, mas também a cultura e a comunidade. Estamos ansiosos para receber visitantes de toda a região para desfrutar do melhor que Conceição da Barra tem a oferecer”, destacou.  

O secretário de Turismo e Cultura de Conceição da Barra, Roberto Malacarne, também compartilhou suas expectativas. “Este festival é um reflexo da nossa dedicação em promover a rica cultura e culinária de nossa cidade. Convidamos todos a se juntarem a nós e desfrutarem dessa celebração única”, disse.
 

O evento será realizado na Praça do Cais de Conceição da Barra, proporcionando um cenário espetacular à beira-mar para todas as atividades. O Festival do Camarão conta com o apoio da Prefeitura de Conceição da Barra e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Governo do Estado, por meio do Edital de Eventos 2023 da Secretaria do Turismo (Setur).

Serviço:
8ª Edição do Festival do Camarão
Data: 11 a 15/10 (quarta-feira a domingo)
Local: Praça do Cais de Conceição da Barra

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Cidades

Orgulho serrano e capixaba: ruínas de São José do Queimado se tornam Patrimônio Cultural Brasileiro

Redação Informe ES

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Prestes a completar 469 anos de história e cultura, a Serra ganhou um grande presente, na última semana. Motivo de orgulho para serranos e capixabas, as ruínas da Igreja de São José do Queimado agora são oficialmente Patrimônio Cultural Brasileiro.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou o tombamento, reconhecendo, na última quarta-feira (26), um dos mais importantes pontos turísticos e simbólicos da Serra como patrimônio nacional.

O local foi palco da maior revolta de pessoas escravizadas do Espírito Santo e uma das mais emblemáticas do Brasil, ocorrida em 1849. As ruínas que preservam essa memória histórica passam a receber proteção federal. A área tombada abrange as estruturas remanescentes da igreja, o cemitério local e a paisagem do entorno, marcada por árvores de médio e grande porte.

A decisão foi tomada durante a 111ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, realizada na sede do Iphan, em Brasília. Com a aprovação, o Sítio Histórico e Arqueológico de São José do Queimado será inscrito nos Livros do Tombo Histórico e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

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A justificativa do tombamento se baseou em três pilares: a relevância histórica e arqueológica do sítio; a importância da visibilidade nacional da Revolta do Queimado como episódio fundamental da resistência negra no país; e a necessidade de articulação entre políticas públicas voltadas à promoção da igualdade racial.

Entenda o processo

O processo de tombamento contou com 25 rodas de conversa realizadas ao longo de 2020 entre a equipe de pesquisa e a comunidade local. Os encontros abordaram temas como religiosidade, educação, turismo, comércio, poder público, pesquisa e documentação. O material resultou em um dossiê técnico que fundamentou o parecer favorável ao tombamento.

O sítio já possuía proteção estadual desde 1992, e o município o havia incluído como bem de interesse de preservação em 1990. Desde então, diversas ações foram desenvolvidas para garantir seu acautelamento, ou seja, medidas de proteção anteriores ao agora consolidado tombamento federal.

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“Esse tombamento é mais do que um título. É a garantia de que essa história será preservada, valorizada e contada às próximas gerações com o respeito que merece”, declara o prefeito da Serra, Weverson Meireles.

O presidente do Iphan, Leandro Grass, destacou o avanço no reconhecimento de patrimônios de matriz africana no país. “Já são diversos bens reconhecidos, e hoje o Espírito Santo reforça seu papel e seu lugar na história do Brasil”, afirmou.

O sítio histórico está aberto a visitas guiadas. O agendamento é gratuito e pode ser feito pelo aplicativo Colab. O serviço atende grupos escolares, instituições e público em geral, com até 40 pessoas por grupo.

Histórico da revolta

As ruínas da Igreja de São José do Queimado guardam a memória de uma revolta protagonizada por cerca de 300 homens e mulheres escravizados que participaram da construção do templo e lutaram pela liberdade após uma promessa de alforria não cumprida.

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Durante a missa inaugural, em 19 de março de 1849, os escravizados exigiram a carta de liberdade. O movimento foi liderado por Elisiário, Chico Prego, João da Viúva e outros. A repressão foi violenta, com condenações à morte e a fuga de parte dos envolvidos, que formaram quilombos em regiões como Roda d’Água e Retiro, nos atuais municípios de Cariacica e Santa Leopoldina.

Elisiário conseguiu escapar e refugiou-se nas matas do Mestre Álvaro, onde nunca foi recapturado. Já Chico Prego foi preso e enforcado em 11 de janeiro de 1850. Pelo impacto do levante, reforços militares precisaram ser enviados do Rio de Janeiro para conter a insurreição.

Fonte: Secom/PMS – Texto: Roberta Pelissari – Foto: Edson Reis

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Cultura

Theatro Carlos Gomes reabre após obra de restauro e readequação

Redação Informe ES

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Após dois anos de obras de restauro e readequação, o Theatro Carlos Gomes, localizado na Praça Costa Pereira, no Centro de Vitória, reabriu suas portas nesse sábado (22). Inaugurado em janeiro de 1927, o monumento projetado pelo arquiteto italiano autodidata André Carloni, inspirado no Teatro Alla Scala de Milão, passou por inúmeras melhorias, resgatando valores estéticos e históricos que contribuirão para perpetuar suas tradições e saberes.

O evento de reabertura contou com a apresentação da Orquestra Sinfônica do Espírito Santo (OSES) convidando o cantor capixaba Silva, destaque nacional da nova música popular brasileira. As atrações musicais se apresentaram na Praça Costa Pereira, enquanto o teatro permaneceu aberto à visitação do público, que pôde conhecer o resultado da obra de restauro. Dentro do espaço, ocorreu uma intervenção artística da artista Flávia Junqueira.

Na ocasião, o governador Renato Casagrande anunciou novidades sobre o início das operações do Theatro Carlos Gomes, como a divulgação da temporada de reinauguração, com programação já confirmada de dezembro a março de 2026; a abertura, nas próximas semanas, do edital de concessão de uso para a cafeteria do teatro; e o início das visitas mediadas para o público, duas vezes por semana, em diversos horários ao longo do dia.

As obras foram realizadas pelo Instituto Modus Vivendi, a partir de acordo de cooperação entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria da Cultura (Secult), como parte da iniciativa Resgatando a História, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da EDP, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). O valor total investido foi de R$ 20 milhões – sendo R$ 10 milhões provenientes do BNDES e R$ 10 milhões da EDP.

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“Noventa e nove anos depois de sua inauguração, estamos reinaugurando o Theatro Carlos Gomes totalmente restaurado. Este é um equipamento importantíssimo para a cultura do nosso Estado. Resgatamos um espaço que sempre foi o centro cultural do Espírito Santo e, assim, colocamos fim a um problema histórico, que era manter esse teatro fechado. A partir de agora, teremos uma programação cultural forte e vamos fortalecer ainda mais o Centro da nossa Capital”, afirmou o governador Casagrande, acompanhado pela primeira-dama do Estado, Maria Virginia. 

Para o secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha, o Theatro Carlos Gomes é um símbolo da história e da força da cultura capixaba. “Sua entrega representa não apenas a recuperação de um patrimônio arquitetônico e afetivo, mas também a reafirmação do compromisso do Governo do Estado com as artes, com a memória e com o futuro da criação artística no Espírito Santo. Cada detalhe restaurado traz de volta parte da nossa identidade e da trajetória cultural que molda quem somos.”

Ele também falou sobre o que a Secretaria da Cultura deseja para o retorno deste equipamento cultural. “Queremos que o Theatro volte a pulsar como um espaço vivo, aberto a todas as linguagens e expressões, capaz de inspirar novas gerações de artistas e emocionar o público. Este é um passo fundamental na consolidação de uma política cultural que valoriza o patrimônio, fomenta a produção contemporânea e reconhece a arte como força transformadora da sociedade”, pontuou.

Com a restauração concluída, o Theatro Carlos Gomes — que já recebeu grandes estrelas como Bibi Ferreira, Paulo Autran e Fernanda Montenegro, além de inúmeros artistas e apresentações locais — volta a abrigar grandes espetáculos, shows e eventos, em um projeto que busca recuperar sua originalidade histórica e arquitetônica e resgatar a memória afetiva do capixaba.

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A presidente do Instituto Modus Vivendi, Erika Kunkel, responsável pelo restauro, afirma que merecem destaque especial neste projeto os novos equipamentos de uso do teatro, como os elevadores para a orquestra e para o público, a nova climatização, banheiros acessíveis e a instalação do café, que terá localização especial e vista para a Praça Costa Pereira, oferecendo à cidade novas formas de interação com o teatro. Foi restaurado, ainda, o lustre de cristal localizado no teto do teatro, no centro da pintura do artista Homero Massena — também restaurada.

“Ao valorizar esse patrimônio histórico e promover seu resgate com rigor técnico e sensibilidade artística, contribuímos para fortalecer a cadeia produtiva da cultura no Espírito Santo. A requalificação do Theatro Carlos Gomes também é um investimento no futuro da cultura capixaba, com impacto direto na geração de emprego e renda. O BNDES acredita que apoiar iniciativas de revitalização do patrimônio histórico é preservar a memória e fomentar desenvolvimento, inclusão e inovação por meio da cultura”, comentou a superintendente de Marketing e Cultura do BNDES, Marina Moreira.

Para o diretor da EDP no Espírito Santo, Edson Barbosa, contribuir para a restauração de patrimônios culturais é uma maneira de preservar a história e de possibilitar que as pessoas conheçam essa história, que faz parte de suas raízes. “Renovamos a nossa concessão no Espírito Santo por mais 30 anos e as ações socioculturais são peças importantes nessa jornada, pois geram impacto positivo para a sociedade e ajudam a transformarmos hoje as gerações para o futuro”, destacou.

Por dentro da obra

Entre as importantes descobertas feitas nesta obra de restauro, destacam-se os douramentos no proscênio/palco, nos gradis dos camarotes e nos capitéis (parte superior das colunas). Localizados em todos os pavimentos das frisas, eles apresentam um design intrincado, típico da arquitetura eclética, com influências neoclássicas, utilizando folhagens estilizadas em douramentos com folhas de ouro. As colunas, confeccionadas em metal, trazem um tratamento decorativo que reflete o estilo eclético do teatro, com um acabamento de velatura ocre imitando mármore. A volta da pintura marmorizada foi defendida pelo Prof. Dr. Nelson Porto, especialista que acompanha o restauro.

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Nas colunas de ferro fundido dos camarotes, onde foram identificados douramentos, e nos capitéis, foi aplicada velatura ocre imitando mármore (fingimento). O fingimento era uma prática institucionalizada no Renascimento e amplamente utilizada em todos os períodos subsequentes da história da arte. Consistia em técnicas de pintura — como afresco, escaiola e têmpera — aplicadas sobre materiais como argamassas, pedras, madeiras e ferros, de modo a alterar sua aparência e conferir-lhes a feição de mármore, metal nobre ou madeira decorativa. O pintor especializado em fingimento era altamente requisitado pela construção civil local.

Também foi resgatada, durante o restauro, a cor mais antiga encontrada no monumento. O amarelo que revestiu o prédio por muitos anos — resultado de uma pintura posterior — deu lugar à cor camurça, um tom clássico dentro do estilo eclético e adequado ao nosso tempo por ser atemporal. Essa tonalidade provavelmente foi utilizada no Carlos Gomes quando ele foi inaugurado em 1927.

A definição da cor foi feita a partir de uma prospecção estratigráfica, processo científico em que os restauradores analisam diversas camadas de tinta aplicadas ao longo da história do edifício. A cor camurça não foi escolhida de forma aleatória: foi resultado de pesquisa científica, certificada por um arquiteto-historiador especialista e aprovada pelo Conselho Estadual de Cultura.

Destaques

Instalações cenográficas

Toda a estrutura cênica do teatro foi renovada, preservando-se, contudo, o teto de madeira e algumas das varas originais. Foi implantado um novo sistema de urdimento, com varas cênicas mecanizadas de alta capacidade de carga. Além disso, foram fabricadas e instaladas novas bambolinas, pernas, rotundas e cortinas de boca, todas confeccionadas com tecidos técnicos certificados.

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Elevador da orquestra

O elevador instalado permite elevar a orquestra do fosso ao nível do palco. Essa tecnologia proporciona maior flexibilidade aos espetáculos, possibilitando a ampliação do espaço cênico para apresentações de maior porte ou a adaptação do layout do teatro conforme as necessidades de cada evento.

Sonorização

A instalação do moderno sistema de sonorização, adaptado à estética do monumento, foi um desafio específico no restauro. Foram escolhidos equipamentos discretos e de alta qualidade, alguns fabricados exclusivamente para o Carlos Gomes, como as caixas de som instaladas no proscênio. Elas foram desenvolvidas para se encaixarem entre os ornamentos e pintadas da cor da parede, garantindo mínima interferência visual.

Iluminação cênica

A nova iluminação cênica do teatro conta com equipamentos de ponta, proporcionando uma experiência teatral de excelência. Essa infraestrutura é fundamental para a criação de atmosferas, construção de emoções e valorização dos elementos cênicos.

Restauro da fachada

O restauro também envolveu a fachada do teatro, adornada por cinco estátuas posicionadas no acrotério, elemento arquitetônico que marca o ponto mais alto do frontão. No centro, destaca-se a figura do Deus Apolo, símbolo máximo das artes na mitologia grega, segurando duas liras — instrumento criado por Hermes e presenteado a Apolo, tornando-se seu atributo. Essa representação reforça a importância das artes como expressão essencial da cultura.

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Aos pés de Apolo, duas figuras femininas com trombetas complementam a cena: uma segura um livro e a outra uma máscara, sugerindo a união entre música, literatura e teatro.

Logo abaixo dessas esculturas encontra-se o busto de Carlos Gomes, compositor brasileiro nascido em Campinas (SP), que dá nome ao teatro. O arquiteto autodidata André Carloni possivelmente se inspirou em homenagear o compositor por ter sido o primeiro brasileiro a ter sua obra apresentada no renomado teatro de Milão.

Nas extremidades da fachada, outras esculturas representam diferentes formas de expressão artística: escultura (com talhadeira e martelo), música (com lira), pintura (com pincel e aquarela) e letras (com livro). Quatro estátuas de crianças com arranjos florais ladeiam o conjunto, trazendo leveza e harmonia à composição. O processo de restauro foi essencial para preservar e completar os adornos originais, incluindo a reposição das trombetas, garantindo a integridade estética e simbólica do teatro.

Janela de prospecção do piso antigo do teatro

Durante o restauro, foi encontrada e deixada à mostra uma parte do piso original da primeira fase do teatro, anterior à reforma que conferiu ao espaço a atual inclinação da plateia. Nessa fase inicial, o piso era reto.

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Douramentos e marmorizados

Os douramentos no proscênio/palco, nos gradis dos camarotes e nos capitéis (parte superior das colunas), localizados em todos os pavimentos das frisas, apresentam um design intrincado, típico da arquitetura eclética, com influências neoclássicas, que utiliza folhagens estilizadas em douramentos com folhas de ouro. As colunas, confeccionadas em metal, trazem um tratamento decorativo que reflete o estilo eclético do teatro, com um acabamento de velatura ocre imitando mármore. A volta da pintura marmorizada foi defendida pelo prof. Dr. Nelson Porto, especialista que faz o acompanhamento do restauro.

Nas colunas de ferro fundido dos camarotes, onde foram identificados douramentos, e nos capitéis, foram usadas em seu corpo velatura ocre, imitando (fingimento) mármore. O fingimento era uma prática institucionalizada no Renascimento e amplamente utilizada em todos os períodos subsequentes da história da arte. Consistia, por meio de técnicas de pintura – como afresco, escaiola e têmpera – aplicadas sobre materiais como argamassas, pedras, madeiras e ferros, em alterar a aparência desses materiais conferindo-lhes a feição de mármore, metal nobre ou madeira particularmente decorativa. O pintor do fingimento era um profissional que se destacava dos demais pintores de edificações e, quando possuía essa habilidade especial, era muito requisitado pela construção civil local.

A volta da antiga bilheteria

A antiga bilheteria foi restaurada e voltará a operar. Ela recebeu restauro dos metais, da pintura e dos douramentos em folha de ouro.

Iluminação interna

Novas luminárias foram instaladas nos corredores, camarotes, camarins e banheiros. Os lustres originais — ou já integrados ao bem cultural à época de seu tombamento — foram mantidos e restaurados, com substituição apenas das lâmpadas incandescentes por LEDs.

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Iluminação externa

O projeto de iluminação externa envolveu levantamento dos níveis de iluminância do entorno e implantação de um sistema monumental que valoriza os adornos e a fachada. A utilização de tecnologia LED garante economia, durabilidade e possibilidade de variação cromática por meio do sistema RGB.

Mobiliário

Todo o mobiliário antigo foi conservado, incluindo as cadeiras do camarote do Governador. Os três puffs históricos foram restaurados em sua forma original, com veludo vermelho.

Cortina corta-fogo

A cortina corta-fogo instalada foi projetada para isolar o palco da plateia em caso de incêndio. Composta por tecido especial resistente a altas temperaturas, impede a propagação de chamas, fumaça e gases. Quando ativada, desce automaticamente, criando uma barreira de segurança.

Área técnica e administrativa

Foi criada uma área administrativa no último andar, com banheiros, refeitório e sala para gerência, oferecendo suporte às atividades artísticas e administrativas. Há também um mezanino no foyer lateral destinado ao uso técnico dos espetáculos.

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Acessibilidade

Foram instalados um elevador que leva o público a todos os andares do teatro, uma plataforma elevatória para o palco e o elevador da orquestra. O teatro conta ainda com banheiros e camarim acessíveis.

Sobre o Theatro Carlos Gomes

O Theatro Carlos Gomes, construído em Vitória no ano de 1926 e inaugurado em 5 de janeiro de 1927, com projeto e construção do arquiteto autodidata André Carloni, insere-se no período da arquitetura eclética. Nesse período, edificações monumentais — assim como residências da elite — recebiam decoração interna rebuscada: mármores, madeiras nobres, fingimentos (douramentos, marmorizações etc.), estofamentos em veludo e tapetes vermelhos conviviam lado a lado.

O ecletismo levou essas particularidades decorativas às últimas consequências, inserindo, por exemplo, nas grandes residências senhoriais, decorações distintas em estilo e ornamentos para cada cômodo, buscando, por meio de uma “teoria do decorum” simplificada, acomodar a temática decorativa à função do ambiente.

Informações à Imprensa:
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Cultura

Governo do Estado anuncia data de início das operações do Cais das Artes

Redação Informe ES

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O maior complexo integrado de artes e cultura do Espírito Santo já tem data para iniciar suas operações. Nesta sexta-feira (17), o governador do Estado, Renato Casagrande, anunciou a inauguração do Cais das Artes, em Vitória, para o mês de dezembro. O Museu será a primeira parte das obras a serem entregues à população. No primeiro trimestre de 2026, o Cais das Artes receberá sua primeira exposição: “Amazônia”, do renomado fotógrafo Sebastião Salgado.

Além das obras, o governador e o secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha, oficializaram o lançamento do “Edital Ocupação Cais das Artes: Artes Visuais”, que vai contemplar quatro propostas no valor de R$ 500 mil reais cada, com recursos do Fundo de Cultura do Estado do Espírito Santo (Funcultura). O instrumento garantirá a presença ativa dos artistas capixabas dentro do espaço cultural. 

Já para a gestão do Cais das Artes, foi anunciada a parceria com a Organização dos Estados Ibero-Americanos (OEI) e com a Fundação Roberto Marinho, que ficarão responsáveis pelas programações formativa e educacional que acontecerão no local.

“Estamos com duas instituições que têm expertise e que irão contribuir para que tenhamos uma boa programação. Para que o Cais das Artes seja um vetor de eventos e de desenvolvimento de nossa cultura. Em dezembro, vamos inaugurar a parte do Museu, e logo em seguida vamos ter a primeira exposição com a obra de Sebastião Salgado. Ela fica exposta na COP30, em Belém, até fevereiro e na sequência vem para o Espírito Santo. O Cais das Artes é um grande equipamento e vamos ganhar corpo até que possamos chegar ao funcionamento máximo”, afirmou o governador Casagrande, durante coletiva de imprensa.

De acordo com o secretário da Cultura, o Cais das Artes vai muito além de uma obra arquitetônica importante. “O espaço representa o compromisso do Governo do Estado com a cultura capixaba. Um espaço de encontro, de criação e de pertencimento. Não só um Espaço para receber, mas também um espaço para mostrar, colocar em evidência os nossos artistas e a nossa construção cultural, ocupar efetivamente esse equipamento que é do povo capixaba”, disse Noronha.  

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Com investimento total de R$ 315 milhões e projeto arquitetônico assinado por Paulo Mendes da Rocha, o espaço cultural terá museu, teatro e praça pública às margens da baía de Vitória. Com 30 mil metros quadrados de área total, o espaço nasce com a missão de ser um centro de arte, educação e convivência, acessível a todos os públicos, conectando a cidade a redes culturais do Brasil e do mundo.

Imagens galeria: Hélio Filho/Secom

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