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Para historiadoras, 7/9 é dia de reflexão sobre história do Brasil

Em 2023, o Brasil completa 201 anos da Independência, comemorada no dia 7 de setembro. A data, de acordo com historiadoras entrevistadas pela Agência Brasil, é um momento de reflexão sobre a história do país e sobre quem ainda segue excluído dessa história e o que é preciso fazer para reduzir as desigualdades. Depois de dois séculos, é possível dizer que o Brasil é independente? Como devem ser as comemorações dessa data para que sejam mais plurais e diversas?

Ynaê Lopes dos Santos diz que é preciso entender outros atores importantes na independência Ricardo Borges/ Divulgação
“É uma revisitação contundente que precisa ser feita. Durante muito tempo, a perspectiva crítica ficava circunscrita a uma crítica, por exemplo à figura de Dom Pedro I, ao fato de ele passar mal ou não. Isso é o de menos. Falar só sobre Dom Pedro não resolve o problema da independência do Brasil de uma perspectiva mais crítica”, diz a historiadora Ynaê Lopes dos Santos, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Essa história é contada no livro 1822, de Laurentino Gomes. Dom Pedro I estaria com dor de barriga devido, possivelmente, à ingestão de água contaminada ou algum alimento estragado. O grito da independência às margens do Ipiranga, que inclusive é narrado no hino nacional brasileiro, teria sido apenas simbólico.
“É preciso entender os outros sujeitos que participaram. Mulheres que lutaram nos campos de batalha nos diferentes lugares do Brasil, como as sociedades indígenas na sua diversidade se articularam ou não ao processo de independência, a participação da população negra. É preciso tomar a independência pelo que ela foi, um processo polifônico”, acrescenta Lopes.
Os indígenas e a Independência
Segundo a historiadora e professora Marize Guarani, uma das fundadoras da Associação Indígena Aldeia Maracanã, o 7 de setembro com a constituição de um país é, na verdade, para os indígenas, a consolidação de um processo de exclusão, silenciamento e genocídio, que vinha desde 1.500, com a chegada dos portugueses. Esse processo continua, segundo a historiadora, até os dias de hoje.
“Todo esse período vai ter uma negação dos povos indígenas, vai-se construindo uma narrativa de que nós não temos nada para oferecer, de que a gente não gosta de trabalho, de que é muita terra para pouco índio. Quando se fala do povo indígena fala-se que é selvagem, mas selvagem só quer dizer aquele que vive na selva. E nem é mais assim. Hoje, 60% da população indígena vive na cidade, ou seja, foi retirada de seus territórios e continuam sendo sistematicamente retiradas desse território ao longo de todo esse processo de história do Brasil”.
De acordo com o Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são 1.693.535 indígenas no país, o que representa 0,83% do total de habitantes. A estimativa é de que antes da chegada dos portugueses, eram mais de 1,4 mil povos e milhões de habitantes.
Ao longo da história, segundo Marize Guarani, vai-se construindo uma narrativa de que os indígenas são “avessos ao progresso”, e com isso, mais recentemente, na ditadura militar, entre 1964 e 1985, com a interiorização, vai-se expulsando os indígenas de seus territórios. “Sempre uma narrativa que nós éramos a barreira para o progresso, porque olhavam a mata como algo que não era progresso. Mas me diz uma coisa: como você vai conseguir viver num mundo sem as florestas? Floresta é a maior usina de chuva”.
O modo de viver tradicional indígena traz uma oposição ao sistema capitalista no qual estamos inseridos, por isso, esse sistema é tão perseguido, conforme defende Guarani. “A terra era produzida comunalmente, da terra era retirado o seu sustento, de forma comum, comunal. Todos, coletivamente, plantavam, colhiam, produziam coletivamente, não tinha ninguém que era mais do que o outro, não existia ninguém que comia mais do que o outro, e isso continua existindo dentro dos aldeamentos. Eu sempre fico pensando que o estado sempre negou toda forma coletiva, toda forma de produção de pensamento, de religiosidade nossa exatamente porque elas entram em choque com essa sociedade capitalista”,.
Comemorações e manifestações
A historiadora Wlamyra Albuquerque, professora da Universidade Federal da Bahia (UFBA), explica que as comemorações da Independência fazem parte de uma espécie de ritual para constituir o estado nacional. “Ele precisa ter um corpo administrativo, precisa ter um corpo militar e precisa ter uma história do seu nascimento, precisa ter uma mitologia de constituição do estado nacional. Toda nação liberal nascida nos séculos 18 e 19 constroem um mito sobre sua fundação”.
No entanto, ainda segundo Wlamyra Albuquerque, os desfiles não são a única forma de comemoração. “É importante olhar para as comemorações de 2 de julho, a gente vai ver que existe forma de civismo popular em que essa força bélica, essa força militar, não ocupa a centralidade das comemorações. Eu acho que precisa ser assumido pelo estado brasileiro o plano de celebração desse pertencimento nacional, de celebração da nossa brasilidade, em que essas instituições militares não estejam no centro das festas, e aí é preciso repensar esse formato de 7 de setembro com participação popular, [olhando para as] demandas das populações indígenas, demandas das populações negras e pobres, das populações quilombolas, que elas venham para o centro desse processo de constituição dessa singularidade que é o Brasil”.
O dia 2 de julho, citado por Wlamyra Albuquerque, é a comemoração da Independência na Bahia. A data marca a expulsão, feita em 1823, das tropas portuguesas que ainda resistiam à independência declarada no ano anterior, em um movimento que contou com a participação popular. Qualquer autoridade lusitana remanescente foi extirpada do poder. A celebração tem um caráter mais popular, por exemplo, que os desfiles militares.
Outra ação importante na data é o Grito dos Excluídos e Excluídas, manifestação que reúne, desde 1995, movimentos sociais e grupos que não se sentem representados pelos desfiles ou pela história hegemônica da Independência do Brasil. A proposta nasceu em uma reunião de avaliação do processo da 2ª Semana Social Brasileira, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O dia 7 de setembro foi escolhido para a realização do Grito com a intenção de fazer um contraponto ao Grito da Independência, proclamado pelo príncipe D. Pedro I, em 1822.
O Grito dos Excluídos e Excluídas tem como objetivo “levar às ruas e praças, os gritos ocultos e sufocados, silenciosos e silenciados, que emergem dos campos, porões e periferias da sociedade. Trata-se de revelar, à luz do dia e diante da opinião pública, as dores e sofrimentos que governos e autoridades tendem a varrer para debaixo do tapete. Trazer à superfície os males e correntes profundas que atormentam o dia-a-dia da população de baixa renda”, conforme o site do movimento.
O Brasil é independente?
Apesar das críticas, segundo Wlamyra Albuquerque, a data é importante para que seja feita uma reflexão. “Parar para pensar e discutir o que somos para nós mesmos e em relação ao mundo. Essa é uma questão que vai estar sempre aberta: o que é independência? O que é liberdade? O que é uma nação? Essas questões vão estar sempre abertas porque a história é dinâmica e a gente vive uma configuração global muito diferente e inédita do que todos nós conhecemos. As outras gerações não viveram uma sociedade em que a mudança que os blocos políticos econômicos se deem de maneira tão acentuada”, diz.
A historiadora Adriana Barreto, professora da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) complementa: “Todas essas celebrações são invenções culturais, elaboradas conscientemente ao longo do tempo”, diz e acrescenta: “O que quero dizer com isso? Que do mesmo modo que essas celebrações são inventadas para atender a certas demandas da sociedade, em uma determinada época, elas também podem ser substituídas e reinventadas caso grande parte da população não se veja mais representada nelas”.
Perguntadas se somos uma nação independente, as historiadoras divergem. Marize Guarani diz que ainda estamos distantes. Ela ressalta o potencial produtivo e criativo do Brasil e o quanto a nação acaba perdendo quando busca apenas se inserir em uma ordem capitalista que não visa o seu desenvolvimento. “Eu digo que esse processo de invasão e colonização continua até hoje. A gente fala de independência, mas que independência a gente está falando? A gente depende das bolsas de valores mundiais, a gente depende. Querem que o Brasil seja um país de monocultura, destruíram as terras deles e não querem destruir mais, então, destroem a do outro”, diz.
Já Barreto é categórica, o Brasil é independente: “Claro, totalmente! Inclusive, acredito que assumir essa nossa condição seja um passo crucial para – tal como acontece com as pessoas, individualmente – olharmos sem romantizações o passado. Não podemos virar apressadamente as páginas da história. Porque esse passado, em toda sua complexidade, nos constitui como sociedade e conhecê-lo bem, identificando nomes e ações de pessoas e grupos, é um passo chave para – por meio de responsabilizações – termos a chance de efetivamente construirmos um futuro”.
Edição: Aline Leal
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PRF apresenta dados sobre acidentes e aponta gargalos em rodovias

Imprudência, crimes, sinistros, gargalos estruturais e mortes que marcam trechos de rodovias federais no Espírito Santo foram assuntos discutidos em reunião da Comissão Especial de Fiscalização da Infraestrutura da BR-101, BR-262 e Rodosol, presidida pelo deputado Gandini (PSD). Em reunião na tarde desta quarta-feira (18), o policial rodoviário federal (PRF) e chefe da delegacia de Linhares, Carlos Alessandro Ravani, apresentou dados sobre os cinco primeiros meses de 2025 em relação ao ano anterior.
Entre janeiro e maio, mais de 60% dos óbitos foram na BR-101, o que não significa, segundo o servidor, que a manutenção daquela rodovia seja pior do que a BR-262 ou do que o “projeto antigo e defasado” da BR-259. O mesmo levantamento mostra que trechos já duplicados concentram mais acidentes do que trechos simples.
“Então o problema é a duplicação, tenho que fazer tudo rodovia simples? Por óbvio que não, tudo é contexto”, defendeu. Para Ravani, a discussão sobre BR-101 e números de sinistros só pode ser traçada se aprofundada a complexidade sobre áreas urbanas. Em trechos como Serra, Viana, Linhares e São Mateus, citados como principais exemplos, devem ser consideradas questões como encontro de trânsito de longa distância (caminhões e viajantes apenas passando pelo estado), densos deslocamentos urbanos, fluxo de pedestres e permanência de cruzamentos.
“A duplicação é uma ação de infraestrutura importante, mas ela também não é, por si só, a resposta de todos os problemas de segurança viária. Vai resolver parte deles”.
Partindo do aumento na incidência de sinistros com motos, citou dados do Ministério do Transporte: o aumento da frota de duas rodas foi de 24% no último ano no ES, enquanto a de automóveis foi de 11%. O servidor federal considerou importante aceitar que num país com renda média na casa dos R$ 3 mil, motocicletas despontem como principal opção para deslocamento das pessoas.
“Ainda que haja duplicação, há muita interferência, há muito que evoluir, para se chegar ao projeto da via em si. E se vou fazer a duplicação, sempre pensar na infraestrutura necessária ao pedestre. Como será a travessia do pedestre neste local?”, indagou.
Trechos da rodovia com cruzamentos em Serra, por exemplo, são locais que circulam 50 mil veículos por dia. “Não pode comparar com local que passa 1 mil/dia”, observou.
Entre janeiro e maio as rodovias federais registraram 67 óbitos – o mesmo período de 2024 marcou 73. Do total anual em 2024 (176), 114 óbitos, o correspondente a quase 65%, foram na BR-101.
Mais números
De janeiro a maio a PRF recuperou 98 veículos roubados, média de uma ocorrência a cada 36 horas. Foram 386 pessoas detidas com 21 ocorrências relacionadas com drogas – totalizando quase 1 tonelada apreendida em 2025. A polícia também trabalha com ações educativas, envolvendo outros órgãos federais e estaduais, além de escolas.
Interlocução
O deputado Gandini questionou o que é feito com os dados da corporação para “construir soluções” sobre as BRs e qual seria “o fluxo” de informações. O representante da PRF explicou que o órgão colabora, dentre outras formas, quando, por exemplo, recebe demandas e questionamentos de câmaras municipais. A polícia responde ao Poder municipal, mas também encaminha os dados para a concessionária Eco101 (“órgão de engenharia”) da BR-101.
Outra questão discutida foi sobre demandas de revisão de fluxos de entradas para municípios ou até mesmo eliminação de cruzamentos, como Jaguaré e Pinheiros, apresentadas por Gandini – demandas que os deputados conhecem de perto por andarem o ES. A comissão repassará propostas de intervenções para o órgão federal.
O policial Ravani ressaltou que alguns cruzamentos ainda são problemas por negligência de motoristas que não percorrem metros a mais para fazer um retorno seguro em acesso próprio para isso. Apontou ainda que a melhor solução para acabar com “cruzamentos” seria a construção de contornos mas, considerando a inviabilidade, caberia ao poder público local fazer o trabalho de conscientização dos usuários.
Imprudência
O aposentado Ivan Soella usou o microfone para cobrar da PRF ações contra caminhoneiros que teriam, segundo o denunciante, modo de operação para incomodar quem anda corretamente nas vias.
“Os caminhões têm protocolo de te tirar da pista e fazer ultrapassagem. Primeiro piscam o farol. Você está obedecendo. Oitenta, você tem que andar a 80 (quilômetros)… Sessenta, andar a 60. Depois encostam para-choque. Depois, você insiste em manter a velocidade da via, eles abrem a buzina a ar, o que desestabiliza. Isso provoca acidente, pessoas saem da pista para dar passagem, acostamento com desnível alto caem no buraco”, reclamou. Soella sugeriu patrulhamento com veículos descaracterizados para coibir tal prática.
O representante da PRF informou que, em 2024, a polícia emitiu quase 800 mil autos de infração por excesso de velocidade, considerando radares fixos e portáteis. Também explicou que as regras brasileiras para fiscalização de trânsito exigem que as viaturas sejam caracterizadas.
Considerações
Ao final da reunião, o presidente da comissão afirmou que rodovia federal é sinônimo de desafio para o Espírito Santo. Segundo Gandini. é preciso “romper com essas barreiras logísticas que foram impostas, tanto (BR) 262, 259 e a 101. A 101 tem uma solução em curso, pelo menos. A 262 terá recurso do acordo de repactuação (Acordo de Mariana) que será feito uma parte (da rodovia)”.
Por Redação Web Ales, com edição de Nicolle Expósito
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Leilão internacional define parceiros privados para ampliar tratamento de esgoto em 43 municípios do ES

Foi realizado nesta terça-feira (17), na sede da B3 em São Paulo (SP), o leilão internacional que definiu as empresas responsáveis pela execução de dois grandes contratos de coleta e tratamento de esgoto em 43 municípios capixabas. O resultado do leilão definiu como vencedoras as empresas espanholas que compõem os Consórcio GS Inima para o lote A e a ACCIONA Água S.A.U para o lote B.
Com investimento previsto de quase R$ 7 bilhões ao longo dos próximos 25 anos, os contratos foram divididos em dois lotes. O Lote A, com 35 municípios, prevê R$ 1,08 bilhão em investimentos e R$ 3,85 bilhões em custos operacionais. Já o Lote B, com 8 municípios, envolve R$ 399,6 milhões em investimentos e R$ 1,39 bilhão em custos operacionais por 23 anos. A parceria não implicará reajuste na tarifa atual praticada pela Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan).
“Um momento histórico para o Espírito Santo. Os dois lotes de saneamento que foram leiloados tiveram um resultado extraordinário e cria a certeza que até 2033 teremos o saneamento universalizado nos municípios gerenciados pela Cesan. Investir em saneamento é saúde na veia, proteção ao meio ambiente e o Espírito Santo passa a resolver um assunto pendente na sociedade brasileira. Partimos na frente para contratar todas as obras necessárias para realizarmos essa universalização. Por isso é bom ter um Estado organizado na área fiscal e com poder de investimentos, para que possamos ter capacidade de realizar investimentos estruturantes como este e resolver problemas que se arrastam há décadas, como é a questão do saneamento”, afirmou o governador Renato Casagrande, presente no leilão.
A iniciativa representa um novo marco na política de saneamento do Espírito Santo e mais um passo rumo à universalização dos serviços no Estado. Segundo o presidente da Cesan, Munir Abud, o momento é histórico. “A realização desse leilão consolida um novo ciclo de investimentos no saneamento capixaba, com ganhos diretos para a saúde pública, o meio ambiente e o desenvolvimento econômico do Espírito Santo. Estamos garantindo infraestrutura moderna, eficiência operacional e cobertura de esgotamento sanitário nos municípios atendidos pela Cesan, por meio de uma sólida parceria com a iniciativa privada. Os investimentos feitos garantirão a universalização dos serviços muito antes do prazo estabelecido pelo marco legal”, enfatizou.
Integram o Lote A: Água Doce do Norte, Águia Branca, Alto Rio Novo, Apiacá, Aracruz, Atílio Vivácqua, Barra do São Francisco, Boa Esperança, Bom Jesus do Norte, Brejetuba, Conceição da Barra, Conceição do Castelo, Divino São Lourenço, Domingos Martins, Dores do Rio Preto, Ecoporanga, Fundão, Mantenópolis, Marechal Floriano, Muniz Freire, Muqui, Nova Venécia, Pancas, Pedro Canário, Rio Novo do Sul, Santa Leopoldina, Santa Maria de Jetibá, Santa Teresa, São Gabriel da Palha, São José do Calçado, São Roque do Canaã, Venda Nova do Imigrante, Vila Pavão, Vila Valério e Vitória. Já o Lote B é composto por Afonso Cláudio, Anchieta, Castelo, Guarapari, Ibatiba, Irupi, Iúna e Viana.
Além de ampliar a cobertura dos serviços, o projeto prevê a construção de 39 Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), 219 Estações Elevatórias de Esgoto (EEEs) e a implantação de 1.200 quilômetros de redes coletoras e 371 mil habitantes incluídos no sistema de esgotamento sanitário até 2033, promovendo melhorias estruturais significativas em todas as regiões beneficiadas.
Os contratos serão assinados em até três meses. Com a realização desse leilão, todos os municípios atendidos pela Cesan contarão com gestão do sistema de esgotamento sanitário operada em regime de Parceria Público-Privada (PPP), consolidando o Espírito Santo como referência nacional em saneamento.
Geral
No Espírito Santo, 1,01 milhão de pessoas poderão ter gratuidade na tarifa de energia elétrica

Mais de 1,01 milhão de cidadãos capixabas, o equivalente a 24,7% da população do estado, podem se beneficiar pelas novas regras da Tarifa Social de Energia Elétrica, a partir de 5 de julho.
Conforme determina a Medida Provisória nº 1.300/2025, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 20 de maio, as famílias com direito ao benefício, que consumirem até 80 quilowatts-hora (kWh) mensais, terão gratuidade na tarifa de energia elétrica. Aqueles que ultrapassarem esse consumo pagarão apenas a diferença.
No Espírito Santo, mais de 290 mil unidades consumidoras se enquadram no novo benefício, o que representa 5% do total de famílias com potencial de serem beneficiadas na região Sudeste.
NACIONAL – Em todo o Brasil, 17,39 milhões de famílias têm direito à nova Tarifa Social de Energia Elétrica. São mais de 60 milhões de pessoas beneficiadas pela reestruturação do setor elétrico com foco na promoção da justiça tarifária.
REQUISITOS – Para ter direito ao benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica, deve ser satisfeito um dos seguintes requisitos:
- Família inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário-mínimo; ou
- Idosos com 65 anos ou mais ou pessoas com deficiência, que recebam o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC), nos termos dos arts. 20 e 21 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993; ou
- Família inscrita no CadÚnico com renda mensal de até três salários-mínimos, que tenha portador de doença ou deficiência (física, motora, auditiva, visual, intelectual e múltipla) cujo tratamento, procedimento médico ou terapêutico requeira o uso continuado de aparelhos, equipamentos ou instrumentos que, para o seu funcionamento, demandem consumo de energia elétrica.
COMO SOLICITAR – A Tarifa Social é concedida automaticamente para as famílias que têm direito. Para receber, basta que a pessoa responsável pelo contrato de fornecimento de energia elétrica (a que tem o nome na fatura) esteja entre os beneficiados pelos programas de governo descritos acima. Não é necessário solicitar à distribuidora.
Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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