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Pó de borboleta causa cegueira?

Quem nunca se encantou ao ver uma colorida borboleta voando por aí? Porém, junto com esse fascínio, vem um certo cuidado que muita gente aprende desde cedo: nunca toque em suas asas. Dizem que aquele pó que sai delas, se entrar nos olhos, pode causar cegueira.
Mariposas entram no mesmo alerta: o pó que fica no dedo ao encostar nelas deve ser retirado imediatamente, pois há o perigo de entrar nos olhos e causar algum mal. Mas será que isso é verdade? Afinal, o que acontece se esse pó realmente entrar em contato com nossos olhos?
Pó de borboleta causa cegueira?
A resposta direta é: não, o pó das asas da borboleta não causa cegueira. Essa história é mais um caso de mito ou crença popular sem fundamento, igual à de que encostar em um sapo pode dar verruga.

Bom, não se sabe ao certo quando esse boato surgiu especificamente, mas o fato é que ele é antigo e duradouro, mais um típico caso de mito que passa de geração em geração sem base científica.
Além disso, não existe nenhum componente nas asas das borboletas ou mariposas que tenha a capacidade de cegar uma pessoa.
O que pode acontecer, em casos muito raros, importante ressaltar, é uma leve irritação ocular se algum fragmento entrar em contato com os olhos. Mas isso também pode acontecer com poeira, areia e qualquer outra coisa do tipo.

É importante entender que esse pó das asas das borboletas e mariposas (Lepidoptera) não é venenoso, não tem substâncias tóxicas e não provoca reações graves em nós, humanos. E repetimos: o mais comum é esse pó causar uma alergia ou irritação.
Mas você já se perguntou o que será esse bendito pó das asas delas, afinal?
O que é o pó nas asas das borboletas?
Essa “coisa” que recobre as asas das borboletas e mariposas não é pó! Na verdade, são pequenas escamas.

Elas são microscópicas, por isso se assemelham a um pó fino quando olhadas a olho nu. Ao tocar uma borboleta com as mãos, essas escamas se soltam facilmente. É por isso que fica aquele “pó” nos dedos.
Essas escamas são feitas de quitina, o mesmo material presente na carapaça de outros insetos, como besouros e gafanhotos. As asas das borboletas são cobertas por milhares delas, que desempenham várias funções. Essas funções estão relacionadas a diferenças em sua estrutura e composição.
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As cores das asas das borboletas
As asas das borboletas e mariposas são cobertas por milhares de escamas microscópicas, e cada uma delas pode desempenhar funções distintas. Algumas escamas são responsáveis por dar cor, outras geram brilho, ajudam na regulação térmica ou ainda oferecem proteção contra predadores.

Segundo o Borboletário de São Paulo, as cores das asas resultam de dois mecanismos principais presentes nas escamas: pigmentação e coloração estrutural. Escamas pigmentadas contêm substâncias químicas que absorvem certas faixas de luz e refletem outras, produzindo cores como preto, marrom, amarelo e laranja.
Já na coloração estrutural, como o Borboletário de São Paulo explica, as cores surgem a partir da interação da luz com estruturas microscópicas organizadas de maneira precisa. Isso gera um fenômeno chamado iridescência, que faz com que cores como azul, verde e violeta mudem de acordo com o ângulo da luz.
Além do papel “estético”, as escamas também contribuem para a sobrevivência desses insetos. Elas podem se soltar facilmente, o que permite que borboletas e mariposas escapem de predadores ao deixarem escamas para trás. Também ajudam na regulação da temperatura corporal, absorvendo o calor da luz solar, e influenciam na aerodinâmica do voo, tornando-o mais eficiente.
Fonte: com informações do “Borboletário de SP” e “Museu de Entomologia da Universidade Federal de Viçosa“
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Bill Gates critica cortes de Trump na ajuda internacional: “Um grande erro”

Bill Gates afirmou, nesta sexta-feira (11), que ainda há tempo para reverter os cortes na ajuda internacional promovidos pelo governo Donald Trump, que afetaram, drasticamente, programas humanitários.
Em publicação no X (Twitter), o cofundador da Microsoft classificou os impactos como “totalmente evitáveis“, referindo-se a relatos de trabalhadores humanitários na África sobre escassez crítica de medicamentos para HIV infantil, tubos de oxigênio para recém-nascidos e remédios para doenças sexualmente transmissíveis.

Governo dos EUA desativou agência que promovia auxílio humanitário
- Desde fevereiro, funcionários da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) foram colocados em licença administrativa e a agência teve suas operações encerradas oficialmente em 30 de junho;
- Parte do orçamento da USAID foi absorvida pelo Departamento de Estado, que agora revisa os recursos destinados ao PEPFAR — programa de combate à AIDS — e anunciou nova diretriz: a ajuda externa será “direcionada e com tempo limitado“, segundo o secretário de Estado, Marco Rubio;
- Durante uma visita à Etiópia em junho, Gates declarou que os cortes abruptos já provocaram mortes e comprometem seriamente ações essenciais, como testagens e distribuição de medicamentos;
- Ele classificou a decisão do governo como “um grande erro“.
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Bill Gates em colisão com Donald Trump
A Fundação Gates, que colabora com a USAID há anos e já investiu bilhões em saúde global, tem sido crítica às recentes decisões.
Em maio, a fundação anunciou que Gates pretende doar a maior parte de sua fortuna nas próximas duas décadas, em meio ao recuo global no financiamento de ajuda humanitária. O governo Trump também indicou que encerrará o apoio à Gavi, aliança global de vacinas cofundada por Gates em 1999.
Gates chegou a se reunir com Trump no fim de 2024, mas o secretário Rubio se recusa a dialogar com o filantropo desde que assumiu o cargo.

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Aquecimento global pode desencadear onda de erupções vulcânicas

O derretimento acelerado de geleiras em decorrência das mudanças climáticas pode tornar erupções vulcânicas mais frequentes e explosivas, alerta novo estudo apresentado na Conferência Goldschmidt de 2025, em Praga (República Tcheca).
A pesquisa analisou a atividade de seis vulcões no sul do Chile durante a última era glacial e aponta que a retirada do gelo aumenta a pressão nas câmaras magmáticas, favorecendo erupções mais intensas.

Como as erupções podem ser causadas
- Segundo Pablo Moreno Yaeger, principal autor do estudo e pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA), as geleiras exercem uma pressão que suprime o comportamento eruptivo dos vulcões;
- Quando derretem, essa pressão diminui, permitindo a expansão de gases e magma, o que pode desencadear erupções violentas;
- Esse processo já foi observado em regiões, como a Islândia, que passou por um pico de atividade vulcânica após o recuo de suas geleiras há cerca de dez mil anos;
- Os cientistas, agora, identificam risco semelhante em outras áreas cobertas por gelo, como Antártida, América do Norte, Nova Zelândia e Rússia, onde ao menos 245 vulcões ativos estão sob ou próximos a geleiras, segundo dados de 2020.
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Utilizando datação por argônio e análise de cristais formados durante antigas erupções, os pesquisadores constataram que, entre 26 mil e 18 mil anos atrás, a cobertura de gelo na Patagônia suprimiu a atividade vulcânica.
O derretimento posterior desencadeou erupções significativas, incluindo a formação do vulcão Mocho-Choshuenco.
Impacto direto no aquecimento global
A preocupação vai além da atividade geológica: as erupções podem liberar grandes volumes de gases de efeito estufa, contribuindo para o aquecimento global a longo prazo, mesmo que, no curto prazo, os aerossóis liberados possam causar resfriamento temporário.
Segundo Moreno Yaeger, trata-se de um ciclo de retroalimentação perigoso: o aquecimento derrete o gelo, o que ativa vulcões — e as erupções, por sua vez, podem acelerar ainda mais o aquecimento do planeta.

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Luz intensa à noite eleva risco de doenças cardíacas; entenda

Um estudo internacional liderado por pesquisadores do Flinders Health and Medical Research Institute, com colegas do Reino Unido e dos EUA, revelou que altos níveis de exposição à luz durante a noite aumentam significativamente o risco de doenças cardiovasculares.
A pesquisa analisou dados de mais de 88 mil participantes do UK Biobank, que usaram sensores de luz no pulso por uma semana entre 2013 e 2016. Os diagnósticos foram acompanhados até 2022. O estudo foi publicado no servidor medRxiv.

Luz e doenças cardíacas
- Ao relacionar a exposição à luz noturna com registros do NHS (serviço de saúde inglês), os pesquisadores identificaram uma associação em padrão dose-resposta com cinco doenças graves: doença arterial coronariana, infarto do miocárdio, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial e Acidente Vascular Cerebral (AVC);
- Os participantes no percentil mais alto de exposição à luz noturna tiveram um risco entre 23% e 56% maior de desenvolver essas condições em comparação com os menos expostos — mesmo após ajustes para fatores, como idade, sexo, estilo de vida, sono, genética e status socioeconômico;
- Mulheres apresentaram maior risco para insuficiência cardíaca e doença coronariana, enquanto os mais jovens mostraram maior vulnerabilidade a insuficiência cardíaca e fibrilação atrial.
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Riscos para o organismo
Os pesquisadores explicam que a luz artificial noturna pode desregular os ritmos circadianos, prejudicando funções cardiovasculares e metabólicas.
O desalinhamento biológico pode levar a alterações hormonais, aumento da pressão arterial, disfunção endotelial, inflamação, maior risco de trombose e arritmias.
Diante disso, os autores recomendam reduzir a exposição à luz intensa durante a noite, adotando estratégias, como controle de iluminação em casas, hospitais e cidades, respeitando os ciclos naturais do organismo. Essa prática pode ser um complemento importante às políticas tradicionais de prevenção cardiovascular.

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