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A melhor maneira de ser mais produtivo, segundo psicólogo

Redação Informe ES

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Como entendemos e organizamos os acontecimentos do nosso dia a dia? Ao que tudo indica, utilizamos modelos mentais ou “roteiros” para formar narrativas coerentes desses eventos. Eles funcionam como uma biblioteca de padrões que nos ajuda a prever e compreender o que está acontecendo ao nosso redor. Por exemplo, sabemos o que geralmente acontece em um restaurante: pedir um prato no cardápio, comer e pagar a conta.

Um estudo de 2024 publicado na Current Biology, revista científica internacional, sugere que o cérebro humano consegue dividir o tempo em seções significativas ou “capítulos”. Essa mudança se reflete na atividade cerebral.

Ou seja, nosso cérebro não apenas responde passivamente ao mundo ao nosso redor: ele organiza ativamente os eventos com base naquilo em que estamos prestando atenção e no que já sabemos.

Essa tendência pode ser aproveitada para melhorar o foco e gerenciar melhor as tarefas do dia a dia, reduzindo o estresse e ajudando a alcançar um melhor equilíbrio entre vida pessoal e trabalho.

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A seguir, estão algumas estratégias práticas para dividir seus dias em capítulos significativos e torná-los mais produtivos.

1. Estruture seu dia em metas

Um estudo de 2018 publicado na revista Personality and Social Psychology Bulletin sugere que há três aspectos importantes que constituem o sentido da vida e a capacidade de sentir que fazemos parte de algo maior do que nós mesmos. São esses: significado, propósito e coerência.

Os pesquisadores descobriram que as rotinas podem desempenhar um papel importante para alcançar coerência e sentido. Elas costumam estar alinhadas com metas importantes, como praticar exercícios diariamente ou concluir tarefas no trabalho.

Embora as rotinas possam parecer monótonas, elas podem incluir uma série de ações intencionais que nos direcionam a objetivos significativos.

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Estruturar o seu dia em torno de metas pessoais relevantes pode te incentivar a reservar tempo para lidar melhor com o estresse, dormir melhor, comer alimentos nutritivos e ser mais ativo — tudo isso contribui para o bem-estar e aprimora o foco.

Estabelecer limites claros entre os períodos de trabalho e de descanso, como alocar horários específicos para determinadas tarefas, reduz distrações e ajuda a concentrar-se em uma coisa de cada vez. Isso evita o multitarefas, que, para muitas pessoas, prejudica a concentração e a produtividade.

Uma maneira eficaz de fazer isso é registrar ou refletir sobre os “capítulos” do dia, para entender como sua rotina já está estruturada, e então dividi-la em novos capítulos significativos, no papel.

Crie uma rotina adaptada às suas necessidades individuais, refletindo sobre o que realmente beneficiaria sua evolução pessoal. Você também pode usar estratégias de divisão do tempo, como o método de gestão de tempo Pomodoro, para criar “capítulos” naturais ao longo do dia e evitar o esgotamento.

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O ideal é ajustar essas pausas de acordo com o tempo necessário para que você realmente se sinta descansado e com capacidade plena de concentração.

2. Torne tarefas mundanas mais significativas

Reformular atividades rotineiras como “capítulos” intencionais pode aumentar a motivação. Por exemplo, seu treino matinal pode ser o seu capítulo de “bem-estar”, e a ida ao supermercado pode fazer parte do capítulo de “autoalimentação”.

Pesquisas mostram que incorporar atividades simples e pouco exigentes — como dobrar roupas ou lavar a roupa — como pausas entre tarefas mais desafiadoras pode estimular a criatividade e a capacidade de resolução de problemas.

Para quem tem tendência a divagar com a mente, esse tipo de tarefa incentiva o devaneio mental, o que parece ajudar o cérebro a conectar ideias inconscientemente e a favorecer a criatividade.

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Isso serve como um bom lembrete de que diminuir o ritmo também pode ser produtivo. Essas atividades podem ser especialmente úteis para pessoas criativas que têm dificuldade em estruturar o dia, já que tarefas simples ganham um significado maior para elas. Esses capítulos representam momentos em que a mente pode divagar livremente, enquanto se realizam tarefas úteis que não geram mais cansaço.

3. Organize seu dia de acordo com os picos e baixas de energia

Alinhe seus capítulos aos ciclos naturais de energia do seu corpo. Cada pessoa tem diferentes níveis de energia ao longo do dia, e é preciso descobrir o que funciona melhor para você.

Se o seu nível de energia é mais alto logo pela manhã, esse pode ser o melhor horário para se exercitar. Reserve os picos de energia para as tarefas mais exigentes e deixe as mais leves para os momentos de baixa.

Vale destacar que homens e mulheres funcionam com base em ciclos hormonais diferentes. Os homens operam em um ciclo de 24 horas, com o pico de testosterona ocorrendo no início do dia e diminuindo ao longo da noite. Já as mulheres têm um ciclo hormonal reprodutivo de 28 dias, o que significa que seus níveis de energia podem variar conforme o período do mês.

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Pesquisas também indicam que os ritmos circadianos afetam homens e mulheres de formas distintas, com elas apresentando maiores prejuízos cognitivos durante a noite. Assim, mulheres podem se beneficiar ao programar atividades cognitivas mais exigentes para os períodos da manhã.

Definir os seus capítulos do dia oferece uma estrutura poderosa para organizar sua rotina, aumentar o foco e reduzir o estresse. Permita que cada capítulo o aproxime de seus objetivos, um passo de cada vez.

* Mark Travers é colaborador da Forbes USA. Ele é um psicólogo americano formado pela Cornell University e pela University of Colorado em Boulder.

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Plano da Tesla de Pagar US$ 1 Tri a Musk Enfrenta Resistência de Investidores

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Um grupo de acionistas da Tesla, incluindo o SOC Investment Group, e várias autoridades pediram aos investidores da empresa que votem contra o pacote de remuneração de US$ 1 trilhão para Elon Musk na reunião de novembro, segundo um registro regulatório na quinta-feira (2).

Na carta aos acionistas da Tesla, a coalizão – que também inclui tesoureiros dos Estados de Nevada, Novo México e Connecticut – ainda pediu aos investidores que se oponham à reeleição dos diretores Ira Ehrenpreis, Joe Gebbia e Kathleen Wilson-Thompson.

O grupo citou o que chamou de “busca incansável” do conselho para manter Musk, dizendo que atrasou o progresso das metas estabelecidas na última reunião anual, e apontou para o declínio do desempenho operacional e financeiro e uma “falha em fornecer uma supervisão significativa em tempo real da administração”.

Apesar de ter registrado um recorde de entregas trimestrais nesta quinta-feira, a Tesla enfrenta preocupações de que a expiração de um crédito fiscal para veículos elétricos nos Estados Unidos possa oferecer mais obstáculos para a empresa.

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No mês passado, o conselho da Tesla propôs um plano de remuneração de US$ 1 trilhão para o presidente-executivo, no que foi descrito como o maior pacote de remuneração corporativa da história, estabelecendo metas de desempenho ambiciosas e visando atender à sua pressão por maior controle sobre a empresa.

Em resposta à carta da quinta-feira, a Tesla disse em um post no X que o plano de incentivo ao desempenho alinha a remuneração de Musk com a criação de valor para os acionistas “de trilhões de dólares”. “Se Elon Musk não apresentar resultados, ele não receberá nada”, disse a empresa.

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Governo dos EUA Propõe Limites de Alunos Estrangeiros para Universidades

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

O governo do presidente Donald Trump pediu que as universidades americanas assinem um acordo de termos abrangentes — que vão desde matrículas de estrangeiros e diversidade até valores ideológicos de alunos e funcionários — para obter acesso preferencial a recursos federais, de acordo com um memorando de 10 pontos encaminhado na quarta-feira (1) pelo governo.

O memorando, compartilhado com a Reuters por um funcionário da Casa Branca, exige que as faculdades limitem as matrículas internacionais a 15%, proíbam o uso de critérios de raça ou sexo em contratações e admissões, congelem as mensalidades por cinco anos, exijam que os candidatos façam o exame SAT ou um teste semelhante e acabem com a inflação das notas.

Trump já ameaçou cortar o financiamento federal para as universidades devido a uma série de questões, como protestos pró-palestinos contra a guerra de Israel, aliado dos EUA, em Gaza, políticas para transgêneros, iniciativas climáticas e programas de diversidade, equidade e inclusão.

Os defensores dos direitos humanos levantaram preocupações sobre a liberdade de expressão e a liberdade acadêmica em relação a ações que, segundo eles, visam alinhar as universidades à agenda política de Trump.

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O presidente argumenta que as universidades abrigam valores “antiamericanos” e anticonservadores.

Detalhes do memorando

O memorando de 10 pontos recomenda a diversidade de pontos de vista do corpo docente, dos alunos e da equipe, incluindo a revisão das estruturas de governança e a “transformação ou abolição de unidades institucionais que propositalmente punem, menosprezam e até mesmo provocam violência contra ideias conservadoras”.

O documento diz que os estudantes estrangeiros devem apoiar os “valores norte-americanos e ocidentais” e pede que as faculdades “excluam os estudantes que demonstrem hostilidade aos Estados Unidos, seus aliados ou seus valores”.

Também diz que as universidades devem compartilhar todas as informações conhecidas sobre os alunos estrangeiros, inclusive registros disciplinares, mediante solicitação do Departamento de Segurança Interna e ao Departamento de Estado.

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É provável que a orientação suscite preocupações com o devido processo legal e a privacidade à luz de recentes tentativas do governo Trump de deportar estudantes pró-palestinos. As tentativas enfrentaram desafios legais.

O memorando diz que “não mais do que 15% da população de estudantes de graduação de uma universidade devem ser participantes do Programa de Intercâmbio de Visto Estudantil, e não mais do que 5% devem ser um país específico.” Para as escolas que atualmente ultrapassam a população de 15%, as novas turmas de matrículas devem atender ao limite de 15%, acrescenta.

Cartas foram enviadas na quarta-feira para solicitar a concordância e o feedback da Universidade de Vanderbilt, do Dartmouth College, da Universidade da Pensilvânia, da Universidade do Sul da Califórnia, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, da Universidade do Texas, da Universidade do Arizona, da Universidade Brown e da Universidade da Virgínia, disse o funcionário da Casa Branca.

As universidades que assinarem o acordo obterão “vários benefícios positivos”, incluindo “subsídios federais substanciais e significativos”, segundo uma carta endereçada aos líderes universitários. O Wall Street Journal foi o primeiro a divulgar a notícia.

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O memorando diz que a adesão ao acordo estará sujeita à análise do Departamento de Justiça dos EUA e que as universidades que violarem o acordo “perderão o acesso aos benefícios do mesmo”.

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O Poder do Sono: Como o Descanso Impulsiona a Alta Performance

Redação Informe ES

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Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.

Com tantas demandas em jogo na vida de um executivo, o descanso é frequentemente a primeira a ser deixada de lado. Mas dormir mal cobra um preço alto – em saúde, performance e até rentabilidade.

Descanso e liderança ainda são tratados como conversas separadas, quando, na verdade, o sono pode ser um importante diferencial competitivo. A exaustão vivida por muitos líderes em meio a agendas sobrecarregadas, com lançamentos de sistemas complexos, reestruturações globais e pressões de clientes e investidores, expõe o custo da privação de descanso. Estudos mostram que noites fragmentadas comprometem a saúde, reduzem a qualidade das decisões e prejudicam a autoconfiança.

Mitos sobre sono e produtividade

Frases como “dormir é para os fracos” já foram repetidas por executivos e fundadores de grandes empresas, que se orgulham de sobreviver com apenas quatro horas de descanso por noite — um pensamento celebrado por anos. Nos bastidores, porém, muitos profissionais enfrentam esgotamento, desejando apenas mais uma hora na cama.

Especialista em sono e produtividade, Lindsay Scola atende líderes políticos e corporativos e lançou recentemente um guia baseado em ciência para melhorar a qualidade do descanso. Na sua visão, essa lógica que pune o descanso e celebra a exaustão é insustentável. “Ninguém diria: ‘Tenho um grande projeto chegando, então vou parar de respirar nas próximas duas semanas’”, afirma. “Pode até sentir que conseguirá recuperar o fôlego no final, mas eu garanto: o oxigênio continuaria entrando nos seus pulmões o tempo todo. O sono funciona da mesma forma.”

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Scola trabalhou por anos em empresas de alta pressão, apoiando equipes presidenciais, executivos de mídia e líderes corporativos, ao mesmo tempo em que convivia com narcolepsia (distúrbio do sono caracterizado pela sonolência excessiva) e TDAH não diagnosticados. “Fomos condicionados a acreditar que o burnout é o preço da ambição e que a exaustão significa que estamos fazendo certo. Mas ninguém foi feito para ser produtivo a cada segundo do dia. Na verdade, produzimos mais quando aprendemos nossos próprios ritmos e permitimos pausas reais.”

Essa visão reflete um padrão observado em muitos líderes de alto desempenho: a perigosa confusão entre excesso de trabalho e eficácia. Em sistemas que recompensam a entrega excessiva e penalizam a pausa, descansar parece mais um risco do que um direito. A ciência da performance, no entanto, mostra o contrário: descanso não é a recompensa após provar valor, mas o que torna possível sustentá-lo.

A relação entre sono e desempenho, segundo a ciência

A ideia de que dormir menos é um ganho de tempo ignora o que realmente está sendo perdido:

Como criar um ambiente que respeita e incentiva o descanso

Reconfigurar a liderança para abrir espaço para o descanso exige, antes de tudo, uma mudança cultural. Não se trata de colocar poltronas para cochilo no escritório. “É sobre as normas que estabelecemos e as mensagens que transmitimos”, afirma Lindsay Scola. Como qualquer outra competência de liderança, isso se constrói pelo que é modelado, recompensado e repetido. Na prática, isso significa:

1. Dar o exemplo

Normalizar o descanso exige falar abertamente sobre ele. Líderes podem encerrar o expediente dizendo que vão recarregar as energias ou incluir em reuniões rápidas perguntas como “Quão descansado você se sentiu nesta semana, de 1 a 5?”. O objetivo é promover a curiosidade, e não o julgamento.

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2. Romper com a lógica do ‘sempre disponível’

Um dos principais mitos corporativos a serem desafiados é o de que se afastar da mesa ou fazer uma pausa significa preguiça. Scola defende o conceito de performance com tempo de recuperação: pausas deliberadas de 10 a 20 minutos para “resetar” a mente. A ciência dá respaldo: a NASA constatou que um cochilo de 26 minutos após o almoço aumenta a performance em 34% e a atenção em 54%.

3. Alinhar agendas de trabalho à biologia

Em uma experiência prática, Scola ajudou uma equipe executiva a transferir uma reunião diária das 8h para as 10h, horário mais alinhado aos diferentes cronotipos — os ritmos biológicos que determinam quando cada pessoa desperta, atinge o pico de produtividade e desacelera. O impacto foi imediato: discussões mais engajadas, decisões mais rápidas e menos fadiga.

Aprenda a dormir melhor

Em muitos círculos de liderança, o sono ainda não é reconhecido como a base que torna o trabalho de excelência possível. Ele continua sendo visto como um benefício ou uma pausa, e não como uma vantagem de desempenho.

Com frequência, o descanso é enquadrado como recompensa — algo que se obtém apenas após concluir as tarefas, e não como parte de fazer um trabalho de qualidade. Estudos mostram que o descanso é essencial para a liderança: líderes descansados pensam mais rápido, tomam decisões mais acertadas e enfrentam menor risco de burnout em comparação a colegas exaustos. “O sono não é uma recompensa por concluir o trabalho — é o combustível que torna o trabalho excepcional possível”, diz Scola.

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O impacto do sono vai além do desempenho individual. Ao glorificar a produtividade constante e ignorar a necessidade de descanso, as organizações acabam reforçando desigualdades.

Um bom líder deve ter uma boa noite de sono

Carreiras de sucesso não deveriam exigir recuperação constante — e o mesmo vale para as equipes. Embora bilhões sejam investidos em desenvolvimento de liderança, muitas vezes se ignora o recurso sem custo que ajuda a sustentar todo esse investimento: o sono. Líderes de alto desempenho protegem sua energia, agem com clareza, conduzem equipes com estabilidade e também descansam adequadamente.

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