Política
A esquerda “vai continuar sendo massacrada” se não regular redes sociais
A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, defendeu a regulação das redes sociais e afirmou que a esquerda “vai continuar sendo massacrada” por causa do algoritmo das plataformas virtuais.
A declaração foi dada nesta segunda-feira (28), na sede do diretório nacional do PT, em Brasília (DF), após uma reunião da Executiva e da bancada de parlamentares do partido.
Na ocasião, Gleisi admitiu que o partido tinha expectativas de resultados melhores nas eleições municipais deste ano.
“Claro que vocês vão perguntar: o PT precisa modernizar e ampliar o seu discurso. Eu ouço muito isso. É verdade, nós precisamos modernizar e ampliar nosso discurso, sem perder de vista os princípios e o programa que nos trouxe até aqui”, afirmou.
“Tem uma base que veio conosco até aqui e enfrentou os piores momentos, quando nós estávamos nos piores momentos. Não é esquecendo que a gente vai ampliar”, continuou Gleisi.
Em seguida, a petista falou sobre a comunicação do partido com a população.
“Falam também muito de comunicação. Eu acho que nós tivemos um avanço na nossa comunicação, falando como partido e da campanha em 2022. Mas não é fácil disputar as redes sociais do jeito que elas estão colocadas”, disse.
“Não sei se vocês viram uma entrevista do Felipe Neto em que ele diz: eu não concordo muito com a esquerda e a sua forma de se comunicar, mas o problema é que a esquerda vai continuar sendo massacrada nas redes se a gente não mudar, se a gente não tiver regulação das redes sociais”, completou a deputada.
A presidente do PT afirmou que “o algoritmo privilegia o tipo de conversa e de intervenção que dá vazão para a violência, para o ódio e para o preconceito” e que “quem trata assim nas redes acaba levando o maior engajamento, porque as redes visam ao lucro”.
PT paga preço por coalizão, diz Gleisi
A presidente nacional do PT afirmou ainda que há um processo de “reconstrução” do PT nas eleições municipais. “É óbvio que, por ter a Presidência da República, havia uma expectativa de o PT ter números maiores do que teve”, disse Gleisi.
“Eu diria que era uma expectativa mais externa do que interna, mas havia essa expectativa”, reconheceu a deputada.
Gleisi acrescentou, porém, que, para ela, não há uma relação entre o resultado deste pleito com as eleições nacionais. “Isso mostra que ter o governo federal necessariamente não quer dizer que você vai ter vitórias nas eleições municipais, assim como ter a maioria dos prefeitos nos municípios não significa que você vai ser derrotado nas eleições nacionais”, declarou.
Segundo Gleisi, somente a fotografia da eleição de 2024 “não contempla” uma análise apurada sobre quais são os desafios da legenda. Entre as questões apontadas, ela mencionou o crescimento da extrema-direita.
“Estamos vivendo, sim, um ciclo, um contrafluxo de direita e extrema-direita no país. Ao contrário do que fomos nos anos 1980 e 1990, em que a esquerda fez uma ascensão, a direita também está fazendo isso agora. É um fator internacional”, afirmou.
Gleisi também afirmou que o PT “paga um preço” nas eleições municipais pela formação de uma frente ampla no governo federal, ao admitir que o partido tinha expectativas de resultados melhores na votação deste ano.
A dirigente diz que vê como necessidade para o PT e a esquerda terem mais protagonismo nos municípios, mas ponderou que “nunca foi o forte” desse campo político ganhar a maioria das eleições locais.
“Embora tenhamos administrado muitos municípios, a verdade é que nós temos um projeto nacional. Mas precisamos atentar para o que é necessário melhorar, enquanto partido e enquanto governo”, afirmou.
“É importante frisar que a gente faz parte de um governo de coalizão. Então, o PT também paga um preço por isso, porque muitos aliados no plano nacional são os que disputam conosco no plano local.”
Reeleição
A presidente do PT também ressaltou o alto índice de reeleição, o que faz o partido ver como “natural” que os candidatos que disputaram contra petistas terminassem vitoriosos.
O partido elegeu 252 prefeitos, 69 a mais do que em 2020, e 290 vice-prefeitos, 84 a mais que na eleição municipal anterior. No segundo turno, o PT disputou eleições em 13 municípios e venceu em quatro: Fortaleza (CE), Camaçari (BA), Pelotas (RS) e Mauá (SP).
O destaque vai para a vitória de Evandro Leitão (PT) em Fortaleza (CE), a única capital conquistada pelo partido neste ano, sendo que em 2020 a legenda não teve nenhuma. A sigla também elegeu 3.129 vereadores, 466 a mais que no último pleito.
(Com Estadão Conteúdo)
Política
Lula sofre hemorragia intracraniana e passa por cirurgia em São Paulo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi submetido, na madrugada desta terça-feira (10), no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, a uma craniotomia para drenagem de hematoma. A cirurgia transcorreu sem intercorrências. O presidente está bem e é monitorado em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Segundo boletim divulgado pelo hospital, Lula esteve ontem à noite na unidade de Brasília do Sírio-Libanês, para exame de imagem, após sentir dor de cabeça. A ressonância magnética mostrou hemorragia intracraniana, decorrente do acidente domiciliar sofrido em 19 de outubro. O presidente foi transferido para a unidade do hospital, em São Paulo, onde passou pelo procedimento cirúrgico.
Um boletim médico atualizado será divulgado agora de manhã. Maiores detalhes serão informados em entrevista coletiva prevista para as 9h, no Hospital Sírio-Libanês, Unidade Bela Vista.
O presidente segue sob acompanhamento da equipe médica, sob os cuidados de Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio.
Fonte: Agencia Brasil – Edição: Graça Adjuto
Política
Aprovação do PLOA 2025 pela Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa
A Comissão de Finanças da Assembleia Legislativa do Espírito Santo, presidida pelo deputado Tyago Hoffmann, aprovou nesta segunda-feira (9) o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para o exercício financeiro de 2025. O projeto estima a receita e fixa a despesa do Estado em R$ 30.249.135.963,00 (trinta bilhões, duzentos e quarenta e nove milhões, cento e trinta e cinco mil, novecentos e sessenta e três reais).
Deste total, R$ 29.518.094.648,00 (vinte e nove bilhões, quinhentos e dezoito milhões, noventa e quatro mil, seiscentos e quarenta e oito reais) são destinados aos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, enquanto R$ 731.041.315,00 (setecentos e trinta e um milhões, quarenta e um mil, trezentos e quinze reais) correspondem ao Orçamento de Investimento das Empresas.
O deputado Tyago Hoffmann destacou o compromisso da Comissão em garantir a transparência e a eficiência na aplicação dos recursos públicos. “O PLOA é uma peça essencial para o planejamento e execução das políticas públicas. Nosso objetivo é assegurar que os recursos sejam aplicados de forma responsável, priorizando áreas estratégicas para o desenvolvimento do Espírito Santo e o bem-estar da população.”
O relatório segue agora para discussão e votação no plenário da Assembleia Legislativa, marcada para a próxima quarta-feira (11).
A aprovação do PLOA representa mais um passo na consolidação de um orçamento alinhado às necessidades do Estado, reforçando a importância do diálogo entre os poderes e a sociedade para alcançar resultados efetivos e sustentáveis.
Política
Governo do ES propõe benefício tributário para bares e restaurantes
O governo do Estado encaminhou para o Legislativo capixaba o Projeto de Lei (PL) 625/2024, que inclui as bebidas alcoólicas entre os itens do setor de bares e restaurantes com redução da alíquota de ICMS para 3,2%.
O presidente do sindicato da área, Rodrigo Vervloet (Sindbares), afirma que esse percentual já é praticado em todos os outros estados da Região Sudeste, mas no Espírito Santo ainda é cobrado o ICMS cheio (27%), além de uma taxa para o fundo criado em âmbito federal para combater a pobreza.
“Essa redução na tributação de bebidas alcoólicas, incluindo os drinques, equiparando-a à tributação dos demais alimentos, foi uma reivindicação nossa”, diz Vervloet, acrescentando que a medida fortalece o setor de alimentação e entretenimento.
Para conceder o benefício, a proposta altera o artigo 20 da Lei 10.568, de 26 de julho de 2016, que trata das operações realizadas por bares, restaurantes, empresas preparadoras de refeições coletivas e similares.
A medida cria o Inciso I no dispositivo, estabelecendo que é considerada receita tributável com ICMS de 3,2% no setor de bares e restaurantes o produto da venda de mercadorias tributadas pelo imposto, “inclusive bebidas alcoólicas”.
O presidente do Sindbares afirma que a matéria corrige uma distorção que, no ano passado, causou prejuízos significativos a muitos bares e restaurantes, setores considerados por ele como essenciais para a economia capixaba.
Fonte: Ales – Por Wanderley Araújo, com edição de Nicolle Expósito – Foto: Agência Brasil
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