Política
CCJ aprova fim da reeleição, mandatos de cinco anos e eleições unificadas

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (21) a proposta de emenda à Constituição que acaba com a reeleição para presidente da República, governador e prefeito e estabelece um mandato de cinco anos para esses cargos, assim como para os parlamentares (PEC 12/2022). A proposta também define eleições unificadas para todos os cargos a partir de 2034. A matéria vai agora para análise em Plenário, com pedido de urgência.
Os senadores aprovaram substitutivo (texto alternativo) do senador Marcelo Castro (MDB-PI) à proposta de Jorge Kajuru (PSB-GO). Pela nova regra, deputados federais, estaduais e distritais e vereadores também passarão a ter mandatos de cinco anos, em vez dos atuais quatro.
Já os senadores, que na proposta inicial passariam de oito para dez anos de mandato, também terão cinco anos, a partir de emenda apresentada pelo senador Carlos Portinho (PL-RJ). Além disso, a PEC extingue a alternância de eleições para o Senado, determinando que todos os 81 senadores sejam eleitos no mesmo pleito a partir de 2039.
Mudanças
A PEC impede que quem ocupa um cargo no Poder Executivo — presidente, governadores e prefeitos — possa se candidatar à disputa de um segundo mandato consecutivo, mesmo que o político tenha deixado o cargo seis meses antes da eleição. Em troca, os mandatos desses cargos passarão a ser de cinco anos, em vez dos atuais quatro anos.
Os cargos do Legislativo — deputados federais, senadores, deputados estaduais e vereadores — continuam com a possibilidade de reeleição inalterada. Ao mesmo tempo, a duração dos mandatos também passará para cinco anos. Assim, as legislaturas do Congresso Nacional, das assembleias legislativas e das câmaras municipais passam a ter duração de cinco anos, e não mais de quatro.
Com a uniformização dos mandatos, a PEC também unifica as datas de todas as eleições — municipais, estaduais e federais. Ou seja, todas deverão acontecer juntas, a cada cinco anos. Isso acontecerá a partir de 2034. Hoje, as eleições ocorrem a cada dois anos, alternadamente entre eleições municipais e eleições gerais (que engloba a esfera estadual e federal).
Senado
Outra inovação é o fim da eleição alternada para o Senado. Atualmente, os senadores são eleitos a cada quatro anos, com dois terços do Senado se renovando em uma eleição e um terço na seguinte. Na nova fórmula, todas as 81 cadeiras do Senado estarão em disputa a cada cinco anos.
A mudança não estava no texto de Marcelo Castro, que previa dez anos de mandato para os senadores e mantinha a alternância. Foi o senador Carlos Portinho que apresentou e defendeu uma emenda nesse sentido.
— Um poder pode ser alternado em dez anos? Pode, mas ele envelheceu ali. A prática democrática que mais atende o eleitor [é] a alternância breve de poder. A proposta que traz a redução para cinco anos respeita um dos maiores princípios democráticos, que é o interesse do eleitor — justificou.
O senador Jorge Seif (PL-SC) também defendeu a redução do tempo de mandato dos senadores.
— A ampliação de oito para dez anos seria mais uma “jabuticaba” brasileira. Tira do eleitor a possibilidade do escrutínio. Nós não podemos ter um poder tão longo — afirmou.
Durante a reunião, Castro contraditou a emenda de Portinho explicando que a alternância de poder é um termo que se aplica aos cargos do Executivo, mas não ao Legislativo. Além disso, segundo o relator, à exceção da Itália, em todos os demais países em que há duas Casas legislativas os membros de uma delas têm mandato maior do que os da outra. Assim, argumentou que a proposta inicial de mandato dez anos para os senadores estava seguindo um padrão internacional.
Porém, em entrevista coletiva após a votação na CCJ, Castro voltou atrás e anunciou que acataria a sugestão de Portinho.
— Senti que estava formando maioria para o mandato ser de cinco anos, então me rendi a isso. Uma matéria controversa, tem argumento a favor de um lado, tem argumentos a favor de outro, não é uma coisa principal. O principal é o fim da reeleição e a coincidência das eleições para todos — explicou o relator, confirmando também o fim da eleição alternada.
Castro disse esperar que, em face dos novos acordos, a matéria seja votada de maneira consensual no Plenário.
Mesas diretoras
Para compatibilizar a condução do Legislativo com a duração de cinco anos para as legislaturas, as Casas do Congresso Nacional também verão mudanças nas suas mesas diretoras (responsáveis por presidir o órgão). As mesas serão eleitas no início da legislatura para um mandato de três anos, seguido por uma nova eleição para um mandato de dois anos. Continuará valendo a proibição de que os membros das mesas sejam reeleitos para os mesmos cargos dentro da mesma legislatura. A nova regra será aplicada às legislaturas que se iniciarem após as eleições de 2034.
Fim da reeleição
O direito à reeleição para cargos do Executivo não era previsto na Constituição, mas foi introduzido em 1997. Presidente da CCJ, o senador Otto Alencar (PSD-BA) disse que a reeleição é “um dos piores males para o Brasil” e lembrou até que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, cujo governo propôs a mudança, “fez mea culpa” e admitiu que foi um erro. Otto avaliou que a nova PEC será importante para o país.
— Quando termina as eleições municipais, se fala imediatamente na sucessão do governador e do presidente da República. Discute-se mais eleição do que projetos benéficos à solução das dificuldades sociais do povo brasileiro e do crescimento da infraestrutrura — comentou.
A opinião foi compartilhada por Marcelo Castro, que também considerou a reeleição um “malefício”:
— A introdução da reeleição [foi] completamente contrária a toda a nossa tradição republicana. Eu acho que está mais do que na hora de colocarmos fim a este mal — afirmou o relator, ressaltando que a mudança não valerá para os atuais mandatários, que poderão tentar a reeleição em 2026 se estiverem no primeiro mandato.
Eleições unificadas
Segundo o relator, a unificação das eleições também é positiva porque cada eleição exige muitos recursos e trabalho para ser organizada. O novo formato ajudaria a reduzir os gastos e o governo economizaria dinheiro que poderia ser usado em áreas como saúde e educação. Além disso, para Castro, ter todas as eleições juntas traria mais clareza e organização para os eleitores e para os próprios políticos.
Primeiro signatário da PEC, o senador Kajuru afirmou que o objetivo principal é dar mais equilíbrio à disputa, já que, segundo ele, quem está no poder tem grande vantagem sobre os concorrentes, como maior visibilidade, acesso à máquina pública e facilidade de articulação política. Isso, para o senador, acaba dificultando a entrada de novas lideranças na política.
Emendas
Marcelo Castro rejeitou outras emendas apresentadas, como a do senador Sergio Moro (União-PR) que vedava não a reeleição também em mandatos não-consecutivos; a do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR) que estabelecia a idade máxima de 80 anos para a candidatura à Presidência da República; e a do senador Eduardo Girão (Novo-CE) que proibia a reeleição para o Senado.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
Fonte: Agência Senado
Política
Sessão Solene em Linhares reforça o protagonismo jovem no Dia Nacional da Juventude

Jovens de diferentes frentes de atuação foram homenageados durante evento proposto pelo vereador Caio Ferraz na Câmara de Linhares
Uma noite para celebrar o protagonismo jovem, em suas mais diferentes frentes de atuação. Esse foi o objetivo da Sessão Solene em homenagem ao Dia Nacional da Juventude, realizada nesta terça-feira (12), na Câmara de Linhares. Neste ano, com a sanção da Lei 4.261, a data passa a ser celebrada também em âmbito Municipal.
O encontro reuniu autoridades, lideranças religiosas, comunitárias e representantes de diferentes entidades com a missão de reconhecer a força, a criatividade e a determinação de jovens que inspiram mudanças para transformar a realidade onde vivem.
O vereador Caio Ferraz, o mais jovem a ocupar uma cadeira no Legislativo linharense e idealizador da Comissão Especial da Juventude, destacou a relevância de ampliar o debate para além das áreas tradicionais, como esporte e lazer, incluindo pautas relacionadas à qualificação profissional, desenvolvimento econômico, participação política e engajamento social.
“Essa Sessão Solene vem para dar de fato visibilidade, parabenizar e homenagear de certa forma essa juventude que vem fazendo a diferença em tantos setores do nosso município e que nunca tiveram vez e voz, e pela primeira vez, nesta Casa, podem contar com um vereador que tem atitudes jovens, além de ser também jovem, trazendo essa bandeira e buscando políticas públicas para a juventude linharense, da região Norte e avançarmos por todo o Estado, ressalta.
Segundo Caio, a participação dos jovens na construção de políticas públicas é de extrema importância no desenvolvimento da cidade. “É muito importante para mim ter esses jovens próximos de nós, acompanhando de fato o que a gente vem fazendo, e é claro, dando espaço a eles para serem ouvidos em todas as esferas. Precisamos ter esse diálogo com as diversas classes, incluindo os jovens, para que a gente consiga construir, de fato, políticas públicas necessárias e que eles possam ser diretamente impactados positivamente”, pontua.
Quem também prestigiou o evento foi o presidente da 3ª Subseção da OAB Linhares, Thiago Durão Pandini, que ressaltou o papel da juventude na construção de uma sociedade mais justa e democrática.
“Em nome da OAB, eu agradeço ao vereador Caio Ferraz por prestigiar o jovem, colocar em pauta e lotar a sessão. Isso mostra a importância do jovem e que políticas públicas precisam, sim, de fato, serem feitas a favor da juventude. Iniciativas como essa colocam a Casa de Leis no caminho certo, no caminho de valorizar os jovens e fazer com que eles tenham Leis efetivas para que possam, por exemplo, trabalhar e estudar sem serem prejudicados. Fico muito feliz, como presidente da OAB, de poder participar de um momento como esse”, comentou.
O presidente da Aliança Jovem, Vinicius Garcia, parabenizou a iniciativa e reforçou a necessidade de incentivar o envolvimento das novas gerações nos temas que impactam diretamente o futuro de todos.
“Sem dúvidas, a união e o diálogo aberto entre o poder público e o privado é capaz de promover mudança, mudança verdadeira e mudança duradoura. Não há como o setor público existir sem uma comunicação aberta com o privado, assim como não tem como o privado se desenvolver sem o setor público entregar esse solo fértil para que isso aconteça. A juventude, sem dúvidas, precisa ser valorizada, precisa ser ouvida, precisa ter espaço de fala, precisa ser incluída no cenário como realmente uma força motriz, precisa ter importância, porque afinal de contas é quem vai estar à frente da liderança, seja governamental ou empresarial, daqui a uma ou duas décadas”, destaca.
Entre os homenageados estavam movimentos como o EJC de diversas Paróquias de Linhares, membros de Grupos de Jovens, da Aliança Jovem, da Comissão da OAB Jovem de Linhares, do Grêmio Estudantil do IFES, do Clube dos Desbravadores, da Juventude da IBL, do Diretório Central dos Estudantes da Faceli (DCE), representantes do Centro Juvenil Salesiano Santa Maria Mazarello e alunos da escola Bartouvino Costa.
Dia Municipal da Juventude
A Sessão Solene desta terça-feira (12) marca o início da comemoração municipal do Dia da Juventude, que já era celebrado em âmbito Internacional e Nacional. O objetivo da nova Lei, criada pelo vereador Caio Ferraz, é fomentar a participação de jovens em diversas iniciativas na cidade de Linhares.
“Eu sou um exemplo de que a participação dos jovens nos espaços de discussão e decisão é fundamental para fortalecer o desenvolvimento da nossa cidade, do nosso bairro e da nossa comunidade, sempre com foco em promover mudanças significativas que vão transformar a nossa realidade”, concluiu o vereador.
Créditos: Gabinete Caio Ferraz Fotos: Divulgação
Política
Câmara da Serra recebe entidades empresariais e de fiscalização cidadã em agenda de transparência

Na tarde desta quarta-feira (06), a Câmara Municipal da Serra recebeu representantes da Associação Empresarial da Serra (ASES), do Espírito Santo em Ação e do Projeto Monitora Serra, em reunião vinculada ao Projeto de Reconhecimento das Câmaras Legislativas Municipais.
O encontro teve como foco a apresentação e o acompanhamento da metodologia aplicada no projeto, que tem como objetivo avaliar e valorizar boas práticas de transparência, participação social, governança e integridade no Poder Legislativo.
A iniciativa, de caráter técnico e apartidário, é baseada no Índice de Transparência e Governança Pública da Transparência Internacional – Brasil. Na edição anterior, o município da Serra teve participação expressiva, com adesão de 19 dos 23 vereadores, o que resultou em importantes avanços institucionais.
A Câmara da Serra reafirma, por meio dessa parceria, seu compromisso com a transparência, o diálogo com a sociedade civil e o fortalecimento da atuação legislativa em benefício da população.
Fonte: Comunicação CMS
Política
Senador Marcos do Val é levado para colocar tornozeleira eletrônica

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) foi levado hoje (4) pela Polícia Federal (PF) para a instalação de uma tornozeleira eletrônica. A medida foi ordenada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Do Val foi levado para colocar o equipamento ao desembarcar no aeroporto de Brasília, após viagem para a Flórida, nos Estados Unidos. A ordem de Moraes determinou ainda a apreensão do passaporte diplomático utilizado pelo parlamentar para deixar o país.
O ministro justificou a decisão afirmando que o senador descumpriu medidas cautelares impostas anteriormente, como a entrega de todos os seus passaportes para que não pudesse deixar o país.
Na decisão desta segunda-feira, Do Val foi ainda proibido de deixar sua casa à noite e também aos fins de semana, feriados e dias de folga. Moraes ameaçou prender o senador caso ele descumpra novamente as medidas cautelares impostas pelo Supremo.. Moraes reafirmou a proibição de que ele use redes sociais. No fim do mês passado, o ministro havia determinado também o bloqueio de contas bancárias do senador.
O senador é investigado pelo STF pela suposta campanha de ataques nas redes sociais contra delegados da Polícia Federal que foram responsáveis por investigações envolvendo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele também é suspeito de arquitetar um plano para anular as eleições de 2022.
Pedido negado
Em meados de julho, antes de sair do país, o senador pediu a Alexandre de Moraes autorização para viajar, mas o pedido foi negado. Não está claro como o parlamentar deixou o país mesmo com uma ordem pendente de apreensão de seu passaporte.
“A conduta do investigado demonstra uma absoluta afronta à determinação do Poder Judiciário, uma vez que Marcos Ribeiro do Val requereu autorização para viajar ao exterior, tendo sido indeferido o pedido, e claramente burlou as medidas cautelares impostas”, escreveu Moraes em sua decisão.
Apesar de ter feito buscas em endereços de Do Val em Brasília e em Vitória, no Espírito Santo, no ano passado, a Polícia Federal não havia conseguido cumprir anteriormente a ordem de apreender todos os passaportes de Do Val. A medida fora determinada por Moraes, e depois foi confirmada pela primeira turma do Supremo Tribunal Federal.
Em nota, Do Val disse que “repudia a narrativa de que teria havido descumprimento de medida cautelar imposta pelo Supremo Tribunal Federal”. O texto acrescenta que “em nenhum momento o senador esteve proibido de se ausentar do país, tampouco houve risco de fuga”.
*Matéria alterada às 9h54 para acréscimo de informações.
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