Tecnologia
Justiça dos EUA determina que redes sociais não precisam filtrar conteúdo para crianças

Um juiz federal dos Estados Unidos definiu, na sexta-feira (30), bloqueio parcial sobre uma lei do Texas que exigia que grandes empresas de internet identificassem menores, como crianças, online e filtrassem o que eles veem na web.
A HB 18, ou Lei de Proteção de Crianças Online por meio do Empoderamento Parental (SCOPE, na sigla em inglês), foi sancionada em 2023 e entraria em vigor no domingo (1).
Contudo, a decisão judicial, emitida na sexta-feira (30) definiu que os requisitos de “monitoramento e filtragem” representam significativa ameaça à liberdade de expressão online, informou o The Verge.
O que a lei diz a respeito do filtro de conteúdo a crianças
- O SCOPE Act determinou que vários serviços de internet, especialmente as redes sociais, apliquem regras específicas para usuários com idade inferior a 18 anos;
- Entre elas, impor limite à coleta de dados e proibir publicidade direcionada e transações financeiros sem o consentimento dos pais;
- A lei também impõe que as big techs precisam criar plano para “prevenir a exposição do menor conhecido a material prejudicial”, inclusive, conteúdos que promovam ou “glorifiquem” atitudes, como:
- Suicídio;
- Automutilação;
- Abuso de substâncias;
- Aliciamento de menores.
- Além disso, qualquer rede cujo seja mais de um terço considerado prejudicial ou obsceno precisa implementar “método de verificação de idade comercialmente razoável”.

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Protestos das big techs
NetChoice e CCIA, grupos de tecnologia, entraram com processo para impedir que a lei entrasse em vigor, alegando inconstitucionalidade por restringir a liberdade de expressão.
Outra ação foi movida pela Foundation for Individual Rights and Expression (FIRE). No dia 30, o juiz Robert Pitman deu razão parcial às demandas da NetChoice, concedendo assim liminar acerca das regras de monitoramento e filtragem enquanto o julgamento seguir.
Vale salientar que a decisão não diz que todos os itens dispostos no HB 18 representam ameaça à liberdade de expressão protegida pela Primeira Emenda, tanto que certas medidas, como regras de coleta de dados e verificação de idade dos usuários em sites com vasta quantidade de conteúdos adultos, estão em vigor.
Voltando à decisão, o juiz Pitman foi bem crítico sobre quando se trata das regras de monitoramento e filtragem: “termos, como ‘promover’, ‘glorificar’, ‘abuso de substâncias’, ‘assédio’ e ‘aliciamento’, são indefinidos, apesar de sua potencial amplitude e natureza politicamente carregada”, explicou, no documento.
Parte do definido por Pitman faz coro ao defendido pela FIRE. A organização afirma que termos, como “aliciamento”, foram aplicados a todas as formas de conteúdo LGBTQIA+. “Em que ponto, por exemplo, o uso de álcool se torna ‘abuso de substâncias’? Quando uma dieta extrema cruza a linha para um ‘distúrbio alimentar’?”, questionou o juiz.
Para ele, um procurador-geral pode acabar aplicando a lei seletivamente. Por exemplo, decidindo que publicações ou vídeos sobre maconha estavam glorificando o abuso de substâncias “mesmo que o uso de cigarro e álcool não esteja”.
Um adolescente pode ler ‘Peter Singer advocate for physician-assisted suicide in Practical Ethics’ no Google Books, mas não pode assistir suas palestras no YouTube ou potencialmente até mesmo fazer uma resenha do mesmo livro no Goodreads.
Em sua tentativa de impedir que crianças acessem conteúdo prejudicial, o Texas também proíbe menores de participar da troca democrática de opiniões online. Mesmo aceitando que o Texas deseja proibir apenas as partes mais prejudiciais do conteúdo, um estado não pode escolher quais categorias de discurso protegido deseja impedir que adolescentes discutam online.
Juiz Robert Pitman, em liminar que bloqueia, parcialmente o SCOPE Act
Além do SCOPE Act, outras regulações relacionadas à internet foram parcialmente bloqueadas pelos tribunais estadunidenses, como a californiana Age-Appropriate Design Code Act e outras de Ohio, Arkansas e Mississipi. Ao nível federal, há o Kids Online Safety Act, que também é questionado por questões relacionadas à censura.

O que dizem algumas big techs
O The Verge tentou contato com Meta e TikTok para saber se estavam planejando mudanças para cumprir com as novas regras impostas pela lei, mas não obteve resposta. O Olhar Digital também tentou contato com as empresas e aguarda resposta.
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Tecnologia
Como as formigas se comunicam? Entenda o complexo sistema social desses insetos

Certamente você já percebeu como as formigas são organizadas, seja na construção dos formigueiros ou nas filas perfeitas que formam para transportar alimento. Mas como elas conseguem manter uma coordenação tão precisa?
As formigas se comunicam por meio de sinais químicos, táteis e sonoros. Esses códigos permitem orientar movimentos, dividir tarefas e garantir o funcionamento da colônia. Neste artigo, explicamos como esse processo acontece.
Como as formigas se comunicam?

Pesquisas em entomologia, ecologia e biologia evolutiva mostram que as formigas combinam três tipos de sinais: feromônios, sons e toques. Cada um cumpre um papel específico no dia a dia da colônia e contribui para a eficiência desse sistema social.
A comunicação química é a mais importante. Os feromônios orientam praticamente tudo, da busca por alimento à defesa contra intrusos. Essas substâncias funcionam como mensagens rápidas e precisas, capazes de alinhar o comportamento de milhares de indivíduos ao mesmo tempo.
Feromônios: a linguagem química das formigas
Os feromônios são substâncias químicas que as formigas liberam por glândulas especializadas, como as glândulas de Dufour (responsáveis por produzir compostos usados em trilhas e sinalização), glândulas venenosas e estruturas localizadas no pigídio ou no reto. Eles funcionam como mensagens invisíveis que se espalham pelo ambiente e outras formigas captam pelas antenas.

Esses sinais provocam respostas rápidas, como fuga ou ataque, e também efeitos duradouros, como alterações fisiológicas em operárias e rainhas. Pesquisas em fisiologia de insetos mostram que a vida social das formigas só evoluiu graças à eficiência dessa linguagem química.
Feromônio de alarme
O feromônio de alarme é altamente volátil. Ele se espalha rapidamente pelo ar e provoca reação imediata nas operárias. Quando detectam o sinal, as formigas aceleram os movimentos, abrem as mandíbulas e recrutam companheiras para defender o ninho.
Estudos químicos indicam que esse feromônio costuma ser formado por heptanonas e octanonas, armazenadas nas glândulas mandibulares. Esse mecanismo também aparece em outros insetos sociais, como abelhas e vespas.

Feromônio de trilha e de recrutamento
Quando uma formiga forrageira (responsável por sair do ninho para buscar alimento para a colônia) encontra alimento, ela deposita no solo um feromônio que indica o caminho até a fonte. As outras formigas seguem esse rastro e reforçam a trilha com novas marcações.
Por isso, rotas eficientes se tornam mais fortes e movimentadas. Quando o alimento acaba, nenhuma formiga renova o sinal químico e a trilha perde força até desaparecer.
Feromônios territoriais
Os feromônios territoriais servem para marcar áreas e evitar confrontos entre colônias rivais. Cada formigueiro possui uma assinatura química própria. Essa marca permite que as operárias reconheçam intrusas com rapidez e protejam recursos importantes, como alimento e locais de nidificação.

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Feromônio de reconhecimento individual
Além de identificar colônias, as formigas também distinguem indivíduos. A composição química presente na cutícula permite reconhecer companheiras de ninho e formas sexuadas. Esse processo garante que o trabalho seja dividido de maneira eficiente e impede que insetos intrusos se passem por membros da colônia.
Feromônio da rainha
A rainha produz substâncias químicas que regulam o comportamento e o desenvolvimento das operárias. Quando ela deixa de liberar certos compostos, a colônia interpreta que é hora de produzir novas rainhas. Estudos de biologia social indicam que esses sinais mantêm a ordem e garantem a continuidade da reprodução, reduzindo disputas internas.

Feromônios de agregação e de marcação de folhas
Algumas espécies usam feromônios para indicar fontes de alimento ou locais seguros para novos ninhos, o que atrai mais indivíduos. Formigas-cortadeiras, como Atta cephalotes, também marcam folhas recém-cortadas para facilitar o transporte.
Feromônios sexuais
Utilizados durante o período reprodutivo, esses sinais atraem parceiros para cópula. Inicialmente se acreditava que apenas as fêmeas produziam feromônios sexuais, mas pesquisas recentes mostram que machos também emitem sinais específicos.
Outras formas de comunicação

Sons: a estridulação
Mesmo que o som não seja perceptível para nós, as formigas produzem ruídos por estridulação, friccionando partes do abdômen ou das mandíbulas. Esses sons ajudam na coordenação interna, no alerta e na interação com outras espécies. As operárias captam esses sinais por receptores sensoriais presentes nas patas.
Toque: antenas e trofalaxia
O toque é outro elemento essencial na comunicação. As formigas encostam antenas umas nas outras para identificar odores e transmitir informações. Já a trofalaxia, que consiste na troca de alimento boca a boca, distribui nutrientes e feromônios. Esse ato mantém a colônia informada e reforça a organização dos grupos de trabalho.
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Cidades
Cariacica inicia disparo de mensagem para confirmação de consultas e exames na segunda-feira (24)

A partir da próxima segunda-feira (24), os moradores de Cariacica passarão a contar com mais tecnologia e agilidade no acompanhamento de consultas e exames da rede municipal de saúde. A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), dará início ao envio de mensagens via WhatsApp para informar a marcação dos agendamentos e solicitar a confirmação prévia dos pacientes.
Com a novidade, o usuário receberá uma mensagem assim que a consulta ou exame for marcado no sistema. Além disso, dois dias antes do atendimento, o paciente receberá outra mensagem pedindo a confirmação de presença.
“Muitas vagas acabam sendo desperdiçadas por falta de confirmação, e agora teremos mais controle e agilidade. É uma forma de garantir que as consultas cheguem a quem realmente precisa, além de facilitar a vida do cidadão”, destacou o secretário de Saúde, Renan Poton.
A Semus reforça que nenhum dado pessoal será solicitado durante o processo. O único objetivo da mensagem é permitir que o usuário confirme ou cancele o atendimento, evitando faltas que acabam prejudicando o fluxo de atendimentos na rede.
Veja o modelo da mensagem:
Olá (NOME DO PACIENTE), aqui é da Secretaria Municipal de Saúde. Informamos que a sua solicitação de GRUPO – PATOLOGIA CLINICA (EXAMES DE LABORATORIO)
foi agendada para o dia xx/xx/xxxx às 07:01 no(a) US DARIO PAIVA – SAO GERALDO.
Quando chegar no estabelecimento de saúde informe o seguinte código na recepção: CÓDIGO.Clique no link https://cariacica.celk.com.br/rest/agenda para acessar o comprovante de agendamento completo.
Se tiver alguma dúvida ou precisar de mais orientações ligue para (27) 3354-5630.
Caso não for comparecer na data agendada clique no botão abaixo para cancelar o agendamento.
Fonte: SemCom-PMC – Texto: Mariana Santos – Foto: Divulgação IA
Tecnologia
Bolha da IA perde fôlego: investidores questionam se os custos valem o risco

A corrida global por inteligência artificial (IA) levou empresas a avaliações trilionárias e a promessas de ganhos enormes em produtividade. Mas, nas últimas semanas, o otimismo mudou de tom.
Segundo Alex Dryden, candidato a Doutorado em Economia na Universidade de Londres (Inglaterra), em artigo no The Conversation, o clima mudou rapidamente. “Estamos entrando em uma fase em que a euforia começa a colidir com a realidade econômica”, afirma.
Executivos e investidores agora questionam se os enormes custos para construir e operar sistemas de IA serão compensados por receitas futuras.

Sundar Pichai, CEO do Google, falou em “irracionalidade” no ritmo de crescimento. Ao mesmo tempo, mercados acionários e criptomoedas recuaram, refletindo a pressão sobre empresas de tecnologia que vinham sendo precificadas como se a demanda por IA fosse ilimitada.
Quando a euforia encontra os fundamentos
- Dryden lembra que bolhas tecnológicas já aconteceram: a internet nos anos 2000 e picos durante a pandemia de Covid-19.
- “A tecnologia é real, mas a capacidade de transformá-la em lucros duradouros nem sempre acompanha o entusiasmo”, diz.
- Hoje, investidores presumem adoção rápida e receitas de alta margem, mas modelos de negócio e custos operacionais continuam incertos e caros.
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Investimentos vão frear o ímpeto quando se fala de IA?
O fim desse ciclo talvez venha de dentro: lucros fracos em uma gigante (como Nvidia ou Intel), excesso de oferta de chips ou uma desaceleração no avanço dos modelos poderia provocar reavaliações abruptas.
Se isso ocorrer, fabricantes de chips e provedores de nuvem seriam os mais atingidos e grandes projetos de infraestrutura poderiam ser reduzidos ou adiados.
Dryden conclui que uma correção não extinguiria a IA, mas levaria o setor a amadurecer — priorizando aplicações práticas e eficiência financeira em vez de expectativas especulativas.

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