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O que a tecnologia reserva para nossa saúde bucal? Descubra

Redação Informe ES

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Já pensou se, um dia, apenas um medicamento fosse capaz de regenerar um dente quebrado/perdido? E que nanorrobôs fizessem o papel de sua escova de dente, ajudando em nossa saúde bucal?

Cientistas dizem que esse cenário, aparentemente utópico, está cada vez mais próximo de virar realidade, como diz o Dr. Hyun (Michel) Koo, diretor cofundador do Centro de Inovação e Odontologia de Precisão da Universidade da Pensilvânia (EUA) ao The Wall Street Journal: “Estamos, de fato, procurando por tecnologia disruptiva.”

Nesse âmbito, confira, a seguir, algumas das inovações tecnológicas e descobertas que podem inovar nossa saúde bucal no futuro (não tão distante assim).

Nanorrobôs limpando nossos dentes

Vários nanorrobôs poderão limpar nossos dentes e nos economizar um tempão que gastamos diariamente escovando-os. Sem contar que, teoricamente, eles vão alcançar lugares que nem mesmo o fio dental consegue.

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Koo explica que é uma solução três em um, pois, por meio de sistema automatizado, os nanorrobôs funcionariam como escova de dentes, fio dental e, até, enxaguante bucal.

A tecnologia vem sendo desenvolvida por Koo e Edward Steager, pesquisador sênior da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas da Universidade da Pensilvânia.

Ela utiliza nanopartículas de compostos de óxido de ferro, aprovadas pela FDA (espécie de Anvisa dos EUA) para uso desde imagens até corantes alimentícios. Isso é possível por conta de sua capacidade de assunção de três tonalidades distintas: vermelha, amarela ou marrom.

Koo explica que o usuário dessa tecnologia “pode comê-los”, inclusive. Juntas, as nanopartículas formam nanorrobôs capazes de realizar tarefas complexas.

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  • Ímãs guiam o conjunto de nanorrobôs para assumirem diversas formas, como cerdas para escovação ou um fio alongado semelhante a um fio dental;
  • Com apenas um botão, nossa rotina de higiene bucal diária torna-se automática por meio da programação de quando e onde tais ímãs se ligam;
  • Hoje, os cientistas têm dois protótipos: um que lembra um protetor bucal e outro que se assemelha a uma escova de dentes;
  • Basta ligar os ímãs e injetar uma solução com os nanorrobôs e peróxido de hidrogênio, conhecido agente de limpeza;
  • Os nanorrobôs atuam como enxaguante bucal desinfectante ao serem combinados com o peróxido de hidrogênio;
  • Quando as nanopartículas ativam quimicamente o peróxido de hidrogênio, matam bactérias e quebram a placa de sujeira mais eficazmente do que o desinfectante por si só, explica Koo;
  • O sistema consegue eliminar 100% da placa em modelo de dentes e gengivas humanos impresso em 3D e 80% em animais;
  • A expectativa dos pesquisadores é a de melhorar esse número em animais até o fim dos testes com eles, previsto para acontecer até o fim deste ano.

Eles também trabalham em diminuir o tempo de limpeza, que, hoje, leva entre cinco e dez minutos, de acordo com Steager.

Já Koo tranquiliza ao dizer que o protótipo atual custaria menos do que uma escova de dentes elétrica mais sofisticada. No Brasil, um equipamento como esse ultrapassa facilmente os R$ 1 mil.

O valor é estimado com base no dispositivo que usa eletrônicos simples e nanopartículas de baixo custo produzíveis no laboratório dos pesquisadores. Eles enxergam o mercado-alvo inicial como sendo o das pessoas com deficiências que os impedem, ou dificultam, a escovação dos dentes.

Contudo, os cientistas responsáveis pela tecnologia também veem outros usos eventuais para quem busca conforto e conveniência ao cuidar da saúde bucal. “Tenho um filho que odeia escovar os dentes”, exemplifica Koo.

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Ilustração de nanorrobôs limpando dentes
Já pensou se nanorrobôs fizessem todo o “trabalho sujo”? (Imagem: Rodrigo Mozelli [gerado com IA]/Olhar Digital)

Mais saúde: bactérias bucais usadas como remédio

Outro estudo quer que as bactérias contidas na boca de uma pessoa possam ser utilizadas como remédio para outra, melhorando sua saúde. Como? A partir dos transplantes de microbiota total.

Basicamente, trata-se da transferência de bactérias da boca de um doador saudável para um paciente, similar aos transplantes de órgãos, por exemplo, mas com menor complexidade e risco (em tese).

Cientistas da Universidade do Estado da Pensilvânia e da Universidade de Adelaide (Austrália) entendem que tal tratamento será capaz, no futuro, de conter a cárie e a doença gengival.

Como isso seria possível?

Todos os seres humanos possuem cerca de 200 espécies de bactérias na boca, a depender da dieta adotada, bem como da genética e estilo de vida, segundo Laura Weyrich, professora associada da Penn State que lidera uma equipe desenvolvedora do tratamento.

Bactérias são capazes tanto de causar doenças orais, como de preveni-las e manter nossa saúde em dia. Durante dois anos, os pesquisadores procuraram por um “super doador”, ou seja, alguém que tivesse o melhor equilíbrio possível de bactérias boas e ruins na boca, e sem quaisquer cáries ou doenças gengivais.

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O escolhido foi um jovem adulto que escova os dentes somente uma vez por dia, não usa fio dental e não vai ao dentista há cinco anos (e, acreditem, ele não tem cáries). A Dra. Sonia Nath, da Universidade de Adelaide, disse que o microbioma do jovem tem tanta saúde que os hábitos de higiene bucal dele não faziam efeito contrário.

Escolhido o super doador, os cientistas pegaram a placa (no caso, espécie de gosma que reveste dentes e gengivas) da boca dele, misturaram com gel e passaram em dentes de ratos. Os roedores demonstraram queda considerável no número de cáries.

Os testes em humanos já estão perto de acontecer, pois a equipe espera começar essa etapa em 2025.

Nos estudos, eles estão tentando identificar se esse transplante funciona em pessoas, bem como se ele também funcionará em demografias distintas e com qual frequência ele deverá ser renovado (assim como precisamos renovas nossas vacinas, por exemplo).

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Por se tratar de bactérias, esse tratamento precisaria ser armazenado em temperaturas baixíssimas e, apesar de ainda estarem analisando o tempo médio de cada aplicação, o prazo inicial seria de meses entre uma e outra durante a visita ao seu dentista.

“Você faz um transplante rápido e, então, sua boca está resolvida”, estima Weyrich.

Terapia de luz vermelha para melhorar a saúde da gengiva

Os implantes dentários atuais podem causar o chamado peri-implante, doença desencadeada por bactérias que destrói o tecido ósseo ao seu redor e a gengiva. Pensando nisso, Geelsu Hwang, professor associado do departamento de ciências preventivas e restauradoras da Universidade da Pensilvânia, entende ter encontrado a solução.

Já pensou um implante que possui tecnologia suficiente para realizar terapia de luz vermelha em sua gengiva, capaz de aumentar a imunidade? E tudo sem a necessidade de bateria? Essa é a tônica do experimento de Hwang.

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A equipe do pesquisador descobriu que tanto a luz vermelha como a infravermelha próxima podem estimular o tecido gengival a liberar peptídeos antimicrobianos – proteínas do sistema imunológico que matam bactérias –, melhorando a saúde bucal.

Para isso, eles optaram pela luz infravermelha próxima por ser invisível. Essa luz atinge a gengiva ao redor do implante e a ajuda no combate a bactérias que causa infecções. “Tenho certeza de que muitas pessoas não gostariam de ter uma luz vermelha visível na boca”, opinou Hwang.

O implante em si é feito de titanato de bário, um material piezoelétrico, ou seja, gera eletricidade após estímulo físico. Movimentos, como a mastigação, ajudam a alimentar os LEDs da terapia de luz contido no implante, sem contar que o titanato de bário já afasta, por conta própria, as bactérias.

Só há uma grande desvantagem: ele é mais fraco que o zircônio, material cerâmico comumente utilizado para a confecção de implantes dentários. Contudo, Hwang disse que ele e sua equipe trabalham para deixar o titanato de bário mais forte.

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Esse implante terapêutico foi testado em células do tecido gengival cercadas por bactérias que causam doenças, descobrindo assim que 90 minutos diários de luz conseguem minimizar a inflamação. Além disso, eles analisam se o tratamento precisa ser contínuo.

Ainda este ano, eles vão testá-lo em porcos, visando, em breve, passar a realizar os testes em seres humanos.

Leia mais:

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  • Por quanto tempo devemos escovar os dentes?
  • Problemas na saúde bucal podem indicar diabetes; saiba identificar

Reconstrução do esmalte dos dentes

O esmalte é a camada externa e dura dos dentes. Ela os protege de vários danos. O problema é que o corpo não é capaz de regenerá-lo conforme ele se erode. Tampouco pode ser substituído.

Contudo, os cientistas estão trabalhando em um gel capaz de reconstruí-lo, deixando nossos dentes mais fortes e menos sensíveis. Segundo Janet Moradian-Oldak, professora de ciências biomédicas e bioengenharia na Universidade da Califórnia do Sul (EUA), tal tecnologia é um sonho para muito há bastante tempo – e ela e sua equipe estão trabalhando em estudo justamente sobre isso.

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Moradian-Oldak passou os últimos 25 anos estudando as proteínas que constroem nosso esmalte e focou particularmente em uma delas: a amelogenina.

Construção do esmalte pelo corpo

A amelogenina é utilizada pelo corpo humano no início do desenvolvimento de nossos dentes para organizar cálcio e fosfato – minerais que constituem boa parte do esmalte – em camadas. Podemos comparar esse processo ao de assentamento de tijolos: a amelogenina organiza os minerais em padrão organizado e repetitivo.

A equipe da professora obteve avanços significativos em 2016, quando projetaram um peptídeo (cadeia curta de aminoácidos) baseados na amelogenina que imitou sua função com sucesso.

Uma vez que o peptídeo foi colocado em um gel e pintado na superfície de dentes do siso extraídos da boca de um paciente, uma nova camada similar ao esmalte se originou. E não foi só isso: o peptídeo conseguiu, ainda, remineralizar a dentina, camada localizada abaixo do esmalte.

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Como Moradian-Oldak afirmou, a tecnologia é buscada com altivez há tempos. Várias outras equipes mundo afora tentam obter sucesso com ela, como equipes da Universidade de Washington (EUA) e de instituições universitárias chinesas desenvolvendo algo similar.

Nos tratamentos tradicionais, o flúor atua formando manchas de depósitos minerais na superfície dos dentes, algo que não é capaz de preservar a resistência e as propriedades físicas do esmalte, tampouco as camadas estruturadas que o gel cria, segundo Moradian-Oldak.

Já os cremes dentais que contém cálcio e fosfato conseguem fornecer os blocos de consturção básicos para a mineralização, mas lhes falta o peptídeo necessário para a construção de camadas organizadas.

A professora líder do estudo tem perspectivas de que o gel seja capaz de prevenir a progressão da cárie ao reconstruir o esmalte perdido, sendo, assim, vital para nossa saúde bucal no futuro.

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Em sua opiniõa, pacientes que mais se beneficiarão (e usarão) o tratamento são aqueles com hipersensibilidade dentária, erosão dentária, lesões de manchas brancas (áreas de desmineralização) e um distúrbio genético denominado amelogênese imperfeita, que impede a formação correta do esmalte.

Existe uma chance, segundo ela, de que o gel também possa clarear os dentes ao formar nova camada sobre toda a superfície. Contudo, a equipe não realizou testes que comprovem (ou não) essa teoria. Dessa forma, “isso é apenas uma ideia”, explicou a professora.

Todavia, assim, como as demais tecnologias que apresentamos antes, esta também tem suas limitações. Por exemplo, são necessárias ao menos 16 horas para que uma camada organizada semelhante ao esmalte cresça.

Além disso, cada uma dessas camadas é fina – seriam necessárias centenas de camadas para corresponder à espessura do esmalte. “Ainda precisamos torná-los mais espessos, mais fortes”, reforçou Moradian-Oldak.

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Por fim, a líder do estudo disse que já patenteou o gel e, agora, está no processo de solicitação de aprovação da FDA para testes clínicos.

Dentes de uma pessoa sendo tratados
Alguns dos tratamentos citados seriam realizados de tempos em tempos durante visita ao dentista (Imagem: Volodymyr TVERDOKHLIB/Shutterstock)

Remédio que faz crescer dentes

Falamos de implantes que fazem tratamentos terapêuticos para impedir que bactérias ajam na gengiva e no entorno. Mas e se, ao invés de usar um implante, você usasse um remédio que faria um dente novinho em folha crescer no lugar de seu original?

É isso o que uma equipe do departamento de odontologia e cirurgia oral do Hospital Kitano em Osaka (Japão), liderada por Katsu Takahashi, está tentando criar.

No caso, o medicamento é um anticorpo projetado para bloquear a proteína USAG-1 que, normalmente, impede o crescimento de novos dentes. O bloqueio dessa proteína permite que os brotos dos dentes, primeiro estágio da formação dental, amadureçam.

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Testes realizados em camundongos portadores de anegesia dentária congênita (condição na qual os dentes estão ausentes graças ao seu mal desenvolvimento) a partir da injeção intevenosa do medicamento trouxe resultados promissores.

Takahashi afirmou que “uma molécila tem potencial para formar um dente inteiro”. Espera-se que, até o mês que vem, seja realizado o primeiro teste em um humano. Contudo, essa primeira tentativa avaliará somente a segurança da injeção em adultos saudáveis.

Caso esse primeiro teste traga resultados positivos, a próxima etapa será testar a medicação em crianças entre dois e sete anos que não possuem dentes justamente por terem a agenesia dentária congênita.

Segundo o líder do estudo, crianças com essa condição chegam a possuir brotos dentários, mas eles não se desenvolvem como deveriam por conta de fatores genéticos e ambientais.

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A equipe do pesquisador hipotetiza que o medicamento em testes pode sim formar dentes permanentes. Todavia, o teste pode levar de três a cinco anos, tempo habitual para que um dente permanente cresça, saindo do estágio de broto na mandíbula e e surja através da gengiva.

Por último, Takahashi explicou que o grupo continuará realizando sua pesquisa básica, na esperança de expandir os usos potenciais do medicamento em adultos.

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Tecnologia

Capacete com Bluetooth dá multa? O que diz a lei de trânsito

Redação Informe ES

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Com o avanço da tecnologia, muitos motociclistas têm aderido ao uso de capacetes com sistemas de comunicação integrados. Mas uma dúvida recorrente é: capacete com Bluetooth dá multa? A resposta não é tão simples quanto parece.

Embora esses dispositivos ofereçam praticidade e segurança em alguns contextos, seu uso pode ser considerado infração de trânsito, mesmo que a proibição ainda não seja tão específica.  Por isso, é essencial entender o que diz a legislação brasileira sobre o tema.

Neste artigo, vamos esclarecer como funciona o capacete com Bluetooth, quais são os tipos disponíveis, quem costuma utilizá-los e, principalmente, se o uso pode gerar penalidades. Também abordaremos os riscos associados e como a fiscalização identifica esses equipamentos. Continue lendo para pilotar com segurança e dentro da lei.

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  • Capacete de moto: tudo o que você precisa saber antes de comprá-lo
  • 6 sinais de que está na hora de trocar o capacete da sua moto
  • Multa por capacete fora da validade: mito ou verdade?

O que é e como funciona o capacete com Bluetooth?

Motocicilista colocando capacete de moto
O Bluetooth no capacete pode facilitar a navegação, mas seu uso deve respeitar a legislação de trânsito/ (Imagem: Krakenimages.com / Shutterstock)

O capacete com Bluetooth é um equipamento moderno que possui tecnologia sem fio integrada, permitindo ao motociclista se comunicar com outros pilotos, ouvir instruções de GPS e, além disso, escutar música durante o trajeto. Esse sistema pode vir embutido de fábrica ou, alternativamente, ser instalado posteriormente por meio de intercomunicadores compatíveis.

Normalmente, os alto-falantes ficam posicionados no forro interno do capacete, próximos às orelhas, o que garante que a audição do ambiente externo não seja completamente obstruída.

Desde o início dos anos 2010, esses capacetes começaram a se popularizar, especialmente entre motociclistas que realizam viagens longas ou atuam no setor de entregas. Atualmente, existem diferentes modelos disponíveis no mercado: alguns já vêm com Bluetooth integrado, enquanto outros são preparados para receber dispositivos externos.

A principal vantagem, portanto, é permitir a comunicação sem que o piloto precise tirar as mãos do guidão, o que contribui significativamente para a segurança, desde que o uso não comprometa a atenção no trânsito.

Usar capacete com Bluetooth dá multa?

Modelo de capacete Bluetooth com imagem de motociclista ao fundo
Capacetes com Bluetooth permitem comunicação entre pilotos, acesso a GPS e reprodução de áudio/(Imagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital)

A resposta é sim! O uso de capacete com Bluetooth pode gerar multa, independentemente da forma como o sistema é utilizado. De acordo com o artigo 252, inciso VI do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é proibido conduzir veículo “utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou de telefone celular”. Isso significa que fones encaixados diretamente nos ouvidos, mesmo que via Bluetooth, são considerados infração média, com penalidade de R$ 130,16 e 4 pontos na carteira.

Por outro lado, a lei não deixa claro se essa aplicação pode ser interpretada ao uso dos capacetes com Bluetooth e intercomunicador, que por sua natureza são diferentes dos fones de ouvido.  

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Afinal, capacetes com alto-falantes embutidos no forro não bloqueiam totalmente a audição, e por conta disso, algumas pessoas entendem que deveriam ser permitidos, desde que não comprometam a percepção sonora do ambiente.

No entanto, como ainda não há uma regulamentação específica e uma proibição clara, há sim o risco de um agente de trânsito te multar, se você for flagrado usando esse equipamento. Outros órgãos importantes, como Cetran-SP (Conselho Estadual de Trânsito de São Paulo), também reforça que o uso de comunicadores ou alto-falantes no capacete são proibidos. 

Imagem mostra homem motociclista com capacete de moto fazendo gesto de positivo
O Código de Trânsito Brasileiro proíbe o uso de fones conectados a aparelhos sonoros durante a condução/(Imagem: Basilico Studio Stock / Shutterstock)

De acordo com Frederico Pierotti Arantes, presidente do Cetran-SP, em entrevista concedida ao UOL em 2024, a reprodução de áudio por meio de aplicativos de navegação ou música só é permitida em motocicletas que possuem sistema de som integrado ao próprio veículo, como é o caso da Honda GL 1800 Gold Wing e de alguns modelos premium da Harley-Davidson.

No entanto, essa autorização se restringe ao uso dos alto-falantes da moto, sendo proibida a emissão de som diretamente pelos alto-falantes instalados no capacete.

Sobretudo, mesmo com a proibição, muitos motociclistas se arriscam a utilizar os equipamentos, principalmente, os que usam o capacete com Bluetooth e intercomunicador para trabalhar.

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Por conta disso, a fiscalização enfrenta grandes desafios. Afinal, muitos modelos modernos têm sistemas integrados invisíveis do lado de fora, o que dificulta a identificação visual. Nesses casos, a abordagem do agente e a verificação do equipamento podem ser necessárias para confirmar a infração.

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Cidades

Serra recebe maior evento de tecnologia do Brasil a partir de segunda-feira (6)

Redação Informe ES

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A Serra será palco do maior evento de tecnologia do Brasil: a 80ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia (SOEA). O encontro acontece com cerimônia de abertura marcada para segunda-feira (6), às 19h, no Pavilhão de Carapina. Até a próxima quinta-feira (9), o evento vai reunir milhares de profissionais e especialistas nacionais e internacionais, consolidando o município como referência em inovação, ciência e desenvolvimento tecnológico.

A realização do evento conta com o apoio da Prefeitura da Serra. Para o prefeito da Serra, Weverson Meireles, sediar o maior evento de tecnologia do Brasil reforça o compromisso da Serra com a inovação e o desenvolvimento sustentável.

“A Serra é pioneira em projetos de inovação, como a inauguração da primeira avenida inteligente do estado, que integra tecnologia e sustentabilidade para melhorar a qualidade de vida da população. Além disso, estamos investindo em projetos robustos de mobilidade urbana, como a Terceira Via, o Contorno de São Domingos e a municipalização do trecho urbano da BR-101. Essas iniciativas vão melhorar a fluidez do trânsito, tornando a cidade mais moderna e oferecendo uma infraestrutura urbana de excelência para todos os serranos”, defende.

Para a vice-prefeita da Serra, Gracimeri Gaviorno, a realização do evento no município demonstra a relevância da cidade no debate sobre desenvolvimento tecnológico e inovação em um cenário nacional. 

“É uma honra para a Serra receber o maior evento de tecnologia do Brasil e um dos maiores da América Latina. Ser o palco da Semana Oficial de Engenharia e Agronomia mostra a relevância do nosso município no cenário nacional e internacional, colocando a cidade no centro de discussões sobre inovação, sustentabilidade e o futuro da engenharia e da agronomia. Este encontro reafirma o potencial da Serra como um lugar de oportunidades e de desenvolvimento”, diz. 

A secretária de Obras da Serra, Izabela Roriz, analisa que um evento com expectativa de milhares de participantes, entre pesquisadores, profissionais e especialistas nacionais e internacionais, tem a capacidade de projetar, ainda mais, a Serra entre as cidades de destaque no cenário de inovação e tecnologia.  

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A realização da Semana Oficial de Engenharia e Agronomia na Serra reforça o compromisso do município com o desenvolvimento tecnológico, por meio de obras modernas e sustentáveis. É muito simbólico que um evento que debate tecnologia e futuro da engenharia aconteça aqui, onde estamos investindo em infraestrutura que transforma a vida das pessoas e projeta a cidade para os próximos anos”, afirma.

Programação
Entre os destaques estão os painéis sobre Inteligência Artificial aplicada à Engenharia, o uso de big data e BIM em escala para transformar obras públicas e privadas, além de minicursos práticos com foco em drones, gestão de riscos elétricos e estruturas de aço. A programação também abre espaço para discutir cidades inteligentes, bioenergia e novos caminhos para a sustentabilidade.

O evento se diferencia ainda pela abordagem inclusiva e plural. Estão previstos painéis como “Quebrando barreiras: Indígenas e a Engenharia”, que dá voz a lideranças indígenas na construção de soluções sustentáveis, e o “Painel Mulher: o Futuro é Nosso”, que debate o papel feminino em áreas como tecnologia e inteligência artificial. Outro ponto alto será a discussão sobre como a engenharia pode melhorar a vida de pessoas com deficiência, com participação de especialistas, paratletas e ativistas. 

Além da inovação e da diversidade, a programação traz experiências que unem emoção e conhecimento. Um dos momentos mais aguardados é a palestra de Ricardo Trajano, único sobrevivente do voo Varig 820, que compartilha sua trajetória marcada pela superação. A SOEA também terá atrações culturais com artistas renomados.

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Para conferir a programação completa, cique aqui

Fonte: Secom-PMS Texto: Jonathas Gomes – Foto: Willian Alcântara

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Tecnologia

Metanol: Anvisa regulamenta produção industrial de antídoto

Redação Informe ES

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Segundo O GLOBO, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai publicar, ainda na noite desta sexta-feira (3), uma resolução que regulamenta a produção em larga escala de etanol farmacêutico, substância usada como antídoto em casos de intoxicação por metanol. O documento estabelece procedimentos temporários e extraordinários para ampliar a fabricação do chamado etanol injetável.

De acordo com o Ministério da Saúde, já foram registradas 113 notificações de intoxicação por metanol após ingestão de bebidas alcoólicas em seis estados: São Paulo, Pernambuco, Bahia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. 11 casos foram confirmados, todos em São Paulo.

Logo da Anvisa em um smartphone
Órgão deve soltar texto ainda nsta sexta-feira (3) (Imagem: Brenda Rocha – Blossom/Shutterstock)

Regulação do antídoto do metanol

  • Com a nova resolução da diretoria colegiada, a previsão da Anvisa é que a produção possa começar em larga escala nos próximos dias e que o antídoto esteja disponível em até uma semana, segundo o diretor-presidente da agência, Leandro Safatle;
  • Em entrevista ao GLOBO, Safatle explicou que a fabricação do etanol farmacêutico não era regulamentada porque os casos de contaminação por metanol no Brasil eram raros, com média de 20 registros por ano;
  • Ele detalhou que o país também não possui autorização para produzir o fomepizol, outro antídoto utilizado nesses casos. “A produção é mais complexa e não há ainda a possibilidade de produzir o antídoto localmente a curto prazo”, disse;
  • Segundo o diretor, hospitais, laboratórios e farmácias de manipulação já têm capacidade técnica para fabricar o etanol farmacêutico, mas ainda não em escala industrial.

Temos etanol no país para atender aos casos de contaminação. Muitos hospitais universitários já têm algum volume desse etanol. O que a gente está fazendo hoje é uma resolução para regulamentar a produção desse etanol em escala industrial, em laboratórios, dando essa capacidade para poder autorizar, viabilizar a produção do etanol em grande escala”, afirmou Safatle.

O presidente da Anvisa destacou que a medida é uma “precaução” para evitar falta do antídoto em caso de aumento dos casos de contaminação.

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O Ministério da Saúde, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), já adquiriu 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico e está em processo de compra de mais cinco mil tratamentos, o que equivale a 150 mil ampolas, para garantir o abastecimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

Mulher segurando um pequeno copo
Ministério da Saúde instalou uma Sala de Situação para monitorar os casos (Imagem: Pawel Kacperek/iStock)

Leia mais:

  • O que é metanol? Entenda por que é perigoso e se é possível identificá-lo em bebidas alcoólicas
  • Intoxicação por metanol: Ministério da Saúde define como é um caso suspeito
  • Mortes por metanol em SP: saiba quais são os sintomas da intoxicação

Casos só aumentam

Nesta sexta-feira (3), a pasta confirmou novamente os 113 registros de intoxicação, sendo 11 casos confirmados e 102 em investigação. Do total, 101 notificações ocorreram em São Paulo, onde estão todos os casos confirmados até o momento. Há ainda casos em investigação em Pernambuco, Bahia, Distrito Federal, Paraná e Mato Grosso do Sul.

Safatle também revelou que um grande laboratório farmacêutico brasileiro se ofereceu para doar etanol ao governo federal, caso haja necessidade. “Um laboratório garantiu que poderia fornecer de graça para o Ministério da Saúde, fazer uma doação dessa produção para abastecer (a rede pública) caso seja necessário”, afirmou, não revelando o nome do laboratório.

O metanol e o etanol são álcoois semelhantes em aparência — ambos incolores e inflamáveis —, mas diferem na composição química. O metanol possui um átomo de carbono, enquanto o etanol tem dois.

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Já são 113 os registros de intoxicação, sendo 11 casos confirmados e 102 em investigação (Imagem: Felipe Rodriguez/iStock)

Apesar da diferença parecer pequena, ela é decisiva: o metanol é altamente tóxico ao organismo humano, sendo processado de maneira diferente pelo corpo. A substância é usada em produtos industriais, como líquidos de limpeza de para-brisas, anticongelantes e combustíveis.

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