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Como responder qual a sua pretensão salarial

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Você se candidatou ao seu emprego dos sonhos e teve um desempenho excepcional durante a entrevista. Demonstrou ao entrevistador e ao gerente de contratação que é a pessoa ideal para o cargo. Só falta uma última pergunta: “Qual a sua pretensão salarial?”
Esse questionamento pode ser decisivo. Ao sugerir um valor muito baixo, você pode estar subestimando sua experiência e suas habilidades. Mas se declarar que espera o valor mais alto da faixa salarial, pode estar acima do orçamento da empresa e não receber a oferta de emprego.
Então, o que você deve fazer? Para ter sucesso ao responder a essa pergunta, é importante seguir algumas estratégias profissionais.
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Confira cinco dicas para responder qual a sua pretensão salarial:
Entenda o motivo da pergunta
Primeiro você precisa entender por que o entrevistador — seja o gerente de contratação ou o recrutador — está fazendo essa pergunta. Pode parecer óbvio, mas um motivo provável para esse questionamento é a tentativa de avaliar seu valor. Uma maneira de fazer isso é ver qual estimativa você colocaria no seu preço em relação ao mercado de trabalho.
Embora a empresa possa fornecer uma faixa salarial ao anunciar o cargo, é provável que o valor seja negociado de acordo com vários fatores baseados na sua experiência e habilidades. Se você tem apenas dois anos de experiência, por exemplo, é melhor optar pelo limite inferior da faixa. Com mais tempo de carreira, você pode aumentar suas expectativas salariais.
Outro motivo pelo qual o gerente de contratação faria essa pergunta é o orçamento. Ele precisa garantir que o salário que você está pedindo se adeque ao valor que a empresa pode pagar.
Faça sua lição de casa
Em vez de deixar para a sorte ou acaso, pesquise o mercado de trabalho e as expectativas salariais para sua indústria e cargo específico, incluindo seu nível de senioridade.
Você deve considerar fatores como a cidade ou estado onde reside, ou a cidade e estado de onde o empregador está contratando. Isso pode ter um grande impacto nas faixas salariais, fazendo com que caiam ou subam drasticamente devido à maior demanda ou ao alto custo de vida em certos locais. Mesmo que você esteja se candidatando a um emprego remoto, a localização ainda deve ser considerada quando se trata de faixas salariais.
Plataformas como ZipRecruiter, Salary.com, Glassdoor e Indeed são boas fontes de informação sobre faixas salariais de diferentes empresas e cargos. Isso ajuda na transparência salarial e garante que você não seja discriminado devido à sua idade, raça ou ao gênero.
Saiba qual o seu valor
Para avaliar seu valor salarial, pode ser útil usar seu último cargo (se foi na mesma área) como referência. Você pode se sentir confortável pedindo o mesmo salário que tinha anteriormente, ou pode exigir um pouco mais — mas é importante saber por que você merece isso.
Você tem um conjunto de habilidades único que pode ter muito valor para o novo empregador? Você se qualificou e concluiu certificações ou um mestrado desde então? O último empregador estava te pagando injustamente, abaixo da faixa média para alguém com a sua experiência e habilidades? Você adquiriu uma ampla gama de expertise e conquistas no seu último emprego que justificam suas novas expectativas salariais? Faça uma lista de todos esses fatores.
Forneça uma faixa, não um número fixo
É importante que você responda sua pretensão salarial com uma faixa, e não um número fixo. É semelhante ao que acontece quando você faz uma pergunta fechada ou aberta.
Fornecer um número fixo dá margem para o empregador dizer não imediatamente, e há pouco espaço para explorar mais. Você também pode acabar se prejudicando ao aceitar um salário menor do que o empregador estava disposto a pagar. No entanto, se você der uma faixa, eles têm algum espaço para trabalhar e podem até te oferecer mais do que você esperava inicialmente.
Deixe claro que está aberto a negociar e discutir. Você pode usar essa oportunidade para dizer que está disposto a reconsiderar sua faixa salarial se o pacote de benefícios e compensação total for adequado.
Considere todo o pacote
Lembre-se de considerar todo o pacote de remuneração. Pense em outros benefícios pelos quais você estaria potencialmente disposto a sacrificar parte do seu salário, se necessário. O que é mais importante para você? Assistência médica? Opções de ações? Bônus? Trabalho remoto? Aprendizado e desenvolvimento ou auxílio home office? Leve essas questões em consideração ao negociar o salário com o gerente de contratação.
Ocasionalmente, o recrutador pode dizer: “Revisaremos isso mais tarde, de acordo com seu desempenho no cargo.” Nesse caso, se você se sentir confortável e não houver sinais de alerta, vá em frente — mas certifique-se de confirmar por escrito quando exatamente seu salário será revisado para um possível aumento. Tenha uma discussão transparente para entender quais são as expectativas nos primeiros 90 dias, seis meses e um ano no cargo, e quais são os critérios para um aumento na sua revisão salarial.
Seguindo esses cinco passos, você poderá responder sua pretensão salarial com confiança e conseguir um emprego que reflita seu verdadeiro valor.
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Escolhas do editor
*Rachel Wells é fundadora e CEO da Rachel Wells Coaching, uma empresa dedicada a desbloquear o potencial de carreira e liderança para a GenZ e os millenials.
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CEO da Roche Quer Criar um Novo Modelo de Liderança

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Primeira mulher e primeira latino-americana a presidir a Roche no Brasil em quase 100 anos de operação, Lorice Scalise assumiu em 2023 com uma missão dupla: liderar a sexta maior afiliada da farmacêutica suíça no mundo e criar um novo modelo de liderança. “Se algo desse errado, estaria falhando por todas as mulheres que poderiam ocupar essa posição depois.”
Farmacêutica formada pela Unesp, essa paulista de Borborema, que é um dos destaques da lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025, construiu toda a carreira na Roche. São mais de 25 anos na empresa: os primeiros 14 deles no Brasil, de representante de vendas a general manager interina na diagnóstica; três na sede, entre a Suíça e o Japão, em uma cadeira global; e outros seis na Argentina, onde liderou a operação antes de voltar ao Brasil, dois anos atrás.
Sob sua gestão, em 2024, a Roche Farma faturou R$ 4,6 bilhões no país, alta de 10%, e destinou mais de R$ 600 milhões a pesquisas clínicas. “É um mercado muito atraente para a pesquisa pela diversidade genética.” O foco segue em oncologia, oftalmologia e doenças neurodegenerativas e raras, mas a empresa também avança em doenças respiratórias e cardiometabólicas, incluindo terapias contra obesidade.
“Você conhece uma sociedade pelo tanto que ela investe em saúde.”
Aos 53 anos, Lorice olha para a companhia e seus 450 funcionários com as mesmas lentes pelas quais enxerga o mundo. “Comecei a desenvolver minha liderança no movimento estudantil, ainda na faculdade”, lembra. “Hoje, exerço o feminismo de uma forma diferente.” Esse olhar se traduz em uma abordagem integral para a saúde da mulher, que envolve também equidade salarial, justiça na licença-maternidade e a revisão dos papéis atribuídos aos homens, dentro e fora da companhia. “Não estaria aqui se não fossem as mulheres que lutaram antes de mim. Temos a obrigação de continuar.”
Mãe de três, um casal de gêmeos de 26 anos e o caçula de 21, nunca questionou a importância da carreira, mas também não passou ilesa de culpas e dilemas ao longo do caminho. “O mais importante na educação dos meus filhos é que eu viva de verdade. Tenho um lugar social importante e que é parte da formação deles.”
Mesmo sem o crachá, Lorice leva a sério a definição de saúde da OMS, que abrange bem-estar físico, mental e social. Faz duas sessões diárias de pilates, antes e depois do trabalho, e gosta de terminar a semana no bar da Hilda, com uma cerveja sem álcool e na companhia de um livro – o do momento é “A Vida Não É Útil”, de Ailton Krenak. Também está aprendendo piano. “Estou ensaiando uma peça para tocar para a equipe no final do ano: Jesus, Alegria dos Homens, de Bach.”
Na capa de seu perfil no LinkedIn, destaca uma frase do abolicionista Wendell Phillips: “O preço da liberdade é a eterna vigilância.” “Já tentei trocar, mas toda vez que leio é como um wake-up call: ainda há muito a ser feito.”
Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.
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Futuro do Trabalho: 4 Tendências Prometem Moldar o Mercado em 2026

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
As menções a “desalinhamento” em avaliações de funcionários sobre a alta liderança aumentaram 149% de 2024 para 2025, enquanto “desconexão” subiu 24% e “desconfiança”, 26%. Os dados são do recém-lançado Worklife Trends Report 2026, do site de recrutamento Glassdoor, que analisou mais de 7 milhões de avaliações, salários e entrevistas de profissionais americanos na própria plataforma.
Segundo o relatório, rodadas de demissão contínuas, mas não em massa, estão entre as novas tendências. Cortes envolvendo menos de 50 profissionais passaram de 38% de todos os desligamentos em 2015 para 51% em 2025. Juntos, esses movimentos indicam uma reconfiguração na forma como os colaboradores enxergam a liderança e a confiança nas organizações.
Após anos de transformação, com uma pandemia e um período de readaptação pós-isolamento, 2026 desponta como um ano de redefinição, marcado por novas expectativas, orçamentos mais enxutos e dinâmicas de poder em evolução entre empresas e funcionários. Profissionais que entenderem o que está por trás dessas mudanças estarão mais preparados para navegar o que vem pela frente.
4 tendências do mundo do trabalho para 2026
1. Descompasso entre funcionários e líderes
A confiança na liderança chegou ao limite. As avaliações da alta gestão no Glassdoor caíram muito abaixo dos picos da pandemia. “Os profissionais estão sentindo o efeito chicote da montanha-russa emocional dos últimos seis anos”, explica Daniel Zhao, economista-chefe do Glassdoor. “No auge da pandemia, líderes eram transparentes e vulneráveis. Agora, muitos voltaram ao discurso corporativo, e os funcionários não sentem mais que seus líderes estão ao seu lado.”
Com menos poder de barganha, os profissionais observam atentamente como as lideranças lidam com demissões, exigências de retorno ao escritório e adoção da inteligência artificial, muitas vezes às custas da confiança e do moral da equipe. Essa tendência destaca uma necessidade crescente de transparência da liderança em 2026.
2. “Demissões contínuas” viraram o novo normal
Pequenos cortes, porém constantes, tornaram-se a nova regra. Uma das tendências mais marcantes é a mudança de grandes rodadas de demissões para reduções menores e contínuas, um padrão que o Glassdoor chama de “forever layoff”.
Esses ajustes graduais podem não gerar manchetes, mas geram um clima persistente de incerteza e ansiedade entre os profissionais. As menções a demissões e insegurança no emprego no fim de 2025 já estavam mais altas do que no início de 2020.
Embora muitas empresas vejam esses cortes como uma forma discreta de administrar a folha de pagamento, o custo mental é significativo. As “demissões contínuas” alimentam o burnout, o desengajamento e a desconfiança, e seus efeitos devem se prolongar em 2026.
3. Retorno ao presencial em “câmera lenta” continua
Está cada vez mais difícil crescer na carreira trabalhando de casa. As avaliações de oportunidades profissionais no Glassdoor caíram de 4,1 em 2020 para 3,5 em 2025 entre profissionais remotos e híbridos.
Apesar de muitas empresas terem retomado o trabalho presencial no último ano, a quantidade de dias trabalhados remotamente praticamente não mudou. Ainda assim, há uma força mais sutil em jogo: o medo de ficar “fora da vista e fora da mente”. O Glassdoor encontrou diferenças claras entre funcionários que mencionaram trabalho remoto ou híbrido em suas avaliações:
- As notas de oportunidade de carreira tiveram a queda mais acentuada;
- As avaliações de equilíbrio entre vida pessoal e profissional continuam mais altas, mas a diferença está diminuindo;
- As avaliações gerais caíram em comparação às de quem não mencionou trabalho remoto ou híbrido.
À medida que empregadores priorizam funcionários que estão sempre no escritório para promoções, muitos profissionais poderão ter que escolher entre flexibilidade e visibilidade em 2026. Essa tendência evidencia os trade-offs que continuam a moldar o trabalho híbrido.
4. Efeitos da IA permanecem limitados (por enquanto)
A ansiedade em torno da IA é grande, mas a disrupção real ainda é limitada. A análise do Glassdoor mostra que a satisfação dos funcionários em funções com alta exposição à IA caiu apenas levemente desde 2022. Algumas profissões, como tradutores e engenheiros de software, registraram quedas maiores, mas representam uma pequena parcela da força de trabalho.
E embora a maioria das organizações esteja experimentando a IA, poucas descobriram como integrá-la de forma eficaz. A expectativa é de que 2026 traga uma transformação gradual, mas não dramática, consolidando a IA como uma das tendências de trabalho mais observadas do ano.
Como enfrentar os desafios do futuro do trabalho
As tendências que devem moldar o mercado em 2026 apontam para mudanças contínuas e uma distância crescente entre funcionários e lideranças. A insegurança persistente no emprego e os trade-offs entre flexibilidade e ascensão de carreira têm levado profissionais a repensar o que significa ter sucesso. “Líderes precisam prestar atenção ao aumento dessa distância entre eles e os colaboradores”, diz Zhao. “Essa desconexão pode alimentar uma crise de desengajamento ainda mais grave em 2026.”
Ainda assim, há motivos para otimismo. Para os profissionais, a chave será manter a adaptabilidade, desenvolvendo novas habilidades, ampliando a alfabetização em IA e gerenciando a própria carreira de forma proativa em um ambiente de mudanças aceleradas.
*Caroline Castrillon é colaboradora da Forbes USA. Ela é mentora de liderança corporativa e ajuda mulheres a lidar com mudanças em suas carreiras.
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CEO da Elanco Leva a Disciplina do Esporte Para a Liderança

Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Fernanda Hoe, 45 anos, é a primeira mulher a assumir a liderança da operação brasileira da Elanco Saúde Animal, multinacional norte-americana com 70 anos de tradição, presente em mais de 90 países e uma das maiores do setor no mundo. A executiva é um dos destaques da lista Forbes Melhores CEOs do Brasil 2025.
Médica-veterinária formada pela Unesp (Universidade Estadual Paulista), com mestrado na University of Wisconsin (EUA) e MBA na FGV (Fundação Getulio Vargas), construiu uma carreira que combina rigor técnico, visão estratégica e gestão de pessoas – atributos que hoje sustentam sua posição no comando de uma empresa que movimenta um mercado em expansão no Brasil, tanto no segmento de animais de produção (bovinos, aves, suínos e peixes) quanto no de companhia (cachorros e gatos).
Sua trajetória profissional começou no sul de Minas, em programa de qualidade do leite, área que a levou ao mestrado no exterior e, mais tarde, de volta ao país para integrar a então Pfizer (hoje Zoetis). Lá, foram oito anos em funções técnicas e comerciais, até que a curiosidade pelo marketing a levou a assumir outras posições e, posteriormente, a ingressar na Elanco, em 2013. Seguiu por diferentes áreas, incluindo as gerenciais, consolidando-se como executiva versátil até alcançar, em 2021, a direção-geral da companhia no Brasil.
“Temos registrado uma evolução consistente, mesmo diante de um cenário altamente dinâmico.”
Fernanda Hoe, CEO da Elanco Brasil
Fernanda atribui muito de sua força de liderança ao esporte. Nadadora de travessias em mar aberto – como a exigente Fuga das Ilhas, circuito de quase dois quilômetros na Barra do Sahy, no litoral de São Paulo –, vê nos treinos a metáfora de sua carreira: foco, persistência e gestão precisa do tempo. “O esporte traz para mim a importância de se dedicar com constância para atingir um objetivo”, afirma.
Paulistana, filha de um engenheiro e uma psicóloga, mantém laços estreitos com família e amigos e já participou de um programa de acolhimento de crianças em situação de vulnerabilidade em casa. Essa dimensão pessoal reforça sua convicção de que liderança é também sobre cuidado. Em um setor ainda marcado pela predominância masculina, sua chegada ao topo abriu caminho para outras profissionais da saúde animal seguirem carreira corporativa.
À frente de um time de 350 pessoas no Brasil, Fernanda conduz a Elanco com o desafio de equilibrar produtividade, inovação e sustentabilidade – missão que vai além do cuidado com os animais, alcançando clientes, colaboradores e sociedade. A companhia, que em 2024 registrou receita de US$ 4,4 bilhões, estima alcançar entre US$ 4,57 e US$ 4,62 bilhões em 2025. “Temos registrado uma evolução consistente, mesmo diante de um cenário altamente dinâmico.”
Reportagem original publicada na edição 134 da Forbes, lançada em setembro de 2025.
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