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Dia dos Pais: trabalhar em família dá certo?
Forbes, a mais conceituada revista de negócios e economia do mundo.
Apesar da convicção de que negócios e família não se misturam, muitos profissionais fazem essa relação dar certo. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 90% das empresas no Brasil têm perfil familiar, respondem por mais da metade do PIB e empregam 75% da mão de obra do país.
Do convívio intensificado com os familiares a lições de pais para filhos que ganham mais valor dentro do trabalho, a relação pode sustentar e prolongar a vida de uma companhia. “As empresas familiares demonstram maior resiliência, justamente por apresentarem uma cultura sólida, propósito e valores bem enraizados”, afirma Carolina de Oliveira, sócia-líder de empresas privadas da companhia de consultoria KPMG.
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Os números provam o sucesso de muitas delas: de acordo com uma pesquisa da Deloitte de 2024, que entrevistou 500 profissionais nos EUA, 48% da geração atual na liderança e 29% da próxima geração a assumir trabalharam exclusivamente em empresas das suas famílias. No país, essas companhias são responsáveis por US$ 7,7 trilhões (R$ 42,8 trilhões) do setor privado.
Neste Dia dos Pais, veja como equilibrar o trabalho em família e conheça histórias de sucesso de pais e filhos no mundo empresarial.
Desafios à mesa
Separar a vida profissional da pessoal pode ficar ainda mais difícil quando se mistura a família com o trabalho. Atritos geracionais e a falta de limites saudáveis passam a permear a relação dentro e fora de casa. “O pulso disso é ser capaz de fazer uma reunião dura, com divergência de opinião e, na sequência, sair para almoçar e dar risada”, afirma Thiago Hering, CEO da marca homônima. O empresário, sexta geração da família à frente da marca centenária, assumiu o cargo de seu pai, Fábio Hering, em 2021.
Ao herdar o Grupo Hope do fundador Nissim Hara, seu pai, Sandra Chayo precisou provar sua competência em meio às dúvidas sobre sua credibilidade. O caminho foi mostrar, na prática e com números, a que veio. “Tive dificuldades com gestores que questionavam minhas ideias por eu ser jovem e filha do dono. Depois dos resultados positivos, ganhei mais responsabilidades e autonomia na empresa.”
A relação pode se complicar ainda mais quando o ciúme entre irmãos entra em cena. “Ter um ambiente competitivo dentro da empresa é saudável, mas, na família, pode se tornar um problema”, afirma João Adibe, CEO da farmacêutica Cimed. “Todos devem apoiar e celebrar as conquistas uns dos outros”, diz o empresário, também filho do fundador, que hoje trabalha ao lado de três dos seus cinco filhos, além da irmã, Karla Felmanas, vice-presidente da empresa, e dos sobrinhos.
Ao equilibrar o papel de pai e líder, existe uma linha tênue entre ser um bom mentor e exigir demais. Flávia Camanho, especialista em governança familiar, explica que, para evitar cruzar esses limites, os pais devem reconhecer o momento de agir e também de recuar.
As novas gerações chegam à liderança com um olhar diferente do que os fundadores tinham e uma visão refrescada dos negócios. Segundo uma pesquisa da KPMG realizada em 2022, 59% dos líderes de empresas familiares têm como objetivo mudar a cultura da companhia para ter melhores resultados.
O caminho é equilibrar tradição e inovação e, para isso, é preciso abrir espaço para que os novos líderes construam seu próprio legado. “Os pais devem atuar como guias, evitando o controle excessivo, para que os filhos possam deixar sua própria marca no legado familiar”, afirma Flávia Camanho.
Como fazer dar certo
Não existe fórmula do sucesso para gerir uma empresa familiar – ou qualquer outra estrutura de companhia. Mas algumas dicas valiosas podem ajudar a guiar a liderança quando família e negócios se misturam.
Para João Adibe, deixar os filhos terem protagonismo dentro da empresa é essencial para o sucesso dos herdeiros e da companhia. “Desde quando eles nasceram, foram introduzidos indiretamente no negócio. Participavam de reuniões e convenções e passavam as férias escolares no trabalho. A partir do momento em que eles entenderam como a Cimed funcionava, eles decolaram dentro da empresa”, diz Adibe. Em 2023, a companhia, terceira maior farmacêutica do país, atingiu R$ 3 bilhões em faturamento.
O diálogo também é peça-chave para manter a relação nos eixos. “Eu era muito parecida com o meu pai, então éramos cheios de ideias. Quando elas colidiam, a solução era conversar até chegar em um consenso, e isso permanece até hoje entre eu e minhas irmãs”, conta Sandra Chayo, que, após a morte do pai, em janeiro de 2020, continua liderando o Grupo Hope em família.
Reuniões regulares, mecanismos de feedback e comunicação aberta e respeitosa podem evitar que os conflitos escalem, explica Flávia Camanho. “Manter o foco no que é melhor para a empresa, ao invés de deixar que questões pessoais influenciem as decisões é fundamental.”
Para lidar com o ingrediente emocional da relação entre pais e filhos no trabalho, Thiago Hering ainda aconselha: “Um pouquinho de terapia, muito coaching e aconselhamento, boas conversas com pessoas que viveram situações parecidas e outros profissionais de mercado que podem trazer uma visão isenta.”
De geração para geração
Seja você pai ou filho, fazer parte de uma empresa familiar levanta uma questão importante: a sucessão. Assumir a liderança ou passar o bastão para as novas gerações é uma das etapas mais importantes para a longevidade de empresas familiares.
O desafio é se preparar para esses momentos de virada, mas o planejamento é a melhor maneira de facilitar o processo. “É importante criar um plano antecipado e iniciar o processo de sucessão com antecedência, estabelecendo regras claras, definindo papéis e expectativas, a fim de treinar e desenvolver a próxima geração”, diz Carolina de Oliveira, sócia da KPMG.
No entanto, dois terços das empresas não têm nenhum plano formal de sucessão, segundo uma pesquisa feita para o livro “Talent Wins”, escrito por Ram Charan, Dennis C Carey e Dominic Barton e revisado pela Forbes US. E apenas 24% da geração atual e 13% da próxima acreditam que uma empresa familiar com um plano de sucessão formal continuaria a operar sem interrupções.
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Nem sempre existe um caminho claro para a sucessão, mas, ao entender o que é melhor para os negócios e para a família, fica mais fácil dar o primeiro passo. “É uma preparação que já acontece no dia a dia. Meus filhos não vão me suceder só na hora que eu parar. Eles podem começar a fazer coisas que eu faço ao meu lado. É uma questão de disponibilidade e equilíbro”, diz João Adibe, CEO da Cimed.
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Entenda Como Funciona a “Licença por Infelicidade”
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Se você está ou já se sentiu sobrecarregado no trabalho, a “licença por infelicidade“, criada por um empresário chinês, poderia oferecer uma solução.
Enquanto a saúde mental ganha destaque nas conversas corporativas e nas reuniões de liderança, Yu Donglai, fundador e presidente da rede de varejo chinesa Pang Dong Lai, chamou a atenção ao implementar uma nova política na sua companhia.
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A licença por infelicidade permite que os funcionários tirem um dia de folga quando estiverem estressados, tristes ou desanimados, sem a necessidade de aprovar a folga com sua liderança.
A licença ganha destaque em meio ao cenário global de bem-estar mental: 60% dos profissionais em todo o mundo afirmam que o trabalho é o principal fator que influencia sua saúde mental, de acordo com relatório The Workforce Institute da UKG.
Só na China, mais da metade da população (53%) vivencia estresse diário, enquanto 12% dos profissionais são tristes, segundo estudo da consultoria Gallup, que entrevistou 128 mil pessoas em mais de 160 países.
Limitada a 10 dias por ano, a licença por infelicidade tem como objetivo ajudar os funcionários da rede de mais de 7 mil profissionais a melhorar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
O empresário anunciou que implementaria a política de afastamento na sua empresa em março de 2024, durante o China Supermarket Week. “Quero que todos os funcionários tenham liberdade. Todo mundo tem momentos em que não está feliz, então, se você não estiver feliz, não trabalhe”, disse durante o anúncio.
Defensor do bem-estar
Para além da licença por infelicidade, Yu Donglai ficou conhecido por implementar políticas que priorizam o bem-estar e a saúde mental dos seus funcionários na China, como incentivos de viagem e até 40 dias de férias pagas. “Não queremos ser grandes. Queremos que nossos funcionários tenham uma vida saudável e relaxada, para que a empresa também tenha.”
Fundada em 1995, a rede Pang Dong Lai conta com mais de 300 lojas e é a segunda maior empresa de varejo na província de Henan, no centro-leste da China, segundo pesquisa da Universidade de York.
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5 Dicas para Ser Mais Produtivo com o ChatGPT
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O ChatGPT pode ser uma ferramenta poderosa no ambiente de trabalho — quando utilizado corretamente. Para ter um benefício real e tangível da plataforma, é preciso conhecer suas várias aplicações e experimentá-las por conta própria.
Confira algumas maneiras de usar o ChatGPT para melhorar sua experiência no trabalho e impulsionar tanto o negócio quanto sua carreira.
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Produtividade
Um dos principais benefícios de ferramentas como o ChatGPT é a produtividade em relação ao tempo. Ao usar a plataforma, você economiza tempo com tarefas que a IA pode resolver e pode focar em outros temas mais estratégicos e valiosos para a empresa e para si mesmo.
Melhor experiência do cliente
Também é possível usar a ferramenta para aprimorar a experiência dos clientes. Por exemplo, você pode pedir ao ChatGPT para analisar feedbacks de clientes e criar um plano de ação ou compartilhar insights como tendências e preferências sobre dados fornecidos.
Geração de ideias
Outro benefício do ChatGPT e de ferramentas de IA é a geração de ideias. Essas inteligências generativas são capazes de criar e desenvolver ideias, o que é útil quando você está com pressa. O objetivo não é usar as sugestões geradas por IA na íntegra, e sim usá-las como base ou ponto inicial para a inovação.
Como utilizar o ChatGPT no trabalho
1. Resuma anotações
Se você faz anotações e escreve suas ideias em um caderno durante uma reunião, com a intenção de voltar a elas mais tarde para criar um relatório ou resumo por e-mail, existem melhores jeitos de fazer isso. Por que não economizar tempo e facilitar a vida inserindo suas anotações no ChatGPT? É só pedir para a ferramenta criar um resumo fácil de entender, pode ser em blocos, tópicos, como preferir, e você pode rapidamente colocar em um e-mail ou transformar em um relatório.
2. Crie KPIs e métricas
Se você é gerente de projetos e está nas primeiras etapas de planejamento, pode inserir os requisitos das partes interessadas no ChatGPT e pedir uma lista de métricas para usar como KPIs (indicadores-chave de desempenho) do projeto.
3. Escreva com clareza
O ChatGPT também pode ser útil quando você escreveu um texto, mas precisa que ele seja revisado para garantir clareza, concisão e ir direto ao ponto. Utilize o seguinte comando para a plataforma escrever com precisão: “Reescreva isso de maneira clara e concisa. Use um tom de conversa de negócios e a gramática do português do Brasil.”
4. Obtenha insights de dados
Se você está analisando dados e quer saber quais insights acionáveis pode obter, basta copiar e colar os dados e pedir ao ChatGPT para gerar alguns insights relacionados à sua indústria e área de negócios.
5. Construa um banco de conhecimento interno
O ChatGPT pode ser customizado no plano pago para criar GPTs personalizados, que dependem da sua engenharia de prompts e de uma base de conhecimento interno especializada. Imagine quantas horas isso pode economizar, evitando que colegas façam repetidamente as mesmas perguntas sobre regras da empresa.
Você pode redigir termos, personalizá-los conforme suas necessidades e carregá-los como recursos de conhecimento ao criar um GPT personalizado. Isso garante que, quando os colegas de trabalho estiverem usando o bot, eles recebam apenas informações validadas de fontes internas confiáveis.
No entanto, é preciso se atentar para nunca fornecer dados sensíveis ou confidenciais da empresa ao usar o ChatGPT no trabalho. Crie prompts específicos para que o bot responda à pergunta, mas genéricos o suficiente para garantir que não haja violação de dados.
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*Rachel Wells é fundadora e CEO da Rachel Wells Coaching, uma empresa dedicada a desbloquear o potencial de carreira e liderança para a GenZ e os millenials.
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O Que Pensa Sam Altman, Fundador da OpenAI, sobre o Futuro do Trabalho
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Apesar das incertezas quanto ao futuro do mercado de trabalho, Sam Altman, bilionário cofundador e CEO da OpenAI, enxerga um cenário positivo pela frente. Enquanto alguns empregos perdem relevância, Altman acredita que as transformações trazidas pela IA devem criar novas oportunidades no mundo corporativo. “Tenho confiança de que haverá muitos empregos, e que muitos deles serão diferentes dos que conhecemos hoje. Mas nunca parece faltar o que fazer”, disse durante uma entrevista com Chris Hyams, CEO da plataforma global de empregos Indeed, na Conferência Indeed FutureWorks na última semana. “À medida que as ferramentas mudam, o resultado também se transforma.”
A inteligência artificial, que começou a ser desenvolvida nos anos 1950 e é usada desde os anos 1980, ganhou popularidade com o ChatGPT, chatbot de IA generativa lançado pela OpenAI em novembro de 2022. Hoje, a ferramenta conta com 200 milhões de usuários semanais, e o Brasil é o quarto que mais usa a plataforma no ranking mundial. “Nosso modelo fez uma diferença muito maior do que imaginávamos.”
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Entre os diversos impactos da IA generativa, os empregos se destacam. De acordo com uma pesquisa do FMI (Fundo Monetário Internacional), 40% dos cargos atuais devem ser afetados pela nova tecnologia em todo o mundo. Essa previsão é reforçada por um estudo do McKinsey Global Institute, que indica que até 2030, cerca de 14% dos profissionais poderão precisar mudar de carreira devido à digitalização, à robótica e aos avanços da IA. “Acho que será incrível quando a IA puder fazer meu trabalho melhor, mas já estou fazendo isso há um tempo e, pelo menos, pude aproveitar a parte divertida”, diz Sam Altman.
Em ritmo de mudanças
Essa não é a primeira vez que a tecnologia provoca mudanças significativas no mundo corporativo. Ao longo dos anos, inovações anteriores também suscitaram preocupações semelhantes no mercado de trabalho. “Quando eu estava na escola, as pessoas diziam que a programação acabaria com muitos empregos”, diz o CEO. “No final, ela eliminou algumas funções, mas criou muitas outras oportunidades”
Uma das diferenças para o cenário atual é a rapidez das mudanças. Nos últimos oito anos, a busca por profissionais com habilidades em IA cresceu 323%, de acordo com um relatório deste ano da Microsoft e do LinkedIn, que ouviu 31 mil pessoas em 31 países, incluindo o Brasil.
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Pode parecer difícil se manter no mesmo ritmo frenético dos avanços da IA, mas o segredo está em aprender a usar essas novas ferramentas a seu favor. “Você precisa se sentir muito confortável com elas, porque não sabemos exatamente como serão os empregos do futuro.”
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